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História Obscurial Animo - 1. Crucio


Escrita por: LadyLoren

Notas do Autor


Ia postar Herdeiros de Prata agora mas como terei que editar algumas coisas e to totalmente sem tempo (coisa da faculdade), quando chegar em casa postarei ♥

Capítulo 2 - 1. Crucio


Em uma rua comum, numa cidade comum, existia um garoto especial. A rua dos Alfeneiros era conhecida por sua normalidade e, ter um garoto assim morando em tal rua não era muito bom, principalmente para o garoto.  

Harry abriu os olhos, tentando identificar exatamente onde estava... Aparentemente, ele havia tido um sonho tão longiguo que o fez se perder em seu próprio tempo. Logo, as memorias daquilo começaram a bater forte e ele entendeu que aquele sonho era uma lembrança. Uma lembrança preciosa, diga-se de passagem.  

Os passos do primo ressoaram logo acima de sua cabeça, a confusão deu lugar a certeza e foi ai que ele percebeu o quão ferrado estava. Olhou para o fino cobertor que o cobria, sentiu a poeira passar pelos seus cabelos e olhos, a visão embaçada dificultava que percebesse mais detalhes, porém, ele já havia entendido... Era novamente uma criança e não um adolescente, como havia planejado juntamente com Rose e Hermione.  

— Que merda...  — ele sussurrou, tentando não focar na falha da poção e sim no que acontecia ao seu redor.  

Se levantou rapidamente, olhando para baixo. As roupas velhas de Duda caiam por seu corpo, ele odiou tudo aquilo ainda mais. Não deveria ser possível que ele tivesse retrocedido tanto... Malditas Grangers e seus poderes de persuasão.  

Fazia tempo que o cheiro daquele lugar não retornava as suas memórias. Era estranho se lembrar do seu primeiro “lar” mas Harry já havia superado tudo de ruim que aquilo havia trazido para sua vida... Ou, pelo menos, ele achava que havia.  

Os socos de Duda na porta ressoaram dentro do pequeno armário, fazendo com que Harry entrasse no automático, pegasse seus óculos redondos e fosse até a pequena porta. 

— Levanta logo, primo! — o garoto loiro disse, rindo abertamente do jeito atrapalhado do menino menor.  

O gorducho foi pulando ativamente até a cozinha, onde os pais já aguardavam com boa parte da comida e até mesmo alguns pratos sujos que eram deixados para Harry limpar. A outra parte da comida, que ainda estava para ser feita, teria que ser ajustada pelo garoto e, dependendo da maneira com que ele a fizesse, não comeria muito. Se queimasse, salgasse, adoçasse... Nem que fosse um pouco a mais, tio Valter o puniria com diminuição na alimentação ou a falta dela.  

Harry até mesmo pensou em ficar naquela rotina de quando era menor, pelo menos até que pudesse receber sua carta de Hogwarts, mas não tendo se localizado no tempo e sabendo o que ainda poderia estar por vir, decidiu intervir.  
Suspirou, meditou... Não encontrando o resquício de medo que imaginou sentir assim que “voltasse ao passado”.  

— Tia Petúnia, leve Duda de volta para o quarto — Harry disse, entrando na pequena cozinha um tanto despreocupado.  

Vernon, que até então estava lendo seu jornal muito sossegado, abaixou as folhas de maneira furiosa na mesa e olhou diretamente para Harry, como se ele fosse um tipo asqueroso de parasita.  

— Mas o que pensa que está fazendo, moleque? — disse, apontando o dedo rechonchudo para o sobrinho.  

Duda riu da “loucura” do primo, imaginando qual castigo o pai iria lhe dar, mas Petúnia não acompanhou. Ela estava analisando Harry, desde sua postura até mesmo os movimentos de suas mãos.  

Harry suspirou, fechou os olhos rapidamente e invocou uma cadeira diretamente para onde ele estava. Fazendo com que todos da sala ofegassem.  

— Vou ter que pedir novamente ou querem que eu fale sobre isso na frente dele? — Apontou para o garoto gordinho, que havia parado de sorrir e olhava Harry assustadoramente.  

— Venha Dudoquinha... — A mulher disse, pegando firmemente o braço de Duda e o levando quase que arrastado para o andar de cima. Ela estava muito pálida, totalmente diferente do marido que ainda continuava com aquela vermelhidão desproporcional.  

Harry acabava de perceber que havia sentido falta daquilo. Não da hostilidade, até porque agora ele já era um adulto. Estava sentindo falta de ver as imbecilidades de sua família trouxa e rir deles, por dentro.  

— A q-q-quanto tempo você sabe disso, garoto? — o homem a sua frente perguntou. Os olhos dele fitavam as mãos do garoto a sua frente com inquietação. Era obvio, para Valter, que aquele dia chegaria, só não esperava que seria assim... Do nada.   

— Algum tempo... — respondeu simplesmente, o que era realmente verdade. 

Os passos de Petúnia foram ouvidos na escadaria e Harry apenas esperou, olhando diretamente para seu tio com uma seriedade nunca vista antes pelo homem mais velho.  

— Que dia é hoje?  

— Vinte – respondeu a mulher, que passou um tanto longe de Harry mas acabou por se sentar na mesa junto ao marido.  

Harry ainda estava “no meio da cozinha” mas ele preferia assim, era melhor do que se sentar perto dos tios.  

Ele revirou os olhos. 

— Vinte de que mês e de que ano? 

Se ambos estranharam a pergunta mas preferiram não demonstrar. 

— Julho de 1991 

Harry sorriu, não se achando mais tão azarado assim. Talvez Rose e Hermione tenham planejado tudo aquilo, pois a cara logo chegaria... Mas porquê?   

Deixou de lado os pensamentos e fixou o olhar novamente em Vernon.  

 — Logo receberei uma carta, devem imaginar de que lugar ela vem... Sugiro que me deem ela e assim eu saio da vida de vocês pra sempre.  

— S-simples assim? — perguntou Petúnia, sabendo exatamente pra onde o garoto iria, mas não tendo tanta confiança assim em mandá-lo pra lá. Não, ela não estava com crise de consciência, estava preocupada. Harry não havia realmente sido bem cuidado... Ela tinha plena consciência disso.   

Vernon estava quieto, maquinando, tentando pensar se aquilo era algum tipo de desculpa do garoto infernal que vivia em sua casa ou se realmente eles iriam se livrar daquele problema em que sua esposa os meteu anos atrás.  

— Aquele bando de loucos vai ficar com você a partir do momento em que pegar a carta? — perguntou, agora ainda mais interessado, parece que a ficha havia caído só após alguns minutos.   

— Não exatamente mas no que isso lhe interessa, tio Vernon? Eu só quero a maldita carta— Harry disse por fim, sorrindo.  

Os adultos estavam apreensivos. Primeiro porque Harry parecia totalmente diferente do garoto que haviam deixado debaixo da escada no dia anterior, segundo porque, aparentemente, ele já sabia de sua “condição”, terceiro e não menos importante, ele estava usando aquilo e, por mais que ambos os adultos odiassem admitir, o garoto parecia bem tranquilo manuseando a magia que só aquela gente esquisita conseguia fazer.  

Harry, cansado de esperar a resposta dos queridos tios e tentando entender ainda se a magia sem varinha estava assim tão acessível, fez um feitiço rápido e verbal diretamente para a louça da cozinha. Os objetos começaram a se mover e se lavarem sozinhos, Harry se surpreendeu com a facilidade com que fazia aquilo.  

Uma coisa era convocar uma cadeira, outra era lançar um feitiço e mantê-lo, coisa que estava acontecendo naquele exato momento.  

Os talheres faziam um tilintar básico e padrão de limpeza. Os pratos também se empilhavam e eram ajustados dentro da pia de acordo com a quantidade de água que caia... Não tinham muitos, já que aquela era a primeira refeição do dia, embora Petúnia sempre gostasse de sujar bastante coisa, não era ela quem lavava mesmo. Continuou recordando coisas como aquelas e nem mesmo notou quando Vernon levantou, só sentiu um puxar em sua blusa e o velho Dursley, com seus bigodes enormes, o fitando odiosamente.   

— PARE COM ISSO, ABERRAÇÃO! — gritou, assustando um pouco Petúnia que olhava alarmada pro marido.  

Ele estava muito mais vermelho do que Harry uma vez já o viu. Obviamente era capaz de estapear o garoto a qualquer momento. A questão aqui é que Harry não era mais um garoto, ele havia escutado gritos mais altos e intensos que aquele... Não seria Vernon Dursley que o faria tremer, não mesmo.  

Com um movimento, ele cessou a magia e os pratos, que estavam sendo lavados, caíram na pia. Antes mesmo de Petúnia levantar pra ir ver se suas porcelanas haviam quebrado, Harry apontou o dedo indicador para Vernon e sussurrou “crucio”. 



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