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História O SEGREDO NA FLORESTA: A Origem - Primeiro dia em Carpazinha


Escrita por: lUnbrokenl

Notas do Autor


Oi's pessoal! Espero que estejam bem!
Mais um capítulo prontinho pra vocês! Hoje ainda sai o próximo <3
Espero que gostem!

Capítulo 5 - Primeiro dia em Carpazinha


-Ops... – Joui murmura.

-Eu só taquei copo... – César comenta.

-Por que vocês estavam tão interessados em saber sobre o tal do cara que morreu aí perto? E ainda a lenda do Dr. Lunático... – o grandão barbudo olha para eles desconfiado.

-Cara... Quer saber a verdade de tudo, então? – Thiago se vira para Brúlio.

-Claro que quero, fui 100% honesto com vocês. – ele responde.

-Você viu que esses dois sempre estão filmando alguma coisa, né? – Thiago aponta com a cabeça para César e Joui.

-Sim, o que tem? – O grandão barbudo olha para eles curioso.

-Gostamos de investigar contos estranhos que acontecem pelo Brasil. – Thiago continua. – E aí fazemos reportagens sobre isso.

-É aí que entra esse cara que morreu da família desaparecida? É isso o que vocês estão vendo?

-Exatamente. – Thiago continua tentando enganar Brúlio que não parecia acreditar na história.

-Ah é? Qual o nome desse negócio que vocês fazem aí de caçador de lenda? Onde vocês postam isso? E não parece muito profissional usar o celular na vertical para filmar as coisas... – ele olha para Joui.

-Não tem como trazer a câmera toda vez né... – César diz.

-E desde quando jogar dardo é dessas coisa de lenda aí? – ele cruza os braços ainda mais desconfiado.

-Nós também nos divertimos né, meu querido. – Thiago olha para Brúlio e percebe que ele não caiu nem um pouco na conversa fiada dele.

-Pode falar a verdade, ninguém aqui vai julgar vocês. – Brúlio diz por fim.

-Mas já falamos. – diz Thiago. – É isso mesmo. – insiste.

-Bom, tudo bem se vocês não querem falar a verdade, não vou ficar forçando nada não. – Brúlio suspira e dá de ombros. – Querem saber disso aí, vão ver no jornal, na biblioteca. – diz irritado.

-Brúlio, papo reto aqui. – Thiago se aproxima. – Toda essa violência que teve aqui hoje, não é nada comparado ao que a gente já viu e falar para você qualquer coisa sobre isso, colocaria você em perigo e eu não quero fazer isso, de coração irmão. - Brúlio percebe que dessa vez Thiago estava falando a verdade.

-Bom, querendo ou não, se vocês querem saber sobre a lenda do Dr. Lunático, deve ter alguma coisa na biblioteca, alguma notícia da época.

-Onde fica a biblioteca? – pergunta Thiago.

-É em Carpazinha mesmo. Não sei se foi em 1920, 1917 ou 1918 por aí, mas se tiver alguma coisa sobre isso, é lá.

-Obrigado viu, Brúlio... Acho que tá na hora da gente sair... Tô aqui com a cara toda doída, a outra ali tá com o braço sangrando e o grandão ali nem se fala né, tá só o pó. – Thiago se prepara para sair.

Nesse momento, Gregório pega uma garrafa de Whiskey e dá para Thiago.

-Pra viagem. – diz. – Ô Ivete, bota na minha.

-Opa, obrigado meu querido. – Thiago sorri para ele.

O grupo começa a sair do bar.

-Onde vamos? Biblioteca? – Joui pergunta animado. – Vamos arrombar? – era possível ver um brilho travesso em seus olhos.

-Não, acho melhor irmos para o hotel, descansar e amanhã bem cedo a gente vai para a biblioteca. – diz Liz.

-Ah, tudo bem então. – estava nítida a decepção do ginasta. – Tenho muita energia ainda, daria para fazer isso tranquilo, mas tudo bem então, vamos lá para o hotel.

-Joui, temos um velho ensanguentado, acho que meu beiço vai inchar sem falar que a moça aí também está com um corte que provavelmente vai ter que dar ponto, melhor irmos para o hotel mesmo. – diz Thiago.

-Não tenho problema algum com o braço. – diz Elena. – O problema é ir de carro com esse senhor aí. – ela aponta com a cabeça para Cris que abre um sorriso largo.

-Ok, é verdade, tudo bem... Não tem problema. – Joui olha para Thiago. – É bom dar uma olhada nisso aí sim, Elena. – diz preocupado.

-Lá no hotel eu dou uma olhada. – diz Liz. – E pode deixar que eu dirijo dessa vez.

O grupo, na porta do bar, se despede da gangue e da Ivete e depois param perto do carro, pensando em como alguns estavam doloridos e como teriam que se espremer ali.

A formação foi Liz e Cristopher na frente, Liz dirigindo e Cris no banco do passageiro, Elena logo atrás do grandão, espremida, Joui ao lado da Elena, já que César era um pouco mais esguio, não apertaria tanto Thiago que ainda sentia muita dor nas costelas, e por fim, Thiago atrás da Liz, encostado na porta.

-Não era brincadeira não, aqui é apertado pra cacete. – César reclama.

-Ah, não é o fim do mundo. – Joui sorri.

-Acho que adquiri seis tipos diferentes de claustrofobia. – diz César.

-Imagina ficar aqui atrás com o louco do seu pai correndo com o carro, devo ter no mínimo oito tipos de claustrofobia. – Elena suspira enquanto tenta se apertar mais para a direção da porta, mas era impossível, de toda forma estava recostada em Joui.

-É... Tem como piorar... – César concorda.

-Vamos logo, Liz. – Thiago diz.

-Pode recostar em mim, se quiser. – Joui olha para Elena. – Pode acabar comprometendo sua coluna se ficar muito tempo em má postura.

-Precisa não. – ela diz rapidamente com as bochechas coradas. Era algo bem estranho para ela ter tanto contato físico com outra pessoa assim.

Liz dirige tranquilamente até o hotel depois que pegou instruções de onde era com a Ivete, mesmo se não soubessem onde era, não seria difícil encontrar, é uma cidade pequena e o único prédio com mais de dois andares tinha um letreiro enorme escrito “Hotel de Carpazinha”.

-Que original... – Joui comenta.

O grupo sai do carro e entra na recepção do hotel. Por fora o prédio era bem simples, por dentro também. Havia apenas algumas plantas próximas ao balcão do recepcionista, onde havia um rapaz bem jovem com cerca de 20 anos por aí. Ele olha curioso o grupo se aproximar.

Quando o pessoal chega no balcão do recepcionista, Liz e César tomam a frente.

-Oi, tudo bem? – Liz olha para o recepcionista.

-Tudo bem? Pois não? Querem se hospedar. – o recepcionista mexe animado em alguns papeis, dava para ver que não recebia clientes há tempos.

-Queremos sim, por favor. – ela responde. – Quanto é a diária?

-Opa desculpa, só um momento. – ele rapidamente fecha as abas que estava vendo, era o facebook e uma aba do youtube.

-Então tem internet aqui... – César sorri aliviado. – Posso pesquisar sobre o que precisamos. – disse baixinho.

-Sim, sim, temos internet. – o recepcionista sorri.

-Ô meu querido, estamos em seis pessoas, você tem quarto para todo mundo? – Liz pergunta.

-Temos sim. Tem quarto sobrando aqui né. – ele ri. – Quase ninguém vem para Carpazinha né. Ah, você tinha perguntado antes... A diária é 100 pila.

-Pra cada um? – Liz pergunta surpresa.

-Sim, cada um vai ficar num quarto, não é? – o recepcionista a olha confuso. Se for ficar duas pessoas num quarto é 80,00 por pessoa.

-César, quer compartilhar um quarto? – Joui pergunta. – Quero pesquisar contigo as coisas.

-Pode ser. - o esguio responde.

-O que você acha da gente compartilhar um também, coroa? – Thiago olha para o grandão.

-Tudo bem por mim. – diz Cris.

-O senhor está bem? – o recepcionista pergunta preocupado.

-Tudo sim, a gente estava vindo por aqui viajando, a gente parou o carro e eu fui fazer um xixi... Acabei escorregando numa vala, aí bati a costela...

-Nem brinca... – o recepcionista olha ainda mais preocupado para ele. – Se pega no olho né... Já tá todo marcado na cara já... – ele aponta para a enorme cicatriz no rosto do Cris.

-Ah no rosto aqui é outra coisa. – o grandão fala rapidamente.

-Não quer ir no hospital?

-Não, menino... Tô bem.

-E vocês, caíram na vala também? – ele olha para Thiago que possuía um hematoma na boca e para Elena que tinha um pequeno rasgo no suéter revelando um líquido vermelho.

-É, fomos ajudar o coroa aqui né... – diz Thiago.

-Não quer dividir o quarto não? – Liz olha para Elena.

-Pode ser. – responde.

-Então é um total de três quartos? – o recepcionista pergunta e Liz confirma. - Dois de casal né? – ele olha para César e Joui, em seguida para Cristopher e Thiago.

-Todos de solteiro, meu querido. – diz Thiago.

-Ah, sério? – o recepcionista pareceu um pouco surpreso. – Tá bom então.

-Vamos querer nota fiscal, ok? – César logo se adianta.

-Claro, tudo bem. Deu 480 tudo junto.

Liz e Elena colocam o dinheiro no balcão, 80,00 cada uma. O recepcionista entrega a chave para Liz e as duas vão em direção a escada para ir para o quarto.

-Boa noite. – ele diz para as garotas.

-Boa noite. – Liz responde sumindo na escada junto de Elena.

-Se quiserem pagar amanhã não tem problema. – ele olha para os que ficaram.

-Ah, tudo bem então. – Joui se apressa para a escada também. – Vamos, César.

-A chave aqui. – o recepcionista olha para Joui que se vira para trás constrangido.

-Vamos. – César pega a chave do quarto e vai até Joui.

-A senha do wifi é Carpazinha. – disse o recepcionista. – Tenham uma boa noite.

-Boa noite! – disse Joui.

Na recepção ainda estavam Thiago e Cristopher, foram os últimos a pegar a chave.

Eles sobem em direção ao respectivo quarto, e assim que entram, Cristopher se joga em uma das camas e não demora muito para começar a roncar. Thiago, por outro lado, decide tomar um banho antes de deitar, mas quando o faz, não consegue pegar facilmente no sono, a adrenalina da briga, da roleta russa mais os roncos de trator ao seu lado fizeram com que ele demorasse a pegar no sono.

No quarto dos outros rapazes, Joui fazia alguns alongamentos enquanto César pesquisava sobre Carpazinha em seu notebook numa internet de um mega.

-Meu 3G deve ser mais rápido do que isso... – César suspira aborrecido.

-Não entendo o que você está falando, mas... Sim. – o ginasta sorri para ele e continua seus alongamentos que ficavam mais bizarros a cada segundo.

Em sua pesquisa, César encontra apenas algumas menções do Dr. Lunático em alguns fóruns antigos relacionados a palavras chaves como: “Dr. Virgulino; abril 1918; Carpazinha;”. Não havia mais informações.

-Joui eu... – César para de falar ao ver Joui se alongando, colocando o pé atrás da nuca. Era algo muito bizarro e o esguio logo pensou que se tentasse fazer qualquer coisa do tipo, se quebraria com certeza.

-Sim? – Joui pergunta ainda se alongando.

-Pelo o que pesquisei aqui só encontrei informações básicas como o nome do doutor e o ano, que foi em abril de 1918. – César diz. – Acredito que só vamos encontrar informações específicas na biblioteca mesmo.

-Ok, então. – Joui sorri. – Quer se alongar também? – ele pergunta enquanto planta uma bananeira.

Neste mesmo momento, algum carro na rua passa com o som alto, era uma música romântica, o que deu um ar ainda mais estranho para a cena que acontecia no quarto de Joui e César.

-Não, tô bem assim. – César diz rapidamente. – Provavelmente eu me quebraria se fizesse algo do tipo, mas obrigado pelo convite.

-É aí que você se engana – Joui olha para ele. – Eu sei algumas técnicas que te ajudariam, se você quiser é só chamar, ok?

-Tá bom, tá bom. – diz César se ajeitando na cama e se preparando para jogar uma partida de LoL.

Joui continua seus alongamentos por alguns minutos antes de ir tomar um banho e deitar.

César, em sua partida de um mega, ainda sim consegue ir bem e vencer, o que o deixa empolgado e feliz. Nesse momento Joui já dormia, César aproveita para tomar um banho e depois vai dormir.

No quarto das mulheres, Liz e Elena escolhem suas respectivas camas.

-Tira o suéter para eu dar uma olhadinha nisso aí. – Liz olha para o braço de Elena.

-Não precisa, eu dou os pontos no chuveiro, não tem problema. – Elena pega outro suéter na mochila que ela trouxe.

-Tem certeza? Eu sou muito boa com essas coisas. – diz Liz.

-Tá tudo bem. – Elena sorri. – Eu prefiro fazer eu mesma.

-Ok então. Pode ir no banho primeiro, eu te espero. – Liz se senta na cama.

Elena se apressa para o banheiro e tranca a porta. Em seguida tira o suéter ficando apenas de sutiã e calça. No espelho, ela olha com desprezo para todos os símbolos ocultistas que ela tinha tatuados no corpo. Eram diversos símbolos de diferentes rituais, espirais, selos... Ao olhá-los sente uma raiva crescente em relação ao seu pai. Ele era o responsável por aquilo.

Sem mais querer se ver no espelho, tira o resto das roupas, revelando ainda mais tatuagens pelas pernas e coxas, costas e quadril, vai para o chuveiro e liga a água. Deixa escorrer pelo seu ferimento, e ali no banho mesmo, com uma agulha e linha cirúrgicas do kit de primeiros socorros da Liz, ela começa a dar os pontos. É um procedimento que ela faz relativamente rápido, mas não com muita maestria como ela viu a perita criminal, Liz, fazer. Em seguida, termina o banho e se veste. Todo esse processo dura cerca de vinte e cinco minutos, quando ela sai, Liz olha para ela com o olhar curioso.

-Conseguiu? -pergunta.

-Sim, sem problemas. – ela entrega o kit para Liz. – Obrigada.

-Não há de quê. – a perita diz entrando no banheiro.

Elena se deita e se prepara para dormir, quando Liz sai do banheiro, faz o mesmo, e assim o grupo descansa para mais um dia de investigação.


Notas Finais


E então, gostaram? Espero que sim!
Até o próximo capítulo!
Kisses! <3


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