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História O significado de uma palavra - SAIDA - Capítulo Vinte e Quatro - Filha da


Escrita por: lihyeti

Notas do Autor


Voltei!!!!

Capítulo 25 - Capítulo Vinte e Quatro - Filha da


Uma semana, uma semana sem ver Dahyun. Ela não voltava pra escola desde aquele dia. A notícia do término já havia espalhado, claro, era muito óbvio saber apenas pelo jeito que Sana estava agindo.

Momo já havia voltado pra casa da Jline. Mina estava mais calma, mas continuava com raiva. Miyeon nem passava por Sana, mas os olhares cruzados no refeitório diziam que ela estava feliz com o que tinha feito.

- Qual é, Sana? Você não come café da manhã faz uma semana, vamos lá... - Mina sentou ao lado de Sana. - Abre a boquinha, colocar a comida na boca do bebê.

- Sai, Mina.

- Você vai ficar doente assim! Eu não quero ter que visitar ninguém em hospital!

- Come, Sana. Até eu to ficando preocupada. - Momo disse, sentando na cadeira que ocupava antes da briga.

- Licença. - Sana se levantou com certa pressa, queria evitar Hirai. Já passava tempo demais com ela em casa.

- Qual é, Sana? Você vai mesmo se levantar só porque estou aqui?

- Você tem direito de reclamar? Eu te considerava minha melhor amiga pra simplesmente me apunhalar pelas costas.

- Da pra parar com essa discussão ou apenas fazer ela em casa? Sei que a maioria não entende o que estamos falando, mas se alguém entender e vazar não vai ser legal.

- Eu não me importo mais, todo mundo sabe do meu término com a Dahyun, mas seria melhor ainda se soubessem que a culpa é dessa filha da puta.

- Minha culpa de você -

- Hirai Momo, chega! Você está errada de ter contado algo que a Sana não queria, você está errada de ter se juntando com a Miyeon e ter dado informações pra ela. Assume a porra do seu erro! - Mina era alguém cruel quando se tratava de verdades.

Momo olhou para Sana, como se estivesse preparando um pedido de desculpas. Minatozaki queria ouvir aquilo.

- Eu... não foi bem assim...

Sana revirou os olhos. - Ai, eu desisto. - A mesma virou as costas, indo em direção a saída do refeitório.
Não dava pra engolir situações assim, e apenas queria evitar.

Era dolorido saber que sua amiga havia participado do plano de Miyeon de maneira voluntária. Não tinha notícias de Dahyun e queria evitar o máximo Seungmin. Ele com certeza sabia o que havia acontecido em detalhes, mas era estranho já que tinha dias que ele simplesmente não aparecia o dia inteiro.

Tudo estava estranho.

- Momo, não tem como te defender.

- Eu pedi pra você me defender?

- Olha como você fica quando a Miyeon fica perto. Se você é tão certa, por que a Nayeon não olha mais na sua cara? Por que Sana não está mais do seu lado? Por que eu não consigo ficar dez minutos perto de você? - Momo abaixou seu olhar automaticamente, engolindo seco. - Tudo que ela toca estraga, eu não te reconheço mais... não é a Momo. Não a que eu conheço desde criança.

- Mina, não exagera...

- Quando você voltar, me avisa, por favor.

🖇

- Ah, eu estou com pena da Sana. Ela não está bem, claramente. - Chaeyoung sentou na grama. - Acabei de falar com Mina, parece que ela e a Momo discutiram de novo.

- Eu não entendo o que aconteceu. A Dahyun não me responde e o Seungmin só fala que precisa resolver um problema pra poder contar.

- Você não é vizinha da Dahyun? Por que não vai la e bate na porta dela?

- Esse é o problema, a Dahyun ta dormindo o dia inteiro. Dizendo o Seungmin que ela dorme e só acorda quando precisa ir no banheiro ou comer. Ela ta depressiva ao extremo.

- Que porra deve ter acontecido? Deve ser algo bem grave.

- Será se foi traição?

- Não... Sana nunca faria isso. - Nayeon suspirou. - Momo me disse que Sana teve um problema com Miyeon quando morava no Japão e acabou saindo de lá ainda com problemas.

- Por que você parece chateada com a Momo?

- A Momo... ela... - Nayeon engoliu seco. - Momo ajudou a Miyeon que fez a Dahyun e a Sana terminarem.

- O que? - Jihyo se levantou, se aproximando de Nayeon. - Desde quando você sabe disso?

- Uns três dias...

- E você só me conta agora?! - Jeongyeon se levantou rapidamente, segurando Jihyo pra não fazer nenhum tipo de besteira. - Eu aqui, me corroendo pra saber o que havia acontecido, pra você saber e não me contar só por que gosta da Momo?!

- Ela me disse pra não contar! Ela se sente culpada mais que todo mundo junto!

- O caralho que ela sente! Ela não sabe como a minha amiga está por culpa dela!

- Caralho, dedurar a melhor amiga pra outra pessoa? Pra que inimigos quando se tem Momo ao seu lado? - Jeongyeon encarou Chaeyoung como sinal que ela não continuasse o assunto.

- Me solta, Jeongyeon. - Yoo soltou lentamente, Jihyo suspirou. - Preciso ir falar com uma pessoa.

- Não fala com a Momo, por favor! Ela não pode saber que eu falei!

- Não se preocupa, não vou falar com a sua namoradinha que estragou o relacionamento que deixava a nossa amiga feliz. É uma pessoa que sei que seria a única que Dahyun iria se abrir.

- De quem você está falando?

- Daquela satanás do inferno, a culpada de noventa porcento de todos os problemas da Dahyun. - Jihyo pegou sua mochila. - Vou falar com a Tzuyu.

🖇

Sana passava pelos corredores das salas rapidamente, apenas querendo chegar logo ao banheiro. Precisava chorar, mas não iria conseguir fazer isso perto de alguém.

Abriu a porta do banheiro, indo direto em um dos boxs que haviam la. Chorou, chorou silenciosamente até sentir seu rosto ficar quente.

Sentia saudades de Dahyun, sentia decepção pela Momo, raiva de Miyeon. Eram tantos sentimentos misturados que sua cabeça estava a ponto de explodir.

Seja forte, seja forte. Você é forte.

Nada vai mudar.

Tudo vai ficar bem.

Ela vai voltar.

Ela vai sumir.

E tudo vai ficar bem.

- Tudo... está bem. - Sana falou para si mesma. Sentido seu corpo se acalmar.
Mentir para si mesma era algo ótimo. Sabia que tudo estava um caos e iria demorar muito para acontecer algo positivo, mas se não estava vendo, nada... nada estava acontecendo.

Saiu do box, indo na pia do local. Abriu o registro da água, lavando seu rosto para tentar disfarçar o resto da cara de choro que tinha.

- Ai você não vai nem acreditar! - A porta foi aberta. - A Tzuyu foi puxada pela Jihyo sem nenhum pingo de dó!

Aquele tom de voz e aquela risada que seguia a fala que nem havia prestado atenção. A dupla que havia acabado com todo seu ano.

- Uh... olha só se não é a minha incrivel namorada.

Sana apenas respirou fundo, pegou sua mochila do chão, já pronta pra ir embora.

- Não sei porque minha presença te incomoda tanto, Sana. É carência? Ou está com raivinha por eu ter feito seu namoro falso terminar?

Pronto. Toda sua paciência havia acabado. Sua raiva começou a subir, tomar conta da sua cabeça. Fechou os olhos, tentando controlar o surto que iria vim.

Segurou a barra da pia, se olhando profundamente no espelho.

Eu mato ela? Eu mato ela? Eu deveria matar ela! Eu quero matar ela ou ela vai acabar ME MATANDO! Não... não posso... mas eu tenho. 

Fechou seu punho, se virando rapidamente pra parede para descontar um soco. Não poderia ser em alguém, não poderia. Tinha que engolir aquela vontade avaçaladora.

- Sana? - Ouviu a voz de Momo. - Ei, não precisa se descontrolar!

- Ui... Sana se descontrolou. Fazia tanto tempo que não via isso, até me esqueci da sensação. 

- Miyeon, cala sua boca! 

- Eu deveria quebrar sua cara... - Minatozaki andou até Miyeon, a empurrando pra parede. - Eu queria tanto te ver a cinco palmos no chão, mas se você pensa que vai fazer eu me descontrolar você está muito enganada. Quer me foder? Vamos pra minha casa depois da escola, mas para de tentar foder minha vida, Miyeon...

- Você fodeu com a sua própria vida.

- Não. Vocês foderam com a minha vida. Você - Apontou para Momo. - Eu confiei em você, te contei tudo sobre o que sinto sobre a Dahyun e apenas contou pra Miyeon como se fosse nada. Como se meu sentimento fosse um lixo que pudesse ser jogado fora. E você - Apontou para Miyeon. - Você mentiu sobre algo que nem sei como desmentir. Namoradas? Nós nunca namoramos!

- Espera... você falou pra Dahyun que vocês duas namoravam?

- Qual é, Momo? Isso é realmente importante agora?

- Você disse que ia contar apenas sobre as merdas que a Sana fez com você, mas ela nunca namorou você! Você mentiu apenas pra fazer as duas terminarem?! - Minatozaki olhou para Hirai, a mesma parecia que tinha sua ficha no chão. - Você me usou apenas pra isso?!

- Eu nunca te usei, garota. Você é importante pra mim, mas se eu falasse apenas que a Sana foi embora sem falar comigo, que ela me enrolou por anos ou que ela tem um parafuso a menos na cabeça, é óbvio que a Dahyun não iria terminar. - Cho riu fraco, voltando seu olhar para Sana. - Meu plano, desde que eu soube que você estava namorando, era estragar esse relacionamento que você nunca teve a maturidade de assumir comigo.

- Vai sonhando que você conseguiu fazer isso.

- As palavras da Dahyun foram claras, Sana. Acabou. A-CA-BOU.

- Eu não vou desistir dela.

- Ela não vem pra escola faz uma semana, acho que ela que desistiu de você. Boa sorte, amor. - Miyeon empurrou Minatozaki levemente, apenas para sair de sua vista. - Vamos, Momo?

- Você é uma filha da puta...

- Vai mesmo ficar brava por algo que ja aconteceu? Você mesma queria esse término.

- Eu queria que a Sana falasse e não que você mentisse. A Sana gosta dela tão quanto ela gostou de você!

Miyeon riu, suspirando logo depois. - Pense como quiser, você ja me ajudou falando o que essa ai sentia pela doidinha. Enfim, você que sabe, anjo.

Cho saiu do banheiro, deixando Momo e Sana sozinhas.

Sana encostou sua cabeça na parede, rindo fraco. 

- Você ta rindo?

- Não acha isso hilario? Eu literalmente implorei pra você acreditar em mim, mas você preferiu acreditar nela. Agora ela confessa em voz alta que te usou apenas pra destruir o que a Dahyun e eu tínhamos. - Sana encostou na parede, olhando para Momo. - Eu perdi meu relacionamento e você perdeu a Nayeon. Que... legal...

- Nayeon deve estar tão decepcionada comigo quanto todo mundo junto...

- Obrigada por acabar com meu namoro a custo de nada...

- Eu não sabia que ela iria fazer isso.

- Era óbvio e você não é burra, mas sempre cai no papo dela, por algum motivo. - Minatozaki se aproximou de Momo, sorrindo fraco, mas com a dor mental transparecendo em seu rosto. - O que eu faço agora?

- Por que você não vai no prédio dela?

- Acha que isso vai dar certo?

- Não sei... eu não sei nem como olhar na sua cara sem me sentir culpada.

- É bom que sinta. Pelo menos um pouco da dor que estou sentindo você vai ter que sentir.

- Mas eu não to sentindo só isso...

- Está, acredite...

🖇

Sana pensou em engolir a idéia de Momo. Talvez ir até o prédio de Dahyun não fosse tão ruim assim. Sentia falta e estava preocupada com Kim, uma semana não era pouco e Seungmin também estava faltando.

- Mina...

- Diga!

- Eu vou a um lugar antes de ir pra casa hoje, tudo bem?

- Hm... tudo bem. Se você não chegar muito tarde.

🖇

- Eu já vim aqui outras vezes, o senhor me conhece.

- Recebi ordens da própria Kim Dahyun para não deixar você subir sem antes pedir autorização.

- Tudo bem...

- Um momento. - O porteiro pegou o pequeno telefone, discando o número do apartamento de Dahyun.

- Sim?

- Então, aquela menina, Minatozaki Sana, está aqui.

- Hm... - Uns segundos passaram. - Não fala para ela que eu atendi e manda ela subir. Apenas.

- Certeza?

- Sim... preciso conversar com ela.

- Certo. - O porteiro desligou. - Pode subir.

- Obrigada!

Sana entrou no prédio, sentindo a ansiedade invadindo seu peito. O elevador parecia demorado, chegar no andar demorou mais do que o normal, havia certeza disso.
Tocou a campainha, tendo certeza que era Dahyun que iria atender, mas uma figura mais alta foi quem abriu a porta.

- Mentira que foi você que atendeu.

- Desculpa te decepcionar.

- Cadê a Dahyun? Vim falar com ela.

- Dahyun está no décimo sono. - Sana desconfiou daquilo, Kim nunca dormia de tarde.

- Ela nunca dorme de tarde, eu conheço a Dahyun. Está mentindo.

- Ela está dormindo desde ontem, Sana. Ela não acorda. - Seungmin saiu do apartamento, fechando a porta atrás de si. - Enquanto isso, nós vamos conversar.

- Mas... ela vai ficar sozinha se você sair.

- Ela não vai acordar agora.

- Mas...

- Você não tem muita escolha. Quer voltar com a minha irmã ou não?

🖇

Seungmin e Sana pegaram o elevador até o último andar, subiram uma escada até chegar em uma porta que levava ao terraço.

O lugar era frio, o vento batia forte naquele local. Seungmin se sentou no chão, olhando pra Sana.

- Senta aqui, vamos conversar.

Minatozaki sentou ao lado de Seungmin, ainda desconfiada.

- Sabe por que eu não falo com a Dahyun na escola?

- Não...

- Ela que me pediu pra fazer isso.

- Que?

- Quando eu nasci, Dahyun tinha um ano. - Momento história? - Nossos pais achavam muito estranho ela falar apenas coisas soltas e nunca ter soltado uma frase. Perceberam que algo estava errado quando eu comecei a falar e Dahyun estava na mesma. Então minha infância foi marcada de idas a outras cidades em busca do diagnóstico da dela. Algo estava errado, mas ninguém sabia o que.

Curioso...

- O diagnóstico saiu quando Dahyun tinha sete anos. Ouvi meus pais várias vezes mencionarem alguma escola para pessoas neuro divergentes, mas eles não queriam que ela se sentisse diferente. Minha mãe dizia que era necessário, mas meu pai afirmou que eu precisava crescer ao lado da minha irmã. Que eu precisava proteger ela, que eu era o responsável, mesmo sendo mais novo.

Era uma história interessante, de fato.

- Cresci precisando ser responsável por ela. Eu me sentia excluído e pressionado. Não tinha atenção que queria, Dahyun tinha tudo que pedia. Eu não sabia o que fazer, não sabia...

Seungmin parou um pouco de falar, talvez para conseguir falar o resto sem chorar?

- Então eu vi ela chorando um dia no canto do quarto dela. Fui até la e perguntei o que havia acontecido. Ela mostrou o caderno dela, cheio de ofensas. Crianças podem ser cruéis quando querem. Ela me pediu pra ler o que não conseguia, mas não tive coragem. Não tinha como. Eu era uma criança hiperativa demais e odiava Dahyun com todas as forças, mas ela me amava. Eu não cuidei dela, me deixei apenas assistir de longe todas as humilhações que ela sofreu. - Sana ficou até um pouco em dúvida, Seungmin sempre pareceu um irmão que sempre foi presente. O que havia acontecido? - Então ela conheceu a Tzuyu, ela aparecia feliz todos os dias como se um passarinho verde tivesse aparecido em sua frente. Chou era presente na vida dela, gostava dela e sempre estava com ela. As duas eram inseparáveis. Então você já sabe o que aconteceu.

- Tzuyu começou a gostar dela e não era recíproco.

- Isso... - Seungmin respirou fundo. - Quando Dahyun tinha quinze anos, ela começou com a mania de pegar meus moletons e casacos apenas pra eu ter que falar com ela. Um dia, não sei o que deu na minha cabeça de querer pegar tudo de volta. Eu entrei no quarto dela e ela não estava lá. Tinha apenas um desenho. Um desenho de alguém nesse lugar, na ponta, pronto para se jogar.

- Você está me dizendo que...?

- Dahyun sempre suportou o bullying, mas não da pessoa que mais amava na época. Eu vim correndo, cheguei bem a tempo. Não sei se foi destino, coincidência, sorte ou até mesmo Deus. - Seungmin se levantou, representando com as mãos o local que havia acontecido. - Ela estava aqui, chorando. Nunca havia abraçado Dahyun direito, mas naquele dia, eu fiquei mais de dez minutos do lado dela. Fiquei até ela se acalmar. Ela me contou algumas coisas, sei que não foi tudo e me fez prometer que na escola nós não agiríamos como irmãos. Que tudo continuaria como era, mesmo que eu quisesse ficar ao lado dela igual naquele dia.

- Por que ela fez isso?

- Hoje é o medo dela de ser tratada diferente, mas antes, era porque ela tinha medo de que a Tzuyu mandasse alguém mexer com meu psicológico. Sou forte fisicamente, mas não mentalmente. Eu não deveria ter aceitado, mas o olhar dela me implorava para que eu apenas concordasse. Então concordei.

- Eu entendi algumas coisas, mas não entendi porque está me contando isso.

- Depois desse dia eu comecei a fazer o que sempre neguei pros meus pais. Comecei a cuidar da Dahyun, mesmo a distância. Nós nos aproximamos, mesmo que na escola nunca se falamos. Comento sobre as pessoas que sinto algum tipo de atração e ela também. Tudo escondido dos nossos pais, mas não importava. Ela me pareceu bem, mesmo com Tzuyu enchendo ela o tempo todo, ela insistia para que eu não me intrometesse. Então você apareceu. Apareceu e fez o mundo dela virar.

- Sinto muito...

- Eu nunca vi ela chorando tanto... - Seungmin sentou novamente. - Quando chegamos em casa, foi direto pro quarto dela por um tempão, depois ela entrou no meu quarto, tirou meu fone e me abraçou. Ela me explicou, tentou, mas não parava de chorar. Precisei manter a força, não podia chorar, mas fiquei tão perdido que apenas peguei o remédio dela e a fiz engolir pra dormir. Eu chorei, eu chorei muito depois.

- A culpa disso tudo é minha?

- Não sei, mas Dahyun gosta muito de você. Gosta ao ponto de querer morrer por gostar.

- O que eu faço? - Sana abaixou a cabeça. - Eu amo ela, sei que errei, sei que eu deveria ter contado pra ela. Mas... mas... eu não sei o que fazer!

- Eu vou te ajudar, vou conversar com ela sobre ir pra escola. Nossos pais estão ficando bravos com ela por conta das faltas.

- Pensei que seus pais fossem tranquilos.

- Papai é. Ele é tranquilo demais quando se trata de mental, mas de alguma maneira, por mais irônico que seja, mamãe é rígida demais.

- Você vai mesmo me ajudar?

- Você vai me explicar a história inteira, pelo resumo da Dahyun eu ainda to bem puto com você, mas sei que não foi só aquilo e tem sua parte. Se for cabível, sim, Sana. Eu vou te ajudar a voltar com a Dahyun. Não aguento ver injustiças, principalmente com a minha irmã.

- Quer que eu comece de onde?

- Do inicio de tudo isso. Se possível, desde a data do seu nascimento.

🖇

Dahyun sentiu sua cabeça pesar assim que abriu os olhos, sua cachorrinha saiu de cima de si depois de ter a lambido até acordar.

- Que droga, Ari...

Olhou em seu celular, suspirando.

4:50PM

Ji Hyo: Amorzinho?
Eu to preocupada
Faz uma semana já
aparece
te amo

Chaeyoung: Cade você? :(
Estou sentindo falta da minha
dupla dinâmica
Preciso te contar várias coisas

Mina: Eu sei que ela errou, mas
escuta ela

Momo: Eu te pago lanche
Aparece Dahyun!!!

Dahyun tinha um sorriso leve em seu rosto, até ver a últimas notificações.

Sannie: Me perdoa
Eu errei
Eu te amo
Muito
Muito
Muito

- Merda... - Dahyun bloqueou o celular, afundando a cara em seu travesseiro. Queria chorar, mas não tinha nenhuma lágrima disponível no momento.
Se sentou na cama, percebendo que havia dormido mais de treze horas seguidas. Estava assim todo dia. Estava acabada.

Se levantou, vendo o pote da ração de sua cachorrinha quase vazio.

- Desculpa por isso... vou encher. - Então depois de treze horas dormindo, levantou não para comer ou tomar água, apenas dar comida a Ari e dormir novamente.

Percebeu o silêncio um pouco incomum em sua casa em algum fim de semana. Olhou para os lados, percebendo que a casa estava vazia.

- Papai? - Kim entrou no escritório de seu pai, vendo um bilhete em cima da mesa.

Dahyun, você deve ter acordado e vindo aqui falar comigo. Precisei fazer uma viagem urgente, mas volto em menos de três dias. Fique bem.

Então não havia acordado nem pra se despedir de seu pai. Viagens assim eram raras, mas sempre esteve lá para dar um abraço em seu pai.

- Dahyun é tão idiota... - Saiu do escritorio, abrindo a porta do quarto de seu irmão. Também vazio, mas o jogo aberto. Ele tinha saído recentemente.

Sozinha em casa.



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