1. Spirit Fanfics >
  2. O Torneio Tribruxo - Yoonmin >
  3. Primeira tarefa.

História O Torneio Tribruxo - Yoonmin - Primeira tarefa.


Escrita por: QuelDiggory

Notas do Autor


Adoro esse capítulo. Desculpem qualquer erro.

Capítulo 6 - Primeira tarefa.


“É o medo do desconhecido que tememos quando olhamos para a morte e a escuridão, nada mais.’’

🐍💚


Vinte e quatro de novembro: primeira tarefa.


Chegou o grande dia e a agitação de todos deixava Yoongi mais nervoso do que aparentava estar. O rapaz havia conseguido disfarçar durante os dias anteriores, mas desta vez era diferente. Não fazia ideia de onde e qual seria a prova.

Yoongi passou o dia ‘‘desaparecido’’ menos nos horários das refeições, não estava conversando com muitas pessoas e quando falavam com ele, dava respostas curtas. Os amigos entendiam que ele queria ficar sozinho e respeitavam.

A tarefa será realizada durante a noite. No decorrer do dia, o sonserino, que já estava apreensivo, começou a ficar mais ainda, depois que começou a se tocar da intensidade da situação.

Se preparava física e psicologicamente para lidar com o que viesse. Quando o jantar terminou, o ministro pediu para que todos seguissem para a entrada da floresta proibida. A prova é lá, e ironicamente é um local extremamente proibido para alunos, devido às inúmeras criaturas que ali habitam, tipo, lobisomens, centauros, unicórnios e outras criaturas que se tornam impossíveis de colocar em um breve resumo.

Min respirou fundo. Já estava vestido com as roupas que recebeu e seguiu para o local indicado. Estava na saída do castelo quando escutou uma pessoa o chamar, virou-se e viu ser Jungkook e Seokjin Os dois correram na direção do sonserino e o grifinório falou primeiro.

— Tome cuidado hyung, muito cuidado!

O abraçou e Yoongi sorriu durante o abraço. O lufano falou em seguida.

— Confio no seu potencial, Yoon, tenho certeza que dará tudo certo e essa primeira prova será ganha!

Seokjin beijou sua testa e Jungkook apenas fez um carinho no cabelo do Min e fez fighting com a mão, Yoongi sorriu e agradeceu os dois. Quase todos os amigos falaram consigo, menos Jimin, que estava sumido há algum tempo.

Yoongi se afastou seguindo rapidamente para onde já deveria estar minutos antes, não poderia atrasar mais. Felizmente não foi o único que demorou a chegar. Quando o relógio marcou 23:30h, Hamish MacFarlan falou.

— O pergaminho está escondido no coração da floresta! – Yoongi sentiu os pelos de seu corpo arrepiarem e nem era pelo frio — aquele que pegá-lo primeiro e retornar antes do amanhecer, será o campeão da primeira tarefa. Tomem bastante cuidado, essas provas não são brincadeiras. Qualquer sinal de que não conseguirão continuar ou estejam machucados gravemente, apontem a varinha para cima e uma luz azul sairá, então iremos resgatá-los. Todos entenderam?

Os três concordaram e o Ministro falou.

— Boa sorte! Podem entrar.  – Yoongi engoliu em seco e olhou para trás.

Os sonserinos comemoravam alto, outros alunos falavam idiotices, entretanto, Yoongi não ocuparia a mente com aquilo. Jimin não estava ali, mas não tinha tempo de pensar nisso, apesar de seu coração ter sentido uma pequena pontada de decepção.

Respirou fundo e obrigou suas pernas a se mexerem, então adentrou a floresta e olhou novamente para trás, uma barreira transparente surgiu na entrada, os outros concorrentes não estavam a vista, mas o sonserino sabia que entraram em simultâneo. Estava sozinho a partir daquele momento, um calafrio percorreu sua espinha e tinha a sensação de ser observado por todas as partes, bem, não duvidava disso! Estava caindo na real sobre onde havia se metido e sabia que não poderia desistir, lembrou das palavras de Baekhyun e ergueu a cabeça. 

Que Merlin o ajudasse e que o universo estivesse ao favor dele.

A cada passo que dava o silêncio e a escuridão aumentava gradativamente e seu nervosismo também fazia parte do pacote. Não era a escuridão que o deixava apavorado, era acostumado com ela, sua comunal fica abaixo do lago, não tem a melhor claridade. Contudo, não dava para comparar com a escuridão da floresta, ali era muito pior. Tirou a varinha das vestimentas pronunciando baixo.

 — Lumos! – Um feixe de luz branca brilhante surgiu na ponta da varinha, iluminando o caminho.

O sonserino olhou ao redor, vendo uma pequena neblina se formando enquanto a neve caía preguiçosamente. Todavia, poderia aumentar a qualquer momento. Moveu as pernas com um pouco de esforço, pensando que não deveria deixar seu medo tomar conta de si e ser motivo de piada na escola, principalmente no meio dos grifinórios.

Seguindo adiante e a vontade de olhar para trás retornou, mas não o fez, não era uma escolha sábia! Mesmo sendo o início da prova, pareciam que horas se passaram. Pouco tempo depois escutou um grito que ecoou no ambiente, não conseguia distinguir se era de homem ou mulher.

Yoongi parou, apontou a varinha para todas as direções e nada viu, a neblina dificultava tudo. Apressou o passo e continuou a caminhar na direção oposta do onde imaginou ter escutado o grito, não era tão burro a ponto de querer saber o que havia acontecido, era curioso, entretanto, essa curiosidade era mínima naquele momento.

Quanto mais andava, mais o coração da floresta aproximava-se. As árvores fechavam-se também, o perigo aumentava e a sensação de ser observado cresceu incontestavelmente, ele sabia estar sendo, só não sabia por quem ou o quê. Quando passou por uma árvore, uma coruja piou alto, assustando o rapaz, que praguejou baixo com a mão no coração. Iluminou os galhos da árvore mesmo sabendo que a luz não chegaria até o local, pois eram árvores muito altas. Em sequência alguns centauros passaram correndo próximo dali, o rapaz deu um sobressalto, retornando a mão para o coração, que ainda batia acelerado. Estava muito frio, sorte que a roupa era quente o suficiente e de hipotermia não iria morrer. Apesar do frio, uma camada de suor se formava na testa do sonserino.

Andou mais um pouco, até que tropeçou em uma raiz grande que o fez cair de mau jeito em cima do seu pulso. Yoongi gemeu de dor e as lágrimas formaram-se nos cantos de seus olhos. 

Pegou a varinha que caíra um pouco a frente, iluminou o ambiente e não enxergou ninguém ou animal. A neblina começou a diminuir, facilitando a vida do mesmo. Suspirou e analisou o pulso, que estava um pouco fora do lugar e começou a inchar. Para seu azar, foi na mesma mão que socou o grifinório no dia anterior, saia sangue dos machucados que já estavam ali. Para piorar, no momento em que mexeu um dedo, percebeu que esse também havia se deslocado, a dor foi instantânea. Não poderia permanecer com dor e muito menos iria desistir da tarefa. Sabia que armadilhas iriam surgir e estava preparado para elas.

Respirou fundo, apontou a varinha para o pulso e falou com firmeza.

Episkey! – Quase gritou, quando sentiu o osso retornar para o lugar e fez o mesmo com o dedo, nesse momento foi impossível segurar as lágrimas que correram por seu rosto, mas limpou rapidamente e continuou em frente.

Sua mão continuava doendo, o feitiço era o correto, mas na dúvida, iria à ala hospitalar, Madame Pomfrey daria um jeito. A névoa aumentou novamente, tornando-se densa, deixando tudo sombrio e silencioso, mais ainda, sim, era possível!

Não fazia ideia de onde estava e muito menos o que encontraria. Escutou galopes delicados, mesmo por cima da camada de neve que se prendia ao chão. Pensou ser um centauro, tamanha foi sua surpresa ao surgirem dois unicórnios, olhou fascinado como se não acreditasse. Mesmo que a luz da varinha não fosse forte o suficiente, eram seres lindos, completamente diferente de qualquer criatura que já tivesse encontrado na vida. Um tinha pelagem branco-puro e o outro, prateada lisa, olhos negros e meigos chifres em espiral. Lembrou que Hagrid havia dito em uma aula, que unicórnio bebe era dourado, adolescente era prateado e adulto branco-puro. Sorriu com a lembrança, mesmo que não fosse sua aula preferida, ficou surpreso por lembrar, comentaria com Hagrid sobre o ocorrido.

A vontade de Yoongi era tocá-los, entretanto, não o fez. Como se perdesse a noção do tempo, ficou ali parado observando, até lembrar estar perdendo tempo e não sabia se os outros já haviam achado o pergaminho. Poderia ficar andando, mas isso o faria perder muito mais tempo, não tinha um plano. Então escutou uma voz baixa: ‘’Continue andando.’’ Pensou se atenderia, era muito estranho!

Com certeza era uma armadilha! Esperou para ver se ela falaria novamente, o que não ocorreu.

Resolveu que obedeceria, e foi uma péssima escolha ou não.

Um bom tempo depois, encontrou Nikolas caído, com o pergaminho em uma mão e a varinha na outra. Se perguntou como o búlgaro encontrou o pergaminho ‘‘rápido’’, mas deixou para lá. Klimov estava desacordado e tinha manchas de sangue nas roupas, rosto e alguns respingos no próprio pergaminho. O sonserino abaixou-se devagar, observou ao redor e pegou no pulso do mesmo, onde sentiu a pulsação lenta, mas pelo menos estava vivo. Suspirou um pouco aliviado, não iriam cancelar o Torneio em decorrência de Mortes. Mesmo que não tenha ido com a cara do rapaz e aquilo não era problema dele, pensou em simplesmente o deixar ali e fingir que nada aconteceu, era exatamente o que as pessoas da Sonserina fariam! Contudo, usou um pouco da bondade que existia dentro de si, ergueu a varinha do búlgaro para cima e faíscas azuis surgiram, como o ministro falou horas antes. A luz pairava sobre Klimov marcando o local em que ele estava.

Só fez isso porque se estivesse na mesma situação iria querer ajuda. Tratou de sair rapidamente, antes que chegasse alguém e o acusasse de algo que ele não cometeu. Não arriscaria ser culpado injustamente.

Decidido a não seguir mais em frente, mudou a rota e foi para o lado direito. Em determinado momento sentiu um vento muito frio passar por si e logo a frente viu uma névoa dourada flutuando. Aproximou-se com cautela, mas curiosidade. Parecia um encantamento. O que aconteceria se passasse na lateral daquilo? Pensou.

No momento em que deu o primeiro passo para o lado, a névoa o seguiu, fazendo-o perceber que teria que atravessar a mesma. Estava lascado! Yoongi inspirou profundamente e atravessou a névoa encantada. 

‘‘O mundo’’ virou de cabeça para baixo e o sonserino ficou pendurado no chão com os cabelos em pé. Sentia que se tentasse mexer um pé, despencaria da terra de vez.

— Merda… Pense em algo! – Disse a si, enquanto todo seu sangue fluía para a cabeça: — Pense Yoongi, pense… Rápido!

Nenhum dos feitiços que aprenderá até aquele momento de sua vida, serviriam para combater uma inversão de terra e céu. Teria que usar a inteligência, o que o fez perceber que com cem por cento de certeza não seria da Corvinal. Porque se fosse, já teria conseguido chegar a uma solução. Quanto mais demorava ali, mais sua cabeça começava a latejar, fazendo com que ouvisse o sangue latejar com força em seus ouvidos. No momento, Yoongi tinha apenas duas opções, se mexer ou disparar faíscas azuis e ser forçado a sair da prova. Ser desclassificado, só se fosse uma situação que não tivesse mais jeito. Fechando os olhos para evitar contemplar o espaço abaixo de si, puxou o pé esquerdo com toda a força que conseguiu do teto de neve e imediatamente o mundo endireitou-se.

Yoongi caiu batendo a cabeça em uma árvore e sentiu o sangue escorrer pela lateral de seu rosto, então tornou-se a levantar e saiu correndo daquele lugar. Entretanto, não teve muita sorte, a uns cinquenta metros encontrou um explosivim enorme, deveria ter uns três metros de comprimento, lembrava mais um escorpião gigante, do que qualquer outra coisa. 

— Dessa vez me ferrei! – sussurrou, dando alguns passos para trás. 

O longo ferrão estava virado para trás. A grossa armadura refletia à luz da varinha que Yoongi apontava para ele. Falou, mas não foi com firmeza suficiente.

Estupefaça!

O feitiço bateu no escudo do animal e ricocheteou; Min se abaixou a tempo, mas viu um pedaço de sua blusa chamuscar. O explosivim soltou um jorro de chamas da cauda e voou para cima do garoto. 

Impedimenta! – gritou Yoongi. O feitiço mais uma vez bateu no escudo e voltou; o rapaz cambaleou alguns passos para trás e caiu. Gritou com mais vontade e firmeza na mão.

IMPEDIMENTA!

O explosivim estava a centímetros dele, quando se imobilizou, o garoto conseguira atingi-lo na barriga carnuda e sem escudo. Ofegante, Yoongi levantou-se e correu o tanto que conseguiu, sentindo que seu corpo desabaria a qualquer momento. Teria que tomar cuidado, azaração de impedimento não era permanente, o explosivim retomaria os movimentos das pernas a qualquer momento. Parou o mais longe possível do local, no caminho havia se esbarrado em alguns galhos e pequenos cortes em sua bochecha sangravam, passou um pedaço da roupa e limpou o sangue, mas não resolveu muita coisa. Resolveu deixar para lá.

Como se o universo tivesse compaixão de sua falta de sorte, nervosismo e machucados, um patrono de cisne, um pouco maior que o normal, veio em sua direção. Quando tentou tocá-lo, o ser de luz afastou-se, como se não pudesse ser tocado e de fato, não poderia. O animal fez um sinal com a cabeça para ser seguido. Yoongi nada tinha a perder, até porque já estava perdido. Perdoem o trocadilho!  Seguiu o pequeno e bonito cisne azulado, quase branco. Não sabia para onde estava sendo levado, ainda, sim, continuava o seguindo. Tinha em mente que não era um feitiço fácil de ser conjurado e somente uma pessoa poderia fazê-lo. A pessoa era excelente.

Chegando a uma clareira, Yoongi conseguiu olhar para o céu, lembrou das aulas de astronomia, Marte estava do lado esquerdo, deveria ser umas três e meia da madrugada, faltando pouco para o amanhecer. Olhando novamente para o esquilo, que começava a perder o brilho, observou o mesmo atravessar duas árvores e sumir.

Escutou um galho quebrando, como se pisassem em cima, todavia, não avistou ninguém e voltou sua atenção às árvores. Chegou mais perto e notou um pequeno baú, então aproximou-se um pouco mais sendo barrado por um pequeno redemoinho que se transformou em uma linda mulher, a beleza dela fazia contraste com a neve. Cabelos ruivos com algumas pétalas de rosas em seus cabelos e roupas, os olhos em um verde-azulado muito lindos e chamativos, a pele branca e sorriso perfeito. A voz dela era meiga e foi o que mais o deixou em alerta.

— Finalmente, Min Yoongi, comecei a pensar que você havia se perdido! – A maneira como ela falou, deixou os pelos da nuca do moreno arrepiados, fazendo o rapaz engolir em seco. Não disse nada, apenas confirmou com a cabeça e segurou forte a varinha. Viu ela sorrir e falar novamente: — tudo bem! Farei uma simples pergunta. Se acertar, poderá passar e pegar o pergaminho. Caso contrário, o atacarei e nada sentirá por tamanha velocidade onde o farei! – O sonserino apenas concordou, tentando se concentrar. A ruiva prosseguiu — um homem está preso em uma sala com apenas duas saídas possíveis, por portas. Atrás de uma das portas existe uma sala construída a partir de lentes de aumento, mas os raios solares podem fritar instantaneamente qualquer um que entrar ali. Detrás da outra porta, existe um dragão que cospe fogo – óbvio — qual a maneira mais segura de escapar?

Yoongi escutou atentamente, quis rir quando ela terminou, riria de desespero mesmo! Passou a mão pela cabeça, tinha pouco tempo e sua mente não conseguia formular uma resposta, pediu para ela repetir e foi prontamente atendido. Passando uns segundos, conseguiu chegar a uma resposta e rapidamente falou.

— Ele deve esperar até o sol se pôr para conseguir escapar pela primeira porta?

Respondeu um pouco incerto, todavia, não conseguia pensar em outra coisa.

— Foi uma pergunta? – A ruiva falou com um pouco de deboche presente em sua voz.

Yoongi arregalou os olhos um pouco nervoso.

— Não?! – Ela arqueou a sobrancelha e ele falou com firmeza —  respondi com certeza! Ele deve esperar até o sol se pôr para conseguir escapar pela primeira porta!

A moça sorriu e saiu do caminho.

Foi a resposta que o sonserino precisava para pegar a pista para a próxima tarefa. Logo correu para o baú, abrindo-o e pegando o pergaminho. Virou-se para agradecer a mulher, viu que ela permanecia no mesmo lugar. Antes que ele conseguisse agradecer, ela falou.

— Existe uma pessoa que ama você demais, para se arriscar tanto! – E sumiu.

Não teve tempo para pensar sobre, nem havia entendido. Só queria sair dali o mais rápido possível. Olhou para o céu, que dava indícios que não demoraria a clarear.

— Me oriente! – Sussurrou para a varinha que logo o fez mudar de direção, correndo entre as árvores, seguia para onde a varinha o puxava, observando como a neve havia aumentado. 

Logo os alunos e professores entraram em seu campo de visão. Quando chegou na saída escutou os alunos da Sonserina gritarem em comemoração, viu a diretora de sua casa pegar o pergaminho de sua mão e o abraçar, o parabenizando enquanto o enrolava com um cobertor para amenizar o frio, que até aquele momento, nem lembrava sentir. Os diretores olharam para a floresta e o rapaz também olhou, um enfermeiro ajudava a Delacour a andar, tinha um machucado feio na perna da moça. Quando ela chegou mais perto, Yoongi notou os olhos dela lacrimejarem, os cabelos sujos e as roupas no mesmo estado, pensou se suas roupas encontravam-se iguais ou piores.

Os diretores e ministro conversavam um pouco afastados. Yoongi observou o ambiente, observando que os alunos, não todos, comemoravam para ninguém em especial. Viu Jimin ser puxado por Daniel, que aparentava estar questionando o rapaz, que simplesmente deu de ombros e seguiu ficando perto de Chanyeol, que estava afastado. Deu um meio sorriso, sentindo seu coração ficar tranquilo, vendo que seus amigos estavam ali, o esperando.

McGonagall pediu silêncio e anunciou o resultado.

— Conversamos e chegamos ao resultado! A senhorita Delacour não conseguiu pegar o pergaminho, então ficará em terceiro lugar, o Sr. Klimov foi forçado a sair, mas conseguiu pegar o pergaminho, daremos o segundo lugar. Portanto, o primeiro lugar é do senhor Min, parabéns!

Os alunos comemoravam alto, outros reclamavam. O sonserino sorriu e suspirou aliviado, observando Jimin correr em sua direção e o abraçar forte.

— Jiminie… Não tão forte! – Falou baixo, abraçando o loiro. Sentiu o rapaz afrouxar o abraço.

— Desculpe! – Park respondeu e se afastou minimamente.

Jimin se permitiu ficar mais uns segundos naquele abraço e Yoongi fechou os olhos, aproveitando a sensação de sentir o loiro tão próximo, a respiração em seu pescoço, fazendo seu coração pular descontrolado no peito, era como se não existisse nada e ninguém ao redor. Aí, foram retirados daquele mundinho por Seokjin, que praticamente puxou o sonserino, forçando-o a se afastarem a contragosto

— Não fique com ciúmes, Park, eu tenho namorado! – O lufano falou e Jimin revirou os olhos, dando de ombros.

O rapaz seguiu na direção em que Klimov estava, fazendo o Min suspirar frustrado. Baekhyun chamou a atenção dele.

— Você está acabado, meu amigo. Pelo menos sobreviveu para comemorar o aniversário do Chan.

Os outros riram junto do sonserino. Yoongi concordou, o resto dos amigos o parabenizaram. Taehyung e Jungkook foram os últimos a falar com o moreno, já que estavam um pouco afastados, na verdade, eram os únicos grifinórios ali, quando o rapaz pegou primeiro lugar, a casa de Godric Gryffindor seguiu para sua torre, todavia, nenhuma surpresa perante a isso. Todos foram dispensados e começaram a retornar para o conforto e calor do castelo.

Antes que de fato se afastasse, escutaram a diretora falar.

— Park Jimin, quero dar uma palavrinha com o Sr.

Jimin engoliu em seco, respondendo.

— Sim, senhora! – O rapaz rapidamente seguiu para a sala da diretora. Trocou olhares com Chanyeol e Taehyung e disfarçaram. 

Os amigos ficaram curiosos sobre o que a diretora queria, sabiam que Jimin falaria depois, talvez não. Yoongi conversava com Daniel e Slughorn, mas disse precisar ir à ala hospitalar, pedindo para que os outros seguissem para a comunal da Sonserina que logo chegaria lá.

;;;

Todos estavam amontoados no salão comunal, alguns sereianos estavam observando nas janelas, curiosos, enquanto Yoongi segurava o pergaminho ainda fechado. Pedindo para que todos se acalmassem, tirou o pequeno lacre do mesmo, limpando a garganta antes de ler a pista para a próxima prova.

‘‘Você conhece seus medos? Todos eles? Conhece diferenciar o que é realidade de ilusão? O que pensa ser realidade pode ser ilusão! Conseguiria lidar com seu maior medo na sua frente ou desistiria por deixá-lo consumir? Pode estar acontecendo dentro da sua cabeça, mas por que isso deveria significar que não é real?’’

Todos escutaram com muita atenção, entreolharam-se surpresos e com um certo receio após Yoongi terminar de falar. Essa não seria uma prova fácil, poderia ser pior que ficar na floresta ou não. Era uma prova que mexeria com o psicológico. Samuel, um aluno do sexto ano, foi o primeiro a falar.

— Sugiro que comece a trabalhar seu psicológico, não sabemos o que virá, no entanto, sua saúde mental poderá ficar abalada. Aquele seu amigo corvino, Namjoon? – Min confirmou com a cabeça — pode ser bastante útil nessa fase, eles são especialistas nesses assuntos, bom, bem mais do que a gente! Corvinos sabem lidar melhor com essas coisas.

O moreno confirmou com a cabeça e alguns alunos deram suas opiniões. Ficaram um tempo conversando, até que o Min passou a mão pelos olhos e bocejou. Dean, o monitor da casa, aproximou-se do mesmo, falando.

— Você precisa tomar um banho, comer e descansar! Não foi uma noite fácil, tenho certeza! Pedirei para um elfo levar um lance para seu quarto.

— Obrigado, Dean! – Falou enquanto se levantava do sofá. 

Pegando o pergaminho e seguindo para o quarto, acompanhado pelos amigos. Ao adentrar o local, colocou o pergaminho na mala e quando seguia para o banheiro, Jimin entrou no quarto, o chamou e falou.

— Yoon, se precisar de algo… Pode falar comigo. Ficarei muito feliz em te ajudar!

— Obrigado, Jimin! – sorriu docemente e viu seu amigo se afastar.

Yoongi queria perguntar o porquê Jimin não estava lá antes, mas resolveu deixar para lá. Continuou com um sorriso bobo nos lábios, Chanyeol não perderia a oportunidade de zoar.

— Limpa a baba! Ji deve tomar muita água, pelo tanto que você seca ele.

Daniel riu junto do de fios platinados. Jimin revirou os olhos e saiu, mas ninguém constatou o sorriso de ponta a ponta que tomou conta de sua fase. Dando de ombros, Yoongi negou com a cabeça e seguiu para o banheiro.

Se olhando no grande espelho perto da pia, observou como suas roupas estavam sujas e com alguns rasgos, pequenos cortes espalhados por seu rosto e alguns roxos que começavam a se formar.

Suspirando baixo, tirou as roupas e seguiu para o chuveiro. A água quente relaxando seu corpo à medida que via a sujeira junto ao sangue seco saindo com o sabão. Seu pulso ainda doía um pouco, porém estava no lugar. Quando terminou, seguiu para a cama, encontrando um copo com suco de laranja, pães e alguns biscoitos em uma bandeja em cima da mesma.

Vestindo apenas uma cueca, sentou e começou a comer, pensando que realmente precisava de um bom café preto, quente e sem açúcar, mas como não tinha naquele momento, aproveitaria o suco. Pensando em tudo o que havia acontecido na prova, soltou um suspiro e começou a comer. Quando terminou, viu Jimin entrar no quarto novamente, avisou que descansaria um pouco e o mais novo concordou.

Deitou na cama e sentiu o corpo relaxar, logo adormecendo.

 Horas mais tarde, Yoongi se remexeu na cama abraçando seu travesseiro enquanto dormia.

Sonhava com Jimin, os dois caminhando de mãos dadas pelos campos floridos nas redondezas do castelo, o Min pegava um lírio e entregava para Park que sorria docemente. Logo percebeu que um cisne lindo, branco-puro, estava deitado ao lado loiro e um cachorro pequeno estava ao seu lado. Observando os dois animais dormindo tranquilos, Jimin apareceu em sua visão o entregando uma prímula amarela, com um sorrindo tímido. O Min sorriu e depositou um selar em seus lábios, então acordou. Sentiu algumas lágrimas escorrerem por sua face, limpou disfarçadamente e ficou pensando naquilo. Foi um sonho tão realista, pena que era apenas um sonho.

Sentou-se na cama lentamente e a movimentação chamou a atenção de Chanyeol, que rapidamente se aproximou, parando ao lado da cama de moreno. Os amigos se aproximaram também, fazendo uma cara de surpresa.

— Yoon, finalmente você acordou! Estávamos preocupados pensando que você dormiria até o próximo ano! – Chan falou sério, fazendo Yoongi arquear uma sobrancelha, sem entender a situação. Então o platinado continuou: — já é natal!

Min arregalou os olhos, falando rapidamente.

— O quê? Como assim? – Então notou Jimin segurar o riso e Daniel sair rapidamente para não rir alto, Chanyeol não conseguiu se controlar e gargalhou — idiotas! — murmurou, um pouco aliviado por saber que era apenas uma brincadeira.

Os amigos continuaram gargalhando e Daniel falou, quando conseguiu recuperar o fôlego.

— Desculpe, Yoon, você tinha que ver sua cara!

Levantando-se devagar enquanto resmungava devido ainda sentir que seu corpo doía um pouco, olhou as horas e viu serem 09:00 da manhã. Se deu conta que praticamente dormiu até o dia seguinte, era fim de semana, poderia descansar.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...