História O Vizinho do apartamento ao lado (Em revisão) - O inicio de uma amizade colorida

O dia amanheceu, o sol bateu no rosto da garota. Ela bocejou e abriu os olhos com dificuldade, assim que olhou para o teto percebeu que não estava em seu quarto.. Oh, certo, ela estava em um dos quartos da casa de Mina. Ela foi assimilando as coisas, ela foi a festa, conversou com algumas pessoas, sim, ela se lembrava.. mas depois..? Ela suspirou frustrada e se sentou na cama, não se lembrava de mais nada! Sua cabeça girou. Uraraka escorregou da ponta da cama, caindo no chão assustada ao ouvir alguém dizer seu nome, se levantou e viu Deku deitado ali sem camisa. Sem camisa.. Sem camisa?!

Olhou para o espelho da penteadeira do quarto, seu rosto trocava de vários tons de vermelho ao ver as marcas de mordida e chupoes em seu pescoço. O que havia acontecido ontem à noite? O que ela fez? O que eles fizeram? Sua cabeça girou mais rápido e o efeito da ressaca só piorava a situação. Olhou para o seu corpo torcendo para não ver o que estava pensando.. mas suspirou um pouco aliviada ao ver que ainda estava com sua roupa de ontem. Apesar de estar amassada e desorganizado, e seu cabelo como se tivesse saído de uma guerra. Ela saberia se tivesse ficado sem seu vestido, ele quando tirado era impossível por de volta (Ela demorou um bom tempo para conseguir colocá-lo para ir à festa). Ela se virou assustada ao ouvir um barulho alto, mas se acalmou ao ver que era apenas Midoriya que havia caído no chão depois de rolar na cama. Ele gemeu de dor por ter batido a cabeça.

-Uraraka-san?- Chamou com a voz um pouco rouca, ela sentiu seu corpo arrepiar por inteiro e tentou se acalmar. Odiava como aquele cara mexia com ela de todas as formas! Ela tentou disfarçar a vermelhidão em seu rosto, mas foi algo que não deu muito certo.- Está tudo bem?- Ele bagunçou seus cabelos, quando Midoriya abaixou seu olhar para o pescoço da garota, seu rosto tomou uma coloração avermelhada.- Ah.. – Ele se levantou devagar e foi ate o espelho em que ela havia se visto anteriormente. Quando viu o reflexo e as marcas, ele ruborizou mais ainda.- Ah.

Eles ficaram em silencio evitando de olhar um para o outro por uns segundos. Midoriya foi o primeiro a quebrar o silencio.

-Tudo bem, eu estou surpreso.

-Se você está, imagine eu?- Ela deu uma risada curta ainda evitando de o olhar. Mas era complicado com aquele corpo definido em seu lado.

-Eu me lembro de tudo. –Uraraka o olhou surpresa, logo a preocupação tomou seu rosto.- Não precisa se preocupar, não fizemos nada extremo.- Disse a acalmando, ela suspirou.- Bom.. – Ele se sentou na cama e deu um longo suspiro.- E ai?

-“E ai” o que?

-Como vai ser? – Ele passou a mão entre os cabelos. – Vamos esquecer isso? Colocar a culpa na bebida? Coisa do momento? – Questionou a olhando nos olhos, ela se sentou ao seu lado na cama e olhou para o chao. Suas memorias vieram minutos depois, ela se lembrou. Eles haviam se beijado e trocando carinhos. Se lembrou de ambos admitirem que estavam atraídos um pelo outro..

Eles trocavam beijos urgentes, Ochako sentia suas mãos sempre irem do pescoço do garoto ate seus cabelos encaracolados. Eles sentiam o mundo todo parar.

-Uraraka.- Deku chamou entre um dos beijos quentes, ela cantarolou um “hm?” esperando que ele dissesse. Ele separou um minuto e olhou em seus olhos marrons com um sorriso pequeno em seus lábios, suas mãos subiram de sua cintura e foram até suas bochechas rosadas. Ela corou (ficando mais corada do que já estava por causa do álcool). –Eu acho que estou atraído por você. Quando eu te vi, e-eu não sei, você de alguma forma mexeu comigo..- La estava ele, o Midoriya tímido, que escondia sua personalidade ativa. Ela levou suas mãos até sua bochecha e fez um leve carinho em suas sardas.

-Eu também. Seria loucura dizer que não consigo parar de pensar em você?

-Se isso te deixar melhor, isso aconteceu comigo também.- Ele riu, ela o acompanhou na risada e eles trocaram outro beijo, mas dessa vez mais calmo e mais doce. Tocaram a testa um do outro, e olhando o fundo dos olhos de cada um. Midoriya tentava guardar cada detalhe do rosto de Ochako, ele sabia que não queria nunca sair do lado dela.

-Acho que isso me deixou bem melhor.- Comentou em brincadeira, eles riram e ela se acolheu mais ainda em seu calor, ele fazia um leve carinho em seus cabelos.- Obrigado por respeitar os meus limites.. quer dizer, eu nunca..- Ela ruborizou, ele riu levemente ruborizado.

-Vou te contar um segredo. Eu também não.- Murmurou, ela o olhou surpresa e abriu logo depois um sorriso doce.

-Que droga, para de ser fofo.- Ela reclamou dando um beijo no garoto, ele riu no meio do beijo e retribuiu com a mesma intensidade.

Ela levantou sua cabeça e o olhou nos olhos. Ele piscou.

-Para ser sincera, eu não gostaria de esquecer isso.- Midoriya abriu um sorriso.

-Nem eu.- Ele caiu na cama e suspirou de alivio.- Que susto! Pensei que você diria aquelas frases clichês de meninas quando acordam do lado do cara e dizem simplesmente: “Ei! Esqueça tudo isso que passamos, cada um continua com sua vida okay?”- Ele brincou fazendo uma voz fina para representar a garota clichê, ela deu uma alta risada.- Você sempre me surpreende. –Ele murmurou com um sorriso gentil e olhando-a. Ela ruborizou e sorriu docemente.

-Eu que deveria dizer isso. –Ele continuou a olhando e ela revirou os olhos e pegou um travesseiro tampando seu rosto.- Para de me olhar!- Ele riu.

-Mas por que? Eu gosto de olhar para você.- Ele disse tentando tirar o travesseiro de seu rosto que abafava sua risada.

-Deku, você está flertando comigo? –Perguntou com um sorriso brincalhão. Ele segurou o travesseiro em cima de sua barriga, fechou os olhos como se estivesse pensando e voltou a olha-la.

-O tempo todo. Desde que você foi na minha casa, podemos dizer. –Ela o olhou surpresa, oh , ele estava falando sério. –Vai ficar aí me admirando ou vai me beijar de novo?

-Deixa de ser idiota!- Ela bateu com o travesseiro novamente nele, Midoriya riu mais.

-Qual é! Nem um selinho?- Questionou ainda com o sorriso que ele utilizava para flertar. Ela revirou os olhos e deitou ao seu lado.

-Vou pensar no seu caso.- Respondeu debochada, ele fez uma cara falsa de cachorro triste.

-Você é muito má. Sabe o que eu faço com garotas más?- Ele perguntou ficando em cima dela e prendendo suas duas mãos contra o colchão da cama, ela deu um sorriso debochado e desviou o olhar com o rosto ruborizado.

-Deixa elas irem embora para suas casas, para dormirem em paz? – Ele deu uma curta risada e sorriu.

-Não, não, senhorita. Eu torturo elas.- Ela arregalou os olhos.

-Ah não.

-Ah sim.- Devolveu, ela fechou os olhos tentando sair.

-Não, Deku!- Ele levou suas mãos ate a cintura e começou a fazer cocegas na menina, ela começou a rir sem parar e começou a ficar sem folego.- Deku, não! Para! Izuku! Midoriya! – ela o chamou no meio das risadas e tentando sair. Ele sorriu e continuava as cocegas sem parar, até que Todoroki entrou com um taco de beisebol na mão.  Ele abaixou o taco quando viu que ele estava apenas fazendo ela rir. –Shoto?- Ela perguntou, seu rosto ruborizado so de perceber a situação em que se encontrava na frente de seu amigo. Midoriya em cima dela de uma forma suspeita e sua mão em sua cintura.

-Eu ouvi você gritar algo como “Para! Não” e eu me assustei.. pensei que algo tinha acontecido.- Ele explicou, ela se levantou e Deku se sentou na cama.

-Isso era apenas o idiota do Deku me fazendo morrer sem folego de tanto rir.- Uraraka o olhava ameaçadoramente, ele sorriu abertamente e piscou o olho direito para ela. –Mas obrigada por se preocupar. Alias, onde estão os outros?

-Alguns desmaiados no chão, outros ajudando na arrumação da casa. –Deu de ombros. – E já que vocês estão ai fazendo nada, seria bom levantarem e ajudarem pegando o lixo do chão e jogando nessa sacola aqui.- Explicou com seu olhar indiferente de sempre. Ela concordou. Quando ele saiu e fechou a porta, Deku começou a rir.

-Ele é bem sério. –Observou, ela sorriu.

-Às vezes.- Midoriya se levantou e pegou a sacola. –Nos realmente vamos ter que fazer isso?- Perguntou manhosa, ele plantou um leve beijo em seus lábios.

-Se não quiser ser congelada pelo olhar frio dele, acho melhor fazer o que ele pediu.- Respondeu, ela ruborizou.

-Agora, nós somos o que?

-Amigos que se pegam? –Ela bufou e riu.

- Jura?- Perguntou debochada.

-Você não está em condições de me julgar, nem você sabe.- Devolveu revirando olhos em brincadeira, ela puxou sua camisa e o beijou, ele colocou as mãos em sua cintura a aproximando mais.

-Não me importa o que somos, só sei que gosto disso.- Respondeu sincera, ele corou.

-Eu também.