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História O Segundo e um Ninguém - Tobirama x Kiba - O Segundo


Escrita por: RaiinExe

Capítulo 2 - O Segundo



Que merda! Não pôde se quer comemorar alguns minutos a calmaria e o privilégio de não ter humanos por perto, que logo teve o desgosto de encontrar com um. Observava na direção do intruso com os olhos faiscando de raiva. Observava enquanto ele se quer, fazia questão de notar sua presença.

Então, estava ali bem na sua mira o Segundo Hokage, Nidaime ou simplesmente Senju Tobirama. Estava desprovido de seu costumeiro e distinto traje de Hokage. Vestia algo simples, como um traje de treino; calça e blusa preta de mangas compridas e gola alta. Estava sem faixa, franja caindo pela testa e os cabelos volumosos de fios espetados, sendo despenteados pelo vento. Treinava, com movimentos bruscos e rápidos que por vezes não conseguia acompanhar com os olhos. Ele desferia golpes precisos e fortes, que certamente deixaria grande estrago em quem ou no que o recebesse; exibia uma técnica invejável e mesmo sem seu traje de Hokage, impunha respeito com seu porte notável e convenhamos que um pouco esnobe. 

Por mais que estivesse embirrado por ter seu plano de ficar sozinho frustrado, sentia que talvez a presença dele ali não fosse tão ruim assim. Na verdade, até que estava começando a gostar de assistir ele treinando e vê-lo daquele jeito, tão concentrado e determinado lhe aguçava a vontade de treinar também. Mantinha os olhos nele, observando cada movimento impecável e acurado que ele desferia, fosse com os punhos ou com kunais. Observava e guardava na mente, não porque quisesse copiá-lo, não era o Kakashi pra isso, mas sim porque gostava deles, gostava da sutileza e da imponência do estilo de luta dele.

Os minutos passavam aos montes e lá continuava, esparramado na grama, com as costas apoiadas no tronco da árvore, assistindo ele, assistindo enquanto sentia o ar fresco que batia nos cabelos dele invadir seu olfato e podia dizer que tudo ali era uma combinação perfeita, o barulho das folhas, o correr do rio ao longe, o verde vivo das árvores, as nuvens brancas, o silêncio tipico da natureza e o cheiro dele, um cheiro delicioso, viçoso e silvestre, era amadeirado, era cítrico e muito intenso, como de plantas selvagens. O cheiro dele lhe invadia o faro e lhe acalentava de uma forma muito satisfatória. Podia ficar ali o tempo que fosse que não se enjoaria dele. 

E os minutos passaram mais ainda, passaram tanto que nem tinha noção do quanto. Então, por fim viu ele se ajeitando e recolhendo as kunais, guardando-as em seguida, para logo dar as costas e se distanciar, levando consigo aquele aroma prazeroso e quase viciante. Respirou fundo, sentindo uma chateação por dentro. Encarou o olhar de Akamaru, que parecia lhe entender e afundou a mão nos pelos fofinhos dele, o acariciando.

Kiba: Ele foi embora garoto...

Agora de fato estava só, mas estar só já não lhe interessava mais. Por um momento sentiu-se como um cão abandonado por seu dono. Sentiu algo deprimente por dentro. Levantou-se e foi embora dali junto de seu amigo.

E aquela noite foi uma maldição. Fechava os olhos e pensava nele, olhava pela janela e pensava nele, lavava a cara e pensava nele. Jogou-se na cama e respirou fundo, resmungando entredentes...

Kiba: Hokage, Hokage... Maldito Hokage...

Dormiu vencido pelo sono e quando acordou no dia seguinte, já um pouco tarde, pulou da cama e mal tomou café. Tinha um destino certo e se fosse um homem de sorte o encontraria lá novamente. Pisou o pé pra fora de casa, cruzou a rua e deu de cara com Shino.

Shino: Kiba! Estava te procurando... Sabe aquela ajuda...

Kiba: Não posso Shino. Estou atrasado.

Shino o encarou e entrou na frente.

Shino: Pra?

Kiba: Não é da sua conta. Se a Kurenai sensei perguntar de por mim diz que não me viu hoje.

Respondeu ele desviando de Shino e saindo dali aos passos largos, assim que dobrou a esquina correu mais rápido ainda. Quando finalmente estava próximo, já ouvindo o barulho do rio ao fundo, pôde sentir mais uma vez o cheiro gostoso dele, bem como logo que se aproximou da árvore onde havia ficado no dia anterior, pôde apreciar mais uma vez aquela visão que lhe enchia os olhos. Sentou-se ali, na grama verdinha junto de Akamaru e passou longos e longos minutos se deleitando naqueles movimentos rítmicos e astutos que ás vezes se parecia com uma dança, era encantador ver como a sombra daquele ninja de cabelos brancos se movia no chão, refletindo tudo o que ele fazia, fazia questão de fotografar tudo aquilo com os olhos para que pudesse se lembrar com clareza quando os fechasse.

E assim como foi o primeiro e o segundo, também foram os outros dias que se seguiram. Durante aquela semana inteira, todos os dias, estava ali, assistindo ele de longe. Ao passar exatamente uma semana, logo no primeiro dia da nova semana que se iniciava, acordou, pulou da cama e assim que pisou os pés pra fora de casa, tomou o rumo que já havia acostumado a tomar. E também como já havia se acostumado com o padrão, esperava que assim que estivesse próximo e ouvisse o barulho do rio ao longe, também sentisse o cheiro dele, porém, não foi bem isso o que aconteceu.





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