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História O sentido da vida - O maior amor do mundo - Doce menininha


Escrita por: Iris-Swan

Notas do Autor


Eu sou totalmente apaixonada em fics sobre família.
Uma amiga muito especial me apoiou e insistiu para escrever essa, e aqui está...
Obrigada Ocean!

Capítulo 1 - Doce menininha


Fanfic / Fanfiction O sentido da vida - O maior amor do mundo - Doce menininha

“Once upon a time... Uma mulher com seus quase 30 anos, sem muito o que contar, trabalho na administração do haras que herdei do meu avô, eu sou responsável pelo maior bem da minha família, conto com a ajuda do meu pai, minha mãe e meu irmão mais novo, que agora anda um pouco ocupado, depois que o teto do orfanato da cidade desabou, Neal abrigou os órfãos. Temos uma casa de campo com mais de 7 quartos, um espaço ao ar livre que as crianças poderiam aproveitar bem melhor do que nós. Há muito tempo que aquele lugar não tinha vida, meu irmão tomou a decisão certa, e agora eu iria conhecer os pequenos que trouxeram vida ao lugar... E é isso, assim é minha vida, nada interessante e sem nenhum motivo para que eu viva com um super sorriso estampado nos lábios.” 
 

No final da manhã, mamãe papai e eu deixamos tudo organizado e seguimos para o novo endereço do orfanato, combinamos com Neal de almoçar por lá, e assim que chegamos, haviam crianças por toda a parte, papai e mamãe, claro, ficaram encantados, desceram do carro mas pararam antes de chegar a casa, eu segui a procura do meu irmão, fui parada no caminho por uma mulher loira que aparentava a idade de minha mãe. 
-Olá, sou Ingrid, e você é? 
-Emma, Emma Swan. 
-Oh, Emma, seu irmão, falou muito de você, ontem até contou histórias de princesas para as meninas, a princesa Emma é a super-heroína delas, desde então!  
Pensar em mim como heroína, já era bem engraçado, pior ficava a situação quando pensava em mim como heroína, vestida de princesa. 
-Oh Emma, não fique corada, as meninas adoraram as histórias!  Ingrid afagou minhas costas, me deixando ainda mais sem jeito, fui salva daquele momento constrangedor por uma voz masculina, gentil e educada que tomou toda minha atenção. 
-Irmãzinha! Neal envolveu seus braços em minha cintura e me rodopiou, arrancando risadas e ganhando um carinhoso abraço. Ingrid nos olhava com um enorme sorriso no rosto. Sabia sobre a história da minha família. 
Meus pais haviam adotado Neal quando ninguém o queria, ele nasceu com um sério problema no coração, ele era 5 anos mais jovem, então eu cuidei como se fosse meu bonequinho, e depois da cirurgia, meu irmão ficou bem, saudável e hoje em dia bem maior e até mais forte que nosso pai. 
-Garotão! 
-E aí pai?! Neal me soltou e foi cumprimentar nosso pai, e em seguida mamãe, que entrava conversando com uma garotinha que só chorava, sendo seguida por outras duas. 
-Encontrei esta pequena chorando, reclamando enquanto apertava o próprio braço. 
Ingrid abaixou na frente da menina que não parava de chorar, tinha os cabelinhos pretos com lindos cachos, na altura dos ombros. 
-Regina, pare de chorar, assim não poderei ajuda-la. 
Ingrid estendeu a mão e tentou tocar a menina que logo se afastou, parecia assustada, deu alguns passinhos para trás, tropeçando nos próprios pés e caindo com o bumbum no chão, o que a fez chorar mais ainda. As duas garotas maiores, riam, tirando sarro e apontando para a moreninha, meu coração se despedaçou e não pude evitar de ir em sua direção, ela encolheu-se, com medo, e escondeu o rosto em seguida, afaguei seus cachos macios e falei num tom baixo enquanto ajoelhava em sua frente. 
-Não chora, pequenina, eu me chamo Emma, como é seu nome? 
As duas meninas maiores correram até mim quase que pisoteando a garotinha. 
-Você é a princesa Emma? Que o Tio Neal contou pra gente? 
Sorri para elas um tanto sem jeito e logo voltei minha atenção para a menina, toquei seu pezinho e fiz um breve carinho, ela me olhou e em seguida mexeu os dedos, parecia gostar, sorri e recebi um sorriso choroso de volta. 
-Cuidado princesa Emma, se tocar nela, vai ficar suja, Regina fez xixi nas calças outra vez! Uma das meninas me alertou, tirando sarro da pequenina. 
Regina me olhou e um biquinho de choro se formou, Ingrid repreendeu as duas e eu não pude mais me conter, peguei a menininha nos braços, e a apertei contra o meu peito enquanto levantava.  
Senti suas perninhas em volta da minha cintura, e seus braços apertando meu pescoço. 
Mamãe me olhou surpresa, sorriu, e papai ficou sem entender nada. Nunca me dei bem com crianças, não levava o menor jeito com elas, mas aquela pequenina era diferente, eu queria protege-la. 
-Nosso furacãozinho se acalmou com a minha irmã?! Neal levou a mão a boca, parecia surpreso, Ingrid me encarava com os olhos arregalados, parecia ainda mais surpresa que Neal. 
Afaguei as costinhas dela enquanto todos se dispersaram. Mamãe seguiu com Ingrid, falando-lhe sobre o local, e as crianças, meu pai e Neal foram para o escritório, as duas meninas saíram resmungando algo e eu fui com a menina agarrada em meu pescoço, para a varanda, onde tinha uma cadeira de balanço, sentei-me e fiquei balançando, senti a blusa molhada, mas não me importei, só fiquei preocupada com a menina, e o tempo que ficaria em contato com o xixi. 
-Não quer me dizer o seu nome? 
-É... Gi..Gigina 
Sorri feito uma boba, aquela vozinha manhosa, toda aconchegada em meu peito. Afaguei seus cabelinhos. 
-Eu posso chama-la de Gigi? 
Ela sentou em minhas pernas e quando parecia que iria sorrir, olhou para baixo, vendo o tecido branco da minha blusa, molhado, um biquinho de choro se formou e ela tentou descer. 
-Hey, Gigi, o que foi? Não chora, princesa... 
Coloquei as mãos em suas costinhas, a impedindo de descer.  
Ela apontou para a mancha molhada e sussurrou num tom triste. 
-Nom é pincesa, Gigi moio ati.. 
-Mas não deixou de ser princesa por isso, eu posso trocar de blusa, a princesa Gigi também quer trocar essa roupinha molhada? 
Ela afirmou com a cabeça, eu a coloquei no chão e ela foi me levando em passos desajeitados pela agonia da roupa molhada, até o quarto onde dormia. Ela puxou a última gaveta de uma cômoda, que indicava ser compartilhada com outras crianças, tinham poucas peças, surradas, bem simples, ela puxou uma mudinha, era uma legging rosa desbotada, e uma calcinha, puxou tão desajeitada a roupa para baixo, me fazendo sorrir. 
-Deixa a tia ajudar você? Me aproximei e tirei a roupinha molhada. 
-O que acha de um banho? Depois coloca a roupinha limpa, hum? 
Ela afirmou animada, tirei sua roupinha e ela me apontou a toalha que usava, tão gasta quanto suas roupas, quando a levei pro banheiro e abri o chuveirinho, notei que seu corpo estava todo empolado, tinham algumas placas vermelhas e arranhões que pareciam ter sido provocados por ela mesma, se coçando. 
Minha mãe entrou no corredor e me viu abaixada dando banho na pequena, sorri para ela e Ingrid surgiu logo atrás, me oferecendo um sorriso também. 
-Ingrid, o corpinho dela... O que houve? 
-Oh, Regina tem a pele muito sensível, precisa usar produtos que tem um valor alto, com as doações que recebemos, não podemos pagar por eles, Sabonetes, protetor solar, creme para seu tipo de pele, ela acaba ficando assim, quando faz calor, fica pior, chega a dar dó. 
Suspirei, e olhei para a menina que brincava com o chuveirinho animada, voltei a atenção para as duas outra vez. 
-Você me autoriza a leva-la em um especialista? 
Depois da confirmação de Ingrid, continuei a brincar com a pequena, saí de lá tão molhada quanto ela, e em seguida troquei a blusa por uma do meu irmão. Regina ficou grudada em mim o tempo todo, e quando sentamos para almoçar, lá estava ela sentada em minhas pernas, falante e bem diferente de horas atrás quando a conheci, porém só falava comigo, daquele jeitinho lindo e manhoso que eu compreendia perfeitamente. 
-Você não vai comer o seu papa, meu bem? 
Ela balançou a cabeça em sinal negativo, Ingrid a olhou e bufou de modo frustrado, logo em seguida me chamou para uma conversa particular, deixei a pequena na cadeira, e vi seus olhinhos marejados, dengosos, e perdendo aquele brilho encantador. 
-Eu já volto, Gigi, não vou deixa-la sozinha. 
Neal se aproximou dela, e sorriu afagando seus cachos. 
-Ei pequeno furacão, o tio está aqui! 
Ingrid cruzou os braços e caminhava de um lado pro outro, parecendo bem preocupada, eu sentei no sofá e cruzei as pernas, a aguardando. 
-Emma Swan... Então, precisamos falar sobre Regina, apesar de parecer, Regina não é um bebê, bem, ela é, mas não é. 
Fiquei confusa e ergui uma das sobrancelhas. 
-Explique-se, Ingrid. 
-Emma, Regina foi largada, na porta do orfanato, junto dela tinha um bilhete, onde estava escrito seu nome e sua idade, na época, 8 anos. 
Ouvi aquilo e fiquei um tanto assustada, como poderia, 8 anos com aquele tamanhozinho. 
-Há 4 anos, Emma! Ninguém entende o que houve, levamos em alguns psicólogos, falaram sobre transtornos e traumas, cada dia que passava Regina piorava, regredia, e hoje está assim, é frágil, sensível, carente, mas o que me surpreendeu, é que ninguém, nesses 4 anos, nunca chegou tão perto dela. Você levantou da mesa e Regina já está nervosa, querendo chorar, querendo você, Emma. 
Aquilo me fez sorrir brevemente, eu sabia que havia acabado de conhecer a menina, que sua condição era um tanto complicada, e voltar a pensar nisso, fez meu sorriso desaparecer. 
-Bem, eu não sei o que dizer... Ela é uma garota especial, tenho certeza que será muito amada por quem a adotar e... 
Ingrid me interrompeu enquanto balançava a cabeça em sinal negativo. 
-Emma, eu não a conheço, mas conheço cada uma dessas crianças, eu vejo seus coraçõezinhos esperançosos para ter uma família, e hoje, foi a primeira vez que vi Regina assim, apenas quero lhe dizer que não machuque esse coração e se afaste enquanto é tempo, como disse, Regina é uma menina realmente muito especial, mesmo tendo esse comportamento infantil, ela não é um bebê, concordamos aqui, que não é bom trata-la como tal, talvez assim, melhore. 
Suspirei, e afirmei com a cabeça. 
-Irei me afastar, pelo bem dela, desejo de coração que Regina encontre uma família e que eles sejam capazes de lidar com esse pequeno detalhe e mesmo que eu não acompanhe, faço questão que Regina tenha um tratamento adequado, tudo o que precisar, é só entrar em contato comigo, ou repassar ao meu irmão. 
Quando voltei para a mesa, Regina não estava, olhei para mamãe que estava animada em uma conversa com as crianças.  
-Neal, me empresta um carro, preciso ir embora, depois peço alguém do haras para traze-lo. 
-Porque precisa ir, Emma? Papai me olhou assustado, forcei um sorriso. 
-Preciso ir para casa, não me sinto muito bem, tenho algumas coisas para revisar, documentação do leilão que teremos no final de semana, vocês podem ficar papai. 
Assim que meu irmão me entregou as chaves, corri para fora, e apertei o alarme para ver qual carro era, senti uma mãozinha puxar a barra da minha blusa, a pequena Regina me olhava com os olhos marejados e um biquinho tremendo. 
-Gigina veio dizê tchau. 
Suspirei, forcei um sorriso, soltei a mãozinha dela da minha blusa e caminhei em direção ao carro. 
-Tchau Gigi, foi um prazer conhece-la. 
 


Notas Finais


Espero agradar, é um tema bem novo para mim. Se agradar uma pessoa, já é o bastante pra que eu continue!


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