1. Spirit Fanfics >
  2. O Silêncio Dos Lobos >
  3. Porta

História O Silêncio Dos Lobos - Porta


Escrita por: DoctorCase

Capítulo 18 - Porta


Kai respirou fundo mais uma vez.

Kyungsoo bateu na porta.

-Kai?

Ele travou a mandíbula, encarando a porta.

-Oi?

-Oi.

-Você está bem?

Kai não estava.

-Estou.

-É... Porque você... está aí... faz algumas horas.

Ele franziu a testa, erguendo-se, abriu a porta e olhou para Kyungsoo.

-Horas?

Kyung afirmou com a cabeça.

-Eu dei um cochilo. - mentiu. Ele só estava tentando controlar a fera dentro dele. Esbugalhou os olhos, se afastando para se ver no reflexo. Castanhos. Suspirou em alívio. - Desculpa por te preocupar. Mais uma vez.

Kyungsoo negou com a cabeça.

-Eu também dormi um pouco, te esperando no sofá. Ainda quer assistir o filme ou... tem alguma coisa pra fazer?

-A única coisa que tenho pra fazer é ficar aqui. Contigo.

Kyungsoo conteve o sorriso.

-Tá bom.

Kai saiu do banheiro e os dois foram para baixo. Para a sala. Ele se jogou no sofá, olhando para a televisão. Apontou para a tela.

-Godzilla?

-Eu gosto.

Kai o observou, sentando no sofá, acuado.

-Você torce para os monstros ou para os mocinhos?

-Prefiro os monstros.

Ele sorriu, olhando para a tela.

-Que bom que é pra eles.

DO apertou o botão do controle, iniciando o filme. Kai procurou pelo interruptor para apagar as luzes.

No escuro, ele encarava Kyungsoo. Seus grandes olhos, as bochechas, os lábios. Ele se aproximou, pousando o braço no sofá, detrás de Kyungsoo.

Ele virou o rosto, constrangido pelos olhares. Mordeu o lábio.

-O que foi?

-Nada.

Kyungsoo voltou a encarar a tela. Queria muito prestar a atenção no filme. Mas era impossível.

Não com Kai tão perto dele.

Ele respirou fundo, segurando o tecido da calça com força.

-Para de me encarar.

Kai sorriu.

-Por que?

-Eu fico com vergonha.

-Adoro quando você fica com vergonha.

Kyungsoo suspirou, nervoso, apreensivo, suas mãos suavam, seu coração batia rápido.

-Kai.

-Hum?

-Para.

-Tá.

-Por favor.

-Aha.

Kyungsoo fechou os olhos. Virou-se para ele.

Kai se inclinou para frente, beijando seus lábios, segurou seu rosto com a mão, puxando o corpo de Kyung com a outra, no encosto do sofá.

-Eu precisava fazer isso.

Kyung separou os lábios úmidos, o encarando perplexo. Não estava preparado para aquilo. Não assim de repente.

-Faça de novo.

-O quê?

-Faça de novo.

Kai selou seus lábios, movimentando-se lentamente sobre a boca de DO.

-Se você me pedir de novo, eu não vou parar mais. Então saiba o que você está fazendo. Tem coisas que eu não posso controlar.

Deslizou seu dedo pela bochecha lisa dele.

-O que você não pode controlar?

Kai o encarou. Mordeu o lábio inferior com força.

-Você não sabe o que tenho que passar para ficar bom para você. Para controlar esse... desejo insaciável.

Kyungsoo olhou para seus lábios.

-Não controle mais.

-Se fosse tão fácil assim...

Kyungsoo respirou fundo.

-Por que não... quer transar comigo?

Kai demorou para pensar em alguma coisa sutil para tentar explicar.

Perder o controle era tão fácil quanto piscar. Era instantâneo. Como um clique. Não queria ter que interromper nada com Kyungsoo, não sem ter plenamente o controle sobre a fera. Também queria que ele sentisse todo o prazer que merecia. Kai não queria se preocupar em ter que manter a gentileza no meio de tanta agressividade que emanava naquele instante.

Ele respirou fundo, acariciando a maçã do rosto, ao redor do machucado.

-Eu quero. Eu juro que quero. Mas agora não posso.

-Por que?

Kai não quis responder.

Não queria explicar que lutava internamente com seu monstro naquele momento. Com o desejo intenso de rasgar as roupas de DO com os dentes e possuí-lo sem dó nem piedade.

Kai engoliu a seco.

-Por causa do Chanyeol?

-Não, Deus, não... Claro que não. - mordeu o lábio, pendendo a cabeça para trás. Kyungsoo não sabia o quanto ele queria fazer aquilo. - Você não sabe o quanto quero fazer isso, Kyung. Desde o dia que te vi. Eu quero muito, muito, muito mesmo fazer isso.

Kyungsoo olhou para baixo, para os rolinhos firmes do abdômen, para a ereção monstruosa e volumosa marcando a calça.

-Eu também quero agora.

Kai o olhou.

-Você o quê?

-Eu quero.

Ele engoliu a saliva. Seu membro pulsou.

-Você disse que quando eu quisesse...

Kai negou com a cabeça.

-Você não disse isso.

-O quê?

Kai apertou os olhos, gemendo em dor, controlando novamente a quentura que invadia seu estômago e subia queimando sua garganta.

-Meu Deus, Kyungsoo. Por que você faz isso comigo? POR QUE?!

-O que eu faço?

Kai apertou os olhos, colocando a mão no rosto.

-Meu Deus.

Kyungsoo se aproximou, receoso, hesitante, incrédulo que ia tentar aquilo. Sua respiração quente encostou no pescoço de Kai, que ficou imóvel, com os olhos encarando o teto. DO deixou um beijo escasso na pele dele.

Kai rosnou.

-Para.

-Por que?

-Meu Deus, Kyungsoo, por que? Por que tá me torturando assim?

-Por que está resistindo? Eu disse que quero. Não sabe o quão envergonhado tô agora por dizer isso em voz alta.

Kai choramingou.

-Eu não quero te machucar, Kyungsoo.

-Você não vai.

-Vou.

Kyungsoo se assustou com sua sinceridade.

-Eu não me importo.

-Mas eu sim. Quero ser gentil com você. Não... Fazer as coisas que... eu penso... eu... Você merece coisa melhor, Kyungsoo.

DO negou com a cabeça. Sua excitação dominava sua mente. Voltou a se aproximar do pescoço de Kai, lambendo a área onde tinha beijado, movendo os lábios, tentando instigá-lo, se render.

Kai tremia. Seu membro pulsava loucamente na calça e ele pensou que iria gozar ali mesmo.

-Por favor...

Do pousou a mão sobre o volume da calça. Kai mordeu o lábio até sentir o gosto de sangue. Seus olhos ardiam. Ele sabia que estava próximo ao êxtase.

Também do descontrole.

-Kyung.

DO movimentou os dedos sobre o volume.

Kai segurou com as mãos no encosto do sofá. As unhas cresciam nos dedos. Sua voz estava apertada, mais grossa e grave.

-Kyung.

Do não parou. Chupou a área com toda força, deixando uma marca vermelha.

A reação de Kai foi um rosnado.

Kyungsoo parou.

Chaves se movimentaram na porta da frente.

Kyungsoo olhou para a porta.

Kai para Do.

-Vai pro meu quarto, agora.

Kai se ergueu, virando um borrão subindo as escadas.

Do engoliu a seco com o que tinha visto.

Seu coração batia rápido.

Como ele tinha feito isso?

Voltou a encarar a porta.

-Oi pai.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...