— O-O que?! — eu literalmente escutei isso? Sério? Por que essas coisas acontecem só comigo?!
— Meu pau tá' duro, vem me ajudar, baby? — olho para a cara embriagada do mesmo e dou dois tapas na cara, então o mesmo se avança em mim e me prende na cama, deixando meus dois braços para cima. — Me ajuda nessa porra vagabunda do caralho, se não vai por bem, vai ir por mal!
— Por favor não...! — digo um pouco alto e fecho meus olhos esperando o pior, quando de repente algo o tira de cima de mim. Após sentir o peso ser retirado, abro os olhos e vejo aquele tal de Joo Woon, o socando.
— Filha da puta! Não encosta nela! — disse enquanto o mesmo saiu cambaleando depois que Joo o soltou — ei, você está bem? — pergunta o mesmo com um olhar carinhoso para mim.
— S-sim... Obrigada mesmo Joo Woon, não sei o que eu faria se você não tivesse chegado. — deixo uma lágrima escorrer e o mesmo a limpa, então parece que talvez estivesse me “dando atenção demais” e retira sua mão rapidamente.
— Que seja. Até outra hora. — disse e eu fico ali, paralisada, vendo o mesmo sair por aquela porta no meio da escuridão.
Eu estava com medo, muito medo. Queria ligar para a minha mãe e meu pai, mas resolvi deixar quieto. Me enrolei em minhas cobertas novamente e me permiti chorar um pouquinho ali.
***
Kim Taehyung | próximo dia 06:34
— Amor... — disse S/n se aproximando de mim e subindo no meu colo. — você... Já vai ir trabalhar? — assento, então a mesma passa sua mão um pouco gélida em meu abdômen, me fazendo arrepiar — será que alguns minutinhos farão falta? — sorri maliciosa.
— Mas é claro que não...— digo e a mesma começa a rebolar bem devagar no meu colo, eu solto arfares baixos desfrutando da sensação que é aquela maravilha que eu chamo de mulher em cima de mim — oh isso amor... assim... o-oh... — a mesma começa a depositar selares no meu pescoço enquanto arfa no meu ouvido, me fazendo perder o resto da sanidade que ainda me resta.
***
— Gostou meu amor? — pergunta S/n saindo nua do banheiro enquanto eu penteio meus cabelos úmidos com os dedos.
— Claro gostosa. — digo depositando um tapa em uma das suas nádegas, deixando a área um pouco avermelhada — se ajeita, hoje uma empresa japonesa irá fazer uma parceria conosco com alguns projetos, hoje será um dia ótimo amor! E depois, vamos sair?
— Claro Tae, eu adoraria! Se lembra daquela promessa que você me fez anos atrás? — arqueio a sobrancelha confuso.
— Qual?
— De você cantar uma música para mim...!
— O que? — rio — você ainda se lembra? — a mesma assente — irei cantar então! Mas só quando chegarmos em casa, já tenho até uma música em mente.
— Ótimo, você sabe o quão bom é no canto... Te escutar é como escutar a voz de um anjo. — disse me encarando com os olhinhos brilhando.
— Claro que não meu amor, meu talento nem é comparável ao do Suga. — digo meio tristonho e a mesma me encara como se estivesse olhando para um bebê.
— Que isso meu amor, você é talentoso em tudo! Sabe administrar uma empresa, canta, pinta, o que mais você quer? Vai roubar o talento de todo mundo desse jeito! — disse e me fez soltar uma risada fraca.
— Aigoo para — sorrio sem graça para a mesma — venha, vamos terminar de nos arrumar, não podemos chegar atrasados para a parceria!
E assim fizemos. S/n estava lindíssima com a sua roupa social e eu com meu fatídico terno, como sempre. Pegamos nossas coisas e fomos em direção ao nosso carro, por fim iniciando nosso dia. A manhã em Seul estava agradável, o que fez S/n quase saltitar de alegria pois pensa em uma menina mais friolenta que S/n? Não existe!
Chegamos na empresa em poucos minutos e então adentramos a mesma, entrando no elevador e indo até nossa sala de reuniões. Algum tempo depois chegou uma mulher que parecia ter mais ou menos a nossa idade e se curvou na nossa frente, e assim fizemos também.
— Me chamo Yukuna Chan, será um prazer conversarmos para podermos fazer alguma colaboração, senhor e senhora Kim. — disse e então adentramos a sala.
Todos estavam sentados e, como sempre, eu e S/n estávamos um do lado do outro. Senhorita Yukuna moveu-se até um quadro que tinha na frente da mesa e mostrou os projetos que tinha em mente além dos resultados das suas idéias, e admito, não eram ruins. As idéias eram estáveis e não pareciam sujar a imagem da empresa ou fazê-la despencar em sequer um por cento dos resultados. Stonks!
— O que achou, amor? — pergunto a S/n, que endireita o óculos que usava e umedece seus lábios, com sua expressão séria.
— Acredito que suas idéias sejam boas, chamativas mas, mudar os nomes das empresas me incomoda. Acredito que os nomes sejam a marca registrada, e como nossa empresa está a anos desse jeito, mudar deixaria as pessoas um tanto... Surpresas? Concordam? — e todos como sempre concordam com o que S/n fala — ... Então senhorita Yukuna, suas idéias são ótimas e eu com certeza adoraria fazer uma parceria com você.
— Eu também, ou seja, trato feito!
Kim Kyung Mi | Dormitório
Acordo com meu despertador apitando que nem um louco. Minha pele estava seca por ter chorado rios e mais rios de lágrimas naquela noite. Não queria ver aquele ruivo falsificado novamente. Sei que ele estava bêbado, mas o álcool não deixa alguém assim tão louco!
Com muita pouca coragem, me levantei da cama e olhei no horário do meu celular. Puta que pariu eu estou atrasada! Me levantei que nem o flash e peguei meu uniforme — que ficava um pouco mais curto por causa da maldição que é as minhas coxas “gordas”. Nunca me senti mais desconfortável com uma roupa, pedirei um exemplar maior depois das três primeiras aulas. E arrumei meu cabelo rapidamente, antes que eu me atrasasse mais e não pudesse entrar na sala. Vi o corpo de Somi jogado na cama, não irei acordá-la. Uma vez Suli me contou que não se deve acordar quem está de ressaca, porque a pessoa acorda mais mal humorada que sei lá o que!
Corri para meu armário pegar meu material e corri até a sala onde iniciaria as aulas, a sala 35 de geografia. Me escorei na porta e suspirei fundo, havia corrido que nem o flash para conseguir chegar. É, sou bem clichê meus amores, eu chego atrasada pra aula e um moleque vai mexer comigo por ser nerd blá blá blá...
Bati na porta duas vezes e vi que o professor — que parecia ser daqueles homens que saiu daqueles filmes de dorama sabe, gostosão? — me encarou de um jeito meio peculiar mas resolvi ignorar. Aliás, não era totalmente que nem a sociedade coreana impõe, eu tô' nem aí, não faço dieta pra me encaixar nesses padrões aí não!
— Posso entrar, hello? Terra? Ei, 'sor? — digo e estralei meus dedos perto de sua face.
— Oh sim! Pode entrar senhorita! — disse e entrei, sentei em uma fileira aleatória, já que pra mim eu nem me importo, dizem que se você é do fundão é porque apronta ou é daqueles bandidão, se você fica nas primeiras fileiras você é aqueles nerdão chato que só sabe chorar quando tira um 9.9 pontos, então vou ficar no meio que nem um café com leite nas brincadeiras.
— Ih ala, novata gorda! — disse uma daquelas patricinhas que se acha a rica, sabe? A encarei serena e logo perguntei.
— Gostaria de saber qual foi o segundo, milésimo ou até momento em que eu perguntei sobre o que você achava sobre meu peso. Sim, sou gorda. E daí? — digo e a mesma me encara enjoada enquanto lixava suas unhas postiças.
— Você ainda é feia. — disse e me jogou um beijinho no ar, fiz questão de me levantar e me aproximar da mesma.
— Deixa eu ver um negócio aqui... — digo e cerro os olhos encarando sua face — ai! Socorro! Meus olhos estão queimando...! Ah... Só foi essa sua máscara com dez quilos de base que caiu e revelou seu rosto de quenga falsa. — digo e todos da sala começam a rir, até o professor riu e não disse nada para mim. Voltei ao meu lugar e sorri satisfeita.
— Não riam de mim! — disse quase chorando a “coitadinha”.
Cara, nunca me senti tão bem em toda a minha vida. Aquela tímida em mim me atrapalhava tanto..., eu era humilhada e nem notava. Vocês que lutem agora para me suportar!
O que mais me impressiona é o fato de que ninguém ter falado nada sobre alguma gritaria ontem de noite. Provavelmente todos estavam nas festas naquele horário e só eu estava no meu quartinho vendo doramas e séries. É, deve ter sido isso. Sorte que Joo Woon chegou na hora, aquilo de fato foi traumatizante, eu sinto que Woon iria matá-lo, mas também acho que não às vezes. Estou tão confusa!
As aulas passaram voando, e sem dúvida passaram! E só depois que todos foram saindo que eu percebi que a maioria não usava uniforme. Que bosta, usei à toa. Mostrei minhas perninha sexy à toa — risos.
Fiz questão de subir até meu dormitório no período de intervalo e colocar uma calça jeans e uma blusa com uma estampa vintage, meu pai que me ensinou a gostar deste estilo desde jovem, e eu sempre o adorei também! Além de eu colocar meu cinto da Gucci para combinar com tudo. Tô' nem aí, se é para se arrumar vamos arrasar!
Eu parecia um Taehyung feminino. Fico feliz em ter puxado a aparência do meu pai, aliás, meu pai é um gatinho, vi umas fotos dele quando ele era mais novo, e óh céus, minha mãe é sortuda. Também ficaria feliz em puxar os traços de minha mãe, porém puxei a personalidade e algumas manias. Me sinto completa parecendo com os dois, parece que sempre os terei por perto assim. Balanço minha cabeça tirando esses pensamentos e quando estava prestes a sair pela porta do meu dormitório, vejo um dos amigos daquele tal Joo Woon me encarar de cima a baixo.
— Não brinca! Você tem esse último cinto da Gucci? Custa um rim! Seu pai deve ser milionário né? — diz ele, com os olhos arregalados de tanta emoção. Odeio me pagar de riquinha para os outros, tem tanta gente que não tem nem o que comer direito e vai estar eu me gabando por causa de um cinto? Me poupe!
— Sim... Meu pai é bem rico.
— Qual seu nome? — pergunta eufórico e até que interessado demais na conversa.
— Kim Kyung Mi. — o mesmo arregala os olhos na hora.
— Kim Kyung Mi?! Filha de Kim Taehyung e Kim S/n? O casal bilionário que fez sucesso em todas as partes do mundo e que tem amizade com os famosos Suga e J-Hope?! Aaah meu Deus eu vou ter um treco!
— Espera... Da onde você tirou isso?
— É mentira? — fez beicinho — então minhas teorias estavam erradas.
— Olha, é sim verdade. Suga e J-Hope são meus tios emprestados. — o que tem demais em eles saberem, não é? Não vai causar nenhum mal mesmo — deu, satisfeito?
— Menina do céu, eu conheci um integrante da família Kim — o mesmo finge desmaiar — me dá um autógrafo e...! — o mesmo é cortado quando Joo Woon aparece atrás do mesmo com uma expressão séria.
— Depois você dá até um rim pra ela, mas agora ela precisa vir comigo. — disse e então me puxou.
Ok, quem ele pensa que é? E por que ele gostaria de me ver? Ai céus!
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