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História O Soldado, O Musico e O Lord - A Caminho da Ordenança (parte I)


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


continuo na tentativa de fazer meu livro

Capítulo 4 - A Caminho da Ordenança (parte I)


A caminho da ordenança (Parte I)

Eley nunca foi o tipo de pessoa que gostava de chamar atenção, desde criança achava mais agradável ficar em seu cantinho e ler algum livro ou estudar, mas isso se provou bastante difícil depois de ser adotado, entenda Kastides é e sempre foi o menor dos reinos, as vilas ficavam bastante afastadas da capital, porém sempre existiu um excelente sistema de comunicação, transportes e estradas em Kastides, e como diz o ditado, as noticias voam, então quando a noticia de que uma criança estrangeira havia sido adotada pelo cavaleiro reescrito favorito do rei se espalhou a curiosidade acendeu na cabeça e coração dos habitantes, a maioria das pessoas se surpreendeu na primeira vez que viu Eley, ele se parecia bastante com Grougray e muitos começaram a espalhar rumores que na verdade a criança era um bastardo, outros achavam que era o destino, e a maioria só o achava uma criança fofa e quieta, as diferença cultural também foi um ponto bem observado pelos aldeões, Justice era conhecida por ter habitantes meio antipáticos ou de poucas palavras, bem a prova esta ali, Eley não respondia a pessoas que não conhecia previamente, e era curto em suas respostas, na maioria das vezes muitos o achavam uma criança estranha, porem ainda adorável em suas maneiras excêntricas de ver o mundo, mais também levavam em conta o fato do menino ter visto os pais serem assassinados bem na sua frente, então talvez fosse alguma espécie de  trauma ou mecanismo de defesa, mas não Eley era apenas tímido, tinha medo de responder adultos desconhecidos, tinha medo de ficar em um lugar que não conhecia, tinha medo de se perder e medo de decepcionar as pessoas ao seu redor, ele simplesmente era uma criança.

A Vila mais próxima da capital era onde os soldados moravam, era basicamente uma vila militar completa, a única diferença era que as famílias dos soldados também viviam lá, diferente dos outros reinos onde as famílias dos soldados vivem em vilas diferentes, um ponto interessante dentro da vila era a falta de mercados e quitandas, restaurantes ou hospedarias, apenas escolas e hospitais, a capital enviava suplementos a cada três dias para os soldados e os seus filhos tinham a melhor educação possível, a estrada pra capital era segura e iluminada, não tinha perigo sair de madrugada para chegar a capital, que teria uma distancia de mais ou menos uma hora e meia a pé e menos de meia hora a cavalo, para que o cavaleiro que tivesse uma missão chegasse o mais rápido possível no castelo.

O único lugar que tinha comida na vila era o posto de abastecimento, que era gerido por um cavaleiro aposentado e caolho que assustou Eley a primeira vez que o mesmo o viu, independente disso os cavaleiros e suas famílias podiam caçar e plantar nos seus terrenos se quisessem esses por sinal eram padronizados por patente e sinceramente falando tinham cabanas enormes e aconchegantes.

Eley veio de uma família simples era filho único, seu pai era um faz tudo e sua mãe uma mulher do lar, seu pai era péssimo em alquimia então nunca ficava em um emprego por muito tempo e sua mãe sempre falava o quanto ela queria ter nascido com magia para ter um bom emprego e ajudar nas despesas da casa, ela era melhor em alquimia então costumava fazer alguns serviços que o marido não conseguia realizar, Eley não lembrava mais das vozes deles, e também não lembrava muito de seus rostos, mas os guardava com carinho no coração, porém estaria mentindo se não disse que prefira morar em Kastides, talvez se os pais tivesse se mudado anos antes eles ainda estariam vivos, talvez, mas não foi isso que o destino quis fazer.

Gallant cantava serelepe indo a frete do pai e irmão ignorando as pessoas que passavam e desviando de forma preguiçosa das carroças e dos cavalos com carga ou pessoas que estavam na fazendo seu caminho para a capital, Grougray parecia preocupado com algo e Eley tinha uma expressão seria no rosto, sentia seus ombros pesados e um desconforto no estomago, estava nervoso.

- Mestre.... As palavras saíram baixas como um sussurro.

Grougray precisou inclinar a cabeça para ouvir seu filho falar o que queria

- Diga Eley. Os olhos azuis penetrantes dilatavam com a antecipação.

- Mestre...estou com medo...na verdade estou nervoso... As palavras pesavam na boca, o jovem não queria decepcionar ninguém.

- Meu filho, não precisa ter medo, um dia você vai ser reescrito assim como eu, mais por enquanto você vai ser apenas ordenado. Grougray deu o melhor sorriso que poderia, diga-se de passagem, não era muito bom.

- Eu sei pai, mas qual soldado tem uma festa gigante com todos os reescritos e seus filhos já soldados, na presença das princesas e do príncipe herdeiro com mais de quatrocentos convidados aldeões, músicos de todas as partes do reino e estrangeiros? Sem contar a comida! Quem daria um banquete desses apenas para uma ordenação de um simples soldado? Eley respirava com dificuldade no fim de cada palavra, era atenção de mais, era gente de mais, não queria isso, mas ordens são ordens.

- Filho, filho calma. O pai colocou a mão sobre um dos ombros do filho o que fez ele se acalmar levemente e olhar para o pai que continuo. Eley, meu filho, você não é um soldado qualquer!

A verdade jogada na cara era pior do que se imaginava se tinha uma coisa que Eley não era, era um soldado qualquer, não por ser um acordo entre Kastides e Justice, não por ser filho do salvador do rei, não por ser o único amigo do príncipe, mas sim por ser terrivelmente poderoso, no dia que ficou a sós com Karlus a primeira vez até o nesse instante momento, o rei percebeu seu poder é isso foi um choque para todos, geralmente a magia de um criança humana aparece entre os oito aos doze anos, existem pessoas que tem um certo atraso e normal, meninas costumam ter a magia detectada mas cedo, e logo depois começam a sangrar, mas Eley era diferente, é isso parecia um pesadelo para mesmo, ainda se lembrava do dia em que sua magia apareceu e a cara do rei.

Karlus era um homem muito bonito, incrivelmente poderoso, e terrivelmente espalhafatoso e exagerado quando estava entre amigos, e seus reescritos eram seus amigos de certa forma, ele gostava muito de crianças, esse era um fato que ninguém podia negar, então era comum que os filhos de seus reescritos tivessem carta branca pra pintar e bordar dentro do castelo, os empregados se viam desesperados quando Gallant corria pelos corredores do castelo, afinal ninguém tinha forças para parar suas brincadeiras, Eley gostava de ficar na biblioteca, lendo ou empilhando os livros como pequenas torres ou muralhas, coisa de criança.

Mais um dia enquanto fazia mais uma de suas torres de livros o rei Karlus também estava na biblioteca estudando, e viu aquele menino tão pequeno e mirradinho brincando tranquilamente entre seus livros, não teria nada de mais ali, se não fosse o fato de Eley estar recitando e lendo uma magia mais antiga que o próprio reino, e não apenas isso, a magia estava funcionando, e funcionando em seu máximo, o circulo de livro envolto em chamas coloridas com Eley no meio, olhos azuis lindos brilhando malignamente o cabelo preto chamuscando a atmosfera esquentando temperatura subia de forma gradual e rápida, aquilo não era uma magia qualquer, tinha que parar imediatamente.

O Rei estava aterrorizado com a cena, mais sabia que Eley não era culpado, ele apenas tinha despertado sua magia, e aparentemente não sabia a controlar ainda, isso sim era perigoso.

Correndo em direção ao menino o rei começou um encantamento.

“Para aquele consome sem controle.

Eu ordeno que cesse e congele

Para aquele que consome sem controle

Eu ordeno que extingo-a

Não deves proceder”

E do chão uma camada de gelo se fez apagando o fogo de forma abrupta e eficaz, porem o rei não médio as consequências que o contra feitiço teria na criança, Eley desmaiou, e quando acordou estava nos braços de um Grougray terrivelmente assustado e sendo observado por um Karlus com um sorriso sapeca.

- Quando ele crescer, ele vai cuidar do meu filho. Essas foram as ultimas palavras que Eley ouviu antes de pagar novamente naquele dia.



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