— Eu fiquei com medo, e antes disso tudo, eu fiquei arrasado quando você veio pra cá, apesar de saber as circunstâncias. — Nashi o abraça.
— Está tudo bem agora, você pode ficar se quiser. — Akiya retribui o abraço.
— Eu quero, mas... — se afasta um pouco para o olhar.
Querendo ou não, Akiya também sentia medo, não queria perder o humano que lhe foi praticamente entregue e não compreendia o quanto poderia ama-lo.
— Mas...? — Akiya o olha.
— Eu não sei, apenas acho que estou te prendendo.
— Não está!
— Você mesmo disse que só estava aqui porque a Koizumi não saía!
— Mas agora ela pode sair! — Akiya o olhava nos olhos — E você pode viajar com a gente!
— Eu não posso, não agora… — Nashi olha para cima — Com o Conselheiro no poder, outras pessoas vão acabar como eu, sendo desprezadas e mandadas para a morte. — volta seu olhar para Akiya.
— Mas eu não vou estar mais aqui. — Akiya morde o lábio.
— Ele vai encontrar uma maneira, sei que vai… — coloca a mão no rosto de Akiya — Eu sinto que preciso ficar com você, mas não quero que outras pessoas sofram o que sofri.
— Tudo bem… — desvia o olhar e olha Koizumi que abaixa um pouco a cabeça.
Seu mundo havia caído e o dragão entendia o que o companheiro passava, mesmo sendo um animal considerado feroz, sabia que a fera podia amar.
— Aki, se eu fizer algo agora, você promete que não vai me odiar?
— Prometo. — o olha confuso.
Nashi chega mais perto, encostando seus lábios nos de Akiya, que cora enquanto abanava a cauda que havia surgido e coloca sua mão no rosto do esverdeado.
Nashi se afasta apenas o suficiente para falar.
— Eu nunca senti algo como isso em toda minha vida, não algo tão forte.
— E eu nunca senti algo assim. — Akiya o olha.
Nashi volta a beija-lo, aprofundando o beijo e Akiya o puxa para si, abraçando a cintura do menor que abraça seu pescoço.
Depois de um tempo, se afastam um pouco já sem ar, mas ainda abraçados.
— Para alguém que nunca sentiu isso, você pega o jeito rápido! — riu.
— Sério? — Akiya cora de leve, rindo.
— Sim, você é muito bom nisso! — sorriu.
Akiya sorri, enquanto o filhote pula para sua cabeça, animado.
— Oi, pequeno! — Nashi ri — Ele pula bem alto!
— Sim. — riu.
— Devemos voltar?
— Acho que sim.
Akiya se afasta, pegando o filhote no colo.
— Koizumi, vamos voltar. — diz, olhando para o dragão.
Nashi se levanta e vê Koizumi fazer o mesmo e abrir as asas.
— Não consigo parar de achá-la magnífica! — Nashi a observa.
— E ela é!
— Vamos?
— Vamos. — Akiya fica na forma demoníaca e se abaixa.
Nashi sobe na fera, se segurando.
— Você também é… — sussurra Nashi, sobre o elogio que fez.
Akiya ri baixinho, começando a subir nas árvores.
— Você não ouviu isso,ouviu?
— Talvez. — parou em um galho.
— Droga. — Nashi cora, cobrindo o rosto.
A fera ria, vendo Koizumi levantar vôo e começa a pular de galho em galho.
— Malvado! — fala Nashi, dando um tapa leve no pelo da fera.
— Por que?
— Você sabe muito bem! — riu.
Akiya ria, acompanhando Koizumi.
— Quando você crescer não seja tão cruel como ele, certo? — Nashi olha para o filhote.
— Eiii!
— O que? É a verdade! — Nashi ri, vendo o filhote mexer o rabo como se estivesse se divertindo.
— Eu não sou cruel! — Akiya salta para outra árvore.
— Claro que é! — riu.
— Quem disse?
— Eu disse! — Nashi ria — O que? A minha opinião não é importante? — sorriu Nashi com a brincadeira, fingindo que está ofendido.
— É claro que é, mas está errada porque sou um ser bonzinho.
— Bonzinho? Você? — ria Nashi — Está vendo pequeno? Isso se chama se iludir!
— Ei! — riu alto.
— É a verdade! — riu, olhando o caminho onde já era possível ver a caverna.
— Maldade! — fala Akiya, olhando Koizumi descer.
— Agora eu sou o cara mau? — riu.
— Sim! — riu, saltando para o chão.
— A sua lógica é bem confusa! — diz Nashi, descendo.
— E por que seria? — o olha.
— Porque você ri de algo que falei e eu que sou o malvado!
— Mas você é! — rindo.
— E o que eu fiz? — arqueou uma sombrancelha.
— Me chamou de cruel!
Nashi se aproxima da cabeça da fera, dando um beijo.
— E agora? Eu ainda sou mau?
— N-Não… — o olha — Não mais!
— Como alguém pode ser tão fofo quanto você? — sorriu.
— Eu não sou fofo! — fala a fera abrindo a boca e apontando para os dentes afiados do crânio — Isso não é fofo!
— É claro que é! — sorriu — Você é totalmente fofo!
— Desde quando? — cruzou as patas.
— Provavelmente desde que você nasceu!
— Maldade! — Akiya fica na forma humana e faz bico.
— Voltamos a isso? — rindo.
— Sim! — riu alto.
...
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