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História O Silêncio Dos Lobos - Brisa


Escrita por: DoctorCase

Notas do Autor


Esqueçam a visão que têm do nosso pinguinzinho
Pokémon evoluiu

Capítulo 59 - Brisa


Fanfic / Fanfiction O Silêncio Dos Lobos - Brisa

Sul da Calorina do Norte. Nove meses depois.

Minho suspirou e apertou os braços cruzados contra o peito. Ele olhou para o relógio no pulso mais uma vez. Suspirou novamente, impaciente. O barulho dos punhos de Kyungsoo contra o saco de areia pendurado no teto ecoava como explosões na academia.

-Irmão?

Os cabelos longos de Kyungsoo saiam do coque com a força dos golpes. Minho olhou para o pino que segurava o saco preto de areia. Aquela merda iria cair alguma hora.

-Kyungsoo!

Ele abraçou o saco, parando-o. Suas costas estavam molhadas pelo suor; os músculos tensioados de seu físico bem construído. Seus grandes bíceps inchavam de tanta tensão; veias saltavam dos braços.

-Vamos embora. Está tarde.

Kyungsoo procurou por sua garrafinha retirada do frigobar do apartamento onde morava com seu irmão. Pegou a toalha que jogou no pescoço.

-Que horas são?

-Onze.

-Posso fazer mais...?

-Não. –interrompeu Minho duramente. – Vamos para casa.

A raiva que Kyungsoo carregava era interminável. Tão inabalável como um abrigo subterrâneo contra bombas atômicas. Kyungsoo tinha se tornado uma própria mina terrestre. Sua própria bomba. Seu próprio demônio. O próprio pesadelo. 

-Escuta. Falei com a Anne hoje.

-E?

Minho suspirou, olhando para os tênis de corrida do irmão.

-Ela disse que ele continua te procurando.

Kyungsoo passou por Minho, em direção ao interruptor.

-Você disse para ela reforçar o que eu disse?

Minho respirou profundamente.

-Sim. Mas, cara, ele não vai parar de te procurar, você sabe disso.

-Eu to pouco me fodendo.

Kyungsoo colocou as chaves penduradas em seu colar no pescoço.

-Bora pra casa.

Minho olhou-o colocando o tênis.

-Você não para, cara. Dá um tempo. Quer virar musa fitness?

Kyungsoo sorriu sarcasticamente, mostrando o dedo do meio.

Minho sabia porque ele não parava. Era única coisa que gastava toda a energia que tinha acumulada, a energia que podia se resumir em raiva.

-Sabe que eu não posso ficar me contatando com a Anne toda hora, não é?

Kyungsoo assentiu, com as atenções para os cadarços do tênis.

-Por que você... –suspirou. Tinha até medo da reação do caçula. – Por que você não fala com ele? Diz que não quer mais nada? Vai economizar forças de ambos os lados. Você evitando ele e ele correndo atrás de ti... –Minho calou-se.

Kyungsoo travou a mandíbula, levantando o olhar zangado. Havia uma cicatriz em sua sobrancelha. Lembranças de seus tempos de tortura com Taylor Lautner. Ele parecia mais sombrio, forte, poderoso. Completamente o contrário do menino franzino que foi capturado pela Resistência Caçadora.

-Você vai pra casa agora ou vai me acompanhar na corrida?

Minho massageou os ombros doloridos.

-Vou pra casa.

-Beleza. Estou lá em duas horas.

Minho queria reclamar. Não faria diferença alguma tirá-lo da academia se ele fosse correr na rua. Não tinha medo nenhum dele sair sozinho. Kyungsoo tinha demonstrado muitas vezes que podia ser muito mais mortífero do que ele jamais foi em algumas situações.

-Te encontro em casa. Não demora.

Minho mostrou o punho fechado. Kyungsoo bateu contra ele com o seu. O toque de irmãos antes do mais velho ir embora.

Kyungsoo jogou a garrafinha no lixo. Não precisava de água. Só precisava liberar a energia que corria em seus músculos. A brisa noturna era intensa, maravilhosa, ventilava sua pele. Com o mp3 acoplado á seu bracelete entorno do braço grosso, ajustou os fones de ouvidos para ficarem mais confortáveis, então disparou. A temperatura quente o fazia suar mais ainda ás onze da noite.

Ele tentava se livrar do pesadelo que tinha passado no complexo da Resistencia Caçadora. A fuga foi a coisa mais assustadora que tinha acontecido depois do acontecimento horrível com Lautner.

Alarmes eram disparados e enquanto Kyungsoo era carregado por Minho nos braços, ele continuava chorando sileciosamente, como um belo covarde que era. Centenas de guardas corriam atrás deles. Chamava por Kai, que não aparecia nunca.

Ele sabia o porquê. Kyungsoo encontrava-se na outra metade do país. A muitos quilômetros dele. Fugidos do complexo, Minho e Kyungsoo acabaram parando na Carolina do Norte e desde então, o D.O mais novo, tinha conseguido a ascensão de seu lado caçador.

Diminuindo o ritmo frenético da corrida, Kyungsoo parou lentamente. Seus cabelos voavam pelos ombros. Algo tinha despertado sua atenção. Sobre os postes de luzes amareladas, casas de luzes apagadas e a rua deserta, Kyungsoo procurou pela coisa.

Quem ou...

O que, estava por perto.

Tão perto que Kyung conseguia sentir o cheiro.

Ele respirou profundamente pelo nariz, com os olhos revirando-se, tornando-se mais escuros do que já eram.

Que maravilha.


Notas Finais


kkkkassustador


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