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História O Senhor do Deserto - O Festival da Colheita


Escrita por: Anarchy_Maah

Notas do Autor


Atualização! Depois de séculos!

Não esqueci de Senhor do Deserto povo hehehe. Agora as coisas com minha depressão e tal estão melhores. Tenho conseguido atualizar outras fics e até comecei uma original ABO hehehe! Vão ler se puderem/quiserem heheheh.

Espero que estejam gostando desse novo formato de SdD. Estou tentando desenvolver mais a relação dos dois hahuahuahua... Estou louca pra arrumar todos os caps logo e passar pra parte nova <3<3<3

Kissus

Capítulo 5 - O Festival da Colheita


Duas semanas se passaram. Nesse meio tempo, Harry treinava fervorosamente com o exército. Aproveitou também para treinar com Zabine e Pansy, o que resultou numa aproximação maior entre eles. Ron também participava dos treinos e Hermione sempre observava para fazer anotações afim de potencializar as habilidades dos soldados.

 

Harry em suas horas vagas passava seu tempo com Snape, conhecendo-o um pouco melhor e também ouvindo histórias de sua infância. Estava se afeiçoando ao conselheiro e gostando cada vez mais de sua companhia.

 

Draco estava se sentindo confiante, acreditava que o tratado havia sido de grande valia para Hogwarts, não apenas o exército era excelente como também o soberano conheceu pessoas incríveis. Talvez depois da guerra, os dois reinos poderiam manter uma relação de amizade, seria bom ver Harry e os outros de tempos em tempos. Sirius estava fazendo muito bem a Severus, o que era incrível! Hermione era muito inteligente e suas conversas com ela eram sempre desafiadoras e regadas a um bom debate. Ron era um caso perdido, comilão e sem muitas boas maneiras. Porém era alguém gentil e leal. E Harry era alguém muito determinado, admirava ver ele empenhado no seu dever e na forma dele agir com sua família. Sirius era como um pai para ele. Era até difícil acreditar que ele passou por tantas coisas.

 

O soberano estava cavalgando ao lado de Harry enquanto sua escolta cavalgava em pontos estratégicos a fim de garantirem sua segurança até o território de hufflepuff. Durante a maior parte do caminho, Draco ficou em silêncio refletindo sobre as mudanças em sua vida. Era claro que ainda havia muita coisa para acontecer. Draco pressentia isso e secretamente temia pelo futuro de seu reino. O que ele podia fazer agora era se preparar e acreditar em Harry.

 

Depois de um dia e meio de cavalgada, eles chegaram ao destino. Harry ficou boquiaberto, a cidade estava completamente enfeitada e parecia que todos os habitantes estavam se esforçando para deixar tudo pronto para o dia seguinte onde haveria a cerimônia das bençãos.

O soberano e sua escolta se acomodaram no castelo do regente de hufflepuff, que no caso era Pamona Sprount.

Harry achou o casarão muito amável, o jardim era coberto de plantas como cactus e suculentas, mas o que mais chamou sua atenção, eram as rosas do deserto que enfeitavam todo caminho do portão à entrada, era lindo, com flores de variadas cores.

Após deixar suas coisas em seus aposentos, o comandante seguiu para o quarto do soberano, pediu permissão para entrar e teve que segurar a respiração ao ver o seu Senhor em trajes de dormir, o pijama de seda verde escuro combinava muito bem com Draco.

— Ainda com as roupas que chegamos Harry? Achei que a essa hora já estaria pronto para dormir – comentou casualmente sentado em sua cama com uma perna dobrada no colchão e a outra servindo como apoio para um dos braços.

— Eu estava conferindo o perímetro e me acomodando em meu quarto. Vim ver se precisa de algo antes que eu vá me preparar para dormir – explicou de forma polida.

— Não, não preciso, está tudo bem! – ouviu o pedido para se retirar e ergueu os dedos da mão que se apoiava no joelho como um leve pedido para que esperasse – Gostaria que se juntasse a mim no jantar. Pamona é muito gentil, mas gostaria de fazer minha refeição em meu quarto.

— Como quiser, meu Senhor! Permita-me apenas me refrescar e estarei de volta antes que sinta minha falta – reverenciou levemente e ao ouvir a permissão para se retirar, o fez.

Potter se banhou e colocou sua túnica para dormir, era confortável, ia até em cima de seus joelhos e metade de seu corpo ficava exposto por conta da alça única da roupa. Estava cansado da viagem, mas ainda havia obrigações a cumprir.


 

__--__


 

Quando Harry entrou no quarto, Draco não conseguiu deixar de reparar no corpo forte e musculoso, que com toda a certeza já devia ter enfrentado diversas batalhas. Seu tronco possuía algumas cicatrizes, o que só me deixava mais interessado em querer saber mais sobre ele. Draco estava ficando cada vez mais fascinado por aquele homem, mas o que ele poderia fazer? Sua infância toda foi recheada com histórias sobre a família de Harry. Viu Severus sofrer por ter perdido as pessoas que amava e ver o garoto da profecia assim tão de perto, fazia com que ele sentisse uma vontade incomum de proteger e cuidar, nunca havia sentido isso por ninguém, mas com Harry era diferente. Em seu íntimo gostaria que eles se tornassem melhores amigos ou algo do tipo, apenas tinha certeza de que queria o comandante em sua vida.

Harry parou no batente da porta e se escorou ali, sorrindo de forma divertida por ver Draco de forma tão descontraída. Os olhos verdes chamaram a atenção de Draco e ele sentiu como se o olhar do outro o tragasse para um espaço paralelo, onde ele se perdia e se encontrava ao mesmo tempo, em uma dicotomia de sentimentos que aqueciam e apertavam seu peito ao mesmo tempo. Uma sensação diferente.

— Sente-se, espero que goste de cozido – mostrou a cadeira em sua frente e ele seguiu de imediato, sussurrando um pedido de licença.

— Senhor, seu quarto é interligado ao meu, qualquer coisa que aconteça a noite eu poderei agir de imediato, ou caso haja algum problema, o Senhor poderá me chamar sempre que desejar.

— Entendo, Harry. Agora sirva-se e aproveite a sua refeição.

Assim fizeram, jantaram com conversas amenas à mesa. As vezes Harry fazia o outro rir com algum comentário idiota e era reconfortante estar ao lado dele. E também os comentários ácidos de Draco por vezes lhe arrancavam gargalhadas e isso fazia com que o soberano se sentisse bem. Draco estava feliz com a amizade que vinham desenvolvendo, era bom saber que algo de bom estava surgindo, mesmo com a eminência de uma guerra em Hogwarts.


 

— Meu Senhor, se me permite, vou me retirar – pediu de forma baixa e educada.

— Mas já?

— Amanhã será um dia longo, meu Senhor…

— Está bem, mas antes de ir Harry, vou lhe pedir algo!

— O que quiser, meu Senhor.

— Nós já nos conhecemos há um tempo não é mesmo?

— Sim, Senhor! Tem um tempo considerável se me permite dizer – sorriu com a frase, o que fez Draco sorrir também.

— Então… Eu gostaria que me chamasse pelo nome. Acredito que já somos amigos suficiente para deixar de lado as formalidades.

— Se o Senhor prefere assim – direcionou um olhar quase debochado a ele – quero dizer, como quiser Draco – e assim que o nome de Draco saiu da sua boca, o soberano sorriu satisfeito.

— Isso! Ótimo! Então, boa noite, Harry!

— Boa noite, Draco!

__--__


 

Harry POV


 

O jantar com Draco foi incrível, eu nunca conheci ninguém como ele. Saber que ele assumiu o título de Senhor do Deserto tão novo, só me faz admirá-lo mais ainda.

Snape me contou que os pais de Draco morreram há alguns anos atrás em uma emboscada e isto fez com que o garoto assumisse com 17 anos toda a responsabilidade de cuidar do deserto.

Era perceptível como Draco era inteligente e justo. Eu via a forma com a qual ele regia suas terras, com inteligência e paixão, e eu o admirava. O simples pedido para que eu o chamasse pelo nome, me fez ficar extremamente feliz, principalmente quando ele disse que somos amigos.

Não posso sonhar muito quanto a estar com ele, mas eu com toda a certeza cumprirei meu juramento e o protegerei.

Fui me deitar depois do nosso jantar e adormeci quase que imediatamente.

Eu já estava dormindo quando senti uma aproximação, uma parte da minha cama afundou e por reflexo eu acordei e de forma ágil peguei minha adaga embaixo do travesseiro a levando ao pescoço do invasor que ficou sob mim.

Estava escuro, mas assim que percebi ser Draco me levantei, seus olhos estavam arregalados e eu ofegante.

— Perdão Senhor, foi apenas um reflexo! – desculpei-me e pude ouvir um grande ruído vindo de fora.

— Por Merlim, Harry! Que reflexos! Mas não importa, temos que fechar as suas janelas, está vindo uma tempestade de areia.

Começamos a fechar as janelas e eu vi que Draco chegava a tremer um pouco quando o som dos ventos aumentava.

— Meu Senhor?… – ele parecia absorto a minhas palavras – Draco! – tentei outra vez e vi ele virar em minha direção.

— O quê? – ele franziu o cenho e vi seu corpo tremer com um som maior que veio de fora.

— Draco, está tudo bem? - lembrei de não ser tão formal e testei me aproximar.

— Está! Eu… Eu apenas não gosto de tempestades de areia.

Vi ele ficar tímido quanto ao seu notável medo. Eu não resisti e o abracei, o que me surpreendeu é que ele correspondeu ao meu abraço quase que de forma desesperada e eu podia o sentir tremer em meus braços.

— Patético não acha? - indagou com a voz trêmula e abafada por seu rosto estar encostado em meu peito.

— O quê?

— O soberano de todo o deserto ter medo de tempestades de areia.

— Não acho nem um pouco patético, todos temos medo de alguma coisa, Draco – o afastei um pouco para falar o olhando nos olhos – seu medo não anula suas boas ações, seu senso de justiça ou de lealdade. O Senhor é um soberano muito amado e eu o admiro muito.

Ele sorriu e voltou a me abraçar.

— Você pode ficar comigo até eu dormir? – senti o receio em sua voz. Podia parecer algo bobo, mas eu jamais o deixaria só num momento como esse.

— Claro, Draco! Vamos… – conduzi Draco até a própria cama e sentei-me ao seu lado.

— Harry, deita comigo? Só até a tempestade passar – Pediu e o meu Senhor dessa forma parecia uma criança indefesa, quis sorrir com esse pensamento mas segurei a vontade. Fiz o que me foi pedido e deitei de lado olhando para seu rosto metade coberto pelo lençol.

— Eu lhe proíbo de contar isso pra alguém. – suas palavras eram imperiosas mas eu ainda o sentia como um menininho assustado.

— Claro, meu Senhor – tentei tranquilizá-lo e me lembrei de algo – essa tempestade não será ruim para o festival da colheita?

— Não… – negou e senti ele suspirar parecendo tentar se acalmar – hufflepuff possui estrutura parar passar por tempestades muito piores que esta. As estufas onde estão as plantações são bem protegidas, o máximo que pode acontecer é o festival atrasar algumas horas, mas nada de mais, amanhã tudo vai dar certo.

— Entendo… Pode dormir, Draco. Só sairei do seu lado quando a tempestade passar – afirmei.

— Certo…

Depois de algum tempo, Draco adormeceu. A tempestade demorou a passar e quando finalmente passou, não consegui ir dormir. Fui para o meu quarto quando já estava amanhecendo. Decidi que seria melhor me exercitar até a hora de me arrumar para acompanhar meu Senhor em seus afazeres do dia. Estava acostumado a me privar de algumas horas de sono em função do exército.

 

 

___ --- ___

 

 

 

Draco despertou um tempo depois que já havia amanhecido, sentiu a cama fria e viu que estava sozinho.

 

 

Dormir com Harry foi algo cálido para ele, achou que o outro fosse rir de seu medo de infância, mas não, ele não fez nenhuma piada e ao que parecia ficou ao seu lado até a tempestade passar.

 

 

Ouviu alguns sons vindo do quarto que se interligava ao seu e munido de curiosidade foi ver o que era. Harry estava fazendo flexões sem a parte de cima de suas vestes, o suor escorria por suas costas, a pele morena brilhava e Draco teve que segurar o suspiro que quis dar. Via como o comandante parecia ter facilidade naqueles exercícios porque a cada quinze flexões mudava o seu tipo, as vezes com as duas mãos, outra com apenas uma delas, o Senhor do deserto se surpreendeu quando viu que Potter alterava as flexões batendo palmas. Impressionante!

 

Iria continuar o admirando, mas Harry sentiu sua presença e parou com seus exercícios, de forma ofegante se levantou pegando uma toalha para se secar.

 

— Bom dia, Draco! – sua voz saiu cansada. Alguns fios suados grudavam em sua testa, o que apenas deixava sua aparência mais sensual. Harry estava intrigado, era a terceira vez que Draco chegava perto dele e ele demorava a sentir sua presença.

 

— Bom dia, Harry! Eu quero tomar café agora e depois gostaria de passar nas tendas antes do festival começar.

 

 

— Claro, Draco! Eu não sabia que o Senhor acordaria tão cedo! Vou me arrumar. Deseja que seu café seja servido aqui?

 

 

— Sim! Se arrume e junte-se a mim no café.

 

— Como desejar, Draco – fez uma breve reverência e se retirou para cumprir suas obrigações.

Harry ficou surpreso com toda a infra estrutura do festival que viu, realmente, a tempestade de areia não afetou tanto a hufflepuff quanto ele havia imaginado. Ele e o soberano estavam passeando pelas ruas e apreciavam o povo terminando de organizar os últimos detalhes.

 

O semblante de Draco era neutro, mas ele respondia com extrema educação a todos que se dirigiam a ele. Pararam em uma barraca de comida, o vendedor ofereceu humildemente o alimento para o soberano que suavizou a face ao ver o doce de leite. Ia pegar o doce, mas Harry o fez primeiro, tirou um pedaço do doce levando a boca e depois agradeceu ao vendedor e entregou o doce ao outro.

 

— Você gosta tanto assim de doce de leite?

 

 

— Simplesmente amo! - levou mais um pedaço a boca e ofereceu um pequeno ao comandante, que pegou e comeu mais um pouco do delicioso doce.

 

Caminhavam tranquilamente com o soberano mais a frente e Harry logo atrás, atento a tudo a sua volta. O senhor do deserto parou em uma tenda que vendiam algumas pedras e joias, Harry parou ao seu lado olhando as peças expostas. Haviam colares, pulseiras e anéis, como ouro e lápis-lazúli. Era tudo realmente muito bem feito.

 

— Quanto lhe devo? - perguntou já colocando a mão na túnica para pegar seu dinheiro.

 

— Para o meu Senhor, nada! É um presente – disse sorrindo e se recusou a aceitar que Draco pagasse pela mercadoria.

 

 

Sorriu e deixou algumas moedas de ouro saindo e deixando o comerciante de olhos arregalados por claramente ter recebido mais do que a joia que o senhor levou.

 

Harry iria seguir Draco quando viu algo que lhe chamou a atenção.

 

 

— Eu gostaria de levar este, por favor! - falou e apontou para um colar.

 

 

— Pode levar, nosso Senhor deixou muito mais dinheiro do que aquela joia valia, me sinto honrado de receber moedas do soberano.

 

Potter pegou o colar agradecendo e sorrindo. Simulou uma corrida para alcançar Draco que agora olhava alguns tecidos .

 

— Draco! Desculpe-me, eu vi algo lá e eu queria dar a você se me permitir.

 

Malfoy se surpreendeu e disse que aceitaria o presente. Draco recebia diversos presentes, o tempo todo, mas saber que Harry queria presenteá-lo, aqueceu o seu coração.

 

O comandante então entregou um colar feito em ouro branco, com um bonito dragão como pingente e seus olhos tinham esmeraldas cravejadas, era simples, mas muito bonito.

 

 

— É lindo, Harry! – ficou olhando admirado e ergueu a cabeça dando a Harry um lindo sorriso – Coloca em mim?

 

— Claro, meu Senhor! - concordou e tentou controlar a animação que sentiu ao ver que seu Senhor havia gostado do presente.

 

 

Ao colocar o colar, a nuca de Draco se arrepiou, mas este fato passou despercebido por Harry.

 

— Sabe, eu tenho um presente para você também – contou de forma feliz e ofereceu o pequeno embrulho que o viu guardar na última tenda – é o símbolo de uma de nossas regiões, a de Gryffindor, que é a região onde temos nossos guerreiros. Agora eles estão em Slytherin por causa do treinamento de vocês, mas eu gostaria que aceitasse este anel, me agradaria muito.

 

Harry estava boquiaberto, era um lindo anel de ouro com a cabeça de um leão esculpida, era lindo.

 

— Meu senhor! Eu não sei o que dizer, é lindo! – ficou lisonjeado com o presente.

 

— Obrigado, Draco! Seria bom – sorriu e fez o outro lembrar que deveria apenas o chamar pelo nome.

 

— Obrigado, Draco, é incrível!

 

 

Depois de algumas horas o festival havia oficialmente começado. Draco estava sentado em seu trono que fora arrumado no centro da praça, enquanto assistia as apresentações de canto e dança, uma forma de celebrar a fartura e a colheita.

 

Harry nunca havia visto nada igual, as danças, a alegria, a gentileza e a bondade de todos em Hufflepuff. Estava maravilhado e mesmo em serviço, não conseguia deixar de sorrir e aproveitar o festival.

 

Tão logo a música e a dança acabaram, foi chegada a hora das bençãos do Senhor do deserto sobre toda a colheita.

 

Fez-se um grande corredor e duas grandes bandejas estavam sendo levadas até o soberano.

 

Curvaram-se em respeito e a frente do soberano havia uma especie de vazo, com vários pés de tomates e todos carregados. Draco se levantou e fez um pequeno discurso agradecendo pela colheita abundante daquela temporada. Então ele retirou um pequeno tomate cereja do pé e o comeu, o público começou a festejar e a tocar os tambores e a cantar em gratidão pelo começo da colheita.

A comemoração se seguiu por mais um minuto, até que Draco pediu silêncio. A outra bandeja foi colocada a sua frente, mas agora os vasos estavam apenas cheios de uma terra fofa, Hary observou com atenção quando Draco colocou suas mãos na terra, abrindo alguns pequenos buracos. Em seguida colocou algumas sementes e cobriu elas com outro punhado de terra para por fim regá-la gentilmente com um pouco de água.

 

A comemoração que se seguiu agora foi bem mais explosiva e a música bem mais animada, as bandejas foram retiradas e os festejos recomeçaram.

 

— Gostou da cerimônia do festival? – começou uma conversa casual.

 

— É bem interessante, por isso que o Senhor deveria estar pessoalmente presente correto?

 

— Sim, sim, pra cerimônia acontecer eu basicamente faço a coleta do primeiro alimento da colheita e realizo o primeiro plantio.

 

— Ah, sim! Fascinante! Sua cultura é realmente diferente de Grimmald, não temos um festival ou esses tipos de formalidades – contou nostálgico.

 

— Fico feliz que tenha apreciado – disse enquanto se levantava – vamos? Gostaria de passear pelos jardins de flores do deserto.

 

— Como quiser, Draco. – reverenciou e acompanhou o outro quando este começou a andar.

 

O jovem soberano e seu comandante estavam sentados nos bancos do jardim apreciando o perfume das flores e a leve brisa que sopravam os seus cabelos. Malfoy gostava da companhia de Harry e recusava as formalidades, permitindo assim que os dois desfrutassem de um momento mais íntimo desenvolvendo aquela amizade recém construída.

 

— Eu tenho saudades de casa sim, mas devo admitir que eu sinto como se Hogwarts fosse meu lar. Gosto da sua companhia assim como a de Severus, ele tem se mostrado um grande amigo. Sirius particularmente gosta bastante dele – admitiu e riu ao falar de seu general.

 

— Sabe… Depois que toda essa guerra acabar... – sugeriu e Harry olhou para ele com curiosidade – Se você quiser continuar em Hogwarts, você é bem-vindo.

 

O comandante ficou surpreso com o dito e quando ia responder, sentiu várias presenças hostis. Imediatamente levou um dos braços ao ombro de Draco fazendo ele levantar do banco consigo e o colocando em uma posição que seria mais fácil proteger ele. Antes de ter tempo de questionar algo, Malfoy viu alguns homens de formas estranhas invadirem o jardim enquanto Harry os enfrentava com suas adagas.

 

O comandante se surpreendeu com os seres desfigurados, como se parte de seus corpos fossem animais. Bloqueou o ataque de um que possuía escamas em determinadas partes de seu corpo, rapidamente entendeu que os boatos do exército de quimeras do lorde das trevas era real! A força que aquelas criaturas tinham era absurda e estava tendo trabalho de se livrar delas.

 

A luta passou num piscar de olhos para Draco e quando percebeu Harry acabava com a última quimera que parecia ter seu DNA misturado com o de um lagarto.

 

— Meu Senhor! Está bem? Se machucou? – indagou preocupado olhando como o loiro parecia nervoso, ofegando com uma mão no peito como que tentando regularizar a sua respiração.

 

— Estou bem, eu, eu não consigo acreditar, realmente existem as quimeras e…

 

— DRACO! - Harry tomou o lugar do loiro encarando uma quimera que parecia ter traços de algum tipo de lobo. Esta era mais forte que as outras quatro que enfrentou e que se encontravam feridas e desacordadas no chão.

 

A quimera conseguiu arranhar o torso do comandante e para que não levasse uma mordida segurou no pescoço do lobo, e estava tentando desviar das patadas que recebia vez ou outra. Estava empenhado em acabar com aquele lobo e de repente um brilho meio dourado saiu de suas mãos e a criatura grunhiu como se sentisse alguma dor e se afastou do comandante, que se levantou e se pôs em posição de defesa na frente do soberano. Juntos assistiram a quimera gritar e se contorcer e aos poucos viram o brilho dourado aumentar mais e começar a separar o animal do homem, um lobo caiu ao lado do homem que parecia assustado e machucado, infelizmente o animal estava morto, mas o soldado estava vivo.

 

Harry para garantir a segurança de Draco pensou em golpear o soldado, mas quando se aproximou viu os olhos impressionados pela sua presença sussurrar:

 

— James? – desmaiou.

O comandante ficou atônito, por que aquele soldado o chamara pelo nome de seu pai?

 

— Harry! Precisamos levar a todos para serem interrogados em Slytherin. Devemos partir imediatamente! Leve este homem separado dos outros, temos que investigar isso melhor. E me diz, como você fez isso? – deu instruções para um Harry ainda boquiaberto pelo o que ouviu.

 

— Eu não sei Draco, realmente não sei. Mas providenciarei o necessário para o nosso regresso, mandarei uma coruja para Severus com o pedido de que arrume tudo para a nossa chegada com os prisioneiros.

 

Os dois jovens ainda estavam sem conseguir acreditar em tudo o que aconteceu.

 

Como Harry havia feito aquilo?

 

Será que conseguiria fazer de novo?

 

E quem era aquele homem que parecia conhecer seu pai?



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