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História O Som do Mar (Is It Love? Adam: Primeira Temporada) - Capítulo XXX


Escrita por: AnnyMartins18

Notas do Autor


Espero que gostem <3

Capítulo 30 - Capítulo XXX


O avião pousou em Seattle às 23:15h, pego a minha mochila e desembarco do avião com o Adam atrás de mim. Olho em volta, até que tem bastante pessoas aqui, apesar de ser um pouco tarde! Solto um suspiro cansado enquanto ando para fora do aeroporto, a distância consigo perceber um casal parado. Observo a mulher e percebo que é a minha mãe, encaro o Adam com um sorriso e andamos rapidamente até eles

Tiro a mochila e estendo para o Adam, ele entende o sinal e segura, quando estou perto o suficiente da minha mãe, eu a envolvo em um abraço forte e apertado. Meu coração está acelerado, eu senti muita falta dela e do meu pai. Principalmente nestes dias que tudo está desmoronando na minha vida. Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto sinto o seu cheiro, ela se afasta com um sorriso e faz um carinho no meu rosto, olho para o meu pai e o abraço também. Sua voz grossa parece aquecer o meu coração e isso é muito bom!

- Minha filha, eu senti saudades.

- Eu também senti falta de vocês.

Me afasto deles e seco as lágrimas, seguro o braço do Adam e falo animada:

- Mãe, este aqui é o meu namorado. Adam Peterson. - Olho para o Adam e continuo. - Essa aqui é a minha mãe Carmem Cooper. Meu pai você conheceu em Manhattan.

- Sim, eu me lembro dele. Prazer revê-lo senhor Cooper. - O Adam aperta a mão do meu pai e segura a mão da minha mãe delicadamente. - É um prazer conhecê-la senhora Cooper.

- Não precisa ser tão formal comigo Adam. Me chame apenas de Carmem e garanto que meu marido também prefere ser chamado de Dylan.

- Pode deixar Carmem.

- Você vai se acostumar com isso Adam. - Digo calmamente.

- Vamos para casa então? Creio que estejam cansados. - Minha mãe diz olhando para mim.

- Sim, realmente! O dia na empresa foi um pouco cansativo.

Andamos juntos para fora do aeroporto. Meu pai ainda está usando terno e pega a chave do carro no bolso, tento pegar a minha mochila, mas o Adam me impede.

- Não, não! Deixa que eu levo docinho, você está exausta.

- Tem certeza? - Ele faz que sim com a cabeça. - Tudo bem então...

Quando chegamos no carro, entramos em silêncio, meu pai começa a dirigir para casa enquanto apoio a cabeça no ombro do Adam. Minha mãe em questão fala nos olhando através do retrovisor.

- Vocês vão querer comer alguma coisa antes de descansar? Pelo menos fazer um pequeno lanche...

- Sim, sim... Estava pensando nisso, não sei se iremos aguentar ficar esperando o jantar.

- Não se preocupem, em casa falarei com a Martha, ela vai fazer o seu sanduiche favorito.

- E vocês ainda conseguem manter isso na mente?

- Claro, porque iriámos esquecer?

- Bom, tem o fato que meu gosto poderia ter mudado e outro tipo de comida seria o meu favorito.

- Sim, concordo. Hanna minha filha, eu te conheço o suficiente para saber que seu gosto ainda não mudou.

- Ok, um ponto ao seu favor. - Rio diante de sua perspicácia, realmente ela está certa.


POV ADAM

Hanna acabou cochilando no meu ombro, o clima dentro do carro fica descontraído. Os pais dela ficaram falando da infância dela aqui. Deve ser boas lembranças que eles mantêm na mente, é muito bonito de se observar, eles falam dela com o maior carinho. A maioria das lembranças que tenho com meu pai, é dele sendo ambicioso o tempo inteiro e no final de tudo resultou a morte da Melissa. O carro estaciona em frente a uma casa grande, aproximo o meu rosto no cabelo da Hanna e falo calmamente:

- Docinho? Acorde, chegamos...

- Nossa... Já? - Ela olha em volta um pouco sonolenta. - Desculpa ter dormido...

- Não fique preocupada com isso Hanna, porque não toma um banho quente na banheira? Pode ajudar a relaxar. - Carmem diz ao tirar o cinto.

Saímos todos do carro, coloco a minha mochila e o Dylan segura a bolsa da Hanna, entramos na casa em silêncio, estou observando tudo atentamente. Realmente é uma casa grande e bonita, as paredes na cor bege e uma grande escada principal fica diante da porta. Na esquerda consigo ver a sala onde tem uma pequena lareira e na sala a direita dá para perceber uma grande mesa de jantar.

- Hanna querida, porque vocês não sobem para o quarto? Falarei para a Martha levar o lanche de vocês lá em cima. - Carmem diz indo para a cozinha.

- Tudo bem mãe. Vou subir então.

- Boa noite para vocês crianças.

O Dylan dá um beijo na testa da Hanna e um tampinha no meu ombro, o vejo andando para uma sala que não duvido que seja o escritório. Hanna olha para mim e faz um sinal para que eu a siga, subimos as escadas e andamos no corredor, ela para em frente a segunda porta a direita e fala:

- Bom, se o meu quarto está do mesmo jeito em que fui embora, não duvido que você veja um quarto de uma adolescente.

- Você não precisa se preocupar com isso docinho, além do mais. Eu não sou juiz de decoração. - Digo erguendo a sobrancelha.

Hanna em questão revira os olhos, mas caí na risada. Ela abre a porta e entra, quando olho em volta vejo paredes rosa no tom pastel, uma pequena escrivaninha com um pequeno diário. Prateleiras com alguns livros nada mais que romance, olha só uma romântica incurável!

Ela coloca a bolsa em cima da escrivaninha e abre, procurando alguma coisa, deixo a minha mochila na cadeira e vou até a janela. A visão daqui de cima é bonito, consigo ver o jardim cercado de várias flores e a distância vejo uma piscina.

- Eu vou tomar um banho rápido. - Ela diz chamando minha atenção.

- Tudo bem, irei te esperar aqui. - Sorrio para ela e a vejo entrando no banheiro.

Sinto um alívio ao saber que estamos longe de Manhattan, eu sei bem que o tempo está bem curto para nós dois e espero que a merda toda não a prejudique. Me sento na cama e procuro o meu celular no bolso, são 23:53. Já estava um pouco cansado pelo dia no restaurante, hoje teve um grande movimento, a viagem me deixou mais esgotado. Depois espero conseguir descansar tranquilamente ao lado dela.


POV HANNA

Estou sentada na cama, o Adam tomou um banho logo depois de mim e não demorou muito para que Martha viesse trazer o nosso sanduiches. Ela me deu um grande abraço quando me viu, senti muitas saudades dela, Martha está trabalhando aqui em casa desde que eu era pequena e sempre tive um carinho por ela. Como uma avó para mim e ter a presença dela por perto, me reconforta bastante. Após alguns minutos ela nos deixa sozinhos, Adam e eu comemos o sanduiche com um copo de suco de maracujá com pequenas conversas.

- Então aqui era o seu antigo quarto?

- Sim, mesmo sendo bem frufru foi o meu porto seguro. Algumas amigas vinham dormir e todo o quarto ficava uma tremenda bagunça.

- Eu não duvido disso. Talvez o final de semana aqui seja bom para rever os seus amigos.

- Não tenho certeza se quero... Nunca pensei na probabilidade de voltar para Seattle e não tive tempo para pensar nisso quando aceitei vir...

- Você não precisa ter pressa nisso, iremos embora no domingo e você pode se encontrar com elas sozinha se preferir.

- Melhor não, a gente veio para passar o final de semana juntos e não para outro tipo de baboseiras.

- O bom nesse momento seria você descansar, sei que está tentando se manter acordada e isso não é legal!

- Eu sei disso, amanhã podemos dar uma volta pela cidade se quiser, mas também temos uma grande piscina para aproveitar. - Pego o prato e os copos. - Vou levar para a cozinha e já volto.

O Adam acena com a cabeça e me inclino para dar um selinho nele, saio do quarto e desço as escadas, indo direto para a cozinha. Martha está na cozinha guardando alguns legumes, coloco a louça na pia e ela olha para mim.

- Ainda acordada Hanna?

- Sim, tive que descer para trazer a louça. Por favor deixe que irei lavar pela manhã.

- Não precisa, sabe muito bem que isso faz parte do meu trabalho.

- Eu já sou grandinha e posso muito bem lavar o que eu sujo Martha, faço isso todos os dias em Nova Iorque.

- Você sabe muito bem que não adianta falar isso para mim. - Ela fecha a geladeira e continua. - A propósito, parabéns minha menina. O seu namorado é um jovem muito bonito.

- Ah obrigada, sim o Adam realmente é!

- E está muito apaixonada por ele.

- Sim... - Meu coração se aperta um pouco

- O que foi? Você fez uma carinha triste agora.

- É só uns problemas que não vem ao caso neste momento, eu vou descansar um pouco. O dia foi esgotante e trabalhei bastante hoje.

- Vai lá, você já deveria estar dormindo.

- Boa noite Martha.

- Boa noite pequena Hanna.

Saio da cozinha e subo as escadas rapidamente, estou com um sobretudo preto, o bom que ele é longo o suficiente para esconder a camisola que estou usando. Não duvido que minha mãe deve estar dormindo neste exato momento enquanto meu pai deve estar bebendo um pouco de conhaque em seu escritório.

Entro no meu quarto e fecho a porta, o Adam está deitado mexendo no celular. Procuro minha escova de dentes e vou para o banheiro, depois de ver o meu reflexo consigo perceber um olhar cansado, após escovar os dentes, volto para o quarto. Me aproximo da cama e o Adam estende o braço para mim, me deito ao seu lado apoiando a cabeça em seu braço. No mesmo instante ele deixa o seu celular de lado e me abraça.

- É bom estar aqui com você.

- Sim, eu concordo. A gente precisava dessa viagem...

- Amanhã iremos curtir e esquecer que existe Manhattan. Pelo menos nesse final de semana combinado?

- Combinado.

Não dá para esquecer totalmente, afinal preciso arrumar um tempo para usar a máquina que o Colin me entregou. Eu não queria ter que invadir o celular dele, mas não tenho escolha, eu vou fazer o possível para o Adam ter menos tempo na cadeia. Fecho os olhos para dormir, consigo ouvir as batidas de seu coração, não demora muito para que eu me renda ao sono e acabe dormindo.


POV OWEN

Uma batida na porta me acorda e me sento no sofá, devo ter dormido durante o filme. A batida na porta continua, tem alguém muito persistente lá fora, ando até a porta um pouco irritado, eu odeio que me acordem. Sinceramente quem deve ser o imbecil lá fora? Destranco a porta e abro, diante de mim vejo a Fiona, deve ter acontecido algo para ela aparecer assim de repente e sem avisar. Dou espaço para ela entrar, ela vai direto para o sofá e eu fecho a porta. Vou até a poltrona e começo a falar:

- Eu não esperava que você fosse aparecer.

- Até tentei te ligar, mas estava dando desligado, então o jeito era vir até aqui. - Ela diz juntando as mãos.

- Ok, agora me diga, qual é o motivo da sua visita inesperada. - Digo ironicamente.

- Derrick me contou que o tal de Colin conseguiu invadir o computador dele.

- Sim, não é mentira.

- O que vai acontecer com a Safeplanet?

- Para ser sincero? Nem eu sei, estamos esperando que as coisas fiquem um pouco calma para nos reunirmos novamente. Qualquer descuido, seremos pegos.

- E onde está o Adam?

- Parece que não está sabendo mesmo. - Acabo dando uma risada. - Neste momento deve estar em Seattle com a namoradinha dele.

- No meio desse caos todo, ele foi pra Seattle? E pior com a Hanna? - Ela diz com raiva.

- Sim, isso mesmo que você ouviu, ele me falou hoje que estava pensando em como tirar a Safeplanet dessa confusão. O que eu acho difícil, ainda mais que o Colin vai ficar na nossa cola até nos achar.

- Ele não teria achado a gente assim facilmente.

- Não duvide da capacidade dele, ele é um baita hacker e o Derrick sofreu para conseguir invadir a empresa. - Fiona me encara em silêncio. - Alguma coisa a mais?

- Quando o Adam volta de viagem?

- Ele não me disse quando voltaria. - Dou um sorriso para ela. - Se você não tem mais nada para dizer, eu gostaria de descansar agora, o dia foi esgotante e eu estava dormindo até você chegar.

- Sempre sendo carinhoso né Owen? - Ela diz se levantando.

- Tenho que ser gentil sempre.

Me levanto e a levo até a porta, após ela sair do apartamento, acabo falando rapidamente:

- Adeus e boa noite!

Sem esperar a sua resposta, fecho a porta e tranco, vou até o sofá e pego o controle da tv, desligo e caminho direto para o meu quarto. Eu sei que o Adam voltará no domingo, mas a Fiona não precisa saber disso agora, não duvido que ela iria aparecer aqui para infernizar como sempre. Às vezes é bom ter um momento de paz que só acontece quando Fiona está longe.

Ainda bem que nada deu certo entre mim e ela, porque a obsessão dela é enorme e chega ser irritante! Deito na cama me cobrindo e fecho os olhos, a única pessoa que passa pela minha mente é a Hanna. Infelizmente ainda não consegui tirá-la da minha mente, pensei que contando toda a verdade, ela se afastaria do Adam e quem sabe eu poderia me aproximar? De qualquer forma parece que eu estava errado, o amor que ela sente pelo Adam é mais forte e ele sempre será a escolha dela. Não vou mentir, isso me causa ciúmes, queria que a escolha dela fosse eu, mas não vai acontecer nunca!


POV HANNA

Um lindo dia ensolarado amanhece em Seattle, olho a hora no meu celular e vejo que são 07h da manhã. Me estico na cama e vou até a minha mochila, procuro uma boa roupa para usar e levo até o banheiro. É melhor ficar acordada de vez do que acabar dormindo de novo, creio que alguém já deve estar acordado... Depois de tomar um banho e escovar os dentes, eu pego o meu celular e vou para a cozinha, não vou mentir estou faminta! O Adam ainda estava dormindo quando saí do quarto, preferi deixá-lo dormindo mais um pouco. A casa não é enorme, então não será complicado para me encontrar. Quando entro na cozinha, vejo meu pai tomando café com a minha mãe, com um sorriso eu e sento de frente para ela.

- Bom dia pessoal!

- Bom dia querida, dormiu bem?

- Sim, com certeza! O Adam ainda está dormindo lá em cima.

- Deixe que o descanse. - Meu pai fala olhando para mim.

- Já sabe o que fazer hoje Hanna? - Minha mãe pergunta tomando um gole de café.

- Ainda não tenho certeza, mas pensei em dar uma volta pela cidade com o Adam.

- Será bom fazer isso, vai relaxar e assim ele pode conhecer um pouco de Seattle.

- Bom dia! Desculpem a demora para acordar. - O Adam dá um beijo na minha cabeça e se senta ao meu lado. - Estavam falando de mim?

- Sim, minha mãe estava falando que seria bom a gente visitar a cidade. Creio que seja a primeira vez vindo para Seattle.

- Realmente é a primeira vez.

- Ah, viu filha? É uma boa oportunidade! - Meu pai diz orgulhoso.

- Não se preocupem, irei levá-lo depois do café da manhã!

Martha aparece ao meu lado e coloca um bolo de chocolate na mesa. O cheiro faz o meu estômago roncar, coloco panqueca no prato do Adam e no meu.

- Café ou suco? - Martha diz suavemente.

- Suco por favor. - Digo rapidamente.

- Vou querer suco também. - O Adam diz um pouco sem graça.

Mesmo que ele venha de família rica, ser um homem exigente não é o tipo dele, talvez do seu pai... Sacudo a cabeça para me livrar desses pensamentos, o Adam olha para mim preocupado e pergunta baixinho:

- Está tudo bem docinho?

- Ah, claro que sim. Só estou com fome!

Sorrio e começo a tomar o café da manhã, ficamos falando sobre alguns lugares que são lindos na cidade. Pego o pedaço de bolo e fico em silêncio enquanto escuto o Adam interagindo com meus pais, é bom ver que todos estão se dando bem. Assim que todos terminam de tomar café da manhã, subimos para o meu quarto e escovamos os dentes, ajeito o meu cabelo enquanto espero o Adam. Coloco o meu boné preto e vejo que está bom, um short jeans e uma camiseta regata lilás, está pronto e bom para enfrentar as ruas cheias de Seattle.

- Você está maravilhosa docinho. - O Adam me abraça por trás e encaro o seu rosto através do espelho.

- Obrigada, você também está muito bonito! - Me viro e coloco meus braços ao redor de seu pescoço. - Está pronto para ir?

- Com certeza.

Sorrimos um para o outro, o Adam aproxima o rosto do meu, captura meus lábios para um beijo doce e apaixonado. Me deixo levar por essa dança numa lentidão louca. Sua mão direita sobe para a minha nuca, me mantendo o mais próximo que ele consegue, com o braço livre ele desliza pelas minhas costas e aperta a minha cintura. Seguro o seu cabelo, me rendendo aos seus beijos, ele interrompe nosso beijo e se afasta um pouco, com um sorriso sedutor em seu rosto de anjo perfeito.

- É melhor a gente parar agora docinho, as chances de a gente passar o resto na manhã na cama são grandes e aumentam a cada minuto.

- E quem disse que eu não quero? - Mordo os meus lábios.

- Não me provoque desse jeito doçura. - Ele passa o polegar no meu queixo. - Não se preocupe, essa noite será só nossa.

- É bom saber disso!

Dou mais um beijo em seus lábios e me afasto, vou andando para a porta com o Adam atrás de mim, saímos do quarto e descemos as escadas, não sei onde devem estar meus pais agora, mas falarei com eles assim que voltar. Ao chegar na rua, sinto o sol quente bater no meu corpo, mas garanto que está longe de chegar no calor que estou sentindo. Minha sorte foi ter trazido o meu boné, sei que aqui é mais quente que Manhattan, mas não lembrava o quanto!


Decidimos voltar para casa dos meus pais na hora do almoço, confesso que estou morrendo de fome e esse passeio aumentou o meu apetite. Compramos algumas coisas para ter recordações dessa viagem, quando passamos pelo portão noto um silêncio e nenhum sinal de meus pais. Entro na cozinha, mas não vejo a Martha.

- Que estranho... Será que todos resolveram sair?

- Eu não sei, vamos dar uma olhada no jardim então.

- Sim, vamos lá.

Deixo minhas coisas na mesa da cozinha e sigo para o jardim. Passo pelas grandes roseiras e ao me aproximar da piscina vejo bastante pessoas reunidas, todos gritam em perfeita harmonia.

- SURPRESA!!!

Fico de olhos arregalados e observo a minha volta, a minha família está reunida, não só a minha mãe e meu pai. Estão alguns tios, minha vó, meus primos e até antigos amigos. Estou perplexa com tudo isso, não esperava essa surpresa, deve ser por isso que minha mãe quis saber se íamos na cidade. É Hanna, não fique parado igual idiota e vá conversar com sua família! Meu consciente grita comigo, não está errado, foi realmente uma atitude bela...

- É bom te ver de novo Hanna!

- Nossa... Vanessa, é você mesmo?!

- Sim! Que foi não está me reconhecendo?! Passar meses longe de mim fez esse efeito.

- Claro que não me esqueci, mas você está diferente.

Vou em sua direção e acabo abraçando-a forte, Vanessa é uma mulher muito linda, tem um corpo sonhado por várias mulheres, ela é negra e seu cabelo está curto com cachos bem definidos, usando um vestido com desenhos de girassóis, realmente ela está maravilhosa! Eu senti muita falta dela, quando peguei a traição de Enzo, ela foi a única que esteve ao meu lado me dando apoio e se não fosse por ela, não sei como eu estaria. Sem contar que a Vanessa me apoiou e me ajudou a ir embora de Seattle, ela me deu a coragem necessária para isso, então tenho muito o que agradecer a ela.

- Você está muito linda Vanessa!

- Obrigada, você também está deslumbrante, parece que ter ido embora lhe fez bem. - Ela olha para o Adam com um sorriso. - E dessa vez veio acompanhada!

- Ah, desculpe pela falta de educação... - Me afasto dela e seguro a mão do Adam, começo a falar alto. - Bom, eu não esperava encontrar todos aqui tão de repente, mas parece que minha mãe planejou tudo. Fico feliz em ver todos aqui reunidos, também gostaria de apresentar o meu namorado, esse é o Adam Peterson, o conheci em Nova Iorque, que é onde moro atualmente...

Todos batem palmas alegremente e isso me deixa extremamente feliz, aos poucos todos vem conversar comigo, minha vó vem na minha direção com um pequeno sorriso. Seus cabelos estão grisalhos, mas seus olhos azuis continuam lindos.

- Que bom te ver de novo minha neta querida.

- Oi vó, senti sua falta! - Abraço-a com cuidado, ela está com oitenta e sete anos. Me afasto dela e seguro sua mão. - Esse daqui é o meu namorado Adam.

- Olá senhora, prazer em conhecê-la. - Ele pega sua mão delicadamente e deposita um beijo.

- Quanto cavalheirismo! O prazer é todo meu e por favor, me chame apenas de Anne. É bom ver que você encontrou um rapaz e está feliz Hanna.

- Sim, agora sou uma pessoa mais feliz.

- Porque não aproveitamos o calor para um banho de piscina? Vão se trocar, seu pai está cuidando da churrasqueira. - Minha mão aparece ao lado da minha vó.

- E você não perde tempo hein? Eu sabia que estava planejando algo, mas não imaginava que seria isso.

- Confesse que você gostou da surpresa filha! - Ela diz com um sorriso.

- Sim, com certeza! - Olho para o Adam. - Então, vamos subir para nos trocar?

Adam acena com a cabeça e nos afastamos da piscina, entramos de volta para casa e falo com ele:

- Vai trocar de roupa, irei pegar nossas coisas na cozinha e já vou subir.

- Ok, tudo bem. Estarei esperando!

Ele sobe as escadas enquanto vou direto na cozinha, pego nossas coisas e subo para o segundo andar, indo direto para o meu quarto. Eu entro e fecho a porta, é bem provável que o Adam esteja no banheiro se trocando, assim poderia evitar qualquer acidente, de alguém vir me procurar e poder ver uma cena nada agradável... Deixo nossas coisas em cima da mesinha e vou até a minha mochila, ainda bem que vim preparada, pego o meu biquini azul escuro e retiro o meu boné. O Adam saí do banheiro com uma bermuda cinza, seu abdômen definido acaba me deixando desnorteada e parece que esqueço de como se respira.

- Vai se trocar não docinho?

- Sim, eu estava procurando o meu biquini. - Me aproximo dele e dou um beijo em seus lábios. - Porque você não desce primeiro? Vai ser bom você conhecer todos, assim que eu terminar de me trocar, irei me juntar a vocês.

- Ficarei um pouco nervoso sem você lá, mas tudo bem.

- Relaxa, você vai se sair muito bem, o máximo que vai acontecer é eles falarem que você é muito bonito.

- Você é muito mais. - Ele sorri para mim. - Não demore muito docinho.

- Pode deixar surfista sexy.

- Prefiro o baterista sexy. - Ele diz erguendo a sobrancelha, no mesmo instante meu rosto fica vermelho.

- Eu... Eu vou me trocar. - Vou para o banheiro e fecho a porta, consigo escutar sua risada e o barulho de seus passos saindo do quarto.

Tiro a minha roupa e coloco o meu biquini rapidamente, olho meu reflexo no espelho e só consigo notar as minhas bochechas vermelhas. Ele tem o poder de acabar me desestabilizando, solto um suspiro como se me ajudasse a tomar coragem e saio do banheiro, vou até o meu antigo guarda-roupa e pego meu sobretudo que usava quando íamos para a praia, coloco o boné novamente e olho para a cama. Vejo o celular do Adam, não posso me esquecer do plano que o Colin preparou, tenho que ser forte agora, ando até a porta e tranco, estalo meus dedos enquanto vou até a minha bolsa, procuro o pequeno aparelho e pego. Me sento na cama e seguro o celular do Adam.

- Vamos Hanna! Não fraqueje agora por favor, sua liberdade depende disso...

Solto outro suspiro e olho para o teto, meu coração começa a ficar acelerado, conecto o fio no celular e ativo a sincronização, no mesmo instante começa a correr a porcentagem, fico observando os números andando, está rápido, mas ao mesmo tempo parece demorar. Tenho a sensação de que meu coração vai parar a qualquer momento, como se eu estivesse cometendo uma grande merda. Sei que não tenho escolha sobre isso, eu espero que o Adam não fique bravo comigo quando descobrir, mas ele mesmo queria me tirar desse meio. Será que a amizade entre ele e o Colin vai acabar? São amigos desde a adolescência e tocam na mesma banda, sinceramente, eu espero que não.

- Por favor anda logo!

Ainda está em 50%, tenho que esperar a metade, deixo o celular e o aparelho em cima da cama e me aproximo da janela, olho pela cortina e consigo ver o Adam conversando com meu pai, parece que estão numa conversa animada que ambos estão rindo. Me afasto da janela, sinto que estou cometendo uma grande travessura e vou ser pega no pulo a qualquer momento. Tento descartar essa ideia da mente, começo a andar em círculo pelo quarto tentando manter a calma. O que chega ser impossível, estou a um passe de surtar e tudo por causa de um aparelho que nem entendo! Quero acabar logo com isso tudo e poder aproveitar os momentos com o Adam, volto para a cama e vejo que está em 99%.

- Vamos, só mais um pouco...

Talvez o meu pedido tenha obtido sucesso, chegou a 100% e me sinto mais aliviada. Desconecto o fio e desativo a sincronização, deixo o celular em cima da cama e guardo o aparelho de volta na minha mochila. Meu coração ainda está um pouco acelerado, vou até a porta e sinto minhas mãos tremendo um pouco. Destranco a porta e saio do quarto lentamente, quando meu coração fica calmo, eu desço as escadas em rumo a piscina. Ok, Hanna, agora finja que nada disso aconteceu e interaja com todos. Qualquer coisa, use alguma desculpa plausível pela demora...

- Pelo visto vocês se deram muito bem! - Digo me aproximando do Adam.

- Ele é um excelente rapaz filha, sinceramente eu fico feliz que você tenha encontrado uma pessoa que te ame de verdade.

- Ah pai, obrigada. - Meus olhos começam a ficar marejados e vou abraçar ele.

- É apenas a verdade Hanna. Quero em desculpar por tudo, não foi certo da minha parte forçá-la a se casar com Enzo, mas eu pensava que ele era um bom namorado.

- A verdade é que todos nós pensamos nisso, não precisa se preocupar com isso agora, Enzo é passado.

- Fico feliz em ouvir isso Hanna, eu torço muito para o relacionamento de vocês darem certo!

- Obrigada pai.

- Saiba que vou cuidar bem dela Dylan, ela é a mulher que amo e quem desejo ter no meu futuro! - Adam diz olhando para nós dois abraçados.

- É bom saber disso Adam, quem sabe não conversamos sobre isso amanhã?

- Desculpe eu não entendi. - Digo um pouco confusa.

- Sua mãe sugeriu que vocês pegassem o voo da madrugada, poderíamos aproveitar um jantar de apenas nós quatro e assim conhecer um pouco mais sobre o Adam.

- Bom, eu não vejo nenhum problema nisso. - Olho para o Adam.

- Ficarei honrado em contar as minhas verdadeiras intenções com sua filha.

- Então está tudo certo, irei deixá-lo a sós.

Meu pai se afasta e vai em direção a minha mãe, solto uma pequena risada e isso faz o Adam inclinar a cabeça em minha direção.

- Qual é o motivo da risada docinho?

- Eu pensei que poderia atrapalhar seus planos chegar em Manhattan de manhã na segunda.

- Fique tranquila, não vai atrapalhar nada! O movimento no restaurante fica maior na hora do almoço.

- Obrigada por estar aqui comigo. - Digo passando os braços ao redor de sua cintura.

- Eu fico feliz de estar aqui com você, curtindo com toda a sua família e amigos.

- Eu te amo Adam!

- Eu também te amo docinho.

Após dizer essas palavras, ele me beija docemente, o contato de seus lábios causa pequenos arrepios pelo meu corpo, mas não podemos nos esquecer que tem gente ao nosso redor. Nos afastamos e vejo um olhar sedutor, sorrio para ele e puxo sua mão, indo em direção a alguns amigos, irei apresentá-los e não duvido que vai fazer amizades rápido. 



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