História O símbolo da paz - "Uraraka, para de viadagem" bakugou katsuki

Com o orgulho e coração feridos katsuki foi para casa, mas como entrar em casa? Sua mãe certamente tiraria sarro de sua cara de choro, seu pai nem se quer notaria, só havia uma pessoa que poderia ajudar, se ela não ficasse muito brava por ele ter escondido parte da história tudo ficaria bem, ele foi até a casa de uraraka, normalmente ele não poderia entrar, mas o tio da garota estava viajando o que foi bem conveniente.

No caminho começou a chover-isso não foi nada conveniente- pensou ele, bateu na porta, foi recebido com uma cara brava, percebeu que ela vestia uma capa de chuva e estava até bem arrumada, a única palavra que ela pôde dizer ao ver seu amigo molhado e de olhos vermelhos foi "entra" com um tom seco.

-Urachan...

-Não vem com esse Urachan, eu fiquei te esperando um tempão e você simplesmente sumiu.

-Desculpe por isso...

-Desculpe? Você sabe que eu sou péssima nisso! Ainda me leva numa loja cheia de frescura, fala que vai me ajudar a escolher a roupa e some.

-Eu não sou bem um especialista no assunto, eu tentei ajudar.

-E eu sou? Se pelo menos eu tivesse uma amiga, "A".

-Nossa... Tá dizendo que eu não sirvo? Eu tive um dia péssimo hoje- disse ele com lágrimas nos olhos- e minha melhor amiga me diz isso. 

-Oh não- disse ela arrependida por ter percebido o estado que ele estava, ele não era de chorar- tudo bem você venceu, me conta o que houve.

Ele explicou para a garota tudo o que aconteceu, explicou sobre o Izuku, sobre sua infância e toda a tragédia.

-Caramba- disse ela após ouvir tudo- e ele te expulsou assim? Sem mais nem menos? Ele tem alguma problema?

-Não posso dizer, não sei o que houve com ele durante todo esse tempo.

-Mas espera um pouco... Você era gay esse tempo todo? E aquela menina que você namorou...

-A Lizzy?

-Sim... Ela era muito bonita, eu bem que tentei, mas... Haha não fui párea para seu charme katchan.

-Eu me lembro disso, ela gostava de garotos, só garotos.

-Que injustiça, eu teria feito ela mais feliz haha...

-Sem dúvidas urachan...eu acho que não me importo, tipo, se é um garoto ou uma garota eu gosto de pessoas, igual a você...

-Ah, pode parecer que é bom, mas vai se acostumando com o preconceito em dobro, bi-preconceito no caso, você vai atrás dele, não vai?

-você acha uma boa idéia?

-Eu acho uma idéia ótimo, contanto que ele esteja mais calmo e não arremesse nada em você.

-Eu tenho meu orgulho...

-Ah, orgulho, isso não te leva a nada, se você quiser voltar volte- ela tinha esse jeito de irmã mais velha.

-Eu não sei bem o que aconteceu, eu estive guardando esses sentimentos por muito tempo e aquele beijo era o que eu precisava, acho que estou tranquilo agora.

-Você não tem coração mesmo- disse ela lhe arremessando uma almofada.

Nesse momento o celular de uraraka tocou, parece que ela tinha um encontro naquela noite, por isso estava tão arrumada quando atendeu a porta, mas tentando ajudar seu amigo ela acabou se esquecendo completamente, ela tinha essa mania de colocar as necessidades dos outros na frente das necessidades dela.

O cara que ela estava saindo dessa vez se chamava yato, ele era mais velho, não tinha um emprego muito impressionante, mas se mantinha bem sozinho, não que ela gostava muito dele, mas sua companhia a agradava, katsuki não gostava muito dele, andava sempre desconfiado, e sempre que podia dizia "a maninha merece coisa melhor"

Mas especialmente nesse dia yato estava muito nervoso, com razão, ninguém gosta de levar um bolo, disse que ela não precisava mais ir e que queria marcar um encontro para conversar na manhã seguinte, o que acabou deixando a moça muito apreensiva.

-Você não precisa ficar pensando nisso- disse katsuki.

-E se ele quiser terminar?

-Vocês nem namoravam, e tem mais... Ele tem cara de cavalo.

-Ele não tem cara de cavalo, nem vem, se você começar a falar eu vou ter que citar a ayumy.

-Qual o problema dela?

-Qual o problema dela não, né? Qual o é seu problema! A garota cheirava a leite.

-Deixa essa história pra lá, ela disse que era mais velha.

-Fica aí dando uma de Pilgrim.

-Olha essa é nossa última semana antes da U.A, tudo vai mudar depois disso, então pode esquecer, a gente vai conhecer gente nova.

-Tem coisas que você não pode simplesmente apagar.

-urachan para de viadagem.

-Não acredito que estou ouvindo isso de você- os dois riram.

Eles passaram a noite afundados em besteiras e filmes medianos, mas ambos estavam apreensivos.