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História O Silêncio Dos Lobos - Promessas


Escrita por: DoctorCase

Capítulo 137 - Promessas


Alarmes.

            Henry Cavill guardou o celular no bolso de dentro do terno, após falar com Jayden. O corredor, finalmente, estava vazio. Henry sentia o odor forte no ar e seus olhos azulados como a água se transformaram em negridões. Com rapidez, Cavill retirou a caneta do bolso e a puxou. A caneta se alongou, virando um bastão de três palmos de cumprimento com uma finura característica.

            O silêncio era cortado pelos sapatos lustrados de Cavill e os alarmes gritantes. O salto baixo e a ponta de aço produziam um som estranho.

            Kim Jong In se escondia nas sombras. Ele havia sentido o cheiro de Cavill desde a entrada dele naquele prédio. O odor de perfume francês era tão forte em suas narinas, que o irritava. Sua respiração era leve e ele tentava não chamar a atenção de Henry.

            Henry desabotoou um dos botões do terno. Seus olhos procuravam por ele entre as diversas salas espalhadas por aquele andar, que era destinado somente á Jong In. Com um sorriso no rosto, a ponta do bastão riscava a parede. Não era tão incomodo para ele, mas o som para Kai, era irritavelmente perturbador.

            Henry fechou os olhos, absorvendo o som. Seus ouvidos zumbiam e linhas de sangue desciam. O som se assimilava á unhas riscando uma lousa, mas com a sala, completamente vazia, e assim, produzindo ecos e mais ecos.

            -Te chamam de Kai. –Henry disse e seus olhos se fixaram no fim do corredor. Uma luz piscava ali e Henry sabia que ele poderia estar lá. – Mas eu te chamo de 515. Porque você é meu.  E quando eu acabar com você, você vai voltar a ser um lobinho bonzinho cheio de agulhas no meu laboratório.

            O lábio superior de Kai se franziu e os caninos formigavam.

–Henry falou, dando ênfase no nome dele. E lá estava ele. Cobaia 515. Kim Jong In, também conhecido como Kai. Tinha caído na armadilha como um cachorrinho depois que o dono o chama pelo nome.

--Maior. Muito maior. –disse Cavill, com um incio de sorriso cintilando em seus olhos enqaunto media o tamanho colossal de Kai.  Ele desabotoo o restante dos botões e largou o paletó no chão. Em seguida, descansou a ponta do bastão de prata no ombro. – Quando eu derrubar você, tenho que analisar esses seus olhos. –Cavill apontou o bastão para ele.- Eles são incríveis. Se você morrer, tirarei seus olhos e os colocarei num pote. –os olhos escuros de Cavill riram dele.

            Kai continuava ali. Tão imóvel quanto tinha estado um dia e ele manteve a sua fúria diante da provocação de Cavill. Mas ele se manteve parado, controlando sua respiração e a ira de sua fera que se rastejava como uma cobra em seu corpo.

            Henry continuava sorrindo e ele sentia o ar carregado de uma espessa camada de fúria. Com a mão direita, ele a enfiou no bolso da calça e tirou um pequeno aparelho.

            -Sabe, 515 –Henry olhou para o aparelho em sua mão. – você pode ser forte, rápido e incrivelmente impressionante em todos os sentidos, mas –Henry apertou um dos botões da lateral.

            Os gritos assustaram Kai.

            -Até o Superman tem a sua kriptonita.

            O calor ferveu o corpo de Kai. E tanto os gritos agonizantes quanto o cheiro que se soltava no ar, fizeram Kai perder a luta contra si mesmo. Ele sentia os batimentos pulsarem no corpo de Henry. E avançou. A vontade de sentir o gosto dele o fez babar quando o cheiro de perfume caro francês provocou seu nariz.

            Henry começou a rir e quase não conseguiu se defender do ataque veloz de Kai. Mas, Henry se virou e acertou a ponta do bastão na panturrilha de Kai.

            A agonia da dor se espalhando por sua panturrilha ajudou sua fúria a reacender. Os choques continuarão e Kai deu um pulo para trás quando viu a lâmina espessa e pontiaguda no bastão sendo recohilda.

            Kai jogou Henry longe e ele bateu com força na parede. Escutou-se o barulho quando Henry atingiu o gesso. Kai se agachou e seus olhos selvagens se fixaram nele.

            Henry estalou as costas doloridas e sentiu as costelas quebradas quando inspirou, mas a adrenalina o ajudaria a terminar o serviço antes de desabar. Ele voltou a sorrir para Kai, que esperava-o levantar para atacar novamente. Com a manga da camisa, Henry limpou a linha de sangue da boca.

            Á essa altura, uma equipe de cem homens com fuzis e metralhadoras desciam os andares até o subterrâneo para deter Kim Jong In.

            -É tudo o que você tem? –Henry questiona, se levantando do chão cheio de pedregulhos. Mas a dor aumentou tanto que cambaleou para trás e a tosse veio em seguida. Com sangue.

            Kai podia ser um animal selvagem, mas ainda era muito meticuloso e esperto.

            Sabia que Henry estava ferido, mas também tinha interesse em saber se Henry havia capturado Kyungsoo novamente, por causa dos gritos agonizantes que havia escutado do gravador.

            -Diga. –rosnou Kai. – Cadê o Kyungsoo?

            Henry sorriu com os dentes vermelhos.

            -Diga! –Kai gritou.Seu corpo tremia para avançar contra Henry. Para rasgar a pele dele com os dentes e depois espalhar pedaços de seu corpo por aquele corredor. Mas ele precisava saber.

            Os soldados se aproximavam.

            Henry tossia sangue.

            Kai rugiu para Henry, impaciente pela resposta.

            -515. Vou fazer o Kyungsoo sentir tanta dor que ele vai implorar para mim para morrer. –Henry sorriu, vendo as mãos de Kai tremerem. –Você devia me matar. Ainda substimava sua força, mas, olha só, você consegu controlar a sua fera mesmo depois de tudo isso. –Henry virou o rosto para a porta, para a multidão de soldados que desciam a rampa. E a risada veio em seguida, quando observou que Kai virava a direita para fugir. E então, apagou.

 

Sehun olhou através da janela, para a paisagem, para o último pôr do sol de outono. As folhas caídas na grama do jardim eram levadas pelo vento frio, indicando o início do inverno. Desde que Luhan tinha sido raptado, Sehun sentia menos que deveria estar vivo e já havia pensando em muitas formas de acabar com a sua miserável e triste vida. Ele respirou fundo, com um sufocamento em sua garganta. Ele conferiu com a mão senão havia nenhuma corda prendendo ele ao teto. E olhou para trás, para a porta dupla do escritório. Sabia que não estava sozinho. 

Ele suspirou, voltando o olhar para o céu. 

-Xiumin? 

Ele estava no canto da parede. 

-Olá. 

O silêncio continuou. 

E Xiumin se aproximou, respirou fundo e ficou ao lado dele. 

-Sou o único que desconfia de NamJoon? -Xiumin soltou.

Sehun o olhou de rabo de olho. Sabia que era por isso que tinha vindo falar com ele. 

-Não. Aparentemente, todos nós, mas se Chanyeol acha que isso é o certo, o que podemos fazer? 

-Sim... Bom, eu poderia tentar convencê-lo, mas h vele não me escuta mais. 

Sehun deu uma risada zombateira. 

-Não me diga. 

Xiumin suspirou, triste com aquela situação. 

-Queria que tudo fosse como antes. Sinto falta da nossa casinha. 

Um aperto mais agudo lhe doeu o peito. Xiumin percebeu o odor diferente no ar. 

-Oh, cara, sinto muito. 

Sehun negou com a cabeça. 

-Vamos encontrá-lo. Vivo ou morto, Sehun. - Xiumin se virou de frente para ele. - Ele quer ser encontrado. Mesmo se estiver morto. Tenho certeza que pensa em nós. Em você... 

Sehun olhou para ele de lado. 

-Provavelmente nunca vamos encontrar ele, Xiumin. 

Xiumin se distanciou de Sehun, que virou o corpo para ver o que faria. Ele buscava por alguma coisa na gaveta que Chanyeol usava para traçar novos caminhos para procurar por Kai. 

-Ah...? O que você tá fazendo cara? 

-Shhhh. -Xiumin pegou o estilete e voltou a se aproximar de Sehun. - Abra a palma. 

Os olhos de Sehun brilhavam de emoção. Ele lhe ofereceu a palma aberta. 

Xiumin subiu o estilete, rasgou a própria palma e apertou a de Sehun. As linhas de sangue pingavam no chão. 

-É uma promessa. 

Por muito tempo, Sehun não se permitiu chorar por Luhan. Achava que era uma desonra chorar por alguém que não estava morto. E era verdade. Todos na matilha acreditavam que Luhan ainda estava vivo. E de alguma forma, com aquela promessa, Sehun se sentiu cada vez mais confiante em encontrar Luhan. Ele não conteve as lágrimas quando encarou os olhos de Xiumin e sentiu que ele era tão fiel às promessas quanto a vontade de se vingar de Henry Cavill. Xiumin, de algum modo, daria a própria vida para achar Luhan e poderia deixar a sua vingança em segundo plano para concretizar aquilo. Sehun se sentia tão grato por isso e realmente não sabia como retribuir. 

-O que... posso fazer por você? 

Xiumin apertou ainda mais a palma de seu irmão. 

-Fique vivo para ele, Sehun. Fique vivo. 

 



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