História O soldado dos olhos negros - vkook Taekook - Capítulo III

Este estava sendo mais um dia normal, como de costume, estava regando as plantas e ajeitando algumas coisas, quando terminei limpei o chão e as vitrines.

Eu dei uma melhorada na floricultura, coloquei algumas mesas com algumas cadeiras para que os clientes aproveitassem o lugar e havia comprado uma daquelas maquinas que fazem café, mas como eu sou um mercenário eu tratei de arranjar uma daquelas em que as pessoas pagam pelo café e para minha sorte, o clima havia dado uma esfriada e quase todos os clientes que entravam na minha loja compravam.

Depois de pegar as moedas que estavam na parte traseira da máquina, me sentei atrás do balcão e peguei meu celular. Estava tão distraído com o eletrônico em minhas mãos que dei um pulo ao assustar-me com o barulho que a máquina fez, provavelmente porque alguém havia comprado um café.

Ao olhar ao redor, percebi que havia alguns papeis e uma mochila em uma das mesas e deduzi que seu dono provavelmente seria a pessoa cujo havia comprado o café a poucos segundos atrás.

Ao ver alguém indo em direção à mesa eu pude perceber que era um homem e meu deus que coxas.... Mas que porra eu to pensando? Taehyung que merda de pensamento gay foi esse???...

Me dirigi em direção ao homem com um pote de açúcar nas mãos, já que algumas pessoas haviam reclamado que o café era amargo demais.

- Com licença... – Ao dizer isso, o garoto a minha frente cruzou seu olhar com o meu, tal ato que tirou todo meu ar, fazendo com que eu me desiquilibrasse e bambeasse, mas suas mãos fortes foram de encontro ao meu corpo e me seguraram suavemente, impedindo com que eu caísse.

A troca de olhares foi a mais intensa que já tive em toda minha vida; meu coração disparou, minhas pernas perderam a força, molhei meus lábios, senti suas mãos apertando minhas costas, seus olhos me prendiam de um modo surreal, eu sentia com se pudesse ficar admirando aqueles lindos olhos negros para sempre, sentia como se o mundo a minha volta tivesse sumido, sentia como se isso já houvesse acontecido.

Em momento algum dissemos algo ou desviamos os olhares, porém estávamos em um posição bem desconfortável e vergonhosa. Ao perceber que nossos rostos e corpos estavam cada vez mais próximos, juntei todas as forças que restavam em mim e agarrei seus braços, me colocando de pé, desse modo quebrando o contato visual.

- Você está bem? – O garoto perguntou envergonhado.

- Sim! – Respondi em um tom ansioso mas logo após recuperei minha calma – Me- Me desculpe – Merda! Gaguejei.

- Tudo bem... – Ele encarou meu rosto de uma maneira estranha, como se procurasse por algo – Você é o garoto que esbarrou em mim, não? – Disse olhando para seus papeis e bebendo um gole de seu café.

- Acho que sim – Disse sorrindo, mas logo me lembrei que precisava dar o açúcar à ele – Bom... O café costuma ser um pouco amargo e se você quiser, pode usar esse açúcar aqui – Disse estendendo o pote em sua direção, o qual foi pego rapidamente.

- Irei colocar um pouco sim! – Ele disse abrindo o pote, logo após de ter se sentado – Alias... Você trabalha aqui? – Disse enquanto colocava açúcar na bebida.

- Sim! Quer dizer... Não! – Ele me encarou confuso – Eu sou o dono – Disse pegando o pote de açúcar.

- Você não se importa se eu passar algum tempo aqui né? – Ele disse enquanto pressionava uma caneta contra seu lábio. Caralho isso é muito sexy.... Isso não é sexy!! Ele é um homem!!! Taehyung!!! – Eu realmente gosto desse ambiente – Disse fechando os olhos e dando uma inspirada profunda, tal ato que me encantou... Não pera... Que porra eu to pensando?

- Sinta-se a vontade! – Disse docemente – Qualquer coisa é só me chamar! – Ele assentiu e eu retornei ao meu posto.

Qual é seu nome mesmo? Eu não me lembro... É Jeong alguma coisa e esse alguma coisa é parecida com kookie, mas obviamente eu não vou chamar o “cara” de biscoito/bolacha né?

Ao sentar-me em minha cadeira comecei a observa-lo; ele usava uma calça preta bem colada que destacava suas pernas, as quais eram bem definidas e aparentemente bem duras, usava uma camiseta preta também com um moletom verde aberto por cima, mas o que me chamou mais atenção foram seus óculos redondos, os quais davam um ar muito fofo para o garoto.

Perdidos em meus pensamentos, assustei-me quando percebi que estava mordendo os lábios em imaginar enterrando-me naquela bunda, que por conta da calça estava bem marcada e avantajada.

- TAEHYUNG!!! – Olhei assustado para um Jimin nervoso a minha frente.

- Ai Jimin que susto! – Disse colocando uma de minhas mãos em meu peito – Não precisava gritar, ‘ce ‘tá bem na minha frente pivete!

- Eu ‘to aqui te chamando faz uns cinco minutos Hyung! – Ele dizia com os braços cruzados e com um bico adoravelmente fofo, mas ele tinha um cheiro estranho, parecia álcool– E você com essa cara de retardado olhando ‘pra bun... – Em um movimento rápido tapei sua boca.

- Jimin! – Disse logo sentindo o mesmo tirar minha mão de sua boca agressivamente – Me desculpa...

- Não era você o senhor hetero machão gostoso? – Ele disse com as mãos na cintura – Hein?? – Levantou uma sobrancelha - Mas até que ele é um pitelzinho.... – Disse o olhando de cima a baixo.

Logo puxei Jimin para trás do balcão e abri a porta do deposito o empurrando para dentro.

- Uiiiii!! – Ele ergueu as mãos – Vai bancar o machão??? – Estava começando a perceber que a fala de Jimin estava “enrolada”, ele não estava sóbrio.

Não acreditando na possibilidade de Jimin estar bêbado logo de manhã o observei e ele me olhou de cima abaixo, logo em seguida virou se de costas para mim e um movimento inesperado.

– Aproveita e vê se me come – Ele pressionou sua bunda contra meu quadril – Porque faz tempo que eu to louco pra te dar.... – Pude ouvir um gemido manhoso vindo do mais novo, tal ato que me envergonhou como nunca antes.

Mesmo envergonhado eu segurei Jimin e o virei em minha direção, desde modo o olhando nos olhos e percebendo seu estado.

- Você andou bebendo Jimin? – Ele me olhou e sorriu – Não minta para seu Hyung! – Disse em um tom sério.

Ele colocou seu indicador em meu peito e começou a fazer círculos, mas subitamente parou e me encarou com um olhar bem intenso, o qual, obviamente eu não correspondi.

- Andei sim... – Respondeu manhoso – Você vai me punir Daddy? – Ele disse ao pé de meu ouvido, me causando sensações das quais eu não estava gostando.

- Já chega Jimin! – Disse abrindo a porta e o puxando – Vou te levar para casa!

Ao sair do deposito arrastando Jimin comigo, acabei me deparando com o garoto ainda sim sentado na mesa.

- Me desculpe, mas vou ter que fechar... Abriremos depois do almoço... – Disse olhando-o – Preciso cuidar desse embuste aqui – Jimin pendurou-se em me pescoço.

- Ah... – Ele pegou suas coisas – Entendo.

- Ele gostou da sua bunda moço – Jimin disse rindo.

Senti minha cara esquentar e empurrei Jimin de cima de mim, já o garoto a minha frente ficou totalmente desconfortável.

- Ele está bêbado – Disse com a mão na nuca – Não tem noção do que está dizendo.... Me desculpe.

- Relaxa... – Ele disse jogando o copo de café no lixo – Também gostei da sua – E assim ele foi embora, me deixando totalmente sem reação.

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Chegando em casa, coloquei Jimin nas costas e o carreguei até o banheiro, logo o tirando das minhas costas e o colocando sentado na privada.

- Jimin aonde você estava? – Disse o encarando – Porque caralhos você ‘tá BEBABDO as ‘fodendo oito horas da manhã??????

- Ahhh... Hyung – Ele disse manhoso enquanto eu ligava o chuveiro – você vai dar banho no Jiminie? – Ele puxava sua camisa para cima em uma idiota tentativa do que me parecia ser uma possível “sedução”.

- Me faça o favor né!! – Peguei o garoto e o coloquei na banheira cheia de água gelada, ainda sim com o chuveiro ligado.

- AAAAAAA!! HYUNG TÁ GELADA!

Joguei uma toalha nele.

- Toma seu banho – Abri a porta e me coloquei fora do cômodo – E vê se não demora!

Fui andando em direção a cozinha e ao chegar lá, abri a geladeira e comecei a preparar algo para comermos; acabei por fritar uns ovos e fazer um arroz básico, mas fiz um café bem forte pro Jimin tomar, ele melhoraria da ressaca.

Sentei-me na mesa e me servi, e em um momento de reflexão admirando os ovos presentes em meu prato comecei a pensar, pensar sobre o que havia acontecido hoje. Foi um puta clichê, eu sei disso! O mocinho tropeça e o galã segura ele e bla, bla, bla. Mas a sensação que senti naquele momento foi surreal, nunca havia sentido aquilo, minha barriga estava gelada, meus pensamentos não marcavam presença, minhas pernas não tinham forças e aqueles olhos me invadiram de uma maneira que tornaram o simples ato de respirar uma tortura.

Obviamente que eu não estava apaixonado por um homem... Afinal, ele é um homem. O que aconteceu foi apenas o calor do momento, não houve nada gay envolvido naquilo! Eu não beijaria aqueles lábios vermelhos e aparentemente macios e suaves como uma seda, não apertaria aquelas coxas durinhas e definidas e definitivamente não me afundaria naquela bunda redondinha e perfeita, ou seja, EU NÃO SOU GAY.

Mas o que mais me intrigou foi o comportamento de Jimin, estou acostumado em vê-lo bebendo, afinal ele adora álcool, mas ele nunca agiu dessa forma, normalmente ele fica manhoso e eu tenho que fazer ele dormir, mas nunca o vi deste modo. Estranho, bem estranho.

Ao terminar de comer, coloquei meu prato na pia e o lavei, logo o guardando no armário e indo em direção ao banheiro para ver se Jimin havia morrido.

- Jimin! – Dei uma leve batida na porta – Tá vivo?

- Oppa... – Jimin falava arrastado – Vem ajudar o Jiminie...

- Primeiro que eu não sou seu Oppa! – Disse em um tom sério – E vê se para de frescura e sai daí logo! – Fiquei em silencio e ele me chamava, assim não saberia que estava ali.

Escutei o chuveiro sendo desligado e alguns paços, então encostei na parede ao lado do banheiro e esperei por Jimin. O mais novo saiu do banheiro com os cabelos encharcados, os quais molhavam sua camiseta e sem calças, apenas com uma box preta.

Ele abriu a boca pra falar, mas estava cansado de atura-lo, então o cortei.

- Jimin nem começa! – Falei de maneia ríspida – Vai pra cozinha! – Praticamente ordenei.

- Mas...

- VAI JIMIN! – Gritei apontando o dedo em direção a cozinha.

O de cabelos rosas seguiu em direção a cozinha em paços lentos e lamuriosos. Ao chegar à cozinha fiz com que ele senta-se em uma cadeira e lhe dei o café.

- Mas tá amargo... – Ele disse dando pequenos goles – Para aquele lá você dá açúcar né? Ou será que não é só o açúcar? – Pude sentir um pingo de tristeza em sua voz.

- Não começa! – Disse sem paciência – Eu vou ligar pro Namjoon vir cuidar de você – Ele fez careta – E ai de você se ousar reclamar hein!!!

Jimin abaixou a cabeça e terminou de tomar seu café.

Namjoon não havia atendido o telefone de primeiro, porem liguei mais algumas vezes.

“Joonie?”

“Tae?”

“O próprio!”

“Diga”

“Você tá ocupado essa tarde?”

“Na verdade não. Porquê?”

“O Jimin apareceu bêbado lá na floricultura e ele não está em condições de ficar sozinho aqui em casa, será que tem como você vir aqui ficar com ele?”

“Você não pode ficar com ele Tae?”

“Tenho que abrir a loja... Se você quiser pode almoçar aqui, fiz um pouco de comida a mais”

“Já estou indo”

“Ah Joonie... Você é um anjo! Muitíssimo obrigado!”

“Por nada... Já to indo, tchau”

Me sentei no sofá e comecei a assistir televisão, mas logo senti algo encostando-se em mim, olhei para o lado e vi que era Jimin; ele estava como aquela famosa cara de cachorro arrependido, mas estava realmente muito bravo com ele, então me levantei e sai de perto do mesmo.

- Desculpa Hyung... – Jimin sussurrou deitado no sofá.

- Agora não Jimin! – Disse sem encara-lo – Eu não quero falar com você agora.

Depois de alguns minutos escuto a campainha tocar e abro a porta, desse modo encontrando Namjoon.