História O Segredo Sombrio (Vampiros e Lobisomens) - Missão adolescente

*-*-*-*-* Agatha *-*-*-*-*

Já estamos chegando na cidade onde provavelmente a alcatéia do Dante fica próxima, estou louca para ver meu filho de novo, sei que não poderei me aproximar agora. Dante não pode descobrir que estou aqui, tenho medo que ele tire minha filha de mim.

Nathan comprou uma casa grande para nós ficarmos, tem piscina e várias outras coisas, Luna e Nathaniel adoraram, eu sei que devemos ser cautelosos mas não consigo aguentar a vontade de ver meu filho, Nathan está tentando descobrir onde exatamente Dante está dentro da floresta fechada, não podemos nós aproximar nem chamar atenção enquanto isso o tempo está passando e eu não consigo aguentar mais.

(..)

Já estamos a dois anos aqui, agora estou na dúvida se Dante realmente está aqui, tudo que eu quero é meu filho perto de mim, isso é tão egoísta assim? Finalmente Nathan descobriu a localização da alcatéia só que nós não podemos se aproximar, a alcatéia está enorme, tem mais de mil integrantes, eu e Nathan não podemos chegar perto, eles provavelmente já marcaram nosso cheiro, Nathan deu a ideia dos nossos filhos se aproximarem, fiquei com raiva e discutirmos

- eles não vão! Não podemos colocar nossos filhos em perigo! / Falo não aceitando.

Nathan - é o único jeito a não ser que aceite que seu filho está com o pai.

- eu....

Nathan - nossa filha tem 15 anos, ela sabe se cuidar.

- pelo menos me fale o plano que eles irão seguir.

Nathan - irão entrar na alcatéia como membros, Nathaniel como vampiro e Luna como loba.

- mas se Dante quiser verificar os novos integrantes? / Minha preocupação está só aumentando.

Nathan - ele não vai, vai estar ocupado, alfas sempre estão, o inverno está chegando, o alfa vai precisar caçar comida para alcatéia.

- vai que ele percebe Luna pelo cheiro, pais conhecem o cheiro dos filhos.

Nathan - o cheiro da Luna mudou desde que era bebê, é só ela ficar longe do Dante.

- e se ela querer conhecer o pai. / Falo em aflição.

Nathan - confia na sua filha. / Nathan me abraça e me beija.

Estou um pouco preocupada em deixar Luna ir, mas não tem jeito, ela também quer muito encontrar o irmão gêmeo, Nathan ensinou o caminho para eles, também disse para voltarem em duas semanas. Eu estou preocupada, como mãe deixar meus dois filhos irem sozinhos para a área de alcatéia é algo inaceitável, saio de meus pensamento quando sinto o toque de Luna.

Luna - mãe, não precisa se preocupar, trarei meu irmão para você. / Seu sorriso me acalma instantaneamente, ela é minha princesinha.

- não esqueça, fique longe do alfa, ele pode acabar descobrindo quem você é pelo cheiro. / Eu tenho medo, que ela queira ficar com Dante, ele é pai dela sei disso, mas não consigo perdoar ele, nunca conseguirei.

Luna - eu sei. / Seu olhar de dúvida me quebra por dentro.

Nathan - proteja sua irmã entendeu Nathaniel?

Nathaniel - é mais fácil ela me proteger. / Em questão de força Luna é bem poderosa.

- tomem cuidado meus bebês. / Falo entregando uma mochila com comida e bolsas de sangue.

Luna - iremos tomar.

Vejo eles saírem pela porta, tenho medo que essa seja a última vez que eu consiga ver eles.

*-*-*-*-* Luna *-*-*-*-*

Minha mãe está muito preocupada comigo, sei que ela tem medo de me perder, eu também tenho minhas dúvidas, muitas delas não foram tiradas pela explicação da minha mãe, meu pai é tão ruim assim como ela me contou? Pela forma que ela falou parece que ela que me sequestrou, não estou chamando minha mãe de sequestradora, mas não tinha outra forma de resolver?

Sei que ela casou com Nathan por minha causa, amo minha família mas fico a pensar as vezes como é a vida do meu irmão, sei que minha mãe deseja ter a família completa, comigo, meu irmão gêmeo, Nathan e Nathaniel, mas como fica meu verdadeiro pai nisso? Ele fica sem ninguém, sem os dois filhos, será mesmo que ele é um monstro que não merece perdão, todos erram, o erro dele foi querer uma família? Isso é tão errado assim?

Sei que ele usou minha mãe, isso não tem perdão, ele enganou ela para ter filhos mas pelo que eu saiba ele não planejava mata-la. Eu sou filha de uma destinação, tudo no mundo mostra que meus pais biológicos deveriam ficar juntos, mas porque isso não aconteceu? Por que eles tem dois destinados? Isso não passa de submissão?

Me pergunto se eu deveria ter medo de crescer e encontrar meus destinados, o mais complicado é que vou ter dois, isso me deixa com um pouco de medo, deveria escolher um ou ficar numa relação a três? Pensar nessas coisas me deixam confusa e com medo, eu tenho tido tantos problemas na adolescência, com minhas transformações e meu lado vampiro, minha mãe não consegue me explicar pois ela foi transformada e não nasceu assim.

(...)

Eu e meu irmão Nathaniel paramos no meio do caminho para se alimentar, estamos andando quase o dia inteiro e nada da alcatéia, será que a gente saiu do caminho e não percebeu, droga, essa floresta e fechada demais, não sei se conseguiremos achar a saída, sentamos no chão exaustos.

- droga! A gente se perdeu! / Falo brava.

Nathaniel - para de ser negativa, tenho certeza que estamos no caminho. / Meu irmão está olhando o mapa que Nathan nós deu.

- vamos continuar andando, não quero passar a noite no meio da floresta. / Eu sou uma irmã mais velha muito ruim.

Nathaniel - eu não terminei minha bolsa de sangue, espera cabeça de fogo! / Essa filho da mãe sabe me irritar.

- quem é a cabeça de fogo sanguessuga?!

Nathaniel - você também bebê sangue idiota.

- não tanto como você viciado!

Paramos de brigar quando ouvimos um som na floresta, ficamos quietos em silêncio escondidos, droga, nessa área também tem caçadores, devemos tomar cuidado, eu fui muito irresponsável, esqueci completamente disso, ouso passos se aproximando.

Homem - eu sei que vocês monstros estão aí, saiam demônios. / É um caçador pela forma de falar, não tem jeito, precisamos fugir.

Faço um sinal para meu irmão atrás da árvore, conto nos dedos até três para começarmos a correr, no três escuto o grito do meu irmão, vi que o homem enviou um faca na perna dele, no mesmo momento fiz minha unhas crescerem e fui para cima do homem, pulei nas costas dele e o arranhei, ele gritou de dor, fico tentando rascar o pescoço dele mas minha mão não consegue alcançar, ele consegue pegar meu braço e me tirar de cima de duas costas, ele me segura e me taca numa arvore, o impacto me deixa paralisada, vejo o homem se aproximar de mim com a faca, isso não pode acabar assim, se pelo menos eu fosse maior e mais forte, não posso me transformar de jeito nenhum.

Com o homem já em minha frente fecho meus olhos, quando estou prestes a desistir escuto o homem a gritar, abro os olhos e vejo um lobo branco enorme em cima do homem que agora está com a garganta cheia de sangue, o lobo branco sai de perto do corpo e vem até mim, quando estou prestes a falar mãe lembro que me falaram que meu pai também tem pelagem branca.

Corro até meu irmão ferido, o perna dele foi cortada profundamente, o ferimento não quer cicatrizar, tem algo de errado, o ferimento não para de sangrar, ouso o som de ossos se quebrando, olho para trás e vejo um homem de cabelo branco, ele está com roupas, queria saber que tipo de bruxaria é essa.

- por favor ajuda ele. / Falo nervosa, estou pouco me importando em me afastar dele agora, a vida do meu irmão está em jogo.

O homem pega meu irmão no colo e começa a andar, sigo ele, ficamos andando por bastante tempo até chegar na entrada de uma vila, quando entramos vejo o quanto a alcatéia é enorme, várias pessoas vem em nossa direção querendo ajudar, outra pessoa pega meu irmão e leva para longe.

- espera onde está levando ele?! / Falo nervosa mas o homem de cabelo branco toca em meu ombro.

"Dante" - ele vai ficar bem, só estão levando ele para o centro médico. / Diz me olhando.

- mas eu quero ficar com ele. / Falo me afastando dele.

Dante - só irá atrapalhar, provavelmente tinha veneno naquela faca.

- ele vai ficar bem não é? Não posso perder ele. / Meu irmão não pode morrer, pensei que seria capaz de proteger eu e ele mas estava enganada.

Dante - vai ficar tudo bem. / Ele me dá um cafuné.

- obrigada. / Falo esquecendo o que minha mãe falou para fazer.

Dante - o que vocês dois estavam fazendo no meio da floresta.

- nós......... Nós se perdemos dos nossos pais. / Que bela mentira inventei.

Dante - vai ficar tudo bem, vocês vão ficar aqui até seu amigo se recuperar. / Ele está me olhando de uma forma estranha, será que percebeu?

- algum problema comigo? Está me olhando de forma estranha. / Falo de uma vez, fica mais suspeito se não falar.

Dante - acho que você seria igual minha filha se ela estivesse aqui. / Diz me olhando, um calafrio passa pela minha espinha.

- você tem uma filha? Ela morreu? / Pergunto ferrou será que ele sabe.

Dante - não, uma mulher sequestrou ela. / Como assim uma mulher? Ele está querendo dizer que Agatha não é minha mãe?

- como assim uma mulher? / Pergunto na curiosidade.

Dante - mudando de assunto, está anoitecendo, você vai ficar na minha casa até seu amigo se recuperar.

- tá.... / Agora ferrou, mas é uma ótima oportunidade de encontrar meu irmão, a missão já foi por água abaixo mesmo, agora é só improvisar.