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História O tempo pode apagar? - Uma ajuda que veio do nada


Escrita por: RakBlack

Notas do Autor


Olá!!! Era pra eu ter postado durante a semana, mas eu tive que mudar um pouquinho o planejamento da fic... É que o próximo capítulo seria o de hoje, mas ia ficar tudo muito corrido e eu não tava gostando T_T Mas tá aqui, isso que importa, certo?

Boa leitura ^^

Capítulo 26 - Uma ajuda que veio do nada


2 anos depois – Junho de 1998

 

Lucius não poderia se considerar a pessoa de pior sorte do mundo. Apesar de condenado á uma pena bem extensa em Azkaban, seu dinheiro ainda o fazia ter alguns privilégios, como os diversos livros de seu acervo pessoal que ainda tinha direito de solicitar.

Sua sorte não se resumia aos livros, é claro. Draco, apesar de tudo, estava bem e com seu companheiro. Não que lhe agradasse saber que o companheiro de seu filho era Potter, mas quem seria ele pra julgar, não é mesmo?

- Malfoy, visita pra você. – Lucius revirou os olhos ao ser tratado de maneira tão informal por um mero jovem que mal saíra das fraudas e se achava superior por ser um auror.

- Não estou interessado. – ele respondeu, verdadeiramente desinteressado, já que sua única visita costumava ser de seu representante legal para um possível acordo. Não que quisesse apodrecer ali, mas tinha coisas que realmente não podia dizer, ou morreria. Coisas de Voldemort e sua mente doentiamente sádica.

- É uma representante do Ministério da Magia que precisa da sua assinatura. Se fosse você não a deixaria esperando. – a insolência do jovem o estava irritando, mas apenas o olhou de cima a baixo e concordou em ir ver quem quer que fosse.

Percorreram o corredor estreito, ouvindo vez ou outra uma ameaça ou uma maldição sendo proferida por entre as grades das outras celas, mas nenhum dos dois deu a mínima atenção, parando apenas na porta da sala de visitas.

- Conhece as regras: não encoste, não se aproxime, fique sentado e não serei agraciado em te enfeitiçar.

Lucius ergueu as sobrancelhas e sorriu, de forma sarcástica.

- Continue falando desse jeito comigo e me enfeitiçar será a única coisa que vai te manter vivo por aqui, rapaz. – e sem mais uma palavra, entrou na sala e sentou em seu lugar, observando a mulher que estava acomodada na parte oposta da mesa que estava entre eles.

Ela não parecia muito alta e nem tinha um olhar ameaçador como a maioria das pessoas do Ministério costumavam ser. Ela também parecia jovem, mas o brasão em seu peito dizia que ela devia ter mais de 25 anos. Ela trabalhava no Departamento de Mistérios e devia ter experiência.

- Sr. Malfoy, agradeço por me receber. – a voz forte contrastava com as feições jovens e o cabelo colorido. – Eu tenho alguns documentos que deve assinar a respeito de artefatos mágicos de sua família que estão em poder do Ministério. – Ela estendeu uma pequena quantidade de folhas para ele.

- Artefatos? – o cenho franzido se acentuou ao ver a relação em sua frente. – Por que não entregou ao meu filho? Ele é o responsável pela Família Malfoy enquanto eu estou aqui.

Ela sorriu com leveza e encolheu os ombros.

- Eu fiquei curiosa sobre você, sabe. E meus superiores disseram que seria mais fácil conseguir um autógrafo de Harry Potter a ter sua assinatura, então estou aqui pra provar que eles estão errados. – ela jogou os cabelos curtos para longe dos olhos e ajeitou os óculos. – De qualquer jeito, a última vez que esses documentos foram atualizados, Abraxas Malfoy era o responsável e ele deixou apenas o seu nome, então o seu filho não poderia assinar, de qualquer forma.

Lucius olhou os documentos por mais alguns minutos, em completo silêncio. O que tanto o intrigava era o fato do arco com o véu estar naquela lista e ser descrito como um portal de tempo/espaço e não apenas uma passagem para a morte.

- A senhorita é uma Inonimável, estou certo? – ela concordou, olhando o relógio em seguida. – Eu poderia ficar com esse documento e te entregar em outra oportunidade? Não quero te atrasar, mas queria ler antes de assinar, se me permitir.

- Com certeza. Fique á vontade e me entregue na próxima semana, tudo bem? – ela se levantou, arrumando as dobras de sua roupa. – Estou mesmo atrasada e não quero que assine nada sem ler. Bom, foi um prazer conhecê-lo, Sr. Malfoy. – ela sorriu e ia sair, quando Lucius, incomodado com tamanha cordialidade, a chamou de volta.

- A senhorita... Não me disse seu nome... Ou porque estava tão interessada em me conhecer.

Ela não se virou, mas riu baixinho, divertida.

- Meu nome é Raquel e eu sempre fico interessada quando conheço alguém que aparece nas minhas visões, Sr. Malfoy. – ela abriu a porta e saiu, mas antes de fechar por completo, completou. – Leia tudo com atenção, ou minha visita foi em vão. – a voz forte contrastava muito com o tom divertidamente maroto.

Lucius não sabia se aquilo era uma armadilha, mas ficara extremamente intrigado com a situação.

 

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Aquilo parecia tão armado, mas Lucius não podia mentir que eram documentos oficiais em sua frente. Droga, aquilo era mesmo real?

O que passara o dia e parte da noite lendo era que o Arco do Véu transportava aqueles que o atravessavam para momentos de grande dor. Isso significava tempo e espaço de verdade, em um looping infinito de sofrimento.

- Típico. – Lucius resmungou, pensando o quanto sua família não ficava muito atrás do próprio Lorde das Trevas quando se tratava desse tipo de coisa.

Tudo aquilo não faria a mínima diferença para o loiro se não fosse a última frase, que pedia a permissão de Lucius para que o portal continuasse a ser usado para treinamento dos Inonimáveis, que precisavam passar por todas as situações ruins sem se deixar abalar, ou seja, precisavam deixar até mesmo o seu próprio sentimento e sofrimento para trás. Aquilo queria dizer que eles voltavam de lá.

Lucius se assustou com o som alto da sirene que indicava o horário das refeições. Normalmente presos como ele tinham o privilégio de comer em suas celas para evitar incidentes, mas naquele dia em especial, o jovem que o tinha tratado mal no dia anterior o obrigou a ir até o recente refeitório.

O lugar era horrível, assim como o resto da prisão. Paredes sujas e mofadas, janelas cobertas de teias de aranha e grades de ferro bem grosso e enfeitiçado. Era deprimente e o loiro preferia estar em sua cela, com seus livros e sem ter que se aproximar dos outros presos.

Quando a bandeja foi colocada em sua frente tentou se concentrar apenas em comer o mais rápido para sair dali, mas logo se deu conta que tudo fora armado como uma represália ás suas palavras ao auror.

Uma roda se formou com ele sendo o centro e não demorou a ver que Rabastan Lestrange se aproximava, com os olhos vermelhos de ódio. Lucius levantou e se afastou devagar, mas logo foi empurrado de volta para o centro.

- Que merda está acontecendo aqui? – ele ouviu a voz de um dos aurores na porta do refeitório, fazendo-o agradecer pela aparição do homem mais velho e de voz grave. – Quero todos nas celas, agora mesmo. Quem trouxe o Malfoy pra cá? Quero o nome ou eu serei obrigado a demitir todo mundo.

A varinha em riste do homem fez todos os presos se dispersarem e logo serem contidos em uma fila única pelos demais aurores que surgiam ali.

Todos menos Rabastan, que, tendo uma única distração de Lucius, se jogou sobre ele e perfurou sua coxa com um pedaço de metal, tirado de um dos talheres.

Lucius gemeu de dor, tentando se livrar do outro, que logo tentou perfurar seu abdômen, mas foi contido.

- Mas que inferno! Levem ele pro St. Mungus. E eu quero saber o nome do responsável por essa bagunça, ou eu mesmo vou invadir a mente de cada um de vocês da forma mais dolorosa que eu puder encontrar.

Lucius ainda lutou um pouco com a dor que sentia, mas logo seu corpo acabou cedendo á perda de sangue e ele apagou.

 

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Acordou novamente dois dias depois, em uma cama macia e limpa do St. Mungus e com a moça do Ministério ao lado de sua cama, com o mesmo sorriso infantil de antes.

- Olá, que bom que acordou. – Raquel agora estava com os cabelos verdes, diferentes do roxo que usava no dia da visita. – Leu os documentos?

Lucius coçou os olhos e procurou por água, logo sendo servido. Olhou pra Raquel, indignado pelo momento que ela escolhera aparecer para pedir os malditos documentos. Não via que estavam em um hospital?

- Não me olhe assim, eu não quero aqueles papéis agora, quero apenas saber se conseguiu ler tudo.

- Sim, eu li os documentos, mas não sei o que isso pode lhe interessar.

- Eu disse. Eu tive uma visão com você. Uma visão de você salvando alguém do véu, por isso estou aqui. – ela conjurou uma cadeira e se sentou, tentando se acalmar. – Tenho pouco tempo pra explicar já que seu médico vai voltar em breve. Eu sou formada no Castelo Bruxo, no Brasil. Lá as artes da adivinhação não são tão bem vistas como herbologia ou magizoologia, então eu fui para Salem treinar o que nasceu comigo... E lá eu vi... Eu vi você, com a minha ajuda, tirando alguém de um Arco do Tempo. Minhas irmãs de Salem me ajudaram a conseguir um lugar no Ministério o mais rápido possível e agora as coisas estão correndo como devem ser.

Lucius estava ainda mais confuso, mas começava a entender o motivo dela ser tão estranha, já que as bruxas de Salem não eram as mais normais do mundo bruxo.

- Como assim elas conseguiram? O Ministério estava e ainda está passando por mudanças. Como aceitaram uma bruxa desconhecida tão facilmente? – o olhar dele era de pura desconfiança, principalmente perante o olhar astuto que foi lhe dedicado.

- Digamos que... Segundo muitas pessoas, eu teria sido uma Sonserina de primeira, se é que me entende. – ela respirou fundo e entregou um envelope lacrado. – O importante é que os fins justificam os meios e eu estou aqui pra ajudar. Não abra o envelope. Entregue nas mãos do primeiro imbecil que vier te levar de volta para Azkaban.

- E o que tem aqui? – Lucius estava se sentindo uma marionete e aquilo estava irritando seu ego, por mais que sentisse de longe que a moça estava mesmo disposta a ajudar.

- Prisão domiciliar, já que Azkaban parece que não pode cumprir com a parte de Direitos Humanos e tal. – ela encolheu os ombros, sumindo com a cadeira e indo em direção à porta.

- E por que se interessa tanto por isso? Você é estranha.

Uma risada alta o sobressaltou.

- Estranha, louca... Me chame do que quiser, mas não gosto de coisas pela metade na minha vida, Sr. Malfoy. Se eu devo te ajudar a resgatá-lo, então eu vou. E sei que não vai se importar, já que sei que faria até o impossível para fazer isso sozinho.

O olhar intenso o fazia pensar que ela poderia ser uma boa legilimente, ou melhor... Ela parecia boa em ler sua alma.

- Estou indo, mas te mandarei uma coruja quando tiver tudo que vamos precisar, tudo bem?

Lucius ergueu o queixo e se mostrou desinteressado ao colocar o envelope ao lado da cama.

- Não sei do que está falando. Quem você acha que eu poderia querer tirar do Véu?

Aquele sorriso era um tanto perturbador. Lembrava a ele um personagem de uma história trouxa que vira na adolescência. O gato de Alice no País das Maravilhas sorria da mesma forma e seria, igualmente, um bom sonserino.

- Sirius Black, talvez.

E, sem dizer mais nada, ela o deixou.

 

Continua...


Notas Finais


E aí? Estão mais felizes agora? Minha aparição na fic valeu a pena? Sim, eu sou a Raquel, me amem u_u kkkkkkkkkkkkkk Eu queria criar uma personagem e tal, mas... Sei lá... É tão a minha cara ser assim, então eu me deixei participar kkkkkkk

Ansiosos pelo próximo? Tbm estou ^^
Bjs *-*


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