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História O tempo pode apagar? - Lento Despertar


Escrita por: RakBlack

Notas do Autor


AAAAAAAAAAAAAAAA EU VOLTEI!!!!!!!
Primeiro de tudo, MIL DESCULPAS PELA DEMORA!!!! T_T Aconteceu tanta coisa (e ainda está acontecendo), entre elas a minha chefe pegando no meu pé para eu conseguir um certificado no Inglês, meu grupo cover participando de mil e uma coisas, eu escrevendo roteiro de MV (clipes) para meu grupo, trabalho, bloqueio criativo... Olha, eu tô precisando TANTO de férias T_T
Mas eu não abandonei a fanfic, estou de volta e, se tudo continuar mais calmo, vou volta a postar uma vez por semana.

Desculpe qualquer erro. Assim que eu terminei, eu já quis postar, então nem revisei adequadamente T-T

Boa leitura ^^

Capítulo 28 - Lento Despertar


Sirius acordou de súbito, olhando em volta como se fosse ser atacado a qualquer momento. Sentou sem pensar duas vezes, pronto para se levantar e sair daquele lugar que não lhe era nem um pouco familiar.

- Pode deitando de novo ou eu serei obrigada a te estuporar. – a voz veio da porta, por onde entrava uma moça com uma bandeja com comida. – Olá, meu nome é Raquel e você está em minha casa provisória até que eu tenha certeza que vai sobreviver. – ela sorriu, ignorando a expressão de espanto do outro. – Ah, claro, como pude me esquecer... Você está no ano de 1998 e esteve preso em um véu no Ministério da Magia porque, tecnicamente, morreu dois anos atrás.

- Como? 98? Morri? Que história é essa? Antes de eu desmaiar eu estava... Estava para ser preso e... Isso não faz o menor sentido. – sua voz era quebrada e então ele se lembrou de ter visto Lucius vindo em sua direção antes de apagar. Aquilo teria sido coisa da sua cabeça? – Lucius... Ele está por trás dessa história, não está? Isso é alguma armadilha do Voldemort? Porque se ele acha que...

- Voldemort foi derrotado alguns meses atrás. – Raquel jogou alguns exemplares do Profeta Diário em seu colo. – Sabia que não acreditaria em mim, mas terá que acreditar nos jornais, não é mesmo? – ela sorriu, sentando aos pés da cama. – Mas de uma coisa você está certo, Lucius realmente tem a ver com a sua volta, já que ele não desistiu de te trazer de volta nem com a possibilidade dele mesmo se perder naquele véu. – ela deixou a bandeja na cama e se levantou. – Não vou mentir, ainda há chances de você não permanecer com a gente por muito tempo, mas vamos monitorá-lo pelas próximas semanas e, se lembrar de algo ou se sentir algo de diferente, me conte, ok?

Sirius concordou, abrindo os jornais e olhando tudo o que parecia ter perdido nos últimos anos. Ou melhor, tudo que tinha vivido, mas tinha sido tirado dele. Aquilo era tão estranho e tanta loucura, até para o mundo em que viviam.

 

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Duas semanas depois

 

Sirius estava cada vez mais confuso com tudo que estava vindo em sua mente com o passar de todos aqueles dias. Mais confuso ainda com relação aos seus sentimentos por Lucius, que vinha visitá-lo sempre que podia, mesmo que fosse sempre rechaçado pelo moreno.

Como Lucius esperava ser recebido de braços abertos? Como se mesmo depois de tudo o que tinha acontecido, ele tinha permanecido ao lado de Voldemort... Ao lado de Narcisa.

Por outro lado, ver Lucius novamente era algo que lhe fazia tão bem. Saber que ele estava vivo, que tinha salvado sua vida e que, finalmente, havia se divorciado, fazia Sirius pensar se eles ainda teriam alguma chance depois de todos aqueles anos.

Isso, é claro, se Sirius sobrevivesse a mais uma provação de sua vida, já que ainda faltava um mês para que tivessem certeza se ele não morreria assim que completasse seus trinta e seis anos de idade.

- Eu vou precisar que fique sozinho durante duas semanas, sabe disso, não é? – Raquel era uma boa amiga, mas precisava mesmo partir logo e ele sabia, por isso apenas concordou. – Não me olhe assim, não é como se eu fosse embora amanhã, mas quero te lembrar sempre que possível para ter certeza que sua memória não está sendo afetada por todas essas lembranças que estão voltando.

- Eu entendo e vou ficar bem. Você sabe que tudo vem por meio de sonhos e só agora eu estou começando a envelhecer um pouco na minha aparência também. – ele lhe sorriu, tranquilizador. – Malfoy disse que vai vir todos os dias também, até poder me levar pra Mansão dele e me deixar ver Harry. Ele acha que é quem pra mandar na minha vida desse jeito? Algum tipo de Deus? Babaca. – Sirius estava mesmo irritado por toda aquela situação, mas não podia sair dali sem uma varinha e tinha que admitir que aparecer para Harry sem ter certeza que não morreria algumas semanas depois, seria crueldade da sua parte. Mas ele era quem devia decidir aquilo e não Lucius. Ele não tinha o direito de fazer nada a respeito da sua vida.

- Só salvá-la, certo? – Raquel perguntou, com a sobrancelha arqueada. – Sou uma ótima legilimente, meu querido, então seja menos mal agradecido e trate Lucius melhor. Acredite, eu seria a primeira a te dizer o contrário se ele não merecesse.

- Você não vale... É praticamente a presidente do fã clube daquele lá. – Sirius sabia que falava e agia como uma criança mimada, mas não conseguia ser racional quando se tratava de Lucius.

- Claro que sou! Ele é inteligente, engraçado, rico, bonito... Ei! – ela parou de enumerar as qualidades do loiro quando um travesseiro a acertou. – O que foi? Está com ciúmes? Não se preocupe, ele só tem olhos pra você.

Ela riu e saiu correndo do quarto para fugir do outro travesseiro, que acertou a porta dessa vez.

 

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Uma semana depois

 

- Você pensou em deixar o lado dele? Pensou ao menos uma vez? – os ânimos estavam elevados porque Sirius insistia que não ficaria na Mansão Malfoy até que sua situação fosse resolvida porque não confiava no outro. A mágoa de todos aqueles anos parecia estar á flor da pele.

O moreno tinha muitas de suas memórias de volta agora. Seus trinta e um anos eram muito mais sombrios do que ele poderia imaginar e, por muitas vezes, desejava não ter todas aquelas lembranças em sua cabeça.

As visitas de Lucius não ajudavam em nada para melhorar seu humor, estando submerso em anos de tortura por dementadores. Ele sabia que o loiro não tivera culpa de sua prisão, mas saber que ele tinha continuado ao lado de Voldemort até o fim não ajudava em nada para que pudessem ter uma conversa civilizada.

- Pensei cada segundo que lembrava o que ele tinha te causado. Mas o que queria que eu fizesse? Condenasse a mim e a Draco uma morte lenta e dolorosa nas mãos daquele monstro? Ele era tão criança quanto Potter... Tão criança quanto o seu afilhado!

Sirius ficou em silêncio, respirando fundo e tentando colocar a cabeça no lugar. Lucius, por outro lado, continuou falando, como se descarregasse tudo o que sentia por todos aqueles anos.

- Eu me torturei por todos esses malditos anos. Eu pensei em me separar de Narcisa diversas vezes, mas não podia trazer esse estigma para meu filho, que era tão pequeno. Eu pensei em deixar o Lorde, mas morreria e poderia condenar Draco ao mesmo destino e ele não tinha culpa de nada... De nada. – a voz do loiro falhou, mas ele apenas ignorou e continuou o que queria tanto dizer. – Eu sei que me julga por não ser corajoso como você ou seus amigos, mas eu não podia largar tudo e deixar o meu filho para bancar o herói. Eu vi Potter sofrer com as escolhas de cada um que dizia que o protegeria. Eu o vi sozinho naquele campo de batalha, tendo que derrotar um dos mais malignos bruxos de todos os tempos e ali eu vi que tinha tomado a decisão certa de proteger Draco.

- Protegeu tanto que ele se tornou um Comensal igual você, não é mesmo? – a voz de Sirius não estava mais alta e ele tentava se manter mais calmo.

- Ele se tornou um Comensal porque eu não fui capaz de fugir quando eu te vi atravessando o véu. Eu não fui capaz de seguir com o plano de fuga ou com qualquer outro porque você tinha sumido diante dos meus olhos no mesmo momento em que eu pude te ver de novo. – Lucius se aproximou de Sirius, mas estava com a cabeça baixa, como se quisesse esconder o rosto. – Quando eu voltei de Azkaban, Draco já tinha sido envenenado e ameaçado de todas as maneiras e estava a apenas um passo de receber a marca... Ele não teve escolhas.

O silêncio reinou depois disso e apenas as respirações pesadas eram ouvidas.

Sirius ainda tinha muitas dúvidas, mas resolveu dar uma chance a tudo que ouvira. Lucius parecia feridamente sincero.

- Tudo bem. Se eu não morrer até semana que vem, irei para a mansão com você até que toda a minha situação se resolva. Mas não pense que voltamos ao que éramos, porque eu não sinto mais nada por você. – a mentira não convenceu o próprio Sirius, mas o fez com Lucius, que apenas suspirou e concordou com a cabeça antes de se despedir.

Eles ainda pareciam ter algum caminho a percorrer.

 

Continua...


Notas Finais


Eu amo vocês ^^ Espero que tenham gostado do capítulo.
Até semana que vem ^^
Bjs *-*


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