História Obrigado... Eula Jiejie - Capítulo 18

Eula ouvia Yanfei conversar com a idosa, pelo que a cavalera se lembrava o nome dela é Madame Ping, e só então se lembrou do fato que tinha o plano. Se ela pudesse fazer vingança consigo mesmo…

    A mulher realmente esperava que Chongyun resolvesse seus problemas com o amigo dele. Afinal o exorcista é uma pessoa muito importante para ela, parecia como se fosse ontem o dia que Eula realmente passou a gostar e cuidar de Chongyun.

    “— Hey! Garoto de cabelos azuis! — O exorcista olhou em direção que o chamaram e viu um morador de mondstadt — Você tem noção de quem está do seu lado?

— Hm? — Chongyun franziu as sobrancelhas confuso — Estou do lado de uma das capitães dos cavaleiros, qual é o problema?

Eula percebeu o que o morador ia falar e já estava se preparando mentalmente para os insultos.

— Você está do lado de Eula Lawrence! Uma pessoa do clã Lawrence! — Pontuou o morador com raiva — O clã Lawrence que trouxe desgraça e tortura a Mondstadt, que escravisou e matou diversas pessoas!

— E?

Aquilo surpreendeu os dois.

— Como assim e?! — Gritou o morador e chamou atenção das pessoas — Você está do lado de uma Lawrence! Deveria sentir vergonha e ódio por estar do lado de uma mulher do clã Lawrence! O clã dela foi responsável por muitas coisas de que ocorreu em Mondstadt! Escravizou pessoas e matou elas!
    —... Ah! Entendi…

Eula suspirou tristemente.

— E o que isso tem haver com o fato de eu estar do lado da Eula?

Aquilo surpreendeu todos que escutavam a conversa.

— O que…?

— Eu não vi Eula escravizando alguém, eu não vi Eula matando alguém aqui em Mondstadt, Eula é uma Lawrence renegada, ou seja, não carrega mais os trabalhos da família — Falou Chongyun e seu olhar ficava mais morto cada vez que a palavra Lawrence era pronunciada — Além disso, esse acontecimento não é algo do passado?

— O que…?

— Na minha opinião, você é quem devia se envergonhar — Pontuou Chongyun para o homem — Eula é uma capitã dos cavaleiros de favonius, ela ajuda e cuida de Mondstadt dia após dia! E é assim que você retribui?

— E-Ela é uma Lawrence! O clã dele…

— Escravizou e matou diversas pessoas, eu sei, você repetiu umas 2 vezes isso se não me engano — Chongyun cruzou os braços — Mas você por acaso viu ela fazendo alguma dessas atrocidades?

— N-Não

— Então se ninguém viu, nunca aconteceu — Todos ficaram impressionados com a fala do exorcista — Até onde eu sei, Barbatos é um Arconte generoso e misericordioso, então não seria correto o povo também ser assim? Um acontecimento que aconteceu anos atrás, em que você se recusa a perdoar e tratar com o mínimo de respeito, é ser algo vergonhoso e rude.

Eula olhava com os olhos arregalados para o adolescente.

— Não é porque Eula carrega o sangue Lawrence nas veias que ela devia ser culpada pelos antepassados de sua família — Chongyun respirou fundo antes de gritar com raiva — EULA NÃO É UMA LAWRENCE! ELA É UMA CAPITÃ DOS CAVALEIROS DE FAVONIUS! AQUELA QUE ME SALVOU! SE VOCÊ TIVESSE O MÍNIMO DE RESPEITO HUMANO IRIA CONHECÊ-LA ANTES DE JULGÁ-LA! Humanos como você me dão nojo…

Eula parecia que ia choro naquele lugar

O homem bufou e foi embora.

Só depois de ouvir aquilo, a maioria dos moradores de Mondstadt começaram a pensar em seus atos com Eula e assim ficaram envergonhados.

Foi preciso da ajuda de uma adolescente de Liyue para que todos perceberem seus erros em julgar Eula por conta do que sua família fez."

Eula sorriu ao relembrar desse acontecimento.

Ela realmente esperava que os dois garotos resolvessem entre si

[...]

    Silêncio…

    Chongyun suspirou e criou coragem, ele vai acabar com o peso daquela briga aqui e agora!

    — Xingqiu.

    O leitor olhou para Chongyun nervoso.

    — Me desculpe.

    Aquilo surpreendeu o filho da guilda dos comerciantes.

    — Me desculpe por tudo — Chongyun olhou para o chão triste — Eu… eu te preocupei e fui um pessimo amigo, então me desculpe! Eu não deveria ter sumido daquele jeito e gritando com você! Então me des-

    — Chongyun pare.

    Ouvir aquilo fez o exorcista lembrar do dia da briga dos dois, então automaticamente ficou tenso.

    — Eu não sei porque você está se desculpando, eu sou o culpado!
    — O-O que…

    — Eu não te dei a chance de explicar! Eu gritei com você, fiquei bravo e não deixei você se explicar, eu… eu nem te dei a oportunidade de fazer nada! — Xingqiu se esforçou para não chorar naquele momento — Fora que eu não te respeitei, eu sou o pessimo amigo! 

    — N-Não você n-

    — Eu coloquei pimenta da sua comida, Chongyun! Eu inventei pistas e fiz você perder tempo com pistas falsas, quando você poderia encontrar pistas verdadeiras! — Pontuou Xingqiu — Eu era um amigo tóxico! Eu menti para você! Mesmo você acreditando em mim, eu… eu sou o culpado! 

    O leitor começou a rir de maneira sofrida.

    — Eu precisava brigar com você para assim meu amigo ir embora e desaparecer por meses, para assim perceber o que eu fiz — E só depois dessa fala o exorcista percebeu que o leitor chorava — Só depois eu percebi os meus erros, só depois eu percebi que não te dei lugar de fala, só depois eu descobri o que sua família fez! Só depois eu… eu…

    — Xingqiu…

    — SÓ DEPOIS EU PERCEBI O QUÃO VAZIO EU ME SINTO SEM VOCÊ!
    Gritou o adolescente angustiado.

    — ME desculpa, Chongyun, me desculpa, me desculpa…

    O exorcista deu um abraço e surpreendeu o leitor.

    — Está tudo bem… Eu te perdoou.

    O brilho apareceu nos olhos de Xingqiu e ele se entregou ao calor de estar nos braços de Chongyun.

[...]

    —... Paimon está começando a ficar preocupada…

    — Por que?

    — Paimon não esperava que eles iam demorar tanto para se resolverem! — Admitiu a fada preocupada — Será que eles estão brigando?!

    — Eu não acho — Comentou Kazuha — O vento que vem na direção que eles partiram está calmo e relaxado… O que você acha, príncipe alquimista?

    — D-Deve estar tudo bem… Acho que vai dar tudo bem na conversa deles…

    Albedo voltou a brincar com Klee e a garotinha só se perguntava.

    “Por que Albedo-niisan está vermelho?” sua atenção foi tirada do rosto envergonhado de seu irmão para um lagarto que viu por perto e logo começou a correr em sua direção.

[...]

    — Pronto — Chongyun limpou as lágrimas do rosto de Xingqiu e abriu um sorriso — Eu prefiro você me provocando do que te ver triste!
    Só então o leitor percebeu o quanto seu amigo (ele poderia chamá-lo assim?) mudou. Apesar de terem se passado apenas alguns meses, Chongyun cresceu, ficou forte e suas roupas eram formais num estilo de Mondstadt.

    Parecia um herói cavaleiro de um livro de romance.

    O rosto de Xingqiu ficou vermelho e abriu um sorriso envergonhado.

    — Então… amigos?

    — Amigos! — Chongyun ficou alegre — Eu tenho tantas coisas para te contar sobre minha vida em Mondstadt! Você não tem ideia… 

    — Percebi que você usou uma espada invés de uma Claymore… você parou de usar claymore?

    — Ah não, Klee meimei quebrou a minha, então tive que usar espada por um tempo. Mas eu uso ambas as armas, apesar de preferir a claymore — Explicou Chongyun.

    — Klee meimei?

    — Então…

[...]

    — Meninas!

    Xingqiu entrou no restaurante da Xiangling com um sorriso brilhante, radiava mais que o sol de Liyue. Yunjin, Xinyan, Xiangling e até Hu Tao, acharam estranho isso. Afinal o leitor não se animava desde que Chongyun desapareceu de Liyue.

    — O que houve, Xingqiu? — Perguntou a cantora de opera.

    — Você não fez nada, não é? — Perguntou Xinyan logo em seguida.

    — Preciso de ajuda — Xingqiu sentou e seu sorriso ficou mais aberto.

    — Com o que?

    “— Vamos assistir os fogos de artifício juntos, Xingqiu”

O rosto do leitor ficou um pouco vermelho ao se lembrar do convite de Chongyun antes de partir para voltar aos seus irmãos.

— Preciso de ajuda para me ajudar a me vestir para o festival!

— …Eh?