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História O símbolo da paz - Sonhos quebrados


Escrita por: Lolla-la-land

Notas do Autor


A inspiração pra essa história veio muito de repente, vi uma publicação no Tumblr sobre uma realidade alternativa de Boku no hero e decidi que precisava de mais, então essa história é baseada no quadrinho que eu vi :3

Capítulo 1 - Sonhos quebrados


Fanfic / Fanfiction O símbolo da paz - Sonhos quebrados

"sinto muito, mas, seu filho não possuí individualidade alguma"

Aquelas palavras rasgavam com vontade os sonhos de Izuku ao meio, como seria possível ser um herói sem individualidades?

-Mamãe, eu ainda posso ser um grande herói?Posso ser como o All Might?- perguntou o garoto aos prantos.

Doia em sua alma ter que dizer a verdade e destruir os sonhos de seu único filho mas, ninguém mais poderia dizer isso a ele, ser mãe exige alguns sacrifícios.

-Sinto muito meu filho, mas você não pode se tornar um herói- disse ela abraçando o garoto que soluçava de tanto chorar.

Naquela noite Izuku chorou até pegar no sono, na manhã seguinte seus olhos continuavam vermelhos mas, ele sorriu ao dizer bom dia para sua mãe, ele sabia que se se ficasse triste ela também ficaria, e ele odiaria vê-la triste por sua causa.

 O clima do ambiente passou a ficar um pouco mais pesado quando seu pai apareceu, sua roupa de trabalho, expressão severa, ele não interagia muito, a mãe do garoto lhe deu um beijo, entregou seu lanche e lhe desejou um bom dia na escola, o homem nada disse, se sentou na mesa e começou a ler seu jornal.

Izuku deu um beijo em sua mãe e partiu.

-hey Deku!!- gritou katsuki.

-Katchan! Bom dia.

-Eu soube que você nunca terá uma individualidade, por que está tão feliz?- ele sentia uma necessidade de torturar aquele garoto, era inexplicável.

-Sim, é verdade kacchan, mas eu não me importo com isso- respondeu o garoto engolindo o choro.

-Você é realmente um perdedor Deku, e pensar que você queria ser um herói.

Aquelas palavras, todas elas, seriam como espinhos no coração de Izuku, katsuki tinha mesmo um poder incrível, aquela individualidade era digna de um herói, mas que sorte ele tinha, era realmente incrível, Izuku pensava, o que mais posso fazer? Ele certamente chegaria longe e tudo o que posso fazer é admirá-lo.

Naquele dia, Izuku, foi dispensado das aulas mais cedo, chegando em casa ele ouve um barulho vindo da cozinha, seus pais estão brigando outra vez, ele se abaixou pra escutar.

-você não é mais o homem que eu me casei!

-Eu não imaginei que a vida como uma família poderia ser esse inferno- esbravejou o homem.

-Você pode pelo menos disfarçar seus erros, é humilhante, todo dia, receber esses comentários, seu marido fez isso, seu marido fez aquilo- disse ela chorando.

- Humilhante? Humilhante mesmo é ser pai dessa criança inútil que você me deu.

Nesse momento Izuku tapou sua boca para que eles não ouvissem o choro, aquelas palavras de seu próprio pai.

-Não fale assim do meu filho!!!- disse sua mãe já avançando sobre o homem que a segurou.

-Não pense em encostar a mão em mim sua vadia!- respondeu ele, dando um tapa na mulher.

Nesse momento o garoto não conseguiu se segurar dentro de seu esconderijo, pulou sobre o pai com os punhos fechados na esperança de defender a mãe, mas, acabou sendo jogado na parede, a mulher foi até o filho e o abraçou forte na esperança de também protegê-lo, o homem não se mostrou arrependido, deu uma risada irônica, saiu para rua e bateu a porta com força.

-Você está bem mamãe?- perguntou Izuku.

-Sim meu amor- respondeu ela dando-lhe um beijo na testa, seus braços estavam cheios de roxos.

 -Papai as vezes parece um vilão mamãe.

-Sim, mas ainda bem que eu posso contar com um herói aqui em casa, obrigada meu amor.

Os dois sempre jantavam sozinhos, as vezes era como se só os dois existissem, seu pai tinha sérios problemas com o álcool, depois de algum tempo casado ele descobriu que não poderia ser feliz assim, desde então ele não participa em nada da vida do filho, vive com amantes, nos bares e quase nunca está em casa, Izuku e sua mãe do têm um ao outro, recentemente seu pai começou a ficar mais violento, algumas vezes chegava bêbado e  batia em sua mãe, tudo piorou desde a suspeita de que seu filho não possuía individualidade, o que é muito vergonhoso para um pai.

-Mamãe, você me chamou de herói?

-Sim, você me salvou.

-Mas, eu não tenho poderes.

-Ser um herói não é só vestir uma fantasia e sair por aí prendendo vilões, mas sim, ter coragem pra agir quando ninguém mais consegue, é defender as pessoas, assim como você fez comigo hoje.

-Eu posso ser um herói que defende os outros, como um policial ou um bombeiro?

-Sim, meu amor, você pode, a mamãe te apoia, meu amor?

-O que foi mamãe?

-Eu não vou fazer seu lanche hoje, eu quero que você arrume suas malas e as esconda debaixo da cama, não deixe o papai ver.

-Nós vamos viajar mamãe?

-Sim, só que dessa vez, nós vamos pra não voltar, você está com a mamãe?

-Sempre- disse ele a abraçando.

Os dois dormiram abraçados no quarto da criança, aguardando o amanhecer para finalmente partir, já era duas da manhã quando os dois acordaram com os barulhos das sirenes, abririam a janela e a fumaça entrava pela casa, vários locais próximos estavam em chamas, é uma equipe de heróis e bombeiros tentando acalmar as chamas antes que elas se espalhassem pelo bairro inteiro, a mulher sentiu um arrepio em todo seu corpo, aquelas chamas não poderiam ser de outra pessoa, no noticiário as autoridades responsabilizaram uma gangue menor, mas ela sabia, aquele era seu marido.

-Meu amor, leve sua mala para o carro- disse a Izuku lhe entregando as chaves do carro.

O garoto obedeceu, deu um abraço em sua mãe e saiu com o coração apertado, esperou dentro do carro, até observar uma figura flamejante que se aproximava da casa, o garoto se escondeu e passou a observar, era seu pai entrando em casa, ele não poderia permitir que ele machucasse sua mãe, então saiu correndo para atravessar a calçada, mas antes que pudesse chegar perto de sua casa sentiu uma mão puxar sua camiseta.

-Deku! Onde você pensa que vai?

-Agora não Kacchan, minha mãe está em perigo.

-E você acha que pode salvar ela sozinho? Peça ajuda.

-Tudo bem, vamos pedir ajuda, nem mesmo um herói trabalha sozinho, mas por que você quer ajudar?

-Eu quero me tornar um herói um dia Deku.

Os dois garotos correram até o final da rua onde um grupo de profissionais te tentavam controlar o fogo, entre eles estava o herói número dois, endeavor, os garotos pediram sua ajuda, mas ele não lhes deu atenção, tinha muito trabalho com o incêndio, o que deixou Izuku desesperado, junto daquele homem enorme estava um garoto quieto, um de seus olhos era castanho, o outro estava envolto de um curativo, o garoto sentiu vontade de ajudar as crianças, mas não possuía forças o suficiente pra enfrentar seu pai, um dia ele iria se arrepender muito disso.

-O que fazemos agora kacchan?

-A que se foda, nós precisamos entrar lá, é preciso ter coragem e autonomia para se tornar um herói.

-Certo kacchan, então vamos!!!

Ao chegar até a casa os garotos se depararam com as chamas, elas se alastravam depressa, seria impossível entrar, Izuku se debatia na calçada mas katsuki o segurava, tentando conter e ao mesmo tempo consolar seu colega, não havia mais o que fazer, de longe todos poderiam ouvir o choro daquela criança sem sorte, de repente ouviu-se um estrondo da casa, seu teto e estruturas foram mandados para o ar, agora flutuavam alto no céu, e o corpo de sua mãe agora flutuava no meio do cômodo em chamas, Izuku foi até lá, sua mãe estava muito fraca, mas em seus últimos suspiros, consegiu dizer a seu filho que o amava do jeito que era, e pediu para que ele se afastasse, katsuki percebendo a situação arrastou Izuku até a outra calçada, depois disso o corpo da mulher desceu e junto dele todos os escombros da casa, do outro lado o garoto em prantos berrava ao ver sua mãe sendo soterrada, katsuki o segurava sem saber o que fazer, com tantos heróis nenhum pode salvar Izuku.





Notas Finais


Então a história têm um clima pesado, espero que gostem


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