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História O tutor - Vinte e três


Escrita por: luzinanda

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem?
Eu nem sei como consegui escrever esse capítulo gigante para meus padrões, ando tão para baixo ultimamente que isso tem afetado meu rendimento, mas não vou abandonar nenhuma fic gente, só preciso passar por essa fase.


Tenham uma boa leitura.

Capítulo 23 - Vinte e três


Ir trabalhar naquele dia foi difícil, sair da bagunça de membros e cobertores não era uma ideia tentadora, embora fosse sua obrigação, tudo que Levi desejou naquela manhã foi permanecer mais algumas horas no calor dos braços de Eren. Deitados em uma conchinha confortável com Levi entre os braços longos do Jaeger, sair daquele calor era quase uma blasfêmia e Levi continuou xingando seu despertador enquanto tomava seu banho matinal, sabia que quando saísse Eren não estaria mais lá, tendo suas próprias obrigações para cumprir além de precisar se esgueirar pelos corredores para não ser visto.

Cada vez mais Eren se tornava uma presença constante não só em sua mente como também na sua vida, ele já era uma presença importante para todos os momentos importantes da família e seus filhos estavam tão apegados ao tutor como nunca ficaram antes com outros. Eren é especial e Levi quer ter um momento verdadeiro com o Jaeger, sem precisar se esconder, sem precisar fugir da mídia e dos olhos curiosos, mas Levi sabia que isso seria complicado, eles eram dois homens e a tendência comum era rechaçar esse tipo de relação, principalmente quando envolve crianças. Levi tem plena noção da dor de cabeça que terão quando tudo for exposto e infelizmente não tem muito o que fazer quanto a isso, é impossível esconder para sempre e a sociedade sempre seria nojenta e cruel com o diferente do senso comum.

Faltavam alguns meses para o fim do ano e logo as crianças entrarão de férias, talvez fosse bom sair um pouco da rotina massante e levar os pequenos e Eren em uma viagem para algum lugar distante o suficiente para lhes dar privacidade; eles precisavam desse tempo.

Chegar na empresa como todos os dias era um acontecimento, os funcionários paravam tudo que faziam para sair do caminho do chefe até o elevador, alguns nem mesmo olhavam na direção do Ackerman, encarando o chão como se ele fosse muito interessante. No entanto naquele dia as coisas começaram diferentes pois antes que pudesse alcançar o elevador um corpo pequeno trombou com o seu. Levi nem mesmo balançou com o impacto, mas a pessoa que carregava duas caixas enormes e pesadas nos braços bateu com a bunda no chão com um grito de dor e susto e sem surpresa nenhuma Levi reconheceu Nanaba.

O silêncio no saguão foi repentino, todos ficaram em silêncio observando com pena e outros divertimento a novata esbarrar no chefe sempre impassível. Levi percebeu quando Nanaba tremeu e se encolheu, esperando uma bronca e até mesmo uma demissão, como a maioria cochichava pelo lugar, porém o Ackerman não atendeu nenhuma daquelas expectativas, ignorando todo as outras pessoas ele recolheu as caixas – percebendo que estavam extremamente pesadas para uma mulher magra e pequena como Nanaba – e estendendo uma das mãos para ajudá-la a se levantar.

– Quem é seu coordenador? – Sua voz soou como um trovão no ambiente silencioso, assustando a maioria dos funcionários enxeridos que pularam onde estavam, disfarçando a atenção que estavam dando. 

– Di-Dita Ness, senhor. – Nanaba responde trêmula e confusa.

Sem dar muitas respostas Levi caminhou em direção ao setor de contabilidade, este se encontrava no térreo. Nanaba precisou andar a frente para abrir as portas para o chefe com as mãos ocupadas, seu rosto estava retorcido em ansiedade e Levi não se importou em explicar nada para a mulher, estava mais interessado em resolver aquela situação.

O setor foi alcançado e por alguns minutos Levi passou despercebido graças às caixas grandes tampando parte de seu rosto, as pessoas atrás dos computadores – Em sua maioria homens – olharam para Nanaba com nojo, um deles se atreveu bater o ombro nela com força enquanto passava e outro colocou o pé para que tropeçasse. Levi sentiu o mais profundo desgosto ao visualizar aquilo e a situação piorou quando Dita saiu de sua sala, enxergando primeiro Nanaba com as mãos vazias.

– Sua assistente inútil, cadê a porra do material que pedi? Foi fazer o que na merda do depósito? – O homem tinha uma carranca irritada no rosto coberto de barba por fazer, Levi estalou a língua, sem paciência para esperar ser notado. – Essa é uma empresa familiar, garoto, não é lugar para gentinha como você se prostitu-

– Espero que você tenha outro emprego à vista, Ness. – Levi falou, finalmente soltando as malditas caixas nos braços de um dos idiotas que passavam por ali. – Você está demitido. E vocês… – Apontou para os funcionários daquele setor. – Estão sob aviso, deixarei alguém de confiança cuidando desse setor e se algo desse tipo voltar a acontecer novamente estarão todos na rua por justa causa.

– Se-senhor Ackerman, eu…

– Saia da minha empresa. – Cortou sem emoção, entortando a boca para o homem desagradável à sua frente.

Sua ameaça surtiu efeito imediatamente, Dita ficou branco como papel e seus subordinados se encolheram em suas cadeiras, evitando contato visual com o CEO.

Levi já estava na porta para sair de lá quando percebeu estar sozinho, seu corpo se virou totalmente para encarar Nanaba em choque no meio do setor.

– Você vem comigo. 

– Mas…

– Eu preciso de uma assistente. – Voltou a andar e novamente o saguão parou quando passava em direção ao elevador, dessa vez com Nanaba em seu encalço, gerando sussurros e fofocas diversas, nada que realmente fosse importar. 

– Senhor Ackerman. – Nanaba chamou quando já estavam dentro da caixa de metal, Levi apenas olhou pelo canto dos olhos. – Obrigada.

A mulher estava nitidamente emocionada e abalada com os últimos acontecimentos, Levi moveu a cabeça em um aceno em resposta 

– Não agradeça ainda, o salário é maior mas o trabalho é muito mais difícil.

– Eu darei tudo de mim, senhor. – Nanaba exclamou com os olhos azuis brilhando em determinação, Levi encarou a porta do elevador abrindo, sentindo-se de repente cansado, ele queria mesmo continuar naquela cama.

– Não espero menos do que isso. – Respondeu antes de caminhar apressadamente até a mesa de Petra na recepção do seu andar. 

– Bom dia senhor Ackerman. – A ruiva comprimentou com seu costumeiro sorriso gentil.

– Bom dia. Petra preciso que entre em contato com o RH, quero alguém de confiança coordenando o setor de contabilidade. – A mulher enrugou as sobrancelhas, provavelmente se perguntando o que estava acontecendo, Levi ignorou suas expressões para apontar a mulher baixinha parada atrás de si. – Essa é Nanaba, minha nova assistente transferida do setor de contabilidade, passe todas as informações necessárias.

Petra concordou lentamente, olhando para Nanaba com um sorriso reconfortante, ela sabia como era desesperador trabalhar para Levi e faria o possível para deixar a mulher menos apavorada.

Levi suspirou quando finalmente estava sozinho em sua sala, perdeu bons minutos apenas encarando sua pilha de papeladas para ler e assinar antes de realmente começar a trabalhar. Não estava arrependido de ter feito o que fez, ele realmente já planejava contratar uma assistente para diminuir um pouco sua carga de trabalho, antes de tudo achava aquilo desnecessário, mas com Eren em sua vida mostrando o que valia a pena de verdade, mostrando que seus filhos deveriam ser a prioridade, não via mais razão para se afogar em trabalho. Também não podia se enganar quanto a Nanaba, ele já tinha percebido a mulher sempre correndo pela empresa carregando mais peso do que aguentava, fazendo um trabalho que deveria ser dos garotos que trabalham no depósito e no almoxarifado e depois do que assistiu, teve a certeza de que ela era menosprezada por algum motivo até então desconhecido.

Mas aquilo também não era novidade, mulheres sempre eram diminuídas só por conta do gênero em ambientes empresariais e Levi não se surpreenderia se esse fosse o único motivo para tanta ofensa gratuita. A manhã passou mais rápido do que Levi esperava e Petra não demorou em surgir em sua sala com mais alguns papéis e claro, informações importantes.

– Nanaba está acomodada na mesa de frente para sua sala, mais tarde virão instalar o telefone e o computador. – Levi concordou movendo a cabeça sem realmente olhar para a Ral, seus olhos presos no documento que lia a bons minutos. – Conversei com algumas pessoas e descobri o porquê de Nanaba ser hostilizada do jeito que era, parece que não só o setor de contabilidade tinha algo contra ela.

Como Petra previu, a informação chamou a atenção do Ackerman, que finalmente prestou atenção em sua figura, satisfeita, voltou a falar.

– Nanaba é uma mulher trans, um dos funcionários descobriu e espalhou a fofoca de forma negativa e o preconceito se disseminou. – Ela viu a forma como Levi torceu o nariz, não era segredo para a secretária a bissexualidade do chefe, além de funcionária e chefe eles também eram amigos de longa data. – Eu coloquei Eld na coordenação da contabilidade, ele já está no RH assinando sua promoção.

– Eld é uma boa escolha. – Levi respondeu por fim, voltando sua atenção para seus papéis.

– E Nanaba? 

– Eu realmente não me importo com isso, desde que ela faça um bom trabalho seu gênero ou sexualidade não me interessa. – Petra sorriu com a resposta, acenando com a cabeça. Mesmo com a pose de homem frio e indiferente Levi era alguém justo que se importava com o bem estar de seus funcionários.

– Você tem uma reunião antes do almoço. – Informou antes que esquecesse.

– A mesma merda de sempre? – Perguntou em uma carranca, Petra riu e afirmou. – Avise Nanaba que deverá me acompanhar.

E sem que pudesse controlar o tempo passou e Levi estava sentado na ponta da mesa na sala de reuniões, Nanaba estava sentada no sofá encostado na parede com os outros assistentes acompanhando a reunião com um caderno de anotações e uma caneta em mãos. Ele olhou no rosto de todos aquelas pessoas insuportáveis e acabou parando sua atenção em Erwin, que fez um movimento de cabeça em sua direção, Levi negou, não gostando do rumo das ideias do loiro que moveu a cabeça novamente, abrindo mais os olhos para dar convicção a sua ideia, Levi torceu o nariz e enfim cedeu, suspirando no diálogo silencioso.

– Eles têm muitas especulações negativas sobre você em todos os meios de comunicação, Ackerman, precisa resolver sua vida pessoal antes que nossos acordos importantes sejam ameaçados pela sua reputação. – Um dos homens falou, apoiando os dois cotovelos sobre a mesa para cruzar os dedos.

– Eu concordo, assumir algum relacionamento de fachada seria o suficiente para resolver essa merda, você já fez isso antes, não será problema tentar de novo.

– Minha vida pessoal não é problema de vocês. – Levi praticamente rosnou entre dentes, já sem paciência nenhuma para aquelas reuniões inúteis que estavam se tornando quase diárias.

– Acho que seria mais efetivo falarmos sobre os novos lançamentos desse mês. – Erwin tentou, mas foi ignorado por Kenny que bateu os dedos na mesa.

– Não é como se fosse grande coisa, um relacionamento sério, talvez noivado com alguém de respeito seria o suficiente para resolver a situação. O que acha, Mikasa?

– Com quem Levi se relaciona não interessa. – Ela respondeu sem emoção, voltando a ficar quieta e pensativa, estava assim durante toda a reunião e Levi se viu confuso com essa atitude, Mikasa sempre era a primeira a concordar com essas idéias e se oferecer para tal coisa.

– De qualquer forma, ele precisa resolver essa situação.

– Você não tem escolha, Ackerman, seu dever é cuidar da empresa de seus pais. – Outro acionista pressionou, fazendo Levi suspirar derrotado, olhando para Erwin uma última vez antes de falar, cruzou os braços e fechou os olhos.

– Eu estou em um relacionamento sério. – Despejou a informação, bocas se abriram e murmúrios surpresos foram ouvidos, aos poucos todos começaram a falar sem parar e cansado daquilo, Levi se levantou, acabando com a reunião.

– Ackerman, espere. Quem é essa pessoa?

– Não interessa a nenhum de vocês, se metam na própria vida. – Praticamente correu da sala com Nanaba em seu encalço. – Bando de sangue sugas. – Murmurou mal humorado, percebendo então a mulher loira rindo ao seu lado. 

Nanaba era realmente uma mulher bonita e Levi tinha certeza que se não estivesse com Eren investiria nela, era totalmente seu tipo além de demonstrar ter uma personalidade interessante, mas nada disso importava agora, Levi realmente queria estar apenas com Eren.

– Pode ir almoçar. – Dispensou a assistente e entrou no elevador, já sabendo que seria arrastado para algum restaurante com Hanji, Erwin e Mikasa.

Dito e feito, ele se viu cercado por três pares de olhos curiosos, Hanji pulava feliz em sua cadeira e Erwin parecia não acreditar, Mikasa estava distante, mais neutra do que jamais foi naquele assunto.

– Quando eu acenei para você na reunião, achei que você cederia um pouco para calar a boca deles, ao menos essa era a minha intenção. – Erwin começou. – Mas namorando? Você? 

– Tenho certeza que é uma pessoa linda. – Hanji praticamente gritou, Levi fingiu que não ouviu a irmã, ela obviamente sabia que era Eren, mas estava se fazendo de doida como sempre e ele internamente agradeceu por isso.

– Você quis que eu fizesse algo, eu fiz. Agora não reclama, sobrancelhas.

– É uma surpresa mesmo. – Mikasa falou baixo, movendo seu garfo dentro do prato sem muita animação, ela não parecia triste ou com raiva, apenas distante.

Pela primeira vez em anos Levi se viu preocupado com a outra Ackerman, no entanto ele não pôde dizer nada sobre o assunto pois seu celular tocou com uma mensagem de Eren avisando que parou para almoçar também. Ansioso para conversar um pouco com o namorado, digitou o número já memorizado e saiu da mesa debaixo de olhares provocadores da irmã e de Erwin.

Levi?

Oi. – Falou baixo, encostando as costas em uma das paredes da área de fumantes que estava vazia. – Você está bem?

Sim, e você? Parecia mal humorado no café da manhã hoje.

– É...bem, a cama estava confortável hoje. – Levi ignorou totalmente a forma como suas bochechas esquentaram.

Você estava irritado porque não queria trabalhar? – Eren soou divertido.

– Não.

Hum?

– Estava irritado por ter que largar você.

Você está sendo fofo? – Levi escutou claramente o riso que Eren tentava abafar no outro lado.

– Não. – Fechou a cara, esquecendo-se momentaneamente que ele não podia lhe ver.

Levi, eu não esperava por isso, você não parece do tipo fofo.

– Eu não sou.

Você está fazendo beicinho?

– Eu vou desligar.

Certo, desculpe. – Eren riu mais um pouco, claramente se divertindo ao irritar o mais velho. Sua voz está estranha, você está mesmo bem?

– Tive mais uma reunião insuportável hoje.

Eles ainda querem que você se case com a Mikasa? – Eren tentou soar descontraído, mas Levi percebeu a voz vacilando, ele anuiu em resposta. – Não é melhor que…

– Eu contei que estou em um relacionamento com outra pessoa. 

Eren ficou em silêncio no telefone por alguns segundos, o sopro de surpresa foi audível.

Você falou de nós!?

– Não disse que é você, acho que precisamos conversar com as crianças antes de revelar essa informação para qualquer outra pessoa.

Você está certo.

– O que acha de…

Essa noite no jantar? 

– Sim, é bom, vou enviar uma mensagem para Kaya, Gabi e Falco, caso eles decidam ir na casa de algum colega.

Vou me preparar para isso.

– Eles adoram você. – Seu sorriso foi inevitável. – Acho que a Kaya sabe.

Eu preciso ir, Zofia jogou alguma coisa no Udo, mais tarde nos falamos.

– Ok, até mais tarde. – Levi desligou, olhando para o celular por alguns segundos antes de voltar para a mesa.

– Levi, porque está sorrindo? – Hanji gritou em seu lugar antes mesmo que Levi pudesse sentar, fazendo o irmão revirar os olhos para, de novo, ignorar a Zoe.

(...)

Gabi mordeu seu sanduíche com força suficiente para fazer o tomate escapar e cair na mesa branca do refeitório, Dimitri ao seu lado olhou com nojo para a comida antes de encarar a amiga em clara preocupação.

– Certo, você bateu um pouco mais forte hoje no clube de artes marciais, gritou com os meninos mais novos no intervalo e agora está destruindo sua comida. O que aconteceu, Gabi?

A adolescente suspirou, dando de ombros e soltando a comida para olhar os olhos verdes de seu amigo. 

– Papai mandou uma mensagem avisando que tem um anúncio importante para a família no jantar.

– E isso seria ruim porque?

Gabi mordeu os lábios com força.

– Foi assim que antes as outras tutoras foram embora, e o Eren é tão legal, sabe? Ele tem ajudado muito a gente com o papai, ele agora toma café e janta com a gente, às vezes fica o dia todo em casa…

– Eren não tem motivo para ir embora, tem?

– Eu espero que não, Dimitri.

– Tenho certeza que é algo bom, não seja precipitada.

– Vocês homens não são confiáveis. – Gabi Murmurou com um bico no rosto, arrancando uma risada divertida de Dimitri. – Eu tô falando sério, Dri.

(...)

Kaya estava tão ou mais ansiosa que Gabi, mas por motivos totalmente diferentes. Ela tem uma noção de qual anúncio será feito e se animou com isso, esperando ansiosamente pelo momento para poder rir e jogar na cara de seu pai dizendo que já sabia. Era difícil surpreender Levi e ela não perderia essa oportunidade, de jeito nenhum.

Mas seus sentimentos estavam principalmente afetados pela imprevisibilidade que seriam as reações de seus colegas na escola após a estreia de 'O ídolo' na sexta feira, faltavam poucos dias e Kaya tinha certeza que seria alvo de piadas e palavras maldosas após o conhecimento de sua participação se tornar pública, principalmente depois de quase não conseguir passar pela primeira etapa.

No próximo fim de semana teriam dois dias de gravação onde aconteceriam duas eliminatórias seguidas e nervosa era pouco para resumir seus sentimentos quanto a isso. Ela quase falhou e era bem possível que não passasse, será que conseguiria lidar com o peso de não passar? De ser exposta na Tv? Kaya sabia que o peso de seu sobrenome fazia com que a torcida contra fosse mais forte do que normalmente seria.

– Você está bem? – A voz de Eren alcançou os ouvidos da adolescente angustiada, que não conseguiu disfarçar com o sorriso de sempre, ela estava chegando da escola e mal percebeu quando alcançou a porta da frente. Eren pareceu entender a situação, pegando com carinho nas mãos de Kaya para guiá-la até um dos sofás confortáveis da varanda.

– Só nervosa com as eliminatórias do fim de semana.

– Isso é normal, está tudo bem ficar com medo, você está fazendo algo grande. – Eren explicou, levando uma das mãos até os cabelos loiros escorridos. – Você é muito corajosa de seguir seus sonhos, olha onde você chegou, isso é incrível, Kaya.

– Você acha? – Kaya sentiu seus olhos lacrimejando, ela não queria chorar, mas foi inevitável, a presença confortável de Eren pareceu derreter toda sua força de vontade. – Mas e se eu não conseguir?

– Mas e se você conseguir? – Kaya foi puxada para deitar no colo do tutor, descansando a cabeça nas coxas macias para receber um cafuné reconfortante. – Escute, Kaya, eu quero que você participe disso para se divertir, entendeu? Se isso está te deixando mais chateada do que feliz, então não vale a pena. Você é nova e terá muitas oportunidades.

– Você não ficaria decepcionado se eu desistisse? E o papai…

– Lógico que não, princesa, estamos orgulhosos de você, tanto eu quanto seu pai. Você tem que estar feliz com isso e se divertir acima de qualquer coisa.

Kaya moveu a cabeça, refletindo sobre as palavras que escutou. Não queria desistir, então teria que arrumar uma forma de deixar de sentir-se tão mal.

– Eu não quero desistir.

– Bom, então tenho certeza que você vai ser incrível como sempre. 

– Obrigada, Eren. – Agradeceu com os olhos úmidos e um sorriso mais leve no rosto. – Sabe, eu não me importaria se você fosse definitivamente da família.

Ela se virou para se divertir com a forma como Eren arregalou os olhos e corou com o comentário.

– Como assim?

– Você vai entender em breve. – Murmurou divertida. 

– Você está tentando ser misteriosa?

Kaya riu, cutucando a barriga do tutor, arrancando um riso dele também.

– Eu sou misteriosa, ok?

– Com toda certeza, é sim.

(...)

Hanji se ajeitou na cadeira desajeitadamente tentando disfarçar seu ânimo para os acontecimentos futuros. Levi havia lhe avisado antes do jantar que contaria às crianças sobre seu relacionamento com Eren, então ela decidiu que contaria também sobre a data de seu casamento, Moblit estava ao seu lado tranquilo como sempre enquanto ela própria sentia que teria um ataque cardíaco de ansiedade.

Coisas boas estavam acontecendo e Hanji não conseguia se sentir menos orgulhosa, Kaya estava seguindo seus sonhos, Levi estava mudando e se tornando, finalmente, um pai de verdade, além de ter achado alguém para ajudá-lo nisso, alguém incrível por quem as crianças eram apaixonadas, ela não podia estar mais do que segura de sua decisão, era hora de dedicar seu tempo para si mesma e seu noivo. Moblit merecia muito mimo por ter esperado tanto tempo.

Não disfarçou o olhar apaixonado para o noivo que mastigava um pedaço suculento de carne.

– Você consegue ser sexy até comendo. – Sussurrou no ouvido dele, que engasgou com os olhos arregalados, Hanji riu divertida.

– Hanji! – Moblit bebeu um pouco de vinho para desatolar a carne deglutida antes da hora em sua garganta. 

– Eu tô brincando, amor.

– Então. – Kaya falou, interrompendo sem perceber a conversa entre o casal. – Vocês vão explicar qual é o anúncio?

– E porquê o Eren está na mesa hoje? – Falco perguntou, parecendo mais curioso do que preocupado, Gabi suspirou e Eren corou envergonhado. – Nada contra, por mim ele comia aqui todos os dias, mas isso não é algo que aconteceu antes.

– Então você pensa, estou surpresa. – Gabi debochou do irmão, tentando inutilmente se distrair dos pensamentos negativos.

– Não falei com você. – Falco respondeu, mostrando a língua para a irmã em seguida.

Hanji riu das crianças, voltando sua atenção para um Levi quieto e estranhamente nervoso e um Eren envergonhado e encolhido. Ela achou esquisito que eles estivessem tão inseguros, era óbvio que as crianças adoravam Eren, talvez ficassem surpresos, mas chateados? Difícil.

– Então… – Hanji tentou dar uma força, sendo fulminada por seu irmão e ignorando. – Eu também tenho um anúncio, então anda logo com isso, Levi.

O Ackerman suspirou, olhando para Eren antes de voltar sua atenção para os filhos.

– Eu estou em um relacionamento sério. – Revelou, recebendo um barulho de surpresa vindo de Gabi, que arregalou os olhos e em seguida suspirou, aliviada.

– Namorando? – Zofia perguntou com a boca cheia, finalmente se pronunciando sobre todo o mistério. – Igual você e a mamãe?

Eren nitidamente travou na cadeira.

– Algo assim. – Hanji respondeu por Levi, recebendo um olhar animado da sobrinha.

– Que legal! – Zofia gritou animada. – Então teremos uma mamãe?

– Quem é essa mulher, pai? – Falco perguntou, parecendo genuinamente confuso, Gabi olhava de Eren para Levi com um brilho de reconhecimento nos olhos e Kaya apenas sorria.

– Ela é legal igual o Eren? – Udo perguntou, igualmente animado.

– Deixa o pai de vocês falar. – Hanji falou já roxa de tanto segurar suas risadas, ela queria rolar e gargalhar da cara de merda de Levi, mas se conteve.

 – Ela… – Levi sorriu divertido, um daqueles raros sorrisos com todos os dentes à mostra e Hanji não pode negar que era bom vê-lo assim. – Ela é Eren.

– O que?! – Moblit parecia tão surpreso quanto as crianças, visto que Hanji não contou a ele sobre os dois.

– O Eren? – Falco arregalou os olhos. – Pai, você é gay?

– Bissexual, Falco. – Gabi corrigiu, parecendo então mais relaxada. – Parabéns para vocês dois, estou feliz por ser você, Eren.

Eren agradeceu com as bochechas vermelhas, Levi ainda sorria para sua família.

– Eu já sabia. – Kaya falou tranquilamente, bebendo seu suco com deboche.

Nesse momento Hanji se permitiu rir exageradamente.

– Sério?

– Vocês nunca foram exatamente discretos. – Revelou a loira. – Como eu disse mais cedo, Eren, é bom ter você na família.

– Então Eren é nossa nova mamãe? – Os olhinhos de Udo brilharam enquanto ele falava.

– Não, ele será nosso padrasto e se ele quiser, nosso outro pai. – Kaya corrigiu, sorrindo brilhantemente para Eren, que piscou totalmente abalado com a informação, seus olhos brilharam de emoção e tanto Levi quanto Hanji perceberam a reação um tanto emocionada do Jaeger.

– O Eren não vai ser mais nosso tutor? – Zofia perguntou com o rosto torcido em choro iminente.

– Eu não vou a lugar algum, princesa, ainda estarei aqui cuidando de vocês todos os dias. – Não era segredo para ninguém que Zofia era o ponto fraco de Eren, que limpou rapidamente os próprios olhos, se recuperando do abalo anterior.

– Você promete? – Perguntou manhosa, esfregando os olhos não mais lacrimejantes.

– Eren vai sempre cuidar da gente. – Udo falou com a irmã. – Ele é como uma mamãe, lembra? Mamães não vão embora.

Zofia concordou com a cabeça, enquanto Falco ainda parecia entender a situação.

– Então pai… você e o Eren… – Falco não parecia chateado ou irritado com a informação, estava apenas confuso e surpreso. – Eu também estou feliz que seja o Eren, quer dizer, todo mundo que queria namorar o pai pensava mais no dinheiro do que nele.

– Falco. – Kaya arregalou os olhos pela falta de filtro do irmão, mas Levi não se importou.

– Obrigado por serem compreensíveis, vocês são crianças incríveis, estou orgulhoso de vocês. – Levi encarou cada um dos filhos com atenção. – Só preciso que mantenham essa informação em segredo, vocês sabem como a mídia age e eu e Eren precisamos entender como lidar com isso antes de expor nossa relação.

– Se você não roubar o Eren da gente, então tudo vai ficar bem. – Gabi respondeu, sorrindo agora mais tranquila para o pai.

– Agora é minha vez. – Hanji resolveu falar, aproveitando o momento leve e descontraído, sorriu na direção dos sobrinhos. – Como sabem estou noiva do Moblit a alguns anos já.

– Coitado. – Levi murmurou e foi prontamente ignorado.

– Eu queria dizer que vamos nos casar daqui a três meses, nossa casa já está pronta.

– O que?! – Kaya estava muito surpresa agora.

– A tia Hanji vai embora? – Zofia voltou a chorar, desconsolada.

– Parabéns para vocês dois, é um passo e tanto. – Eren parabenizou, feliz pelo casal.

– Infelizmente ela não vai para longe, então vocês ainda poderão ver sua tia quando quiserem. 

– Você é quem mais vai sentir minha falta, baixinho encapetado.

– É libertador saber que você não estará mais aqui, quatro olhos.

– Deixa o papai saber que está falando assim comigo.

– O vovô vai visitar a gente? – Udo perguntou animado.

–E existe algum meio de falar com o velho? Ele está em uma ilha no meio do nada, tenta a sorte.

Moblit observou a discussão com os olhos cansados, desviando sua atenção para Eren que parecia perdido na troca dos irmãos Ackermans.

– Bem vindo a família, Eren. 

(...)

– Eles estavam animados. – Eren falou enquanto saía do banheiro vestindo apenas uma calça de moletom antiga e confortável. Eles passaram boas horas conversando em família e tirando as dúvidas das crianças, depois do choque inicial todas elas pareciam hiper animadas com a novidade.

– Eu te disse, eles adoram você. 

– Sim, não esquece de depois explicar para eles com calma que eu ainda serei o tutor, você sabe, independente do nosso relacionamento continuarei sendo seu funcionário.

– Eu sei, eles estavam realmente preocupados em não ter você por aqui.

– Sim, mas eles devem saber que no horário de trabalho seremos apenas chefe e funcionário.

– Eu sou seu chefe e posso te dar uma folga de vez em quando.

– Não seja irresponsável, Ackerman.

– Você torna isso dificil. – Levi respondeu vestindo uma calça parecida, também sem camisa, seus olhos correram pelo quarto até parar em um envelope pardo na mesa de cabeceira, Eren havia buscado o objeto e deixado ali depois de pedir para que não mexesse. – Você não vai mesmo me falar o que é aquilo?

Levi nunca foi do tipo curioso, mas era como se uma outra parte dele tomasse conta de suas ações quando estava com Eren, quando se tratava do Jaeger Levi se via agindo como nunca agiu antes.

– Você vai poder olhar. – Eren começou e o Ackerman se esticou para pegar o envelope misterioso, mas seus braços foram agarrados por Eren, que puxou seu corpo para que se sentasse na cama novamente. – Mas só amanhã, certo? Agora quero fazer outra coisa.

Eren se ajoelhou entre suas pernas e Levi tombou o rosto, surpreso com a iniciativa e satisfeito pelo ângulo perfeito, ele sabia que só estava sendo manipulado para esquecer do maldito envelope, mas não e como se ele não gostasse desse tipo de persuasão.

– E o que você vai fazer, Eren? – Eren quase gemeu com a forma como seu nome foi pronunciado, era tão sujo e igualmente delicioso, Levi sabia como fazer suas entranhas se embolar com muito pouco.

– Quero que você faça uma coisa. – Eren respondeu, adotando uma postura pouco utilizada por ele.

– O que você quer, hum? – Havia expectativa na voz do Ackerman, depois de tantos dias dormindo juntos e se tocando, Eren sabia o quanto Levi gostava de conversa suja.  

– Fode a minha boca. – Pediu, semicerrando os olhos já nublados, o ambiente quente fervilhando o tesão que se implantava na barriga dos dois. – Acha que pode fazer isso, Ackerman?

Levi sorriu malicioso, por dentro estava orgulhoso e satisfeito, Eren finalmente estava se abrindo e ganhando confiança na cama, aos poucos ele tomava liberdade para pedir e fazer coisas que Levi sabia necessitar de uma grande força de vontade dele.

– Tem certeza disso? – Perguntou antes de se mover e fazer o que foi pedido, ele sabia o quanto podia ser selvagem, não queria machucar seu namorado.

– Eu confio em você. – Eren declarou, sorrindo quando Levi arregalou os olhos, as palavras carregando um peso e importância fortes demais para serem ignoradas.

– Um dia você ainda acaba comigo, sabia? – Levi declarou, escorregando as mãos até os cabelos castanhos com carinho. – Se você quiser parar, bate três vezes na minha coxa, entendeu?

Eren concordou com a cabeça.

– Bom menino, Eren, agora… – Puxou os fios entre seus dedos com força o suficiente para dobrar o pescoço de Eren, que já respirava fundo com o rosto corado. – Tire as minhas calças, a cueca também.

Foi obedecido sem hesitação, Levi gostou daquilo, ele gostava de como Eren se derretia em suas mãos e se transformava em alguém totalmente submisso quando estavam nesses momentos.

Seu pau meio duro pulou para fora do tecido que foi retirado e chutado para longe, Levi soltou o cabelo de Eren, deixando que inicialmente, ele fizesse o que quisesse. O Jaeger aproximou o rosto do pênis descansando no abdômen musculoso lentamente, esfregando seus lábios por toda a extensão até a virilha, onde passou seu nariz, aspirando o cheiro natural e másculo que saía dali, sua língua escapando da boca para experimentar o gosto daquela pele.

Levi admirou a ação, era tão fodidamente gostoso e íntimo, Eren agia com adoração ao seu corpo e isso atiçou seus sentimentos, os grandes olhos verdes brilhavam em uma falsa inocência erótica demais para seus nervos já sensíveis.

A língua do Jaeger não se demorou na virilha, escorregando até os testículos bem depilados, rodeando com delicadeza até voltar para a extensão agora totalmente dura, imponente com uma gota de pré cum escorrendo da ponta, esperando para ser abocanhado. Ela se arrastou pelas veias sobressalentes até a pele onde o piercing estava firmemente preso, a prata brilhando antes de sumir na boca de Eren que sugou a pequena jóia, arrancando um barulho rouco do peito de Levi que lhe deixou orgulhoso.

Cansado de enrolar, Eren abriu bem a boca antes de abocanhar o pênis endurecido, engolindo cada centímetro lentamente e relaxando sua garganta para que pudesse acomoda-lo, não havia reflexo de vômito ou tosse.

Levi viu sua intimidade sumir naquela boca pecaminosa, seus suspiros estavam pesados e seus olhos azuis nublados, quase cinzas, era demais ver Eren tomando-o inteiro sem nem mesmo hesitar, o maldito conseguiu engolir tudo sem dificuldade.

– Olha como você me toma bem, tão malditamente delicioso, Jaeger. – Murmurou já alterado, seu controle escorregando de seus dedos. – Você quer se afogar no meu pau, não é? 

Um barulho indecifrável vibrou na garganta de Eren, enviando ondas deliciosas para o pênis sensível em sua garganta. Devagar ele se afastou, sugando e explorando com a língua tudo que podia até restar apenas a cabeça, onde sugou com força para então voltar a engolir tudo novamente.

Levi esperou estar totalmente dentro da cavidade quente novamente para então se levantar, pegando Eren de surpresa, suas sobrancelhas se juntaram e sua boca abriu quando pegou os cabelos castanhos com força, empurrando ainda mais para dentro, fazendo com que o nariz de Eren estivesse em sua virilha.

– Você está bem? – Levi recebeu uma resposta imediata, um aceno de cabeça e um gemido que novamente atingiu seus nervos, sem mais paciência para lentidão, Levi puxou a cabeça de Eren para longe e sem dar tempo para que ele se recuperasse, estocou a boca deliciosa até o final, iniciando um ritmo rápido que lentamente estava lhe levando para a borda, juntamente com os gemidos descontrolados de Eren e as vibrações gostosas, tudo fomentando sua sensibilidade ao extremo.

Eren estava uma bagunça; O verde azulado lacrimejando, as bochechas coradas e a respiração falha, o rosto sendo pressionado pela virilha lisa, já ficando vermelho pelo contato repetitivo, Levi não estava dando pausa, ele se movia rápido em sua garganta, causando uma série de engasgos e barulhos que era erótico e sujo demais para parar.

Os gemidos roucos de Levi enviavam choques diretamente para a espinha de Eren, que se retorcia onde estava, sentindo o próprio pau endurecido formigar, a cada novo som seu corpo estremecia, a cada nova estocada forte em sua garganta fazia suas entranhas se retorcerem.

Levi se afastou apenas para que Eren respirasse, mas ele não parou, se inclinando para encontrar a boca do Jaeger, eles se beijaram com desespero, os lábios se esfregando sem cuidado e a língua de Levi provando do próprio gosto enquanto seus braços trabalharam em virar os dois para que Eren continuasse sentado no chão porém com as costas contra a cama, sua cabeça caindo para trás no colchão quando o pênis novamente foi empurrada até sua garganta, os quadris de Levi se movendo impiedosamente contra sua boca em uma mistura de saliva e pré gozo.

Com Eren prensado contra seu corpo e a cama, sem qualquer chance de escapar, Levi aumentou o ritmo, sentindo finalmente o orgasmo alcançar seu corpo, suas coxas tremeram e sua voz ricocheteou no cômodo inteiro, Eren gemeu tão alto quanto pôde em resposta, engolindo tudo que lhe era oferecido, aceitando com fervor a semente de seu amante.

Levi se afastou, olhando com orgulho a bagunça que deixou, admirando a face vermelha e afetada de Eren enquanto respirava fundo para se recuperar de seu orgasmo.

– Você está bem? – Perguntou se agachando para apoiar o outro corpo, não se incomodando quando Eren Praticamente se jogou em seu colo, acariciou a pele morena com carinho.

– Sim. – Ele estava rouco e parecia tão afetado quanto o Ackerman. – Preciso de um banho.

Levi abaixou o rosto a tempo de ver a vermelhidão adorável nas bochechas de Eren, descendo os olhos ele se surpreendeu ao vê-lo melado e sujo do próprio gozo.

– Então você gosta disso. É bom saber.

– Levi! – O tapa que Eren deu em seu braço nem mesmo ardeu. – Para de olhar.

Respeitando o constrangimento alheio, Levi não fez muito esforço em pegar o mais alto no colo, caminhando até o banheiro.

– Agora é minha vez de cuidar de você


Notas Finais


Levi sendo violento no Lemon é a perfeição, eu amo demais gente, desculpa.
Eles contando para as crianças 🥰🥰

Próximo capítulo tem muita emoção, tem Levi putasso, tem Ereno e Mikasa conversando, tem detalhes importantes para o futuro acontecendo e tem algo que alguns esperam muito. 🤧🤧

Eu estou aumentando a quantidade de palavras e consequentemente diminuindo a quantidade de capítulos, eu realmente não quero passar de 40. Vocês acham que está corrido?


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