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História O vale da lua - Sexto capítulo


Escrita por: allez

Capítulo 6 - Sexto capítulo


Veio caminhando em minha direção e ficou em pé me encarando, começou a puxar assunto — O que você está fazendo aqui garoto? — Tomando um sol, não tá vendo? — Disse ainda com os olhos fechados. — Nossa, mas quando você ficou tão mal educado? — Soltou um riso e se deitou ao meu lado. 


Permaneci quieto e continuei com os olhos fechados enquanto sentia o sol esquentar minha pele.


— O que é isso? — Robin perguntou encostando em meu colar. — É um colar que minha mãe deixou comigo antes de falecer, é muito especial para mim. — Dei um tapinha na mão dele para largar. — É muito bonito, sua mãe tinha bom gosto. — Eu sei, puxei o bom gosto dela. — Falei convencido. — Acho que a única coisa que ela não deixou para você foi a educação, né? 


Abri meus olhos, me levantei e o encarei. — Eu tenho educação, mas eu não uso com babacas como você e outra, você tá falando o que? Você é mais mal educado e boca suja do que eu! — Falei indo em direção a porta e na hora que fui puxar a mesma estava trancada e os guardas não estavam mais lá.


— Cadê os guardas? E por que a porta tá trancada? — Perguntei me virando e encarando Robin que já estava de pé. — Relaxa, eu mandei eles darem uma voltinha e trancarem a porta, assim teríamos mais privacidade. — Sorriu.


Revirei meus olhos e fui para o último corredor de livros ver se achava alguma coisa para me distrair e Robin me seguiu. Enquanto procurava um livro acabei achando mais um sobre romance, mas estava na primeira prateleira lá em cima e já que eu não alcançava me levantei nas pontas dos pés e quando estava quase alcançando o livro, Robin veio por trás e o pegou.


— Eu estava quase pegando! — Me virei e fiquei frente a frente com ele. 


— Bom, mas eu peguei antes, quero um agradecimento. — fez biquinho e ficou me olhando.  


— Eu não pedi pra você pegar, vai ficar querendo, agora me dá o livro e para de palhaçada. — Tentei pegar o livro, mas Robin esticou o braço e eu não conseguia. Maldito homem de 1,85. — Eu sei que você não pediu, mas como sou um cavalheiro fiz mesmo assim, só entrego quando eu receber meu agradecimento Luizinho.  — Você parece uma criança, sabia? 


Ele não respondeu e continuou a fazer biquinho, não tinha jeito então lhe dei um selinho rápido. — Tá satisfeito? Me dá o livro agora.


— Só um selinho? Não é um agradecimento digno para um príncipe. 


— Você está mais para um sapo, deixa de ser retardado e me dá o livro, eu só quero ler Robin! 


Antes que eu pudesse continuar com as ofensas, ele me calou com um beijo calmo, segurou minhas mãos para evitar que eu lhe batesse, ele está ficando rápido.  — Isso sim é um agradecimento, entendeu? — Terminou o beijo e me entregou o livro. Me sentei no chão novamente e comecei a ler a sinopse do livro enquanto Robin me observava. 


— Que cicatrizes eram aquelas no seu corpo? — Sentou-se ao meu lado.


— Você não consegue ficar 1 minuto em silêncio não? É uma longa história... 


— Estou o dia todo livre, pode começar. 


— Desde pequeno eu nunca me senti muito atraído por meninas, entende? Como meu pai era totalmente homofóbico eu escondia dele ao máximo e tudo estava indo bem até o dia em que o menino que eu gostava pedir para ficar comigo e eu obviamente aceitei, fui para casa tomei um banho e saí, mas por algum motivo meu pai me seguiu aquele dia... Quando cheguei ao local e o garoto me beijou meu pai apareceu e me pegou pelos braços, me arrastou até em casa e me bateu com o chicote até cansar, deixou minha pele em carne viva — Não consegui segurar e deixei algumas lágrimas caírem.


— Seu pai te machucou desse jeito por causa da sua sexualidade? A sorte dele é que está morto se não eu caçava ele e faria sofrer o dobro, desculpa te fazer lembrar disso. — Secou algumas lágrimas do meu rosto.  — Tudo bem...


Ficamos jogando mais um pouco de conversa fora e não percebi o tempo passar, quando anoiteceu que percebi que havíamos passado praticamente o dia todo falando sobre besteiras. Foi um dia bom.


Descobri mais coisas sobre ele e ele até que é um cara legal... Mas ainda vou ter minha vingança por ele ter zoado comigo. 


Nos levantamos e fomos até a porta. — E agora, como vai chamar os guardas? — Perguntei cruzando os braços — Não precisa, eu tenho a chave. — Destrancou e abriu a porta. 


— Eu não acredito que você mentiu dizendo que os guardas que tinham trancado a porta, seu falso! — Mas eu não menti, eles realmente trancaram a porta, eu só não disse que tinha a chave — Deu um sorrisinho de canto.


— VOCÊ ESTÁ MORTO! — Disse me aproximando e logo ele começou a correr e eu fui atrás, ele foi direto para o andar de cima em direção ao seu quarto e trancou a porta — sai daí seu covarde. — Bati na porta várias vezes. — Eu não sou louco de abrir, vai que você me mata mesmo? Hahaha. — Tudo bem, eu vou me vingar de você, me aguarde! — Saí de lá e fui em direção para o meu quarto, me deitei na cama pra recuperar o fôlego, fiquei deitado por alguns minutos e depois fui tomar um banho. 


Enquanto tomava banho acabei me lembrando do meu tio. — Será que ele está me procurando? Acho que eu deveria avisar a ele de alguma forma. 


Terminei meu banho e coloquei uma roupa confortável, me deitei e logo adormeci...


Enquanto alguns tinham um sono profundo no castelo, o rei estava em seus aposentos Escrevendo uma carta ao seu antigo "amigo"


"Querido Benjamim, venho por meio dessa carta lhe informar que seu sobrinho Luiz, está bem e será solto se você vier ao meu castelo para que possamos nos reencontrar e fazer um acordo sobre suas terras que eu estou interessado a muito tempo...

— Rei couer"


O rei a colocou em um envelope e a selou com seu anel, fazendo assim com que benjamin reconhecesse de quem era a carta, o rei chamou um de seus guardas e o mandou entregar a carta pessoalmente, agora esperava ansioso uma resposta.


Continua...




Notas Finais


Espero que tenham gostado :)


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