1. Spirit Fanfics >
  2. Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. >
  3. Marcando território.

História Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. - Marcando território.


Escrita por: MinYukki

Notas do Autor


Oi bolinhos de arroz ❤

Boa teitura e lavem as mãos✨

Capítulo 39 - Marcando território.


Fanfic / Fanfiction Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. - Marcando território.

O som do copo de vidro sendo estilhaçado no chão ecoou por todo o cômodo, cacos se espalharam por todos os lados enquanto o líquido vermelho — sendo este o suco de groselha — se alastrava pelo piso. 

Taehyung havia deixado o objeto cair de sua mão em uma reação involuntária, estava estático, não sabia como reagir, não quando acabara de receber a notícia de que o homem que amava iria se casar.

— Nós não vamos! — proferiu Seokjin, jogando o convite em cima da mesa da sala de jantar ao passo que uma das empregadas se apressava em limpar o chão. — Isso é ridículo! — bradou se virando para o amigo, notando-o estar abalado, sentindo o coração doer por isso. —Taehyung...

— E-estou bem. — o hacker murmurou fitando o nada, se recuperando do choque. Ele sentia todo o seu corpo formigar e suas mãos suavam frio, tudo isso acompanhado de um gosto amargo na boca.

Por que aquilo estava acontecendo? Se auto perguntou, piscando fortemente, tentando ignorar as falas de Seokjin sobre tal assunto, sua cabeça estava a mil.

— Como ele é capaz de fazer isso depois de sumir daquele jeito?!

— Amor, calma. — Namjoon,  estava sentado tomando seu café da manhã, tentou apaziguar a situação, porém, de nada adiantou. 

— Não tem nada de calma, Namjoon! Aquele filho da puta ainda tem a cara de pau de mandar um convite?! Eu devia… Devia ma- 

— Nós vamos. —  Taehyung declarou rapidamente.

— O que?! Como assim Taehyung?! — o ômega mais velho inquiriu indignado.

— Tudo bem, Jin. — Tae respirou fundo, tentando retomar a compostura. — Afinal, éramos colegas de trabalho.

— Tae...

— Eu... Eu preciso organizar umas coisas que o Jungkook me pediu. — virou-se com pressa, tomando seu caminho.

Seokjin apenas suspirou, se sentindo impotente. Sabia que não estava nada bem, mas não forçaria Taehyung, não era seu feitio. Além do mais, assim como Taehyung, Seokjin também tinha feridas abertas dentro de si e sabia como era, apesar de por um bom tempo ter achado que elas já estavam cicatrizando, mas percebendo que não no último mês em que acompanhou o crescimento da barriga de Jimin.

Umidecendo os lábios, ele deixou a cozinha e caminhou em direção a parte traseira da mansão, querendo respirar ar puro. Precisava espairecer a mente. Entretanto, seu coração apertou ainda mais assim que viu Jungkook — que havia cancelado tudo agendado em seu dia para cuidar de seu ômega — acarinhando a barriga de Jimin no jardim. Os dois estavam sorrindo, compartilhando do sentimento de estar esperando um bebê, sentimento este que Seokjin sabia que nunca mais sentiria. Não depois de ter ido ao médico e descoberto que suas chances de engravidar eram basicamente nulas graças às suas alterações hormonais que impediam tal fato, ele era praticamente infértil, e se caso conseguisse gerar um embrião, as chances deste se desenvolver eram mínimas, quase nenhuma.

Tristonho, ele abaixou o olhar, abraçando o próprio corpo, sentindo seu interior ser tomando por todos os sentimentos ruins que vinham lhe assombrando desde que perdera seu filhote. 

Aflito e com pressa, ele correu para o seu quarto, permitindo que as lágrimas que estava segurando caíssem quando deitou em sua cama. Abraçou-se ao travesseiro, sentindo seu interior se rasgando, sabendo que nenhum remédio seria capaz de exterminar aquela dor. Se sentia fútil e se amaldiçoava por não poder conceder a sensação de paternidade a Namjoon.

— Eu sou tão inútil. — murmurou apertando o travesseiro contra si. — Por que e-eu não posso? Por que? — Jin fechava os olhos com força, se afundando naquele sentimento que para si era um pecado, afinal, nunca tinha experimentado tal coisa, mas não poderia negar que sim, estava com inveja de Jimin. Não que desejasse algo de mal para ele e para o bebê, muito pelo contrário, desejava tudo de bom, contudo, queria e muito ter a mesma sorte que ele. 

Queria poder engravidar.

— Jin, você está aí? — a voz de Namjoon se fez presente e ele se encolheu. — Jin? — a porta foi fechada, os passos do alfa denunciavam sua aproximação. — Anjo, tudo bem? O que… Por que está chorando minha vida? — preocupado, se sentou ao lado do ômega, farejando.

— N-não foi nada — fungou, esfregando o rosto.

— Você não sabe mentir, não pra mim. — Namjoon alisou a face avermelhada, sentindo o cheiro forte do ômega. — Me conta, meu anjo, o que aconteceu?

— Eu sou um inútil, Namjoon. — externou se sentando, esbaforido.

— Por que diz isso?! — indagou sem entender tais palavras.

— Porque sim! Porque eu não sirvo pra nada! Sou um inútil! Um infrutífero! Um ômega seco! Um parasita que nunca vai te dar um filho! É isso que eu sou! — aquelas palavras saiam queimando sua garganta por tamanha amargura e atingiam Namjoon como tiros a queima roupa. — E-eu sou só um fardo pra você Namjoon… L-lembra do que o médico falou quando fomos saber o porquê de eu não ter conseguido segurar o bebê? Ele disse que eu não poderia engravidar, não conseguiria segurar o bebê, pois meu organismo não tem capacidade pra isso! — berrou, sentindo seu coração se despedaçar. — Eu sou apenas um parasita na sua vida que vai ficar sugando tudo que você tem sem poder te dar nada em troca!

— Seokjin! — o repreendeu, abraçando-o com todo cuidado que existia em si. — Nunca mais fale isso, está me ouvindo? — seu tom era firme, decidido. — Nunca mais diga que é um inútil e que é um parasita porque você não é! Não é nada disso! Além do mais. Por que acha que eu me casei com você, hm? Me casei porque te amo, se nós não tivermos filhos, tudo bem! Com tanto que você esteja comigo, nada mais importa, meu anjo, nada mais.

— Ma-mas....

— Sem mais, Jin, sem mais. — beijou-lhe a testa enquanto fazia um leve carinho no braço fino. — E você já me retribuiu, a partir do momento que escolheu me amar você já estava me retribuindo. — o ex-militar pegou delicadamente o rosto de seu marido entre suas mãos. — Eu amo você mais que tudo nesse mundo. Não se menospreze nunca mais, ouviu? — Seokjin assentiu, fechando os olhos tendo seus lábios tomados pelo Kim mais novo. — Eu te amo, te amo muito. — sussurrou rente aos lábios fartos do loiro. — E eu vou te dar tanto amor que você vai enjoar de mim. — sussurrou deitando-o na cama, ficando por cima do mesmo, dando vários beijos pela face molhada.

Pela primeira vez naquele dia, Jin sorriu, um sorriso doce que encheu o coração de Namjoon de alegria.

— Não acho que isso seja possível eu me enjoar de você. — puxou o atirador, selando suas bocas. — Porque eu te amo demais pra isso.


[...]


Sentando no sofá de camurça de seu quarto, Jimin esperava por Jungkook com um bico nos lábios e o Mini Kookie em seus braços.

O alfa havia dito assim que o loirinho se deitou na cama que precisava fazer algo e voltaria logo depois de receber uma ligação. E a partir daí, ele não conseguiu mais dormir e seguiu para o sofá, onde esperou, esperou, esperou e... Esperou.

Droga, Jungkook está demorando demais! Pensou já irritado — hormônios da gravidez.

Bufou, deixando a pelúcia de lado, cruzando os braços, estava frio devido a chegada do inverno e ele queria os braços do Jeon em volta de si, queria seu alfa por perto. 

Por volta de quase uma hora e meia de espera, a porta foi aberta e logo fechada pelo Jeon que se surpreendeu ao vê-lo ainda acordado.

— Jungkook! Por que demorou? — o loirinho reclamou, se levantando e indo em direção ao maior. — Eu estava… — sua voz morreu à medida que se aproximava. Seus olhinhos passearam por toda a roupa e mãos do alfa, e ele farejou o cheiro de sangue. — Jungkook... O que aconteceu? — fitou cada mancha de sangue, parando no rosto másculo totalmente suado. — O que você fez?

— Nada, Jimin. — cerrou os lábios, passando a mão em seus fios, os levando para trás. 

Eles estavam realmente grandes.

— Não mente pra mim, Jungkook. Me diz, o que aconteceu? Se machucou?

— Já disse que nada! — esbravejou, vendo o loirinho se encolher agarrando a barriga. 

— Você matou alguém... — murmurou. — Jungkook, quem você matou? — o coraçãozinho do pequeno bateu rapidamente com medo da resposta.

 O Jeon apoiou os braços em sua cintura, pensando se contaria ou não, e após um suspiro, respondeu.

— A Haerin.

— Por que?

— Ela te machucou Jimin. Eu falei pra ela não encostar em você, mas ela não ouviu, e teve o que mereceu.

Jimin abaixou a cabeça sem saber como contestar, mordendo o lábio inferior. Por mais que a garota tivesse lhe feito mal, ele não queria sua morte.

— Jun-

— Eu vou tomar um banho. — o cortou, caminhando para o banheiro, e o baixinho assentiu, seguindo-o com os olhos. Ele estava sensível, e ter Jungkook sendo grosso consigo o deixava triste de uma maneira que sua cabecinha não conseguia explicar.

O grávido se sentou na cama, pensativo, com os olhinhos cheios de água, sentindo um grande remorso, afinal, se não tivesse empurrado Haerin isso não teria acontecido… Certo? 

Ele não queria que acontecesse, não mesmo. Não queria que ninguém que lhe fizesse mal morresse, ele não era assim, não gostava de vingança. 

Saiu de seus pensamentos assim que viu o moreno passar em sua frente apenas com uma toalha azul marinho enrolada em sua cintura. E depois de um tempo devaneando, se levantou indo até o closet, vendo Jungkook com as mãos apoiadas na parede, parecendo estar em outro mundo.

O Park se apoiou no batente da porta, passando alguns segundos se auto questionamento sobre ir até lá ou não, decidindo que sim, então andou até seu homem e o abraçou por trás, sentindo o corpo tenso relaxar a medida em que dava algumas selares em suas costas largas e tatuadas.

— Jungkook...

— Faz parte da minha personalidade, Jimin, do meu trabalho e da minha vida. — suspirou, travando o maxilar. — Não sei se algum dia vou conseguir parar. Eu... Não consigo me controlar. Gosto de matar quem me irritou ou traiu, mas estou me sentindo horrível por ter feito algo que você me pediu pra não fazer. Porra...

Jimin não respondeu, apenas apoiou sua bochecha cheinha nas costas úmidas a sua frente. Não sabia o que dizer, ele não podia simplesmente exigir que o Jeon parasse de fazer o que fazia há anos de uma hora para outra. As coisas não funcionavam assim.  

Jungkook fechou fortemente os olhos e cerrou o punho. Ele tinha que renunciar a isso, tinha que deixar esse desejo por sangue e sofrimento de pessoas que lhe fizeram mal de lado mas... será que conseguiria? Será que conseguiria renunciar a tudo aquilo? Conseguiria se controlar? Controlar sua raiva? 

— Não acho que eu consiga parar.  — o alfa se virou, abraçando o Park, fazendo a cabeça com fios dourados se apoiar em seu peito. Seu braço direito se encontrava enfaixado graças aos arranhões do dia anterior. 

— Eu te ajudo. — a pequena e gordinha mão direita de Jimin se alocou no peito do mafioso, fazendo um carinho ali.

— Me perdoa, meu bem.

— Tudo bem... Pelo menos ela não vai mais incomodar você... — o fitou, vendo algumas mechas dos longos fios caindo sobre seu rosto.

— Eu te amo. — sussurrou roubando um beijo do loirinho que se surpreendeu pois estava distraído arrumado os fios rebeldes do Jeon, porém, ele sorriu em seguida.

— Também te amo, Jungkook, muito muito. — lhe deu um selinho demorado, deleitando-se da sensação boa que era estar nos braços quentes do Jeon. — Nunca duvide disso, tá bom?

— Tá bom. — sorriu acariciando a barriga do baixinho.


[...]


— Não vamos e pronto. — Jungkook declarou decidido, olhando para o grávido de três meses que tinha um bico nos lábios. 

Ele queria ir para o casamento com Taehyung e Seokjin! Queria estar lá com o seu amigo que praticamente se afogou em lágrimas em seu colo depois que ficou sabendo da notícia. Taehyung havia virado um irmão mais velho para si, visto que sempre estava cuidando dele e o dando apoio, queria apoiá-lo também! 

— Mas Jungkook…

— Não. — o alfa tragou o cigarro em mãos.

— Apaga isso! — Jimin gruiu, sendo obedecido.

— Satisfeito? — o alfa questionou quando o apagou e jogou no lixo.

 — Não! Eu quero ir com o Tae!

— Já disse que não. Você está grávido e é perigoso. 

— Mas você vai comigo. 

— Não, Jimin. — foi firme. Não iria arriscar deixá-lo exposto, ainda mais estando grávido. 

— Você nunca me deixa fazer o que eu quero. — externou amuado. 

O Jeon riu diante de tamanha mentira. Ele deixava Jimin fazer tudo que queria, tudo! 

— Jungkook… — arrastou-se para perto do alfa. — Por favor… 

— Não. 

— Argh! — resmungou saindo do escritório batendo os pés. — Não encoste mais em mim a partir de hoje! — proferiu antes de fechar a porta do quarto. 

Jungkook suspirou. Acabaria fazendo o que o ômega queria.  

[...]


As últimas duas semanas haviam sido corridas para Jimin, pois suas provas finais foram aplicadas, e o fato de sentir incômodos na barriga, de agora quatro meses, enquanto estudava não o ajudava em nada.

A escola aceitou bem sua gravidez, não questionando nada a ele graças a Jungkook que trocou umas palavrinhas com o diretor. 

Jaebeom se recusou a acreditar quando Jimin contou-lhe que esperava um filhote e Minseok ficou praticamente embasbacado com a notícia, não esboçando reação, ele parecia inquieto desde que recebera a notícia. 

Os olhares julgadores e fofocas foram inevitáveis, ainda mais quando o pai era desconhecido para todos, então as teorias maldosas rolavam à solta. Jimin se sentiu péssimo com elas, mas nada como seus amigos para levantarem um pouco sua autoestima e um certo mafioso que o enchia de carinho e atenção a todo momento.

Jungkook estava impossível nos últimos dois meses. Seu cheiro e presença estava espalhado pela casa a todo momento, ele rosnava quando alguém fazia menção em chegar muito perto do ômega e chegava ao ponto de querer fazer xixi em cada corredor e em frente a porta de seu quarto para marcar território. Ele até mesmo cogitou a possibilidade de Jimin não ir mais à escola, esta que foi negada pelo loirinho que afirmou querer terminar o colegial. 

Um completo maluco, na opinião de Namjoon que hora ou outra sofria com as estranhezas do melhor amigo que queria avançar em si por também ser alfa, sendo parado por Jimin e às vezes sofrendo as consequências por o ômega não estar por perto.

Jimin também havia mudado, a cada semana que se passava e ele ficava mais manhoso e guloso, nos dois sentidos. E enquanto de dia ele matava sua fome de comida com diversos pratos que eram preparados especialmente para si, de noite ele matava sua fome de sexo, se enterrando no pau de Jungkook, matando sua sede e fome do alfa.

Já era fim de ano, a neve caía fazendo toda a cidade ser vestida por um longo e gelado tapete braco, e, desengonçado, o loirinho perambulava pelos corredores da mansão à procura de Seokjin todo empacotado em roupas quentinhas.

"Quando estiver pronto me procure, nós iremos na frente. Jungkook e Tae irão depois"

Foi o que o ômega de fios violetas tinha dito, e assim que Jimin o achou, os dois foram em direção ao carro, seguindo a caminho da escola, ou mais precisamente, da sua formatura.

O grávido sentia seu ventre borbulhar, e não sabia dizer se era por causa do bebê ou de sua ansiedade. Quando criança, ele costumava ter um sonho longínquo de terminar o colegial e se tornar um policial, visando ajudar as pessoas. Uma vez ele até mesmo levou uma moedinha de cinquenta centavos que havia achado quando voltava pra casa até a delegacia, visando devolver ao dono, os policiais ficaram encantados com a bondade do garoto de apenas oito aninhos. E ele ficou feliz em ter ajudado alguém a achar seu dinheiro, gostava de ajudar as pessoas. 

Mas com o tempo, aquele sonho de infância foi se perdendo e ele foi cada vez mais se afundando a tristeza que insistia a lhe rondar, as surras de seu pai, as palavras duras, a culpa pela morte se sua mãe, tudo aquilo destruiu seus sonhos, destruiu sua vontade de viver. 

Ele não pensava mais em ser um polícia, ele não pensava mais em nada para o seu futuro, apenas queria que tudo aquilo acabasse logo, depressa. Queria morrer, mas não tinha coragem o suficiente para acabar com a própria vida, então contentava-se em se mutilar para que aquela que dor sobreposse a dor que sentia em seu âmago. E graças a Jungkook e Taehyung, ele não o fazia mais, mas não é como se não tivesse vontade hora ou outra, sempre recorrendo aos braços do seu alfa quando acontecia, buscando conforto. 

Porém, naquele momento ele não podia se dar ao luxo de entregar-se a aquela sensação ruim, não, ele precisava ser forte pelo seu filhote, seu instinto paternal incentivava-o a isso. Ele tinha que ser forte, ele tinha que cuidar do filhotinho em sua barriga. 

— Eu estou tão ansioso. — resmungou ao sair do carro e Jin lhe deu uma batida nas costas em apoio.

— Vai dar tudo certo, vai lá, no final nós estaremos te esperando aqui.

E assim foi. Após a cerimônia e o entregue dos certificados de conclusão do ensino médio, Jimin se despediu dos seus dois amigos, chorando por saber que não os veria diariamente como antes, e depois de dar um abraço em cada um, ele focou nos três homens à sua espera. 

Sorrindo largo, o baixinho correu até os braços de Jungkook, este que lhe deu os parabéns e sussurrou um "eu te amo" no ouvido do menor. Não poderia dizer aquilo em voz alta, todos ali pensavam que Jungkook era apenas uma familiar do Park e ele queria que assim ficasse. Taehyung lhe entregou o grande buquê de girassóis que o Jeon havia lhe feito carregar, também lhe parabenizando assim como Jin.

Jimin gostou de ver o sorriso no rosto do Kim, que certamente, no dia seguinte, estaria derramando lágrimas e mais lágrimas.

Seria o casamento de Hoseok. 


[...]


Minseok observava seu namorado olhar de um lado para o outro, como se alguém estivesse para chegar, mas tanto ele quanto Jaebeom sabiam bem que a mãe do Lim não viria. A Sra. Lim fez questão de deixar bem claro que não apareceria na formatura do filho devido ao trabalho. Porém, o alfa parecia ainda ter esperança de algo. 

Crianças.

— Jae. — Minseok o chamou se aproximando sutilmente. — Ela não vai vir. — abraçou o garoto por trás, este que era um pouco maior que si, depositando um beijo em seu braço. — Estou aqui pra você.

Jaebeom suspirou, concordando, por mais que sua mãe não fosse uma das melhores, queria que ela estivesse ali, era sua mãe, afinal. Amuado, ele virou-se para o loiro, descansando as mãos sobre o seu peito, se auto criticando por não ter dado mais atenção ao seu homem que estava ali lhe dado apoio.

— Desculpe...

— Tudo bem, amor. — beijou a testa do alfa.

O Kim não estava à espera de ninguém, e Jb sabia bem disso pois o mesmo já havia lhe contado que era órfão e não tinha ninguém próximo para lhe acompanhar ao final da formatura.

— Eu te amo. — o abraçou.  

— Eu também te amo e sempre vou te amar. Você foi uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida. — tomou os lábios do moreno de forma calma, sentindo borboletas em seu estômago com o contato. 

JB o puxou para mais perto com vigor, invadindo com sua boca com a língua, e Minseok se viu molinho, aproveitando o momento mágico, sabendo que aquilo não iria durar por muito tempo. E por isso, nos últimos dias tinha decorado cada detalhe, cada expressão e cada gesto que fazia de Lim Jaebeom único.

[...]


— Eu me formei Jungkook! — Jimin declarou com o sorriso no rosto, seu eye smile dando as caras. 

— E eu estou orgulhoso, meu bem. — o Jeon se viu extremamente contente por ver o ômega sorrindo, pegando enorme o buquê das mãos menores, virando-se para um dos betas que ali trabalhava. — Ponha isso em um vaso, o mais bonito que achar,compre um se precisar, e leve para o meu quarto. — mandou, e o beta assentiu.

Do outro lado da cozinha, Jimin bebia uma das caixinhas de leite de banana de Jungkook, sabendo que não receberia nenhuma reclamação por parte deste, não mais. Ele podia tudo, podia fazer qualquer coisa, e não seria repreendido, nem por Jeon nem por ninguém. E ele estava amando ser mimado daquele jeito pelo alfa.

— Jungkook… — moveu-se em direção ao mafioso, sendo abraçado pela cintura com cuidado por causa da barriguinha que já estava a mostra. — Toma um pouquinho. — estendeu o canudinho para o alfa, que o encaixou entre os lábios sugando um pouco. — Gostoso?

— Gostoso. — sorriu.

— Hm… — Jimin fez bico. — Eu quero- 

A voz de Namjoon o interrompeu: — Então trocamos de rota já que essa não parece segura. Oh, Jungkook, precisamos conversar. — sorriu desligando a chamada em que estava, guardando o celular no bolso de trás. 

Jungkook se afastou um pouco de Jimin, virando-se para o amigo.

— Olá, mini chef. — Sorriu para Jimin, mas este não retribuiu com um sorriso como fazia sempre.

— Sobre o que? — Jk se adiantou em perguntar, chegando mais perto do amigo.

Jimin rosnou, chamando atenção dos dois alfas ali, uma carranca estampada em sua face. 

— Ops. — Namjoon murmurou.

— O que foi, Jimin? — Jungkook o olhou de sobrancelhas franzidas.

— Quero que ele saia. — declarou arisco, seu cheiro se intensificando, dando náuseas no ex-militar.

— Jimin- — foi calado por um rosnado.

— Sai, agora. — ordenou, encarando o Kim com a autoridade de um ômega que protegia sua prole e se via ameaçado.

— Essa é a minha deixa. — Namjoon levantou as mãos em rendição. — Nos falamos depois. — deu uma última olhada para o melhor amigo antes de sair dali.

Jungkook suspirou.

— Jimin eu- — mais uma vez foi interrompido, mas, desta vez, por um abraço inesperado do ômega que esfregava o nariz em seu peito como se sua vida dependesse daquilo. — Jimin?

— Você é meu, meu, meu, meu, meu. — declarava incisivamente. — Jungkook, você é meu! — o encarou com o narizinho torcido, amassando a camisa do Jeon entre seus dedos.

— Sou seu, meu bem. — o mafioso não pôde deixar de sorrir. 

— Só meu! 

— Só seu. — sorriu mais. Jimin estava marcando território. — Vamos para o quarto, sim?

— Fazer amorzinho? 

— Sim, fazer amorzinho. 


[...]


Jimin arregalou os olhinhos, admirado com aquela enorme catedral decorada com rosas vermelhas e tecidos brancos. Nunca tinha entrado em uma igreja, muito menos ido a um casamento, e por mais que aquela ocasião fosse de tristeza para o seu amigo, não podia deixar de ficar extasiado em ver tais coisas que nunca vira antes.

O loirinho estava muito bem arrumado, vestido em sapatos sociais pretos acompanhado por uma calça vermelha e uma blusa de botões folgada branca junto a um suspensório de couro preto, combinando com Jungkook que optou por um smoking com blazer vermelho e calças pretas junto a uma gravata borboleta, tendo parte de seus longos fios amarrados em um coque enquanto outros caiam sobre seu rosto e nuca.

Taehyung estava deslumbrante com um terno preto e gravata da mesma cor, lhe dando um ar de "gênio do crime", não que ele não fosse, afinal, era um dos melhores hackers que existiam no submundo.

Namjoon escolheu um terno mais neutro, deixando em evidência seus fios caramelados e Seokjin vestia um terno branco com uma maquiagem muito bem feita, por mais que não concordasse em estar ali — deixando isto claro com a carranca que fazia desde que chegaram a festa — não perderia a oportunidade de está maravilhosamente bem arrumado. 

Todos se sentaram em uma das últimas filas a pedido de Taehyung, que não queria ficar à vista.

— Jungkook! O bebê mexeu! — exclamou baixinho, puxando a mão do Jeon, colocando-a onde estava a sua. — Tá sentindo? 

Jungkook se concentrou, arregalando os olhos ao sentir um movimento. 

— Sim. — respondeu sorrindo, sentindo a euforia tomar conta de seu ser.

— Ele está agitado… Hm. Jungkook. — olhou nos olhos do alfa que sentava ao seu lado, divertindo-se em observar a galáxia que existia neles. — Eu te amo. — soltou envergonhado por estar em meio a tantas pessoas.

— Eu te amo, meu bem.

O toque do piano soou e as portas da catedral abriram-se revelando a noiva com um longo vestido de renda branco e véu curto, o buquê em suas mãos continham margaridas e lírios roxos. Jimin logo abriu um sorriso, também era a primeira vez que via uma noiva tão de perto.

— Ela está linda. — comentou.

Jin apenas revirou os olhos bufando, nem se atreveu a olhar para a noiva, não queria estar ali e não queria que seu amigo estivesse ali. Taehyung sentiu seu coração se contrair e suas pernas amolecerem, segurou fortemente o choro que insistia em querer sair. Não choraria, não ali. 

Ele desviou o olhar, apenas olhando de novo quando o pastor tomou a palavra. Melancólico, encarou Hoseok, dessa vez por um longo tempo, vendo que sua expressão estava séria, sem nenhuma demonstração de felicidade e alegria, ele não havia dado um sorriso em todo o tempo em que o Kim lhe observou e que a cerimônia durou. 

Por quê?

O "aceito" dos dois foi dito, e depois daquilo, Taehyung concluiu que seu mundo tinha definitivamente desabado. Amava Hoseok, e por mais que soubesse que aquilo não era recíproco, não conseguia parar de amá-lo.


Notas Finais


Bia💜


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...