RESIDÊNCIA PARK, COZINHA.
Eu estou sentado na bancada de frente pra pia, aqueles banquinhos giratórios quase sem encosto. Estamos um do lado do outro.
Estou tomando uma xícara de café e ele está comendo torrada.
Seus pais aparentemente ainda estão dormindo, o que nos deixa um tempinho a mais a sós.
Termino o café e pego a mão dele, coloco em cima do balcão e entrelaço nossos dedos.
– Eu sou você... – ele diz.
– E você sou eu. – eu completo.
Dou um sorriso completamente otário por ele.
A mãe dele desce a escada coçando os olhos e ele tira sua mão da minha.
– Já estão acordados?
– Desde às onze! – digo
– ONZE?? QUE HORAS SÃO? – grita surpresa
– Meio dia e sete, mãe.
– Minha nossa, Jeon, você acorda cedo! Por que não me acordou?
– Sra. Park! – dou risada – Eu realmente acordo cedo, mas quem me acordou hoje foi seu filho.
– Meu filho nunca acorda cedo, só quando está ansioso. Mas quando pega pra dormir tarde... xiiiii – suspira – só a noite!
– Eu não consigo mais dormir assim, eu durmo bastante depois de prova. Eu geralmente estudo muito, depois das provas que eu consigo dormir. – eu e Sra. Park conversamos.
– Ah, Jimin se tranca no quarto sempre. Nunca sei se é pra estudar, ler, fuçar a internet ou fazer as coisas que os meninos fazem. – Jimin resmunga qualquer coisa e Sra. Park ri – Eu confio muito nele, creio que tem boas notas. O segundo ano já está no fim! O último ano é tão bom! Aí meninos, se você soubessem o quanto eu quero voltar lá atrás!
– É mesmo? Conte mais! – peço.
– É o último ano sem compromisso, sem precisar se preocupar demais, estudar só para as provas individuais, é o último ano junto com seus amigos mais próximos. Taehyung está em seu último, não é, Jimin?
– Aham.
– Ele deve estar aproveitando, depois ele vai pra uma faculdade, vai cursar o que tanto sonha e quem sabe não conseguir um bom emprego?
– Eu desejo todo o sucesso pra ele!
– Ele sabe, Jimin, ele sabe.
– A gente ainda vai se ver muito, nós vamos cursar dança . – Jimin agradece aos céus.
– Eu vou cursar desenho, acho que não vai ter faculdade de desenho e dança. Indo pra alguma que me aproximei do meu sonho já é ótimo.
– Acho que já chega, minha mãe já é mais amiga sua do que você é meu amigo! – Jimin reclama e depois ri
– Calma! – ela ri – Ele é todo seu!
– Estou ficando envergonhado. – afirmo.
– Ah, Jimin, eu tinha que te contar! Seu pai arranjou um encontro com a filha do pastor. – Sra. Park alerta.
– Pastor? Que pastor?
– Ele quem fez o tal evento de ontem, seu pai conversou com ele e ele disse que você era solteiro, então o pastor perguntou se você aceitaria ir a um encontro...
– Eu não aceito.
– Você tem que ir, Jimin! Até hoje eu não vi você sair com ninguém!
– Por que eu não mostro! Mãe eu não quero sair com a filha do pastor! A gente vai conversar sobre o que? Igreja?!
– Você vai!
Jimin levanta da bancada e sobe as escadas.
– Eu vou convencer ele. – sussurro pra ela.
Subo as escadas e encontro Jimin sentado na cama de braços cruzados fazendo um biquinho de birra.
Se ele soubesse a vontade que eu tive de beijá-lo!
Encosto a porta e me sento do seu lado.
– Jimin?
– O quê? – me olha.
– Você quer ir?
– Não.
– Por quê?
– Porque eu namoro... com você.
– Vai só pra agradar seus pais! Não precisa beijá-la.
– E se ela der em cima de mim? E se ela roubar um beijo meu?
– Não tem problema! Te dou um passe livre.
– Jeon!
– Tá... eu ia ficar muito enciumado! Mas não tem problema ir até lá. É só não dar trela.
– Eu vou mas é total contra minha vontade.
– Ótimo, ótimo. – Abraço ele de lado.
Ele tira meu braço de seu ombro, eu não entendo o porque. Será que ele ficou chateado?
– Meninos? – o pai de Jimin abre a porta. – Bom dia, vocês já estão acordados então.
– Estamos! – Jimin diz.
– Ótimo, Jimin, preciso falar com você depois.
– Eu já estou sabendo, eu vou.
– Ah, ótimo. É amanhã a noite.
– AMANHÃ???? – esbanja surpresa.
– É a noite, domingo a noite você nunca faz nada.
Sr Park fecha a porta e desce.
– Parece que é amanhã!
– Para de graça! – ele me abraça.
Acho que ele soltou meu abraço porque sabia que seu pai estava passando por ali.
O abraço de volta.
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