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História O universo ABO ou Omegaverse explicado - Universo ABO explicado


Escrita por: OmahaSquadGirl

Notas do Autor


Oi, amantes da dinâmica alfa-beta-ômega!!!

Há um tempo atrás, eu busquei por algumas informações sobre esse universo que eram extremamente escassas ou superficiais, portanto, decidi fazer uma espécie de artigo explicando da melhor forma que pude no mmomento toda a dinâmica abo de acordo com tudo que já li e pesquisei, além de usar fundamentos biológicos que eu possuo para auxiliar na explicação e dar a leitores e principalmente escritores, uma base para ler e criar suas histórias dentro desse UA.

Apesar de ter me custado um bom tempo de pesquisa, leitura e escrita, tenho certeza de que nem tudo foi esclarecido ainda, logo espero que vocês possam me auxiliar deixando comentários com o que acharam da explicação bem como de outras dúvidas para que eu possa pesquisar e acrescentar aqui.

Capítulo 1 - Universo ABO explicado


O Universo ABO ou Omegaverse explicado

A busca por coerência, entendimento e compreensão desse universo alternativo da ficção

 

1. O contexto do UA omegaverse.

Após a quase extinção da espécie humana, os cientistas por meio da engenharia genética obtiveram sucesso na hibridação do genoma humano com a utilização de DNA lupino. O resultado foram seres mais resistentes, com instintos mais apurados e maior fertilidade, ocasionando também a mudança de certas características físicas. A população então passa a ser classificada como alfas, ômegas e betas.

 

2. As classes da nova espécie.

A priori, deve-se entender que os personagens com maior destaque nesse universo são alfas e ômegas. Resumidamente, alfas são os com maior aptidão física e maior dominância sobre os demais, enquanto os ômegas são considerados mais frágeis e de maior submissão, ambas as classes sendo muito mais propensas aos instintos, principalmente os afetivos e sexuais. Os betas por sua vez são considerados mais racionais, uma vez que não se entregam com facilidade aos instintos, estão em posição mediana no quesito força e dominância ou submissão.

Muitos descrevem a população como maioria beta, seguida por alfas e sendo ômegas mais raros, numa proporção de em média 6:3:1 ou 7:2:1, respectivamente. No entanto, dadas as próprias aparições das classes nas narrativas, chega-se à conclusão de que na verdade há uma maior quantidade de alfas e ômegas, sendo betas os menos encontrados, formando uma proporção média de 4:4:2.

 

2.1. As classificações explicadas em genética básica

Antes de prosseguir para as características de cada classe, é necessário também compreender como um indivíduo é classificado por meio de uma análise mais científica, utilizando da genética básica que também faz parte da grade curricular de biologia do ensino médio, assim será explicado da forma mais simples possível.

O primeiro passo é ter conhecimento do que é um alelo: segmento homólogo de dna, ou seja, alternativas que apresentam diferentes características para um mesmo gene, neste caso os alelos alfa e ômega são alternativas para o modo como o gene lupino irá se caracterizar no indivíduo híbrido.

Ademais, precisa-se entender também a epistasia: interação entre genes não alélicos, na qual um desses genes pode suprimir a expressão do outro, um dos genes representa qual a classe (alfa ou ômega), enquanto outro gene (beta) determina se haverá ou não expressão dessa classe (se esse gene suprimir a expressão, haverá um indivíduo beta, se não suprimir, o outro par de alelos poderá manifestar as características de um alfa ou de um ômega de acordo com o resultado de sua combinação).

E por fim, entende-se também o conceito de dominância completa, quando um gene suprime completamente qualquer manifestação de característica do outro gene, e de dominância incompleta, quando as características não são perfeitamente suprimidas, de modo que o indivíduo apresente um caráter intermediário. Isso posto, deve-se informar que o gene beta é de dominância incompleta, portanto nos indivíduos dessa classe o gene lupino se manifesta, porém não da mesma maneira e na mesma intensidade que ocorre nos indivíduos classificados como ômegas ou alfas.

Dados os conceitos básicos, já é possível partir para as possíveis combinações de genes e alelos que irão formar a variabilidade genética das classes de híbridos e suas subclasses. Subclasses? Sim, isso mesmo. Apesar de não ser falado sobre isso existe uma variedade mais extensa do que três maneiras de manifestar o gene lupino, no entanto elas são agrupadas nas três classes já conhecidas.

A fim de que isso seja compreendido, usei o Quadro de Punett para demonstrar quais os genótipos possíveis nesse universo. Antes de listar as possíveis combinações de genes e alelos deve-se saber que o gene representado pela letra A representa o gene lupino, sendo o “A” maiúsculo o alelo alfa e “a” minúsculo o alelo ômega, enquanto o gene beta é representado por B, sendo “B” dominante, quando o gene beta é capaz de suprimir o gene lupino, e “b” recessivo, quando o gene beta não se manifesta. O underline “_” após um alelo dominante A ou B representa que não importa se o segundo alelo do par será ou não dominante, uma vez que é necessário apenas um alelo dominante para que essa característica se manifeste.

São cinco os genótipos possíveis, e eles são:

bbAA – Alfa puro

bbAa – Alfa comum

bbaa – Ômega

B_A_ – Beta com gene alfa

B_aa – Beta com gene ômega

 

2.1.1. A classe alfa e suas subclasses

Os alfas (bbA_) são descritos como indivíduos dominantes, dentro de um enorme estereótipo másculo, alto, forte, com instintos extremamente aflorados e pouco controle sobre suas emoções, sendo inclusive mais propenso ao uso da força quando estão irritados ou querem proteger seus parceiros. Obviamente, essa descrição tem pequenas alternâncias, aos poucos surgindo nas narrativas personalidades mais brandas ou mais variadas.

Eles, em resumo, são os que possuem o comportamento que mais se assemelham ao selvagem, podendo inclusive rosnar em determinadas situações. Possuem um grande poder de persuasão normalmente representado pela “voz de alfa”, que quando usada tornaria indivíduos das classes beta ou ômega muito mais propensos a seguir o que dizem.

No que diz respeito às subclasses, é algo muito simples, o alfa puro também conhecido como alfa lúpus, é maior e mais forte do que os alfas comuns, podendo ser também mais violentos, isso porque o gene lupino além de se manifestar plenamente possui dois alelos dominantes.

Alfas possuem a mordida, ou seja, são eles que marcam outro indivíduo, formando uma forte ligação entre si e o parceiro. Eles também possuem o nó, que combinado a sua capacidade de expelir uma grande quantidade de esperma (que pode chegar a atingir 20 miligramas) tornam sua taxa de fertilização extremamente alta, podendo engravidar ômegas ou betas.

 

2.1.2. A classe ômega

Os ômegas (bbaa) a primeiro momento são vistos como os mais frágeis, os mais dóceis, os mais submissos e essa característica é muito explorada em algumas narrativas que querem explorar o preconceito contra a classe, onde a sociedade os reprime e subjuga como uma classe inferior que deve respeito e obediência as outras, principalmente aos alfas.

No entanto, em muitas variações narrativas, essa delicadeza é algo mais físico e não necessariamente de sua personalidade, como a princípio era retratado. Dentro do preconceito tecido em muitas escritas desse universo, casar e procriar é vista como a única utilidade dos ômegas, o que é basicamente uma ideia idiota e quem pensa desta maneira talvez precise de uma bela surra. Atualmente, as personalidades dos ômegas, bem como as dos alfas, vêm sendo escritas de maneira mais variada, e muitos começam a ocupar diferentes áreas da sociedade.

Os ômegas possuem uma lubrificação natural e abundante, que possui feromônios para atrair e excitar os alfas. Tanto ômegas fêmeas quanto machos podem engravidar, e sua taxa de fertilidade é altíssima, no caso dos ômegas machos eles dificilmente podem fecundar alguém, uma vez que expelem apenas dois miligramas de esperma.

 

2.1.2.b. A gestação e o parto de ômegas machos

      O primeiro conhecimento necessário é que existem dois canais, um faz parte do sistema digestório, e outro do sistema reprodutor, havendo um sistema similar ao que acontece entre laringe, esôfago e epiglote. Explicando de uma forma melhor, normalmente o ânus dá acesso ao reto, no entanto, durante uma relação sexual, os hormônios e feromônios liberados pelo ômega e pelo alfa sinalizam o cérebro sobre o ato e há um reposicionamento para que o acesso seja ao canal reprodutor.

A gravidez de um ômega baixo não possui nada de anormal em relação às das fêmeas, as chances de ocorrer complicações ou de ter uma gestação tranquila são as mesmas. Além disso, o parto também pode ser normal, uma vez que eles podem dilatar o suficiente para a passagem do bebê. A lactação pode ocorrer em ômegas machos, mas não é uma regra, portanto não ocorre em todos.

      

2.1.3. A classe beta e suas subclasses

       Os betas nesse universo são os mais próximos dos seres humanos atuais, com as menores alterações físicas, os que mais possuem autocontrole e se rendem menos aos instintos, e por essas razões são em várias narrativas os considerados mais inteligentes. São, em resumo, os considerados comuns e até mesmo pilares da sociedade.

Biologicamente, betas possuem o gene necessário para serem alfas ou ômegas, no entanto seu gene beta tem ao menos um alelo dominante, que se sobrepõe ao gene lupino e o impede de se manifestar plenamente, por essa razão, são os mais próximos dos humanos. Eles não possuem cios e nem mordida, e por não satisfazer plenamente um cio alfa ou ômega, costumam acabar se relacionando entre si, mas podem se envolver com as outras classes.

Eles podem expelir de 4 (aa) a 8 (Aa ou AA) miligramas de esperma, a depender de seu gene lupino, e são capazes de fecundar as betas fêmeas e ômegas fêmeas ou machos. Normalmente, é creditado de que os betas machos não podem engravidar, mas na realidade, os betas que possuem gene lupino ômega têm a capacidade de gerar um bebê, mas sua taxa de fertilidade é extremamente baixa, e os casos são raros, e será necessário um subtópico apenas para explicar como funciona, uma vez que quase não se fala sobre isso e muitas coisas precisam ser esclarecidas.

 

2.1.3.b. Os betas com gene ômega (B_aa)

Os betas macho aa possuem órgãos reprodutores internos semelhantes aos de um ômega, mas não tão desenvolvidos, e a lubrificação é escassa, apenas para fazer a limpeza do canal, para maior conforto numa relação sexual com um alfa usa-se lubrificante. A maioria dos betas passa a vida inteira sem saber que podem gerar um bebê, uma vez que normalmente apenas exames clínicos podem determinar o gene do beta. Eles são pouco férteis, uma vez que seus hipotálamos não excretam o Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH) que são os mensageiros químicos que iniciam o processo de ovulação.

Ao se relacionar com um alfa, os feromônios do parceiro podem estimular o hipotálamo do beta a produzir o hormônio inicial, mas ainda assim sua fertilidade pode ser muito baixa. Se o casal deseja ter um bebê, o melhor a ser feito é buscar orientação médica para um tratamento que induza a ovulação. As maiores probabilidades de sucesso na fecundação são durante o rut do alfa, uma vez que a taxa de fertilização do mesmo aumenta durante o período.

As complicações podem não acabar aí. A gravidez de um beta macho é delicada e perigosa, por ser de alto risco, podendo haver aborto espontâneo a qualquer momento da gestação, precisa de um acompanhamento médico especial, alimentação balanceada e podem ser necessários suplementos de vitaminas, hormônios, etc.

O parto mais indicado é a cesariana, mesmo em casos de nascimento prematuro muito recorrentes nessa situação, para que reduzam aos máximos os riscos de óbito do pai ou do bebê em razão de complicações. Os betas machos não produzem leite, é preciso de acesso ao banco de leite de um hospital próximo. Recomenda-se bastante cuidado nos primeiros dias da criança, mas uma vez que se confirma a saúde do bebê, as preocupações se tornam apenas as de pais comuns.

 

3. Noções básicas do omegaverse

3.1. Cios (rut e heat)

       O cio é o período mais fértil do ciclo de um ômega ou de um alfa, sua duração varia de um dia a uma semana, e costuma ser um período de tensão, libido altíssima e pouco autocontrole. O cio alfa é chamado de rut e costuma ser retratado como violento, durando de um dia em alfas comuns a três dias em alfas puros. O cio ômega conhecido como heat costuma ser doloroso, os indivíduos ficam mais submissos, carentes, e expelem lubrificante em excesso, pode durar por cerca de 5 dias. Em ambos os casos, liberam feromônios para atrair os parceiros, sendo a combinação alfa-ômega a considerada perfeita, portanto apenas um satisfaz plenamente o cio rut ou heat do outro. Além disso, é comum ouvir falar de remédios que dopam o indivíduo que irá passar o cio sozinho.

 

3.2. Atar (o nó)

       Durante o seu rut, ou durante o heat de um ômega, o indivíduo alfa é capaz de se atar ao parceiro durante a ejaculação, formando o nó. Consiste, em alfas fêmeas, sua vagina prender o parceiro ou a parceira a si, enquanto nos alfas machos, a glande incha. Dessa maneira, ficam atados por um pequeno período de tempo aos parceiros, aumentando as chances de uma gravidez. Em um ômega, o nó de um alfa é a única coisa que pode saciar seu heat e lhe dar algum alívio sendo, portanto prazeroso, já para um beta, receber o nó de um alfa é um pouco doloroso, mas suportável, e em outro indivíduo alfa, é bem doloroso porque seus corpos se opõem ao nó com alguém da mesma classe.

 

3.3. Cheiro

Um elemento presente no universo abo é também o cheiro, pelo qual se pode reconhecer a que classe um indivíduo pertence. Normalmente, o cheiro dos alfas é mais amadeirado e dos ômegas mais adocicado, ambos cheiros fortes, enquanto o dos betas é bem suave e quase imperceptível. Além de saber a que classe o indivíduo pertence, o cheiro funciona quase como uma impressão digital, sendo característico de cada um e permitindo que os outros identifiquem a quem pertence. Também Existem remédios chamados supressores que disfarçam a qual classe o indivíduo pertence, mas os supressores tomados por um longo período de tempo podem ter efeitos colaterais, não sendo recomendado.

Em algumas narrativas¹ é retratada a presença alfa e o aroma ômega, ao invés do cheiro, sendo algo quase palpável que pode inclusive ser uma forma de atrair, persuadir ou intimidar, havendo até certas disputas por território, poder ou uma decisão por meio disso, quanto mais forte a presença ou aroma, mais forte o indivíduo que o possui.

¹ A primeira vez que li essa maneira de narrar foi na trilogia Doce Veneno Doce de Alice Alamo.

 

3.4. Marca, Ligação ou Elo

A marca ocorre apenas entre um alfa e um ômega, considerados o par perfeito nesse universo, é a máxima ligação entre dois indivíduos, praticamente inquebrável a não ser que um dos parceiros morra, o que causa extrema dor ao outro. Existem métodos de remoção de uma marca, mas são longos, ritualísticos e demorados, nem sempre o ômega resiste a quebrar a ligação. Também é vista como um elo entre as almas dos dois, em diversas narrativas permitindo inclusive que sintam o parceiro, sabendo quando, por exemplo, ele está feliz, triste, em perigo ou no cio, em outras é possível até emsmo compartilhar suas forças, ou seja, se um deles for ferido, o outro divide sua força com o mesmo para acelerar o processo de regeneração.

Para que crie a ligação, a marca deve ser feita com os dois sexualmente conectados, ou seja, o indivíduo alfa deve morder o indivíduo ômega durante ou logo após uma relação sexual, enquanto ainda estão conectados, dessa forma o elo é formado. Em algumas narrativas apenas a mordida alfa em um ômega é suficiente para estabelecer a ligação entre eles, não sedo necessário o ato sexual.

Esse elo pode inclusive ser visto como um ponto fraco, uma vez que algum inimigo pode utilizar disso para torturar os parceiros, forçando-os a dizer ou fazer algo para proteger o outro, ou até mesmo para atrair um deles para onde o outro é levado.

Em algumas narrativas também existe uma espécie de colar que só pode ser retirado pelo ômega por sua livre e espontânea vontade, o protegendo de ser marcado a força, mas não é tão recorrente.

Os betas não podem marcar e nem ser marcados, entretanto eles podem recorrer a uma marca temporária, que consiste em morder ou ser mordido pelo parceiro, sendo essa uma mordida comum. Não cria um elo como a mordida de um alfa em um ômega, mas deixa uma impressão de seu cheiro enquanto não cicatriza completamente, demonstrando que o indivíduo tem um parceiro.

 

4. Dúvidas

Busquei falar não apenas do que sempre é explicado nos artigos sobre o omegaverse que têm por aí com um embasamento mais científico para aproximar mais de algo possível, mas também explicar com detalhes sobre o que não se fala muito, a exemplo dos betas que são muito esquecidos tanto nas narrativas quanto nas explicações sobre este universo alternativo.

Para o caso desse texto não ter sanado todas as suas dúvidas, não hesite em deixar comentários com sua dúvida e possivelmente irei alterar o texto para incluir uma explicação para a mesma. Logo, deve-se estar ciente de que o texto está sujeito a alterações e adições no futuro.


Notas Finais


Não irei postar apenas nessa plataforma, mas tentarei colocar o link de uma nas notas da outra para que vocês saibam que fui eu. Essa é a primeira postagem, portanto, a original.

Outras plataformas:
https://www.wattpad.com/story/185092932-o-universo-abo-ou-omegaverse-explicado


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