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História O Vizinho Da Casa Ao Lado - Jeon Jungkook - Chapter Twenty


Escrita por: myjooles

Notas do Autor


Oi, tudo bem?

Me desculpem pela demora. Como eu disse no grupo, eu estava ocupada esses dias, por isso ocorreu essa demora.

O capítulo será longo!

Boa Leitura!

Capítulo 20 - Chapter Twenty


Fanfic / Fanfiction O Vizinho Da Casa Ao Lado - Jeon Jungkook - Chapter Twenty

• Quatro Palavras 

O agente Park parou o carro em frente da minha casa e eu me despedi, antes que saísse do seu carro. Eu fechei a porta com cuidado, para não parecer rude e acenei, antes que ele se afastasse. Assim que eu me virei, me assustei levemente por Jungkook estar logo atrás de mim. 

— Ah, é você. – Falei sem ânimo.

— Sim, sou eu. O que você tem? Está cabisbaixa. 

— Nada. É apenas cansaço. – Abri um sorriso pequeno.

— Certo. Então, quem era aquele? – A olhei confusa. – O que deixou você aqui.

— Ah… Era o agente Park. Ele quem estava liderando o caso do meu pai. 

— Hm… Tenho certeza que ele irá descobrir aquilo com seu pai. É uma pena o que aconteceu.

— Sim. O que me resta é esperar. – Soltei um suspiro.

— O que estava fazendo com esse agente? – Perguntou curioso.

— Ele me levou para uma delegacia, alguns policiais queriam me fazer perguntas.

— Interrogaram você? – Assenti.

— Queriam ter certeza que eu não estava envolvida com nada. Expliquei o que estava fazendo nesse dia, cada detalhe do meu dia. Eles acabaram acreditando no que disse, o único que estava sem porcento do meu lado.

— Isso fez com que você se apaixonasse por ele? Tsc… Ele nem deve ser bonito, Amy. Se valorize. 

— Sim, Jungkook. Isso fez com que eu ficasse caidinha por ele, grave minhas palavras, eu irei casar com o agente Park. – Brinquei, fazendo o mais velho revirar os olhos.

— Eu serei o motivo do divórcio. – Entrou na brincando. Jungkook levantou o olhar e ficou encarando o céu. 

— O que foi? – Olhei para a mesma direção em que o mesmo encarava. 

— Seu pai deve estar lá... Cuidando de você. 

Eu soltei uma risada sem graça com sua fala. A verdade era que, eu estava despedaçada por dentro, pensar no meu pai me fazia sentir um nó na garganta, uma dor no peito, e assim que ouvi a fala de Jungkook, soltei um suspiro pesado, enquanto segurava o choro.

— Se me fizer chorar, irei bater em você. – Ele soltou uma risada leve.

— Estou sendo sincero. Quando eu era pequeno, e minha mãe ainda estava viva, ela dizia: "Pessoas que dormem para sempre, vão para o céu e lá vivem felizes, cuidam de nós e ficam orgulhosos quando alcançamos nossos sonhos". E eu tenho certeza, que seu pai está cuidando de você.

Quando direcionei meu olhar para Jungkook, ele estava me encarando. Eu não deixei de ficar envergonhada e desviar o olhar rapidamente, tentando não causar qualquer constrangimento no momento.

— Você acha mesmo? – Voltei a olhar para o céu.

— Eu tenho certeza.

Jungkook se pôs em minha frente e me abraçou de repente, eu hesitei por um instante, mas estava precisando de um abraço urgentemente. Eu não me importava de quem fosse o abraço, eu apenas gostaria de me sentir segura em algum lugar, mesmo que fosse jos braços de Jeon.

— Estou atrapalhando?

Aquela voz me dá nojo. Eu reconheceria esta voz à quilômetros de distância. Lembrar das coisas ridículas que essa mulher me disse, inúmeras vezes, me deixa com o coração apertado e com o desejo de chorar, mas eu nunca irei demonstrar minhas fraquezas em sua frente.

Eu separei o abraço e me virei para a dona da voz. Minju. Sua maneira de se vestir, com roupas caras e todas de marcas chiques, não mudou. A expressão convencida e irritante, não mudou nada, apenas seu olhar de desdém piorou. Minju sempre me olhou com desprezo, com raiva, mesmo quando eu ainda a tratava bem, conforme eu fui crescendo e entendendo aquela expressão, eu me acostumei.

— Olá, Minju. – A cumprimentei nada feliz. 

— Eu estava feliz de pensar que nunca mais veria você. Infelizmente, estava errada.

— A propósito, eu estou voltando para minha casa… Docinho. – Cruzou os braços.

— Eu ainda não fiz minha mudança, terá que ser paciente e me aguentar mais um pouco.

— Você vai se mudar?! ㅡ Jungkook me questionou, o seu tom era de surpresa.

— Sim. Em breve. – Olhei para ele de relance, voltando com minha atenção em Minju.

 E vai se mudar para onde? – A mulher arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Ah, você não sabe? – Soltei uma risada leve. –  Eu me mudarei para um dos antigos apartamentos do meu pai. – Minju franziu o cenho. 

— Apartamentos? Junmyeon nunca me disse sobre apartamentos. 

— Ele nunca disse para ninguém. A partir de agora, as maiorias das suas residências são legalmente minhas. Bom, esta casa fica para você, como sabe.

— Não me diga que Junmyeon deixou apenas a casa para mim! – Falou  incrédula.

— Ele deixou um carro para minha irmã e um apartamento no outro lado da cidade, ambos estão no nome dela, não ouse se apossar das coisas que ele deixou para ela, antes que ela complete a maior idade. Só ela pode decidir dar-lhes as coisas que nosso pai deixou, ou não.

— Aquele maltido! Como ele pôde não ter deixado mais coisas em meu nome? 

— Você deveria agradecer por meu pai ter colocado a casa em seu nome! Todas as suas coisas aindas estão aí, Minju. Você preferiria ter ficado sem nada? 

Eu fico me perguntando em como esta mulher pode ser tão ingrata. A maioria dos seus pertences, ela ganhou do meu pai e ele fazia muita coisa por ela. Ele ao menos deixou a casa para ela, um apartamento e um carro para minha irmã, que sequer queria estar em seu testamento. O meu pai em seu testamento me deixou muitas coisas, alegando que por eu ser sua primogênita, deveria ter mais direitos. Na verdade, meu pai foi esperto de não ter deixado tudo para Minju, tenho certeza que ela nem se importou com a morte dele e apenas queria suas coisas.

— Ele deveria ter deixado coisas para mim, eu era sou esposa! 

— Exato. Você era a esposa dele, a esposa que sempre desprezou a filha dele… Você conhecia meu pai muito bem, para ter noção do que aconteceriam se encostasse em mim, Minju.

— Olha aqui, sua vadiazinha, eu-… – Jungkook a interrompeu 

— Ora, quem você pensa que é? Como ousa xingá-la assim? Se bem que, você não é diferente. É apenas uma vadia infeliz e irritante. 

— Eu sequer conheço você, garoto. Não se intrometa em assuntos que você não está envolvido. 

— Você acha que eu me importo, em você me conhecer ou não? Apenas quero que respeite a Amy. – Os dois se encararam e eu resolvi atrapalhar, antes que algo acontecesse. 

— Minju, irei embora o mais rápido possível. E, eu espero que enquanto estivermos no mesmo lugar, não dirija uma palavra à mim.

— Tanto faz. Me diga, irá morar com este mal-educado? – Perguntou apontando para Jungkook. ㅡ Que seja, como se eu me importasse com quem você se envolve.

— Você não sabe nada sobre a minha vida, não diga besteiras.

— Sabe, eu sempre achei você bastante oferecida. Mas, não achava que gostava de homens desse tipo. Céus, seu pai não ficaria nada contente se visse você com este homem. Ah, agora que ele não está mais vivo, você deve estar aproveitando, não? Bingo! – Ela riu. – Agora que o papai não está mais aqui, pode sair com quantos caras quiser, certo? Esse deve ser apenas mais um de muitos… Não ficarei surpresa se um dia vê-la grávida. – Sua atenção foi para Jungkook. – Cuidado, você pode acabar sendo o pai da criança dela. Acredite, não vai querer conviver com essa garota. 

As falas de Minju estavam me tirando do sério, e eu cerrei meus punhos, tentando me contentar em não ser presa por espancá-la, ou até mesmo homicídio. 

— Qual é... Não tinha uma opção melhor do que ela, garoto?

— Ah, estou cansado de ficar ouvindo você falar estupidez. – Jungkook disse. – Suas falas soam tão cansativas e desesperadas. Você apenas quer ferir os sentimentos dela gratuitamente, não? Sem motivos. E antes que diga algo idiota, mais uma vez… Amy e eu sequer namoramos, ela não suporta que eu toque nela, ainda não transamos, porque ela se preserva e não é como você está dizendo.

“Ainda não transamos”, isso deixa claro que Jungkook pensa que um dia ainda teremos relação sexuais. Eu por algum motivo fiquei nervosa com sua fala, nervosa de imaginar isto de fato acontecendo.

[...]

Após minha conversa incrivelmente desconfortável com Minju ter acabado, eu fui arrumar minhas coisas para me mudar. Falei com Jeongin e vamos morar juntos até que sua mãe venha buscá-lo. Minju está cem vezes pior e eu não poderia ficar nem um segundo nesta casa com ela; Seoryoung não falou comigo como era de costume, eu tentei puxar assunto e queria saber como ela estava, mas a mesma não parecia estar no clima de conversar.

Eu ouvi batidas na porta e dei permissão para quem estivesse batendo nela entrar, a porta se abriu revelando Jungkook. Ele estava com uma expressão chorosa e parecia incomodado com algo, assim que ele entrou no meu quarto, fechou a porta e caminhou até minha cama, sentando-se nela.

— Você precisa mesmo se mudar? – Assenti.

— Minju não deixaria eu morar debaixo do mesmo teto que ela, sem meu pai estar por perto, claro.

— Eu não queria que você fosse embora. – Me olhou tristonho. 

— E por que não? Eu não ficarei mais te espiando da janela. – Ri levemente e Jungkook continuou com a mesma expressão. 

— Esse é o problema, eu gosto disso, Amy!

— Gosta mesmo? – Perguntei intrigada. – Eu realmente não quero ficar mais nessa casa, terá que se acostumar com a minha ausência. 

— Eu não quero! – Suspirei alto. – Você não pode ir. Quem eu vou perturbar agora? 

— Pode pertubar a Seoryoung. É possível que a beije, assim como fazia comigo.

— Não trocaria você por ela, porque… – Lhe dei atenção. – Eu gosto de você.

— Tsc, conta outra, Jeon. – Voltei a arrumar meus pertences. – Acha que vou aceitar nessa palhaçada?

E por algum motivo fiquei irritada com a fala de Jungkook. Aquilo era algo inacreditável de ser ouvir, eu não conseguiria acreditar nisto mesmo que ele fizesse uma declaração pública. A sua frase me deixou irritada por saber que aquilo era algo estupido. 

— Estou falando a verdade. – Eu continuei calada, arrumando minhas malas. – Amy, conversa comigo, vamos resolver isso.

— Creio que seja melhor você ir embora. Como está vendo, estou ocupada.

Jungkook sabia dos meus sentimentos por Jisung, disse para ele diversas vezes, era inacreditável como ele conseguia fingir a inexistência da minha pequena paixão pro Han Jisung.

“Eu gosto de você”, isso seriam impossível de entrar em minha cabeça, mas de tanto pensar nisso, minha cabeça começou a doer. Jungkook se levantou da minha cama e segurou meu braço, não com brutalidade, mas o suficiente para chamar minha atenção.

— Amy, por que não acredita no que eu disse?

— Eu tenho que terminar de arrumar minhas roupas. – Mudei de assunto. – Você poderia sair do meu quarto? 

— Qual é o problema? Sou eu? Eu fiz algo de errado?

— Jungkook, me escu-... 

— Não, me escute você! Amy, eu nunca mentiria sobre meus sentimentos e quando eu digo que gosto de você, é porque eu realmente gosto. Acha que eu brincaria com uma coisa assim? Não, eu não brincaria. Me dê um motivo para não acreditar em meus sentimentos. Somente um. 

— Quer um motivo? – O fiz soltar meu braço. – Vejamos, se realmente gosta de mim, como estão dizendo… Levaria outras mulheres para sua casa? Jeon, todas as noites você dorme com uma mulher diferente, e ainda quer que eu acredite nos seus sentimentos. Hoje pela manhã você estava com uma em seu quarto, sim, eu vi a cena de você em cima dela. E agora, horas depois, diz que gosta de mim? Não me faça rir.

— Sim, eu confirmo que estava com outra mulher. Mas, não é porque eu gosto de você, que não posso sair com outras pessoas. Só que eu quero ter um relacionamento com você.

— Um relacionamento comigo? – Soltei uma risada. – Jungkook, eu mal conheço você. Eu apenas sei o que você me conta, somente. Como quer ter um relacionamento assim? Sem contar que nos conhecemos a meses.

— Precisamente. Eu e você podemos nos conhecer melhor dentro de um relacionamento, juntos.

— Eu gosto de outra pessoa, ponha isso em sua mente. – Disse, enquanto me afastava do maior.

— Está falando sério? – O olhei de relance.

— Sim, eu estou. Algum problema? – Disse firme.

Jungkook abaixou a cabeça e soltou uma risada, enquanto caminhava em minha direção mais uma vez, ficando com uma expressão séria assim que me olhou. 

— Me olhe no fundo de meus olhos e me mande ir embora. 

— Você está falando sério? – Franzi o cenho.

— Sim. – O encarei nos olhos de Jungkook. 

— Eu quero que voc-...

E, antes que eu termisse a minha fala, o mesmo juntou seus lábios aos meus, eu hesitei no começo e pensar em afastá-lo, mas para minha própria surpresa, eu acabei cedendo aos lábios de Jungkook. Ele olocou uma das suas mãos na minha nuca, para que aprofundasse mais o beijo, e por impulso o puxei para mais perto, após um tempo separamos nossas bocas, no entanto, antes de afastarmos mais nossos rostos, Jungkook mordeu meu lábio inferior e deixou um selinho em seguisa.

Em uma fração de segundos, sentir-me sendo jogada em cima da cama. Jeon ficou com seu corpo sobre o meu e voltou a me beijar com intensidade, e sua mão deslizava do meu rosto, até minha coxa direita, que foi levantada pelo o maior, fazendo com que eu ficasse com as pernas mais abertas. Ele se colocou entre minhas pernas, tão próximo que conseguia sentir seu quadril se movimentando para nossas partes entrarem em atrito, o que me fez soltar algumas arfadas, ainda durante nosso beijo.

— Jungkook… – Separei nossos lábios. – É melhor pararmos, não? – Disse, mesmo que estivesse levemente gostando daquela sensação.

— Você parece estar gostando disso. Quer realmente parar? – Ele sorriu e começou a deixae selares em meu pescoço. – Opa, acho que marquei você. – Disse voltando a me olhar.

— Idiota. Sim, eu tenho certeza que quero parar.

Junkook me deu um último beijo antes que saísse de cima do meu corpo, no entanto, ele não conseguia beijar sem antes passar sua mão em algum lugar do meu corpo. O mesmo colocou sua mão dentro da minha camisa e deslizou seus dedos em minha pele, até que chegasse em meus seios cobertos pelo sutiã. Jeon continuou movimento seu quadril, e por algum motivo eu previ que aquilo não acabaria nada bem, assim que senti seu volume, soltei uma risada leve.

— Porra... – Disse, ainda entre o beijo e eu separei nossos lábios.

— Eu disse que deveríamos parar, não?

— Deveria ter escutado você. – Assentiu. Era óbvio que Jungkook faria algo para me provocar, por isso começou a movimentar seu quadril novamente.

— Hey… – Engoli a seco. – É melhor você cuidar disso sozinho.

— Ora, você está aqui, o que custa me dar uma ajuda? 

— Você é bem sensível, certo? Ficou excitado com um simples beijo. – Brinquei com ele. 

— Não ouse me provocar, garota. – Ele tirou sua mão de dentro da minha camisa e levou a minha coxa, apertando-a.

— Sim, senhor. Agora, saia de cima, preciso terminar de arrumar minhas coisas.

ㅡ Ah… Essa posição está boa, amor. – Disse, enquanto voltava a me provocar, roçando seu volume em mim. 

Eu não podia negar que estava a um passo de deixar Jungkook fazer o que quisesse comigo. Aquela sensação era boa e isso estava me deixando excitada, infelizmente. Se isso continuasse, eu não me importaria de perder a virgindade com Jeon. As suas provocações estavam me fazendo pensar em várias coisas obscenas e que eu nunca tinha pensado. O olhar de Jungkook era excitante e eu me xingava mentalmente por estar pensando em transar com ele aqui mesmo. 

— Você não quer continuar? – Eu o puxei para um beijo, o que fez ele abrir um sorriso.

A verdade era que eu poderia me arrepender mais tarde, mas no momento apenas queria uma coisa: Jeon Jungkook. O tesão estava me fazendo pensar e agir de maneira que se estivesse sã, não faria de modo algum. E, ele queria aquilo mais do que eu, era óbvio. 

O que não esperávamos, era que a porta iria se abrir momentos depois de Jungkook ter tirado sua camisa e ter aberto o fecho de sua calça. Assim que olhamos para a porta, ao mesmo tempo, vimos a minha irmã mais nova, nos olhando boquiaberta.

— O que estão fazendo? – Empurrei o maior para o lado e me levantei. 

— Hm… Bem, o que veio fazer aqui? – Mudei de assunto por conta do nervosismo.

— Desculpe atrapalhar o momento íntimo de vocês. – Seoryoung  disse, com os olhos direcionados para Jungkook.

— Oi, Seoryoung. – Jungkook a cumprimentou, enquanto fechava sua calça e vestia sua camisa. – Faz um tempo desde que nos vimos pela última vez, não? – Se levantou e ficou ao meu lado.

— Oi, Jungkook. O que veio fazer aqui? – O questionou, se encostando no batente da minha porta.

— Soube que sua irmã iria se mudar, queria me despedir dela.

— Você tem um jeito bem peculiar de se despedir de alguém, não? – Se referiu a cena que tinha visto.

ㅡ Bem, você precisa ir embora, certo? – Me virei para Jungkook. – Obrigada pela a visita.

 Ah, sim! Você não precisa agradecer. Talvez, nos vejamos mais tarde. Tchau, Amy. – Falou caminhando até a porta. – Tchau, Seoryoung.

— E para quem disse que nunca se envolveria com o vizinho, está bem íntima dele, não? 

[ Dia Seguinte ]

Eu, Yixing e Jeongin acabamos de deixar mais algumas caixas dentro do meu novo lar, não tem muitas coisas, mas foi o suficiente para que ficassemos exaustos.

Hoje pela manhã, Yixing ligou e se ofereceu par ajudar na minha mudança com meu irmão. Eu fiquei bastante agradecida e aceitei sem pensar. Jungkook tinha se oferecido para ajudar antes de Zhang, mas eu disse que já tinha bastante ajuda, apenas para não ficar perto dele.

Eu passei boa parte da madrugada pensativa, fiquei me perguntando se não sentia nada por Jungkook e cheguei em uma conclusão: não. Meus sentimentos são apenas por Jisung, e não gostaria de ser um “brinquedo” para Jeon. Ele conhece muitas mulheres, todas com muita experiência, sem contar que ele é um homem mais velho. Isso não é daria certo. 

Jeon me perguntou para qual condomínio eu me mudaria, eu não quis dizer para não acabar recebendo alguma visita indesejada sua. Eu decidir que irei manter distância de Jungkook, provando que ele sequer gosta de mim, tenho certeza que me esquecerá daqui uns dias se fizer isso.

Admito que ontem fiquei fora mim, por alguns instantes quando estava no meu antigo quarto com Jungkook. Eu agradeço Seoryoung por ter nos atrapalhado, se realmente tivesse transado com aquele homem, eu me arrependeria até o dia de minha morte. Claro que naquele momentos eu estava com vontade e preparada para qualquer coisa que viesse de Jungkook, mas isso só teria piorado a situação, e por isso fico aliviada de não ter acontecido nada.

— Acabamos! Céus, finalmente. – Jeongin comemorou.

— Jeongin, tem mais uma caixa em meu carro. Você poderia ir buscá-la? – Yixing disse e o rosto do mais novo se murchou. 

— Você fez isso de propósito, não é? Seu otário. – Disse, sainda do apartamento mais uma vez.

— Yixing, eu agradeço pela a ajuda. De verdade, isso fez tudo ser bem mais rápido. 

— Não precisa agradecer. Sempre que precisar de algo, me ligue. – Assenti. – Amanhã iremos na empresa de seu pai, vou apresentá-la para o pessoal. 

— Tudo bem. Yixing... Eu podeira estudar? Realmente gostaria de ir para a faculdade.

— Conversamos sobre isso na última vez, Amy. 

— Eu prometo que darei meu melhor no trabalho, apenas me deixe estudar. – Zhang me encarou. – Por favor.

— Você não pode estudar e trabalhar! 

— Eu posso e irei! Você não pode me proibir de fazer algo, não é meu pai.

— Certo. Então, você quer estudar? 

— Sim, disse para você inúmeras vezes que queria.

— Se quer tanto fazer isso, me faça um favor. E, talvez eu permita em deixar você estudar.

— E que favor seria esse? – Perguntei curiosa.

— Terá um evento de trabalho hoje à noite. Importante.

— E o que eu tenho a ver com esse evento? – Cruzei os braços.

— Se quer ir para a faculdade, seja minha acompanhante nesse evento.

— Não tenho roupas adequadas para esse evento.

— Eu compro um bem chique. – Abriu um sorriso.

— Bem, eu não tenho dotes de maquiagem, então…? 

— Eu contrato maquiadores e cabeleireiros para você. – Bufei.

— Tudo bem, eu irei com você. – Me joguei em cima do sofá e Yixing se pôs em minha frente, me fazendo levantar o olhar.

— Ótimo! Iremos juntos e você terá que agir como uma verdadeira dama. Seja educada. Não saia do meu lado. Se outros homens cantarem você, diga que já está acompanhada e diga meu nome. Se comporte como se tivéssemos algo à mais, como se fôssemos um casal.

— Ora, por que tantos comandos? Será um simples evento.

— Apenas faça o que eu mandei. – Colocou suas mãos dentros dos bolsos de sua calça. – Me entendeu, ou quer que eu desenhe? 

— Você sabe desenhar? – O mais velho revirou os olhos.

Zhang era um homem bom, engraçado e divertido, no entanto, ele também conseguiu ser insuportável, mandão e chato. Sua personalidade conseguia ser boa e ruim, ao mesmo tempo.

O meu irmão entrou no apartamento e deixou a caixa no chão, ao lado de outras que estavam ali. Jeongin caminhou até o sofá e sentou-se ao meu lado, soltando um longo e pesado suspiro.

— Estou todo dolorido. Para nossa sorte, aqui tem móveis, elétricos domésticos, camas… Seu pai é o melhor, Amy. Será que todos os seus apartamento são assim? 

— Acredito que sim. De qualquer maneira, vamos terminar de arrumar as coisas mais tarde, é melhor descansarmos por um momento.

— Concordo com você plenamente. – Disse ele, fechando os olhos. 

— Como o quarto maior era do meu pai, vou ficar com ele.

— Você é uma péssima irmã, sabia? – Soltei uma risada. – Enfim, eu vou ir para o meu quarto, trocar aquele lençol e tirar um cochilo, hoje acordamos muito cedo.

— Eu irei em uma loja de conveniências, comprar algumas besteiras. Quer algo? 

— Você poderia comprar miojo apimentado? Faz um tempo desde que comi isso. 

— Tudo bem. Yixing, quer alguma coisa? – Perguntei enquanto pegava meu celular, que acabara de vibrar. 

— Não. Obrigado, amor. – Franzi o cenho.

— Amor? – Jeongin perguntou confuso, não muito diferente de mim. Olhei para Zhang, querendo que ele se explicasse. 

— Estamos juntos, não? – Direcionei meu olhar para meu irmão e ele estava boquiaberto.

Quando Yixing disse que deveríamos nos comportar como um casal, pensei que fosse na frente de seus colegas de trabalho e não na frente de todos que convivem conosco. Eu não sabia o que dizer sobre aquilo, era estranho.

— Amy, você está namorando um velho? – Zhang o encarou, com uma expressão nada boa, por ter sido chamado de velho. – Se bem que, você é rico, não? Então, tudo bem. Ganhando algo em troca, que mal tem? 

[...]

E, assim que caminhei para fora do prédio, andei um pouco em busca de uma loja de conveniência próximo. Algo estava me incomodando, ou melhor, uma pessoa estava.

Eu ainda estava pensando em Jungkook se declarando inesperadamente, aquilo estava me fazendo enlouquecer, como se a todo momento eu escutasse a maldita frase. 

Após um curto tempo caminho, encontrei a loja e adentrei a mesma, começando a caminhar pelos corredores procurando por algumas besteiras para comprar, até que eu fosse em um supermercado. Fiquei olhando para as prateleiras de macarrão instantâneo, especificamente os picantes que são meus favoritos e que Jeongin queria. Eu pequei dois deles e assim que me virei, acabei me esbarrando em um homem que estava passando na hora, o que fez os meus macarrões e as coisas dele caíssem no chão.

— Droga… – O homem resmungou, e eu cocei a nuca, quando me dei conta de que a culpa era minha.

— Me desculpe. Eu estava distraída. 

— Tudo bem, mocinha. Estava distraído também… – Ele me analisou dos pés à cabeça e ficou me encarando por alguns segundos, com uma expressão surpresa.

— Senhor? – Chamei sua atenção, o fazendo balançar a cabeça.

— Você me lembra alguém. Uma pessoa que conheci muito tempo atrás.

— Ah, mesmo? 

— Sim. Vocês são idênticas. – Me analisou mais uma vez. 

— Bem, sinto muito por ter feito isso. – Disse sobre o esbarro. Me agachei para pegar nossas coisas, que estavam espalhadas pelo o chão.

— A culpa também foi minha, estava distraído e não vi você. – Me levantei e lhe entreguei suas coisas, me agachei novamente e peguei as minhas. – Fico feliz por você não ser uma pessoa mal-educada.

— Digo o mesmo. É um alívio. – Soltei uma risada fraca.

— Eu preciso ir embora, me desculpe mais uma vez. – Assenti.

— Tchau, senhor...? – Falei esperando que ele me respondesse com seu sobrenome.

— Lee. Lee Dongwook. – Abriu um sorriso gentil. – E você, como se chama?

— Eu? Me chamo Amy. – Nos cumprimentamos com um aperto de mão.

— Amy... Isso pode parecer estranho, mas como sua mãe se chama?

— Eu não sei o nome da minha mãe biológica. Por que a pergunta? 

— Nada. – O homem passou a mão direita em seus fios negros. – E o do seu pai? 

— O meu pai adotivo, se chamava Junmyeon e o biológico, eu não faço a mínima idéia. 

— Kim Junmyeon? – Eu assenti. – Eu o conhecia. 

— Conhecia meu pai?

— Se for realmente o mesmo Kim, ele é casado com uma mulher chamada Minju. Estou certo?

— Realmente estamos falando sobre o mesmo homem. Ele foi casado com Minju, se separou um tempo atrás.

— Jura? Eles não pareciam ter dificuldades no casamento. Como ele está? 

— Morto. Ele passou por algo terrível, não resistiu e faleceu. – O maior soltou um suspiro.

— Isso é uma pena. Imagino como você deve estar se sentindo. 

— É difícil, mas não há nada que eu possa fazer. Apenas esperar a polícia achar o culpado. 

— Exato. Meus pêsames. – Sorri mínimo, segurando o choro.

— Tenho que ir para casa. Foi um prazer conhecê-lo. 

Após minha conversa com aquele homem, peguei mais algumas coisas para comer e as paguei, indo para fora do local em seguida. Eu comecei a caminhar de volta para o prédio, quando senti meu celular vibrar em meu bolso, eu peguei o aparelho e vi as mensagens de Jeon.

Jungkook: Por favor, não fique me ignorando.

Jungkook: Me diga para onde se mudou.

Jungkook: Eu preciso ver você…

Ignorei as mensagens, e guardei meu celular novamente no bolso da minha calça. Durante todo o caminho, meu celular estava vibrando o tempo inteiro, eu apenas fingia que não estava sentindo, porque no fundo eu sabia quem estava me incomodando.

Quando cheguei ao meu apartamento, digitei a senha e abri a porta, entrei sem olhar para quem estava no sofá e continuei distraída. Eu estava tirando meus calçados, quando notei um par de sapatos estranhos.

— De quem são esses sapatos? – E quando levantei meu olhar, paralisei-me.

Jungkook estava sentado no sofá, entre meu irmão e Yixing, com um sorriso animado no rosto. Eu respirei fundo e senti vontade de me jogar do terraço deste prédio. Ele descobriu onde eu moro, a minha vida continuará agitada, infelizmente.

— O que veio fazer aqui? – Falei me aproximando do sofá.

— Eu disse que precisava vê-la, nas mensagens. – Me respondeu de imediato.

Eu direcionei meu olhar para Jeongin, querendo saber o que estava acontecendo e se ele sabia algo sobre isso, no entanto, o maia novo parecia mais confuso do que eu.

— Tenho que ir trabalhar. – Yixing se levantou. – Eu mandarei virem entregar vestido, e mandarei um equipe pequena para arrumá-la. Quando estiver vindo, ligarei para você.

— Tudo bem. Até mais tarde.

— A propósito, tem alguma preferência de estilo, ou pode ser qualquer um? 

— Escolha o melhor que tiver. – Yixing sorriu.

— Confie em mim, será a mulher mais linda que vai estar naquele lugar. Tchau, Jeongin. – Olhou para o menor e acenou, Jeongin fez o mesmo e Jungkook continuou me olhando curioso.

Yixing me deu um selinho de duração curta, fazendo meu irmão e Jungkook ficarem surpresos. Eu sabia o motivo daquele beijo repentino: Jungkook estava aqui. Yixing não gosta de Jungkook e sabe que o mesmo vive dando em cima de mim, aquele beijo era apenas para incomodá-lo.

E logo o mais velho saiu do meu apartamento, eu não disse nada, sequer olhei para Jungkook e andei até a cozinha, pondo as sacolas em cima do balcão. Jungkook apareceu em seguida, me secando com o olhar.

Era estranho fingir estar em um relacionamento com Yixing, ele era um cara bem mais velho, tinha idade para ser meu pai e além disse, era amigo do meu pai. Tenho que admitir que Zhang é um bom partido, mas não acho que meu pai estaria de acordo com esse nosso teatro.

— O que foi aquilo? – Perguntou se aproximando de mim. 

— Do quê está falando? – Disse sem olhá-lo. 

— Aquilo entre você e Yixing. Está com ele? – Direcionei meu olhar para ele.

— E se eu estiver? – Cruzei os braços. 

— Você me disse que gostava de Jisung.

— E ainda gosto. Aliás, como me achou aqui? – Perguntei curiosa.

— Eu perguntei para Seoryoung. – Respirei fundo. – Você me dispensou por um garoto e agora está com outro cara?

ㅡ Esqueça isso. – Descruzei meus braços e me apoiei na pia. – Por que queria me ver?

— Eu deixei claro, Amy. Gosto de você.

— Você não gosta. Para de falar algo que você não sente.

— Quer sabe mais do meus sentimentos, do que próprio? Eu não mentindo.

— Claro, irei fingir que acredito em você.

Eu me afastei da pia e de Jungkook, indo para a sala. Jeongin não estava no celular, creio que tenha ido para seu quarto tirar um cochilo. Estava indo em direção do sofá, quando Jungkook segurou meu braço e me virou para ele.

— Acredite no que digo, Amy. Por favor, eu realmente gosto de você.

— Eu não irei dizer novamente, Jeon. – Falei sobre não não gostar dele.

Me soltei dele e me sentei no sofá, Jungkook sentou ao meu lado e se acomodou. Ele soltou um suspiro alto, me fazendo olhá-lo de forma curiosa.

Admito que poderia gostar de Jeon, no entanto, se ele fosse menos mulherengo. Isso não é um problema, mas eu preferiria me envolver com alguém mais tranquilo nessas questões de sair com pessoas diferentes todos os dias.

— Quer me conhecer melhor? – Assenti. – Então, vamos sair. 

— Sair? ㅡ franzi o cenho. 

— Exato. Se queremos nos conhecer melhor, nada melhor do que um encontro.

— E se eu quiser recusar? – Ele soltou uma risada fraca.

— Aceite, prometo não decepcioná-la. O que acha de ser hoje à noite?

— Hoje? Desculpe, mas tenho um outro compromisso.

— Com quem? 

— Yixing. – Jungkook resmungou algo inaudível.

ㅡ Desmarque. 

— Eu não posso desmarcar. E mesmo que eu pudesse, não iria querer sair com você hoje. Teria que arrumar o apartamento.

— Você realmente não pode desmarcar? – Umideceu seus lábios. 

— Infelizmente, não. Eu quero fazer faculdade, e talvez Yixing permita depois de hoje.

— Podemos sair depois de seu compromisso, que tal? 

ㅡ É melhor outro, está bem?

— Ah, eu não quero esperar.

— E o que eu tenho a ver com isso? Espere, ou mudo de ideia.

— Não pode mudar de ideia. Prometa que sairá comigo.

— Hm… Não estou afim de prometer nada. – Jungkook me deitou no sofá e ficou deitado em cima de mim.

— Se não prometer, irei fazê-la perder o comprimisso que tem com Yixing. – Apoiou seu rosto em meu peito. – Então? 

— Deixe de infantilidade, Jungkook. 

— Vou te dar três segundos. Um... Dois… Tr-…

— Está bem! Eu prometo que vou sair com você.


Notas Finais


capítulo revisado.

espero que vocês tenham gostado e que tenha ficado bom.

não tenho certeza de quando sairá o próximo capítulo.

para quem não está no grupo: eu disse que os capítulos serão mais longos, por conta da fanfic estar nas "últimas retas". E que o Jungkook aparecerá mais.

▪︎Até o próximo capítulo, Cookies!🍪

Beijos💕Tchau!


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