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História O Veela Supremo - Capítulo 49 parte dois


Escrita por: Ludmila1994

Capítulo 50 - Capítulo 49 parte dois


Fanfic / Fanfiction O Veela Supremo - Capítulo 49 parte dois

Draco não conseguia decidir o que fazer. Os ver avançando dois passos fez com que algo acendesse dentro dele e algo aquecesse suas costas. Um rosnado animalesco saiu do mais profundo de sua garganta, seus dentes rangendo um contra o outro. Seus olhos cintilavam como prata derretida.

Os grandes soldados travaram no lugar, curvando rapidamente suas cabeças. Suas mãos trêmulas. Malfoy havia abrindo mão completamente do controle, se uniu voluntariamente com seu lado Veela. O local da marca negra queimou, não algo incômodo, contudo, ainda lhe trazia lembranças horríveis.

Luanna sorriu como se já esperasse essa submissão abominável diante daquele poder. Um Veela sempre seria um Veela, e até mesmo os bruxos sentiam a onda mágica com sede assassina correndo até eles.

Hermione sentia os efeitos de seu lado Veela ter assumido, sua mente confusa quase não conseguia processar o que teria feito, como se um véu de fumaça cobrisse tais memórias.

Em apenas um movimento gracioso Luanna exibiu seus brincos e ao tocá-los com carinho algo sombrio cobriu os soldados que puderam respirar tranquilos.

— Vão.

Uma ordem direta.

Draco deixou a magia correr por seus ossos até a ponta de seus dedos erguendo uma barreira. Sua cabeça só pensava em como a tirar dali.

— Me deixa ajudar — pediu Hermione.

— Não.

— Eu posso ajudar...

— Se tivesse seus poderes e conseguisse se proteger de algo assim — Engoliu em seco.

— Algo assim como? — Franziu a sobrancelha.

— Se você acha que Lord Voldemort usava magia negra, é porque não sentiu o que exala dessa mulher.

Hermione notou algo se remexer por debaixo do tecido duro.

— Me mostre quem é o Rei dos Veelas — Bradou abrindo os braços.

Malfoy se curvou soltando um gemido.

— Draco!

— Isso mesmo... continue focado em protegê-la.

A mulher sabia. Sabia que para qualquer Veela ter uma parceira impotente no campo de batalha o fazia ficar mais vulnerável que qualquer outra coisa. Um sorriso de orelha a orelha esticou-se por seus lábios ao ver Malfoy agarrar o próprio antebraço com uma clara expressão de dor. Aquela era a oportunidade que tanto esperava.

Deixou a escuridão fria e pegajosa, como lodo, ondular por seu sangue e como um raivo forte e negro atingir a barreira que em um piscar de olhos se transformou em pó. Hermione deixou que aquela magia ancestral, antiga e misteriosa tecer suas veias, envolvendo cada célula e em um piscar de olhos raízes grossas se projetaram contendo todo ataque, absorvendo a essência e rapidamente morrendo. Ali ela pode entender o que ele havia dito, Voldemort não chega nem perto daquela escuridão.

Sua raiva, ódio e desprezo amplificados pela dor de perder a amada no lugar de um trouxa foi o que levou-o a tomar cada vez mais atitudes drásticas. Sua dor procurou vingança e sua ambição o poder. Um modo de fazer aqueles que fizeram mal a sua mulher e filhos pagassem, mas ela... Não havia nada nela. Nem um mínimo resquício de humanidade.

— Eu vou ajudar mesmo que seu rabo não queira — disse entre dentes encarando o homem de feições dolorosas. — Você não está bem, precisamos nos ajudar. Juntos?!

Acenou, ainda segurava seu antebraço.

— Nobre rainha, não é que ele precise de ajuda. Ele teria capacidade de acabar com essa luta se não fosse por seus instintos serem totalmente virados para protegê-la — Sorriu cinicamente.

Uma fumaça preta cruzou o céu parando entre eles e apareceu as pessoas que ambos menos esperavam que os socorre-se. Pessoas que a muito tempo se retiraram praticamente da comunidade para viverem suas vidas.

Tom Riddle e Lyssa Ravenclaw Riddle estavam parados na grama, com suas varinhas em mãos. A marca negra de Draco parou de doer, quase o fazendo ceder ao alívio tomado por seu corpo, sendo impedido de encontrar-se a grama pelos braços de sua companheira.

— Muito inteligente fazer uma barreira para que ninguém saia, porém, muita burrice não imaginar também proibir a entrada — disse Lyssa cheia de com um sorriso puramente maldoso.

Tom Riddle exibiu algo parecido com um sorriso. Seus olhos negros cheios de maldade continuavam iguais, tão frigidos quanto o próprio inverno. Luanna trincou o maxilar e sem pensar duas vezes começou a atacar. Tudo o que queria era eliminar a magia negra presente. Porém, com uma maestria e elegância o antigo Lord Voldemort sacou a varinha e parou seu ataque, como se fosse uma mera poeira no ar.

— Acabem com eles!! — bradou raivosa.

Sem pensar duas vezes, Lyssa foi para perto do casal. Draco e ela trocaram olhares, afastou-se de Hermione deixando-a com a herdeira da Corvinal, a mesma tentou protestar, contudo, a mais velha a segurou firmemente.

— Você realmente está se perdendo dentro de si mesma... — sussurrou observando a garota de cachos raivosos. Lyssa não conseguia ver a onde aquela mesma garota que enfrentou Lord Voldemar — como a mesma chamava — podia estar ali.

Para ela, aquela garota em seus braços era alguém passivo demais.

Sem pensar duas vezes, Malfoy se juntou a seu antigo "mestre". Um aceno foi o bastante para que começassem a atacar e proteger juntos. Luzes vermelhas, verdes, amarelas e púrpura faiscavam para todo lado. Um poder antigo parecia retumbar no âmago dele, pedindo, quase implorando para ser liberto.

Cada vez mais e mais soldados caíam, mortos. Ali, pela primeira vez, Draco não sentiu remorso ao tirar uma vida.

— Seus bando de inúteis!!! — Levou o dedo ao céu. Uma grande nuvem negra se apoderou, tampando completamente a lua, raios roxos serpenteavam pelo céu, um após o outro ganhando mais potência e alcance.

— Cuida disso — Riddle se colocou em sua frente, decidido a lidar com todos os ataques restantes sozinho. Hora se defendendo outra atacando. O verde começou a se tornar ainda mais presente no show de luzes trocados entre feitiços.

Lyssa mordeu os lábios franzindo as sobrancelhas observando seu marido.

Granger começou a se remexer, protestando ao sentir um poder antigo retumbar no ar, deixando-o mais pesado. Sentir aquilo deslizando por sua pele, quase como cosquinhas, atingiu como um raio. A lembrança correu sua mente, gritou angustiada, pedindo para que ele para-se.

Mesmo que seu coração cantasse cheio de dor, sua alma, seu corpo e seu instinto fariam qualquer coisa contanto que ela ficasse segura. Sua língua correu por seus lábios sentindo o sabor de limão e leite. O sabor trouxe memórias antigas dos dois tomando chá de limão com leite, deixou que aquela sensação fluísse por seu corpo e fosse em direção a nuvem de raios. O nevoeiro negro entrou em choque contra sua magia, os raios roxos começaram a ganhar uma tonalidade amarelo-esverdeado.

— PARA COM ISSO — Seus ossos começaram a doer. Quase como se estivesse se partindo no meio. Uma linha fina vermelha escorreu por seu nariz. Um passo para trás fora o suficiente para tornar seu corpo tão pesado quanto um chumbo, braços a acolheu e então ela sentiu um puxão no umbigo.

Uma chuva de raios cruzou o céu e chocou-se contra a terra tonando pó qualquer coisa que estivesse viva. O casal Riddle tiveram que se juntar ao criar a barreira para aguentar o choque do ataque.

— Merda — reclamou ao apoiar o corpo de Malfoy contra o seu.

Observou a marca negra vermelha e as veias em volta parecendo estarem manchadas de tinta preta. Como se seu sangue naquela região fosse negro.

— Por que vieram? — Sua voz saiu rouca.

— Seu medo, desespero e terror passaram como gritos pela marca até mim e bom, Lys não quis ignorar. — Observou as duas mulheres se aproximar. Ajudou seu antigo servo a ficar reto.

— Nunca mais — Deu-lhe um tapa no ombro. — Ouse querer lidar com tudo sozinho, ouviu bem, Tom?

— Sim, senhora.

— Não revire os olhos — E mais um tapa.

Os dois jovens observavam a cena desenrolar com certo espanto.

— Preciso ir para casa. Tenho que perguntar a minha mãe sobre... — Sua boca ficou amarga.

— Tudo bem — deu-lhe um sorriso. — Vamos juntos.

— Antes de irem, gostaria de lhe dizer uma coisa, Srt. Granger — disse Lyssa rapidamente evitando que Malfoy pudesse protestar.

— Claro.

Lyssa aproximou-se e após as duas se afastarem um pouco sussurrou em seu ouvido:

— Você está se perdendo. Sua passividade é característica do seu lado, Veela, está sendo engolida por ele, completamente. Se continuar assim, seu eu humano — segurou firme seus ombros a impedindo de se afastar. — Ira sumir completamente. Seu lado forte e teimoso vem dele, não do seu eu Veela. Não pergunte como sei disso. Malfoy consegue manter os dois lados por nunca ter convivido com ele e estiveram completamente separados.

Afastou-se observando os olhos castanhos brilharem. Um sorriso leve igual ao carinho que iniciou em sua bochecha tomou seus lábios.

— Apesar de não ter sido separada do seu lado Veela, nunca soube de sua existência. Enquanto não aceitar sua outra metade, estará fadada a ser consumida pelo lado mais forte. Cuidado com o que sente.

Ao final de sua frase deu-lhe um beijo em sua testa e voltou para o lado de seu marido. Após uma promessa de que logo se veriam, foram.

Draco se aproximou.

— Tudo bem?

— Sim — Virou-se para ele. — Mais do que nunca.

Um arrepio se alastrou por sua coluna, os olhos avelãs pareciam consumir sua alma, com uma determinação queimando igual ao fogo eterno.

— Vamos? — Hermione encaixou o braço no seu.

Pode apenas acenar, ainda sentindo seu sangue quente antes do puxão no umbigo o levasse. Em um piscar de olhos se viram diante da sala da mansão Malfoy, fazendo com que Narcisa saltasse na poltrona onde leia um livro.

— Por Maria! — Colocou a mão no peito.

— Meu pai te traiu? — Jogou as palavras para fora, um gosto amargo preenchia sua boca.

— O quê?

— Diga logo! Meu pai traiu você? — Hermione o impediu de avançar.

— Quem te disse isso?

— Então é verdade...

O mundo a sua volta parecia desmoronar. Suas crenças, verdades, conhecimento nada parecia ser verdade. Até mesmo sua existência parecia ser uma mentira contada por alguém bêbado jogado na esquina. Tudo o que viveu em sua infância, ou imaginou, pensou e idealizou caiu por terra naquele instante. O tom na voz de sua mãe já havia lhe dito mais do que se deveria sobre o quanto aquilo era verdade.



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