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História O Símbolo do Desespero - Interativa - Apenas mais um dia normal


Escrita por: Topaz10 e Leonidas182

Notas do Autor


Aqui temos mais um cap prontinho, esse saiu meio que sem revisão, então qualquer erro me perdoem kkkk

Capítulo 16 - Apenas mais um dia normal


Após o jovem de cabelos avermelhados se retirar da sala devido a aparente falta de vontade de treinar de seu colega, uma vez mais Young Nikko se pôs de frente ao corredor repleto de alunos. Olhando rapidamente para seu relógio, o jovem soltou um suspiro rápido para iniciar sua caminhada para seus afazeres enquanto alunos iam inconscientemente abrindo caminho para ele devido ao tamanho e temor que ele empunhava.

Uma vez que as aulas pareciam ter sido suspensas, Nikko achou melhor simplesmente adiantar sua rotina para assim ter um tempo de sobra no final do dia. Não havia nada de especial em seu treino todavia, colocando um par de tênis, shorts e uma roupa leve de regata ele correu inúmeras vezes em volta do dormitório. Para então iniciar a afiação de suas perícias físicas em uma das árvores próximo de seu quarto, de flexões a barras, o jovem Young fez de tudo até que o suor já molhasse sua vestimenta por completo e o gosto salgado chegasse a incomodar seus lábios.

No entanto, seu treino foi interrompido quando irrompeu de seu lado um simples e fofo miado de um felino que aparentemente apreciava o treino físico do garoto sem se mexer da árvore. Ainda pendurado no galho, Nikko fitou o felino por alguns segundos até que o animal resolveu deixar sua pequena residência para alcançar o chão próximo do menino demônio que de prontidão desceu do galho para passar a mão no gato que não parecia se incomodar com o afeto.

- Você está com fome? – Perguntou Nikko observando o felino passar seu corpo por entre os dedos do jovem em busca de mais proximidade. – Acho que isso é um sim... – Falou ele deixando sua frase morrer enquanto fitava todos os seus entornos, uma vez que ele tinha plena ciência sobre a proibição de se ter animais de estimação no dormitório, no entanto, não havia regras quanto a alimentação de animais alheios.

Sendo seguido pelo gato, Nikko correu para dentro do dormitório esperando que não houvesse ninguém nele presente. A sala estava vazia, assim como a cozinha, área limpa. Adentrando na cozinha, abrindo primeiramente a geladeira e depois alguns pedaços de pão para se misturar com a carne gelada, tudo picado e posto em um pequeno prato para o bichano aproveitar.

- Espero que ele goste. – Anunciou Nikko em um meio sorriso observando sua primeira arte culinária para felinos, não era nada muito de especial, mas ainda assim trazia certo orgulho.

- Quem vai gostar do que? – Perguntou Akira de trás do Young fazendo o mesmo engolir em seco. Os passos da menina eram silenciosos demais, a ponto dela ser capaz de adentrar na cozinha sem ser ouvida.

- N-N-Nada... N-Não, ninguém! Isso. – Pronunciou Nikko já pegando o prato para si enquanto saia da cozinha a paços depressa, fazendo com que Akira levantasse uma sobrancelha, pois aquela foi a primeira vez que ela havia visto o jovem coreano se comportar daquele modo fora de caráter. Gaguejar? Young Nikko? Não, algo ali não estava certo.

Através do canto de seus olhos, Akira pôde ver Nikko se retirar as pressas do dormitório tendo o prato ainda em mãos. Sem pestanejar, ela seguiu o jovem através das janelas do dormitório em ordem de não ser notada. Akira tinha plena ciência do quão certo o coreano era, uma gravata desalinhada para ele se assemelhava a um fracasso, por isso a pergunta, o que ele estaria fazendo que fosse digno de se esconder? Se a jovem fosse honesta consigo mesma, ela não conseguia imaginar nenhuma coisa, todavia, isso apenas atiçava as chamas de sua curiosidade e, além do mais, não faria mal algum uma rápida espiada, ela não contaria para ninguém o que viu.

Da janela do dormitório, Akira foi capaz de observar seu colega de classe colocar o prato de comida aos pés de uma arvore e sentar-se ao lado. Não tardou mais do que um minuto para um gato descer da arvore buscando pela comida posta para ele, enquanto recebia afeto do jovem ruivo que parecia sorrir silenciosamente com a presença do felino e, inconscientemente, despertando um sorriso mínimo nos lábios de Akira também que sentia como se tivesse descoberto algo novo sobro seu amigo.

(...)

- Mas e então? Vocês tem certeza que está tudo bem em simplesmente tirar o dia de folga? – Perguntou Yuna para seu grupo de amigos composto por Bell e Emi.

- Todos precisam tirar um dia ou dois de folga Yuna-chan, fica tranquila que tudo vai dar certo. – Disse Emi com segurança para sua amiga.

- E tem mais, nunca tiramos um tempo como esse para simplesmente relaxar pelo campus, olha o tamanho disso tudo! – Disse Bell olhando para seus arredores. – No final das contas a gente simplesmente ia de um ponto ao outro sem ver o caminho.

- Tem razão, n-nós não vemo muitos alunos... – Falou a jovem rosada observando alguns estudantes andando pelo campus, provavelmente para alguma outro de suas aulas.

- Viu? Temos que tirar esse tempinho para ficarmos mais tranquilos. – Falou Emi uma vez ais dessa vez deitando sobre o banco utilizando o colo de seu amigo como travesseiro.

- Emi... – Falou Bell para sua amiga que apenas sorriu.

- Você é um ótimo amigo Bell-kun!

- Você é muito folgada. – Respondeu Bell esboçando um mínimo sorriso.

- G-Gente, vocês não acham que podem dar uma impressão diferente? – Perguntou Yuna levemente envergonhada pela proximidade de seus colegas, não conseguindo evitar de perceber os olhares de uma ou duas pessoas que direcionavam sua atenção a dupla. No entanto, seus amigos pareciam estarem completamente oblívios de tudo. – S-sabem? Vocês, bem... Parecem um... C-Casal...?

Após a explicação da rosada a dupla realizou uma simples troca de olhar percebendo o motivo de preocupação de Yuna, todavia, a único resultado disso foram os risos desenfreados por parte de Emi e o rubor subindo sobre a fase do albino, apesar de entender a preocupação e mal-entendido, não eram capazes de levar a situação a sério.

- Querida, miga, Yuna-cha, Bell não gosta dessa fruta não fofa. – Explicação Emi ainda entre risos.

- S-Sim, fique tranquila quanto a isso Yuna. – Disse Bell ainda envergonhado com o modo descontraído que sua melhor amigo dizia coisas sobre si.

- Mas, mas... – A rosada realmente estava tendo problemas em concatenar a sexualidade de seu amigo, que não era o problema, mas sim o mal-entendido que trazia atenção ao trio.

- Vocês três não tem aula não? – Perguntou uma voz simpática, ao mesmo tempo que fria, forçando os três a retornarem a atenção e abandonar o humor da situação. O trio logo direcionou seus olharem em direção a origem da voz, a terceiranista, Ahmya. – Sabem que ficar por tempos demais fora da aula pode trazer problema para escola e, até mesmo, para vocês, certo? – A leve ameaça que a jovem de olhos carmesim fizera com que todos do grupo engolissem em seco enquanto que Yuna já suasse frio, pois a mesma já antecipava os problemas que ela se enfiaria ao ficar de bobeira.

- Sim! Botam-sama! – Disse Emi já levantando do assento e puxando seus dois amigos para longe dali. No fundo, ela tinha 100% de certeza de que não havia regras quanto ficar perambulando pelo campus, no entanto, quando um membro do Big Three manda é esperto quem obedece.

Suspirando levemente, a Botan olhou para o trio que fugia dela a todo o vapor, fazendo um mínimo sorriso brincar sobre seus lábios, pois era superinteressante assustar os novatos, principalmente aqueles com personalidades tão fortes quanto aqueles. O trabalho dela tinha de fato seus bônus.

[...]

Em frente a uma escola comum uma jovem de olhos lilases corria para frente do portão de saída, uma vez que suas aulas haviam terminado levemente mais cedo hoje devido ao professor estar ausente por motivos pessoais. Porém sua ansiedade não era por conta do horário livre, mas sim por seu irmão avisar que iria levá-la para casa uma vez que suas aulas também haviam se encerrado prematuramente naquele dia.

- Oni-chan! – Chamou ela pelo irmão que apenas levantou o olhar, ele ainda estava com o uniforme de sua escola e sorriu ao ver sua irmã mais nova. Dante estava feliz de levar sua irmã mais nova para sua casa.

- Olha só quem saiu da aula mais cedo, você não fez nada de errado, não é Elise? – Perguntou ele passando a mão sobre a cabeça da menor sorrindo ao vê-la bufar por conta de sua provocação.

- Claro que não! Eu sei me cuidar sozinha! – Comentou ela sorrindo enquanto inflava seu peito para mostrar seu orgulho e altura, ambos não tão grandes quanto seu irmão, porém era esse fato que a tornava tão fofa.

- Claro que sabe boba, e aí? Como foi a aula? – Perguntou ele puxando a mochila da irmã para cima, em ordem de carrega-la sem sequer ela pedir.

- Não teve nada demais, meu professor teve um acidente pelo que parece, por isso fomos liberados mais cedo. – Explicou ela contando nos dedos o que tinha acontecido. – Depois eu fiquei no intervalo olhando o pessoal brincar, nada de diferente do normal.

- Nada de diferente? – Questionou Dante uma vez mais olhando de canto para sua irmã que fazia questão de manter segurando as mangas de sua camiseta de manga longa.

- Claro que não, você sabe como as coisas são aqui, nem todos são alunos da U.A como um certo alguém. – Disse ela em uma tentativa de provocar o irmão que falhou miseravelmente.

- Claro que não, você pode tentar ser outras coisas, que tal lixeira? – Sugeriu ele.

- Oni-chan!

- Tá bom, parei, parei, calma não precisa bater! – Avisou ele correndo da irmã que ameaçava soca-lo.

Os dois andaram até a casa do avô deles, uma residência que somente os cegos chamariam de humilde, se tratava de um verdadeiro casarão, diversos cômodos, um jardim que se estendia por até metade de um quarteirão e, logicamente por isso, a posse de servos não era nenhuma surpresa. Esses mesmos servos que os receberam com a cortesia digna da nobreza inglesa.

Sua irmã foi a primeira a correr para dentro, anunciando que havia “ganhado” uma corrida que nem Dante sabia que havia começado.

- Você vai ficar para dar um oi pro vovô? – Perguntou Elise vendo seu irmão entregar sua mochila para um dos servos.

- Para aquele velho inútil? Não, eu tenho algumas... Coisas para fazer. – Falou ele pensando sobre o que faria.

- Você sempre tem “coisas” para fazer, eu já sou grande, pode falar quais coisas são essas! – Anunciou ela falsamente brava com seu irmão.

- Ok, ok... Só vou falar com alguns jovens que parecem estar tomando decisões erradas na vida, e isso pode acabar prejudicando a saúde deles. – Explicou Dante já se pondo na altura de sua irmã para dar mais um cafune na mesma.

- Você é mesmo um herói agora em, essa escola está te influenciando. – Disse a jovem sorridente feliz por seu irmão que nada respondeu, apenas continuou sorrindo para imediatamente em seguida dar a meia volta e sair da casa.

Saindo da casa Dante logo tomou o caminho de volta para a escola da sua irmã mantendo seu rosto passivo de sempre, tudo isso enquanto repassava em sua cabeça pequenas memórias dos mínimos detalhes de momentos atrás. O modo como sua irmã segurava as próprias mangas era algo estranho, não foi difícil dele notar ao chegar em casa os pulsos dela marcados por dedos de alguém. Era fácil de se deduzir que alguém a havia destratado, e como o corpo dela é frágil, a marca acabou por perdurar.

Alcançando o território da escola de sua irmã, ele adentrou no local sem muitas preocupações, na realidade, foi de maneira tão natural que até mesmo o guarda do local pensou que era suposto Dante poder entrar lá, uma vez que não houve um pingo de dúvida ou incerteza em seus passos.

A barulho de objetos sendo jogados contra a parede de concreto e de animais correndo foi o que chamou sua atenção, seguindo o riso de crianças ele logo se deparou com o grupo de jovens, aparentemente da mesma idade de sua irmã, utilizando de sua individualidade para atormentar pequenos animais próximos.

- Uau, você realmente consegue acertar qualquer coisa em! – Disse um dos jovens olhando para o garoto que usava seus dedos como revólveres, apontando para um alvo, seu dedo se abria e disparava projeteis fortes o suficiente para cravar no chão.

- Claro que eu consigo! Com isso, eu vou conseguir vencer qualquer um! – Disse ele sorrindo abertamente.

- Ei, garotos, vocês conhecem uma tal de Elise? – Perguntou Dante chamando a atenção do grupo de jovens que tomaram ciência da presença do mais velho.

- A floco de neve? Ela vazou faz tempo. – Explicou o terceiro ainda sentado.

- Floco de neve? – Perguntou Dante se mostrando curioso sobre o apelido.

- A gente toca na menina e fica a marca, é hilário como a pele branca dela é engraçada. – Disse o menino atirando pedras. – Imagino o que aconteceria se eu disparasse nela.

- Vocês sabem que ela tem um irmão mais velho? – Perguntou o irmão de Elise dando passos em direção ao grupo.

- E?

- Eu sou o irmão mais velho. – Falou Dante se pondo na altura do mais novo enquanto se agachava para olhá-lo nos olhos.

- Então você é irmão da floco de neve? Parabéns, agora vaza então se não eu atiro em você. – Anunciou o mais jovem sorrindo apontando seus dedos contra  Dante.

- É! Você ouviu ele, vaza! – Disse um do grupo avançando contra Dante de peito aberto em uma tentativa de se mostrar maior. No entanto, o Hajime apenas depositou sua mão cuidadosamente sobre a cabeça de seu suposto agressor fazendo com o que garotinho se perguntasse o que estava acontecendo, momento antes de ter sua cabeça enxotada no chão fazendo-o perder sua consciência.

- Vocês tem sorte que eu estou tentando ser um herói aqui... – Balbuciou Dante em um suspiro enquanto outro do grupo corria em sua direção pronto para soca-lo, no entanto, recebeu apenas uma cotovelada no queixo como resposta caindo junto do outro.

- F-Fique longe de mim! Se-Se não, eu atiro em você! – Brandou o último enquanto Dante andava para mais perto, fechando seus olhos ele disparou errando o alvo três vezes até tropeçar a cair, recuando suas mãos para tentar se proteger de um golpe.

- Vamos lá... – Disse Dante pegando a mão do jovem e pondo-a contra sua própria cabeça. – Eu te ajudo, agora você não tem como errar mais, tem?

- Ah!!! – Gritou o garoto disparando uma, duas, três, quatro vezes até. Até que o som das pedras caindo sobre o chão foram ouvidos e Dante se mantinha sem um arranhão.

- Agora, você é um vilão também, então eu acho que eu posso fazer isso. – Anunciou Dante golpeando o chão ao lado da cabeça do jovem com força o bastante para afundar sua mão. O garoto olhou para mão de Hajime por alguns segundos antes de desmaiar pelo choque que recebeu, fazendo o sorriso que Dante mantinha em seus lábios de modo inconsciente desaparecer na medida que ele suspirava.

- Que isso fique de aviso pivetes... Ah, eu vou ficar para fora do colégio se não correr agora, ótimo. – Bradou Dante após ver o relógio e correr de volta para seu colégio, pois após esse episódio, ele duvidava que o trio iria incomodar sua irmã, ou qualquer outra pessoa, pelo restante da vidinha deles. 



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