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História .o sol da tua boca - Parte 1.


Escrita por: vsrys

Notas do Autor


bicho. muitas coisas a dizer.
primeiro que HÁ SÉCULOS eu não escrevia algo com mais de um capítulo lmao tô feliz, apesar de ter certeza de que poderia ter ficado melhor, MAS SÃO MAIS DE 3 ANOS por favor me perdoem.
segundo que, como a 2parklin que eu escrevi, isso também foi escrito em vários lugares separados porque eu 'tô sem pc então vocês me perdoem se o ritmo ficar meio estranho porque, por mais que eu revise, nunca vai ficar do jeito que eu queria, urg.
terceiro, e é um aviso importante, é que nessa fanfic, daehwi e baejin bebem (e fumam, no caso do jinyoung) mais de uma vez. não tenho intenção nenhuma de incentivar que façam o mesmo, mas acho que deixar de aviso caso alguém se sinta realmente desconfortável com isso. no geral tem bastante cigarro nessa fanfic mas o resto já é maior de idade então tá tudo ok. capítulo que vem eu reforço os avisos.
quarto é que eu que revisei essa primeira parte então vai passar alguns erros a mas a segunda parte vai ser a jenny linda que vai revisar então!!!! vai ficar mais organizado eu juro.


é isso, no mais, boa leitura. <3

Capítulo 1 - Parte 1.


Com o quinto copo de alguma coisa na mão, Woojin já bamboleia por entre as pessoas da pista e tenta equilibrar seu copo ao mesmo tempo há quase três músicas — Daehwi só pode ter se escondido, sinceramente. No final encontra apenas Sungwoon dançando, bêbado e risonho, um copo de catuaba para cima.

— Os outros vieram? — Grita por cima da música quando Sungwoon olha em sua direção; ele concorda com a cabeça — Daehwi? — Sungwoon responde com uma sacudida de ombros que Woojin não tem certeza se é para ele ou para a música. Desiste quando Sungwoon volta a dançar, virando o copo de uma única vez. Não quer pensar na ressaca de amanhã, quando todos da casa acordarem se sentindo um lixo e Woojin, sempre Woojin, tiver que passar café para mais cinco marmanjos.

Volta a perambular pela pista, tentado a simplesmente voltar a dançar e virar seu copo de qualquer coisa (precisa urgentemente parar de aceitar bebida de estranhos sem saber o que é) Daehwi provavelmente está bem, perdido pela festa engolindo a cara de alguém.

Vira o copo inteiro num gole só, fazendo careta com o álcool antes de amassar o descartável e jogá-lo no chão (sua mãe teria vergonha). Lembra-se vagamente de Daehwi dizendo que aquela é a primeira festa de seu curso e que tipo de calouro Woojin seria se não fosse e que experiências teria para contar se não aproveitasse. Nem por um segundo achou que Daehwi estivesse falando tudo isso por qualquer motivo além da falta de coragem de ir sem seu melhor amigo.

Então o remix de sua música preferida do verão começa e sim, um sinal para Woojin ir dançar.

Não que esteja realmente consciente a partir desse ponto.

No dia seguinte sem falta, às 6h da manhã, lá está Woojin em pé na cozinha, cabelos voando para todos os lados e uma garrafa térmica de café quente pronto em mãos. Daehwi, Minhyun, Sungwoon, Jaehwan e Seongwoo espalhados pela sala da república masculina, uns no sofá, outros no chão, Daehwi numa cadeira e a cabeça apoiada na mesa de vidro. Woojin riria, mas sua própria cabeça está prestes a estourar então apenas carrega a garrafa de café e copos para mesa, empurrando Daehwi para longe para colocar o saco de pão e a margarina.

Quando senta, respira fundo e toma o primeiro gole do café quente e amargo, torce o rosto até ouvir a risada engasgada de Minhyun do outro lado da sala.

— Se vocês esperarem o café esfriar para comer eu vou ser obrigado a derramar em cada um dos colchões de vocês quando não estiverem vendo. — Grunhe por cima de uma fatia de pão quando percebe Seongwoo e Minhyun ainda jogados no sofá, Jaehwan no chão parecendo prestes a dormir de novo.

— Como pode você morar a menos de dois meses com a gente e já achar que tem intimidade para ameaçar a nossa vida? — Seongwoo pergunta não realmente sério, resmungando mais alguma coisa enquanto arrasta Minhyun para se levantar e chuta Jaehwan.

— É a quarta vez que eu, que estudo de tarde, acordo seis da manhã para fazer café para vocês poderem ter algum resquício de dignidade antes de ir para a aula. — Responde, uma sobrancelha arqueada por cima do copo de café e Seongwoo para, pensa por meio segundo e então dá de ombros — Me dou o direito de ameaçar o que eu quiser. Sungwoon, por favor, chuta o Jaehwan de novo quando for passar para o quarto.

Sungwoon faz um sinal de “ok” com a mão, e Woojin decide comer o resto do seu café da manhã em silêncio, pronto para viver o resto de sua manhã em miséria e dor até o horário de sua aula, só 1h30 da tarde. Isso é, até Sungwoon chutar Jaehwan e este, irritado, se arrastar para a mesa e se jogar na cadeira ao seu lado, o encarando acusadoramente ao falar:

— Achei que depois daquele bonitinho de ontem teu humor não estaria mais horrível desse jeito. — Daehwi engasga, Seongwoo ri e Minhyun revira os olhos, mas não sem rir também. Woojin encara todos ali e talvez sua expressão confusa seja clara o suficiente, porque Jaehwan o encara de volta e ri, alto e escandaloso antes de bater com uma mesa na mão, efetivamente fazendo todos na mesa, inclusive ele mesmo, se contorcerem e reclamarem de dor. — Vai me dizer que ‘cê não lembra?

Woojin suspira. Óbvio que não lembra. Woojin nunca lembra nada, é um dos motivos para não ter um grande costume de beber, sempre rende histórias onde Woojin é o personagem principal e também o único que não lembra que aconteceu. Já conformado com sua história, admite com uma jogada de ombros e pega mais uma fatia de pão com margarina.

— Daehw—mostra pra ele, Daehwi — Seongwoo mal consegue terminar de falar com o jeito que ri, se contorcendo na cadeira até Minhyun precisar segurá-lo para não cair no chão. Woojin começa a achar que talvez deva se preparar.

Com os olhos fixos em um resto de pão que aperta em sua mão, Daehwi admite que Woojin pode ver por conta própria já que tem plena certeza de que tudo aquilo que gravou foi realmente postado no stories do instagram, seguindo com um milhão de pedidos de desculpas que realmente só servem para deixar Woojin ainda mais preocupado com o que poderia ter feito.

Seongwoo prontamente oferece seu celular para Woojin ver, já aberto no aplicativo e Woojin não demora para achar o ícone de Daehwi ali. Se hesita por um ou dois segundos antes de clicar, é só porque nunca lidou muito bem com suspense.

 

Começa tudo relativamente simples, livros, estudos, reclamações, Jinyoung, a garrafa de vodca que viraram antes da festa, alguns momentos de quando Daehwi se afastou, mais Jinyoung, e Woojin já está ficando impaciente quando finalmente começa. O grito que Daehwi solta na gravação, perto demais do microfone, quase o faz derrubar o celular, mas também chama de volta o total de sua atenção ao tempo de sua imagem ali, em pé numa das mesas do bar, completamente bêbado, com uma blusa que não é a sua — e Woojin só agora percebe que realmente não estava com sua blusa —, dançando como se sua vida dependesse disso.

— Continua olhando, continua olhando, fica pior — Seongwoo murmura do outro lado da mesa, e Woojin não vê, mas ouve o estalo do tapa que deduz que Minhyun deu para Seongwoo ficar quieto. Woojin por sua vez, não tem muito o que fazer além de torcer seu rosto quando percebe que mesmo os três vídeos seguintes ainda são sobre Woojin dançando na mesa, balançando a bunda como se tivesse incorporado o espírito divino de Nicki Minaj.

— No primeiro mês de aula... — Suspira.

A questão, é que realmente fica pior. Mesmo na iluminação porca dos bancos, Woojin se reconheceria de longe, rebolando no colo de um rapaz que sinceramente nunca vira na sua vida com entusiasmo e proeza de quem faz aquilo para viver — Woojin não faz, estuda psicologia e antes disso ajudava sua mãe na padaria, mas ninguém pode garantir o que vão pensar dele agora.

O vídeo corta para outro vídeo de Bae Jinyoung efetivamente no chão, rindo histérico, Sungwoon logo do seu lado fazendo a mesma coisa. De repente um grito (mais um, Daehwi precisa parar com isso) e o vídeo corta para o seguinte e é isso. Woojin está de cabeça para baixo, mãos no assento e pernas no ar enquanto move seu quadril na face do desconhecido. Diretamente em seu rosto.

Woojin, em todos os seus 18 anos de vida, nunca quis tanto poder voltar para o útero de sua mãe e talvez nunca mais sair. Sair dali claramente foi o erro que iniciou todos os outros.

 

Quando o vídeo seguinte é um vídeo de Daehwi e Jinyoung engolindo o rosto um do outro, gravado aparentemente por um Sungwoon muito risonho e claramente alterado, Woojin faz uma careta ainda maior e devolve o celular para Seongwoo — que não recebe o aparelho sem antes afundar o rosto na mesa e rir por quase 2 minutos inteiros. Minhyun revira os olhos, mas já está se levantando para ir atrás de suas mochilas e Woojin só quer que todos vão embora para talvez se enfiar em seus lençóis e nunca mais sair dali.

Volta a encarar Daehwi, que ainda não se moveu enquanto espera por alguma reação — Quantas pessoas viram isso? — Pergunta, plenamente consciente de que está melhor sem saber a resposta.

— Hm... As minhas postagens talvez umas... Cinquenta? Até agora? — Daehwi oferece, torcendo o rosto numa expressão que parece uma mistura de vergonha e culpa e encolhendo os ombros. De qualquer forma, continua — Mas outras pessoas filmaram... E havia várias pessoas perto na hora, Woojin, isso foi do lado do bar...

Woojin pensa que talvez ainda não fosse tarde demais para voltar a seu antigo sonho de viver da dança, voltar para Busan, abrir uma academia de dança perto da praia, morar perto da sua mãe e longe de Daehwi e de todas as ideias ruins que ele tem.

— Pede pro Jinyoung anotar a matéria pra mim? — É o que responde, e Daehwi concorda com a cabeça do melhor jeito que pode enquanto assiste Woojin se arrastar de volta para o quarto, pronto para morrer no meio de seus travesseiros e edredons.

 

 

Acorda com Sungwoon sentado na beira de sua cama brincando no celular. Resmunga alguma coisa sobre precisarem aprender a respeitar o espaço pessoal dos outros naquela casa, mas tudo o que Sungwoon faz é se mover para as pernas de Woojin saírem debaixo das suas e irem para seu colo. Woojin revira os olhos, revirando no colchão até estar de lado e não de bruços para olhar para Sungwoon direito.

— Não quis subir pro beliche de cima. Eu te trouxe pra casa ontem, se não ‘cê tinha ficado morto no chão da universidade para te acharem hoje de manhã. — Sungwoon faz um show de baixar o celular para olhá-lo por cima do aparelho, sobrancelha erguida e tudo. Woojin revira os olhos de novo, mas aceita como válido o argumento, se remexendo até ficar confortável de novo.

— Que horas são? — Fala com o rosto praticamente todo enfiado no travesseiro que apertou entre seu braço e seu rosto. Sungwoon mexe no celular por meio segundo e arregala os olhos, e Woojin já se prepara para ter que sair correndo de casa. De novo.

— Meio dia e meia. — É, Woojin vai ter que correr.

Levanta correndo para a cozinha, quase tropeçando no lençol durante o processo, apenas para descobrir que esqueceu de tirar a carne do congelador antes de sair de noite. Tem vontade de chutar o eletrodoméstico até sua comida magicamente descongelar. Antes que possa fazer isso, porém, Sungwoon arremessa uma bolinha de papel em sua nunca.

— Pega da minha prateleira, animal. Depois ‘cê me devolve.

E antes que Woojin possa dizer qualquer coisa, Sungwoon volta para dentro. Tem tempo de vê-lo se esparramar em sua cama como se fosse o dono, mas tem coisas mais importantes para resolver no momento, então corre para fritar um bife e esquentar o arroz de três dias atrás enquanto tenta se lembrar onde diacho deixou seu tênis da última vez que o usou.

— Eu voltei calçado ontem?! — Praticamente se pendura na porta quando pergunta, um olho no colega de beliche o outro no bife queimando na frigideira. Sungwoon levanta a cara do travesseiro apenas para sacudir que não, Woojin voltara sem seus tênis nos pés. Ótimo. Perdeu uma blusa, um par de tênis e sua dignidade tudo na mesma noite, isso tem que ser algum tipo de recorde em sua vida.

 

Quando joga a comida toda dentro de uma vasilha, calça o primeiro chinelo que aparece e manda uma mensagem pedindo pelo amor de deus para Minhyun entender o porquê de ter saído sem lavar a louça hoje, tem tempo apenas para correr até a parada de ônibus, mochila caindo de um ombro e marmita na mão. É o último da fila, e quando senta na cadeira mais alta, na beira da janela e põe sua marmita no colo para devorar ali mesmo, Woojin reflete seriamente se um diploma vale tudo isso.

 

 

O caminho dos portões até seu prédio é provavelmente um dos mais desconfortáveis que Woojin já fez em sua vida. Quantas pessoas realmente foram naquela festa para justificar tanta gente que se vira para sussurrar e rir quando Woojin passa? Ainda há outros, que Woojin não lembra sequer do rosto, que chegam para cumprimenta-lo como se fossem amigos de infância, meio abraços e tapas no ombro e tudo mais. Woojin praticamente corre para o elevador, meio aliviado quando encontra Jinyoung.

— Daehwi disse que ‘cê não ia vir hoje? — Jinyoung diz assim que surge, se jogando nas costas de Woojin como um coala e Woojin já deveria ter se acostumado, mas ainda precisa de meio segundo antes de conseguir relaxar de novo, se virando para encará-lo.

— Mudei de ideia. — Jinyoung dá de ombros, mas não o solta, e Woojin só se encolhe um pouco, mentalmente contando os andares até o seu. Quando o inevitável número quatro aparece em toda sua glória de listras vermelhas no mostrador, Jinyoung dá três tapinhas em seu ombro e o solta.

— Está pronto para abraçar seu novo status de mais nova subcelebridade de Seoul? Vai ser mais fácil se estiver. — E antes que Woojin tenha tempo de chutá-lo, a porta se abre e é obrigado a lidar com o fato de que todos realmente param para olhá-lo. Woojin tem vontade de morrer.

— Eu nunca vou estar pronto pra isso.

 

Jinyoung ri tão alto e com tanta vontade que, mesmo quando já estão na sala e Woojin já tem sua cara devidamente enfiada entre seus cadernos, ainda estão o encarando.


 

— Isso é ridículo! Ninguém nunca passou vergonha bêbado nessa universidade antes, é isso?! — Woojin gesticula, batata espetada na ponta do garfo que voa junto com sua mão, e a boca cheia. Daehwi e Minhyun fazem careta, mas é Jinyoung que fala.

— Para de falar de boca cheia. — Amassa e arremessa um lenço de papel em Woojin, que resmunga alguma coisa antes de voltar a mastigar, dessa vez calado. Jinyoung continua — Além do mais, pelo o que eu ouvi, a questão não é o que você fez, e sim onde você fez. — Woojin não entende, então continua o encarando e Jinyoung tem que juntar todas as suas forças para não arremessar sua bandeja inteira na cara do amigo.

— Todo mundo passa vergonha bêbado pelo menos uma vez, mas você passou na primeira festa do seu primeiro mês do primeiro semestre, no lugar mais cheio de uma festa lotada. — Seongwoo explica, ainda meio dormindo com a cara apoiada na mesa. Woojin não pode discutir com isso, então suspira de novo pelo o que parece a quinquagésima vez desde que acordou e descobriu seus atos terríveis da noite anterior.

— Além do mais, é o primeiro dia. Logo mais começam as provas e eu te garanto que todo mundo vai esquecer que isso aconteceu. — Minhyun adiciona, oferecendo o seu melhor sorriso empático e Woojin supõe, enquanto mastiga o final de seu último pedaço de batata, que isso é o melhor que pode ter no momento.

— Menos Jihoon. Eu acho que esse é um trauma que ele vai levar pra vida. — Jinyoung comenta, a boca completamente cheia e Woojin cerra os olhos, acusador. Hipócrita. Mas para além disso, Woojin não faz ideia de quem seja Jihoon então pergunta, e Jinyoung ameaça ter a mesma crise de riso que tivera mais cedo no elevador não fosse Daehwi beliscando seu braço para pará-lo a tempo. — Jihoon é meu amigo, faz engenharia da computação de noite, uma gracinha de ser humano quando não ‘tá tentando te matar. Ah, ele também é o cara que ‘cê quase sentou na cara ontem.

De alguma forma, Woojin não havia até agora pensado que, o ser humano que estava na ponta receptora de sua bunda girando em círculos, fosse de fato um ser humano. Até agora, estava pensando na situação como se fosse o único envolvido e afetado.

— Ah não...

Quando Jinyoung volta a rir, Daehwi prontamente enfia uma batata inteira em sua boca e sorri, satisfeito consigo mesmo, enquanto o assiste se engasgar.

 

 

Woojin volta para casa com o número de Jihoon no celular e Daehwi pendurado em um de seus braços, animadamente contando sobre todos os outros acontecimentos da noite anterior porque, aparentemente, Woojin realmente não fora o único da casa a passar vergonha depois de bêbado — faz uma nota mental de questionar para Seongwoo depois sobre sua palestra improvisada sobre plugs anais, sim.

— ...E então ele começou a falar sobre superpoderes e plugs anais e Sungwoon ainda perguntou algo relacionado a plugs de rabos de gato e poderes felinos, foi sinceramente horrível. — Daehwi fala com as mãos voando no ar como Woojin faz quando fica nervoso, só que o tempo todo. Alguns anos atrás, quando Daehwi era só o aluno dois anos adiantado que não parava de falar nunca, isso irritava Woojin por motivos que até hoje não entende muito bem. Hoje em dia acha até engraçadinho. Quando Daehwi fica quieto, é porque tem algo errado, então Woojin prefere mil vezes um Daehwi agitado demais, mesmo que às vezes isso signifique que Daehwi vá topar a mão em seu nariz pelo menos três vezes durante a mesma conversa.

— E Minhyun ‘tava onde que deixou isso tudo acontecer? — Pergunta, chutando as pedrinhas no chão e bufando quando erra.

— Engolindo o rosto de uma menina aleatória que ele achou pela festa. Acho que no final os dois ficaram com ela? — Daehwi para, torcendo o rosto pensativo por dois segundos antes de dar de ombros — Tem que ter muito pouco amor por si mesmo pra beijar Seongwoo mesmo depois de todo aquele discurso sobre plug anal, sinceramente.

— Como ‘cê sempre lembra de tudo? — Woojin ri, girando a chave no portão e chutando os sapatos para longe assim que passa para dentro. Daehwi pega os seus e os de Woojin nas mãos e os leva pra dentro de casa.

— Mãe natureza queria alguém que pudesse rir da cara de todos vocês no dia seguinte. — Daehwi responde de algum lugar de dentro da casa, mas Woojin já está mais preocupado em se jogar no chão da sala do que em segui-lo então berra dali mesmo, sabendo que Daehwi iria ouvir.

— Tava falando menos do álcool e mais do fato de ‘cê ter passado a festa inteira no pescoço de Jinyoung. — Quando ouve o barulho de vidro caindo e quebrando, Woojin não consegue realmente se importar o suficiente, rolando no chão enquanto ri e ouve Daehwi reclamar e bufar todas as profanidades que seu rosto inocente esconde.


 

[to:  jihoon (lap dance), 19h43]

ei, oi.

foi mal chegar assim do nada e pá

mas eu queria pedir desculpas por ontem?

eu tenho certeza que deve ter sido desconfortável e chato e eu n queria que ce achasse que eu sou algum tipo de pervertido sem noção

não que ce me conheça lmao

enfim desculpa, flws

 

visualizado.

 

[to: jihoon (lap dance), 23h45]

eu acabei de perceber que soa ainda mais estranho assim

foi jinyoung que me deu teu numero ta

jinyoung, bae jinyoung, cabeça de alfinete, sabe? ele disse que é teu amigo

 

visualizado.

 

Woojin quase não consegue acreditar que assustou o garoto a esse ponto, mas quando percebe que não vai ter resposta nenhuma, a ideia de que simplesmente assustou alguém desse jeito parece terrível. Que tipo de imagem vão ter de Woojin, sinceramente. Sungwoon tenta dizer que o rapaz provavelmente só não quer ver a cara de Woojin de novo depois de ter tido tanta intimidade não requisitada com todo o resto, mas Woojin não consegue se sentir bem com isso e decide fazer o que melhor pode fazer numa situação dessas: ir falar cara a cara.

O que claramente não é um projeto fácil já que precisa descobrir de que período ele é e como falar com ele. Percebe, um pouco horrorizado, que não faz ideia nem de como seria seu rosto já que Jinyoung não o mostrou nenhuma foto — Seongwoo o ajuda com essa parte, achando seu perfil no facebook em alguns minutos e Woojin tem que lidar com o fato de que assustou um garoto que tem uma quantidade meio assustadora de fotos com filtros de cachorrinho e star wars.

 

— Você já pensou em perguntar para Sungwoon? — Daehwi comenta, dois dias depois de Woojin ter começado sua procura implacável por todo o campus. Woojin quase consegue ver sua própria lâmpada metafórica acendendo em cima de sua cabeça ao ouvi-lo, se questionando como deixara passar por tanto tempo o fato de Sungwoon estar fazendo pós em alguma coisa na área de engenharia da computação (Woojin não entende e provavelmente nunca vai entender) e que como ajuda a um professor de sua época de graduação, dá aulas de monitoria para graduandos. — Se não fosse por mim você não teria saído do segundo ano do ensino médio, pode dizer.

Woojin não diz, mas Daehwi sorri vitorioso mesmo assim quando assiste Woojin correr até o quarto e chacoalhar o mais velho no beliche de cima até quase derrubá-lo.

— ESSE GAROTO AQUI — Aponta para o celular onde uma das poucas fotos de Jihoon sem foto de cachorrinho está aparecendo. Sungwoon franze o cenho — VOCÊ CONHECE ELE? — Sungwoon parece prestes a enfiar o celular de Woojin em sua garganta, se for sincero, mas resolve responder porque sabe que não tem muito o que fazer quando Woojin quer alguma coisa.

— Park Jihoon, um nerd de cálculo, me ofereci para ajudar uma vez e ele riu, odeio o moleque desde então. É ele quem ‘cê tava procurando? — Woojin concorda, quase derrubando o celular no chão no processo. Sungwoon solta uma risada que Woojin não sabe dizer o que significa, mas então continua: — Primeiro período, mas se você for na biblioteca consegue achar ele muito mais rápido.

— Eu sempre soube que você é o único que eu podia confiar nessa casa! — Woojin exclama, todo empolgação e veementemente ignorando os protestos de Daehwi que de alguma forma ouviu isso da sala. Sungwoon revira os olhos, se virando no colchão para ficar de costa para Woojin depois de vê-lo finalmente descer da escada do beliche de volta para o chão.

— Boa sorte. — Woojin não tem tempo de perguntar porque precisaria de boa sorte, pois logo Minhyun aparece na porta do quarto, mão na cintura e tudo, e sem nem uma pausa para respirar, começa a arremessar todas as roupas usadas que Woojin deixou espalhado pela casa diretamente na sua cara.

— Você! Não era! Assim!

Woojin pede asilo atrás da cama de Seongwoo, e Minhyun para apenas para não arriscar acertar uma blusa suada na cara do namorado que está mais dormindo que acordado.

 

No percurso da república estudantil até o ponto de ônibus, Woojin se questiona se é realmente uma boa ideia. Do ônibus até o campus, Woojin já tem certeza de que é uma péssima ideia. Do portão de entrada até as portas duplas da biblioteca, já suspirou exatamente sete vezes; suspira a oitava quando põe a mão na maçaneta, esperando meio segundo antes de empurrá-la aberta.

Jihoon, bem, realmente está ali. Logo a sua frente. Parado, o encarando, o crachá pendurado na blusa explicando o motivo de ser mais fácil encontrá-lo ali. Woojin, parado na entrada com a porta ainda aberta e a mesma cara de tacho que fez quando sua mãe achou pornografia no seu celular anos atrás, não sabe como reagir porque, bem, quando Sungwoon disse que iria achá-lo lá, imaginou que o acharia entre livros, mais desarmado e menos propenso a pular em seu pescoço. O que tem aqui é que Jihoon o achou primeiro, o encara de sobrancelha erguida e óculos na ponta do nariz, braços cruzados na frente do peito e Woojin sente como se a única coisa que o separasse da morte fosse o balcão de madeira velha que Jihoon está sentado logo atrás.

Se quiser explicar alguma coisa, porém, precisa falar de uma vez, então entra e fecha a porta com cuidado. Quando se vira novamente para Jihoon, ele já está do outro lado do balcão, se impulsionando para cima para sentar ali. Woojin se questiona se aquele troço que parece mais velho que sua vó não vai cair, e decide ficar a dois passos de distância para ter certeza de que caso caia, não acerte seu pé.

Abre a boca para falar, mãos já no ar, quando Jihoon aponta para a placa pregada na parede logo atrás que diz, em fundo branco e letras maiúsculas e vermelhas SILÊNCIO.

Woojin, um pouco irritado, bastante frustrado, gesticula o melhor que consegue fazer, todos os seus anos de mímica bêbada com Daehwi finalmente servindo para alguma coisa quando Jihoon realmente parece entender o que está tentando passar, todo braços e mãos no ar. Quando o quase-desconhecido desce da bancada velha, claramente hesitante quando aponta para uma porta pequena, quase escondida mesmo que logo atrás, Woojin não perde tempo em pegá-lo pelo pulso e puxá-lo para lá.

Se Jihoon ainda tem alguma objeção, Woojin não lhe dá muito tempo para pensar. Quando bate (com cuidado) a porta assim que passa, Jihoon puxa para longe o pulso e o encara. Dois, três passos para trás, e Woojin precisa realmente se questionar sobre que imagem anda passando quando está bêbado.

    — Diz.

Estão onde os livros não catalogados ficam, velhos e empoeirados, e Jihoon rapidamente volta a sua posição inicial, braços cruzados na frente do peito e cara amarrada. Receptivo realmente não é a palavra, mas Woojin decide tentar mesmo assim.

— Me… Desculpa? — Eloquente, parabéns. Jihoon curva uma sobrancelha como quem pergunta se é realmente só isso e Woojin consegue entender, faria o mesmo. — Eu não queria que você tivesse a impressão errada de mim… E daí eu mandei as mensagens e você não respondeu e eu fiquei preocupado de talvez ter te assustado de verdade???? Mas talvez eu devesse ter ficado só nelas mesmo, Daehwi bem me disse que ‘cê provavelmente só não queria ver minha cara, mas eu fiquei PREOCUPADO eu sempre fico, minha mãe sempre disse que eu preciso parar de me preocupar tant—ENFIM! Me desculpa. É isso.

Respira fundo, mentalmente se arrependendo de todas as suas decisões em sua vida que o levaram até ali. Quando volta a encarar Jihoon, porém, ele já soltou os braços, que agora caem a sua frente enquanto suas mãos brincam com a beira do suéter cor de rosa e seu rosto também mudou, de irritação para algo como vergonha, desconforto, e ainda um resquício de impaciência.

Woojin decide que é um avanço, então arrisca sorrir.

— Desculpa. — É o que Jihoon responde, ombros caídos e soltando uma lufada de ar como quem desiste de um primeiro lugar.

— Pelo o que? Eu que te deixei desconfortável não uma, mas DUAS vezes, ‘cê não tem do que se desculpar.

— Não, se eu tivesse te respondido de uma vez ‘cê não teria ficado achando que me traumatizou e a gente não estaria tendo toda essa situação… — Ele gesticula para o espaço entre eles e ao redor, torcendo o rosto — Desconfortável.

Woojin entende. De verdade. O que não daria pela oportunidade de estar em sua cama com notebook e um saco de doritos, sinceramente.

— ‘tá tudo bem… Não precisa se desculpar… — Jihoon o encara agora, e Woojin se força a encarar os livros empoeirados ao redor. Troca o peso de uma perna para outra, e quando fica claro que ninguém mais vai falar, suspira, coçando a nuca e voltando a falar — Então… Eu já vou. Hm.

Quando Jihoon se move em sua direção, Woojin se assusta, um salto sem sair do lugar, e se Jihoon o encara da porta aberta, sobrancelha erguida e a sombra de um riso na boca, Woojin só abaixa a cabeça e praticamente corre dali.


 

[from: jihoon (lap dance), 23h45]

oi.

a gente começou com o pé errado

e baejin pode ou não ter me forçado a prometer que iria te tratar bem

coisa que eu n fizkk

então isso é uma proposta oficial de paz

e um convite pra dividir um salgado amanhã de tarde

eu pago

 

[to: jihoon (lap dance), 23h51]

se ce tiver se forçando quero nao

mas se ce quiser eu quero

 

[from: jihoon (lap dance), 23h52]

17h30


 

 

— Eu achei que ele te odiasse? — Daehwi comenta por cima da terceira caneca de café e da mesa digital onde rabisca seu projeto para apresentar em dois dias. Woojin sentiria pena da palidez, das olheiras e do cansaço óbvio se não tivesse ele mesmo dois seminários e três estudos dirigidos em seu colo, apenas o esperando. Só que são três horas da manhã, então prefere assistir Animal Planet e abraçar uma almofada no sofá.

— Acho que ainda odeia, mas eu não recuso comida de graça — Dá de ombros, se distraindo por meio minuto para comemorar quando a mamãe urso consegue parir todos os seus filhos em segurança. Quando Daehwi pergunta (pela terceira vez, mas Woojin não sabe disso porque não estava ouvindo) o porquê de Jihoon o chamar para sair então, Woojin responde com um simples — Teu namorado que pediu pra ele ser legal comigo.

Quando Daehwi precisa cuspir o café no chão para não cuspir na mesa, Woojin não se priva de rir por quase dois minutos inteiros.

— JINYOUNG NÃO É MEU NAMORADO espero que Jihoon cuspa no teu salgado.

— Nunca nem disse o nome dele.

Daehwi não pensa duas vezes antes de arremessar todas as canetas de seu estojo em Woojin, que acorda Minhyun e Seongwoo tamanho o escândalo que faz.

 

 

17h25 da tarde de quinta feira, Woojin senta no banco e espera. Não tem certeza se acredita de verdade que Jihoon realmente vai aparecer, mas quando mais ele, um universitário que mal consegue juntar as moedas para suas xérox, teria a oportunidade de comer um salgado da lanchonete se não agora? Então aperta as pernas, põe as mãos nos joelhos, suspira e espera.

Jihoon realmente aparece, pouco depois de 17h40 e pede desculpas pelo atraso com o sorriso mais desajeitado que Woojin já vira na vida — e veja bem, Woojin tem espelhos  e selfies para ver. De qualquer forma, rapidamente atravessam o jardim até a lanchonete e assim que se sentam em uma das mesas, Jihoon joga um punhado de notas e moedas na mesa, rapidamente passando a contá-las. Antes que Woojin possa questionar, explica:

— É o que a gente pode gastar hoje. — Olhando de cima, Woojin consegue contar quase trinta reais, teria provavelmente quase quarenta reais ali e Jihoon não parece nem um pouco perturbado com a ideia de gastá-los com um quase-estranho cuja a companhia não é realmente bem vinda.

— Achei que era só… Um salgado?

— Peguei meu salário, tirei 9,5 em Cálculo I, quero comer besteira. Problema? — Jihoon explica tudo de uma vez, enfático na pergunta que não é realmente uma pergunta. Woojin dá de ombros, um pouco mais entusiasmado agora que sabe que vai comer de verdade.

— Ji...Jihoon? — Chama, e quando ele o olha de volta, Woojin repara pela primeira vez. Repara em Jihoon inteiro, na curva das bochechas e dos olhos, no rosa do rosto, dos óculos sem lente à franja que quase cobre seus olhos. Precisa piscar muitas vezes para não continuar — Se eu pedir um sanduíche de 30cm da promoção vai ser muito absurdo e eu estarei ultrapassando alguma linha invisível ou tá tudo top?

— Melhor ainda que eu não vou parecer um monstro comendo um desses inteiro sozinho.

 

Sanduíches na mesa, o silêncio se estende por quase cinco cruéis minutos antes de Jihoon tossir uma tosse falsa e, com toda a sua falta de tato, perguntar se Woojin vê algum anime. Quando Woojin diz que nunca assistiu nada além dos clássicos One Piece, Naruto, Dragon Ball e Pokémon, Jihoon parece tão escandalizado que Woojin não consegue evitar o jeito que se engasga com o alface enquanto ri.

Woojin ri o resto da tarde, um pouco porque Jihoon não consegue comer sem se sujar, um pouco porque Jihoon realmente é engraçado de todos os jeitos que não esperava — Jihoon ri também, mesmo que também o faça jurar que vai assistir algum anime que já esqueceu o nome (Jojo?) e Woojin marca mais um pontinho em sua tabela mental.



 



 

Woojin tem exatamente uma hora e meia de paz entre o momento em que Jihoon se despede porque precisa ir para a aula e o momento em que Sungwoon se joga em seu colchão, acotovelando suas costelas no processo sem mostrar nenhum sinal de remorso ou preocupação. Não faz mais do que encará-lo com sua melhor cara feia, que só faz com que Sungwoon caia em uma crise de risos que dura quase um minuto antes de estalar um tapa em seu braço, se aproximando com o rosto a uma distância  desconfortavelmente pequena e os pequenos olhinhos brilhando com toda a maldade do mundo antes de finalmente perguntar (e Woojin, em nenhum momento, fica realmente surpreso. Sungwoon é o mal encarnado):

— Como o encontro com o nerd foi? Você voltou vivo no primeiro dia e ainda saíram de novo no segundo dia… — Sungwoon estala a língua dentro da boca e Woojin revira os olhos, finalmente cedendo e se remexendo no colchão para se acomodarem melhor. Assim que Sungwoon deita ao seu lado, Woojin deita a cabeça em seu ombro e ignora os resmungos de “criança carente” que ele solta porque, no final, Sungwoon não pensa duas vezes antes de enfiar uma das mãos em seus cabelos e lhe dar um dos tão famosos melhores cafunés da Coreia do Sul.

— Depois da inicial aura homicida e irritada, ele na verdade é bem legal? — Woojin ignora o jeito que a mão de Sungwoon para em seus cabelos por meio segundo, se encolhendo mais em seus braços porque foi um dia realmente cansativo e tudo o que quer fazer é cochilar antes de precisar virar mais uma noite para terminar seus slides para um dos seminários.

— E desde quando você, Park Woojin, gosta de alguém a primeira vista? — Sungwoon comenta, meio rindo, meio bocejando, a voz um sussurro sonolento e Woojin ri pensando que provavelmente irão dormir juntos e acordar com as juntas doloridas e músculos tensos. De novo.

— Ele gosta de Pokemon… — Woojin mal tem tempo de ouvir Sungwoon rir, abafado contra o topo de sua cabeça, um “como se isso explicasse alguma coisa” antes de cair para o sono, sonhos cor de rosa e óculos em espirais.


 

Acorda pouco tempo depois com Daehwi sentado no chão, queixo apoiado na beira do colchão e indicador cutucando suas costelas por tempo o suficiente para que mesmo o toque mais leve faça doer. Resmunga, se revirando para encará-lo de frente enquanto Sungwoon se remexe dormindo, abraçando sua cintura e escondendo o rosto em sua costa. Revira os olhos, mas não se afasta. Daehwi, agora com o rosto a poucos centímetros do seu, põe as mãos deitadas uma sobre a outra no colchão, e deita a cabeça ali.

— Vocês são muito bonitinhos juntos. — E sorri. Woojin já sabe exatamente para onde essa conversa vai e brigaria por isso, mas o sono parece tirar todas as suas forças necessárias para isso, então encosta sua testa na dele por dois segundos, fecha os olhos, quando se afasta Daehwi continua a centímetros de seu rosto, mas seu sorriso parece um pouco melhor. Um pouco mais de verdade.

— Eu não vou trocar você. — Daehwi demora, mas acena com a cabeça, e Woojin se esforça para sorrir entre um bocejo e outro. Com pouco jeito, empurra Sungwoon para mais perto da parede e deita novamente com o peito para cima. Não precisa falar para Daehwi imediatamente escalar do chão para o colchão e deitar em cima de seu corpo.

Sungwoon abre um olho, ergue uma sobrancelha, e então passa o braço preso entre os dois para ficar agora por cima de Daehwi — Daehwi ri, esconde o rosto no pescoço de Woojin. Todos voltam a dormir.



 

[from: jihoon (jigglypuffy?), 22h34]

hoje foi legal

e a gente total deveria marcar essa competição de mario kart

 

[to: jihoon (jigglypuffy?), 22h37]

prepare-se para perder!!!!!!!!!!

 

 

 

 


Notas Finais


eu gosto de escrever nerd!jihoon e fingir que aquela fanacc dele entregando a prova em branco não existe


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