*Hoseok On*
“Na noite anterior”
— Você tá brincando comigo, pai?
— Isso é um castigo pelo que aconteceu, Eve. TaeHyung vai dormir comigo por um tempo.
— Ele é minha única companhia, pai. Por favor, deixa passar. — Minha filha tenta ser fofa, mas é impossível. Neguei mesmo não querendo aquilo. — Hm? — Insiste.
— Não. — Respondo. TaeHyung rir da mesma e Eve vai para o quarto toda emburrada. NamJoon e minha amiga francesa já estavam no quarto de hóspedes. Enquanto meu sobrinho e eu fomos para meu quarto. — Fique a vontade, TaeTae. Sei que é estranho para você dormir comigo, mas quero dar uma lição na Eve.
— Tudo bem, tio. — O Kim sorri brevemente. — Aposto que ela está se mordendo de raiva, porém, não pelo castigo, mas por ter sido rejeitada pelo meu pai. — O mais novo ri.
— Você tem razão. — Rimos juntos. — Bom, eu vou tomar meu banho. — Aviso.
— Eu tomei mais cedo, então vou dar uma olhada nas minhas redes sociais e dormir em seguida. — Assinto. Meu sobrinho começa a tirar a roupa para colocar seu pijama e fico surpreso ao ver seu físico. Eu não deveria olhar assim para meu sobrinho.
— Estou indo. — Percebendo que estava encarando demais, fui rapidamente para o banheiro. Ao me olhar no espelho vi meu rosto ruborizado. Eu fiquei mesmo atraído pelo meu sobrinho? Sou um idiota.
Me despi e tomei um banho demorado. Foi tempo suficiente para me aliviar e pensar um pouco na vida. Minha mulher faz tantas viagens e quando volta para casa não me dá atenção, há poucos meses que não temos um bom sexo. Tenho inveja da minha filha por ser jovem e conseguir tudo o que quer.
— TaeHyung, você pode me entregar a toalha? Acabei esquecendo. — Pedi. Nenhum sinal do rapaz. Ao colocar a cabeça para fora vi a cama vazia, talvez saiu para falar com a minha filha. Tive que sair pelado mesmo. Procurei por uma cueca e meu pijama, deixando-os na cama enquanto secava meu cabelo com a toalha.
— Tio, a senha do Wifi é a mesma? — O garoto adentra o quarto e fica espantado ao me ver nu. — Oh, me desculpe. Eu só…me perdoe.
— Eu que devo me desculpar, sobrinho. Meu Deus, que situação. — Me cubro rapidamente para atendê-lo. — A senha é o nome de Eve junto do ano que ela nasceu. — Ainda tímido, Tae adentrou o quarto e sentou na cama.
— Fui saber com a Eve, mas ela não me respondeu. Deve está emburrada. — Concordo com o mesmo. Ela sempre fica assim quando não consegue o que quer.
— Você conhece ela. É um pouco mimada. — Me visto rapidamente.
— O quarto do meu pai está um pouco silencioso. Creio que a gente não durma hoje.
— Eu imaginei. Bom, por outro lado, se servir te consolo, podemos ligar aquela caixinha no volume que evite a barulheira deles.
— É sério? Legal. — Kim foi até a caixinha todo curioso e sorriu. — Posso ligar agora?
— Como quiser. — Respondo. Meu celular na cômoda começa a tocar e vejo que é minha esposa. — Você e eu vamos fazer as compras de amanhã, tudo bem, sobrinho? — Indago.
— Claro, tio Hobi. — Sorrio ao ouvir o velho apelido.
— Alô. — Atendo a ligação.
— Por que demorou tanto?
— Estava conversando com meu sobrinho.
— Esqueci que seu amigo vai te visitar nesse tempo. — Reviro os olhos ao ouvir a mulher. — Amanhã vai chegar uns papéis na empresa e preciso que você assine e mande-os no mesmo dia.
— Que tipos de papéis?
— Um contrato, talvez você se interesse. — Responde curta e grossa. Parece que nenhum de nós está feliz com essa relação.
— Quanto você vai voltar para casa, afinal?
— Tenho mais um mês de contrato. — Diz. Não demonstro surpresa, na verdade, estou bem acostumado. A única pessoa que me importa é a minha filha.
— Não vai perguntar sobre sobre sua filha?
— Sei que ela deve estar bem com você. — Fala rapidamente. — Preciso ir, Jung. Até mais. — A chamada é encerrada.
— Quando a tia vai voltar? — Tae pergunta.
— Em um mês. — Sou obrigado a forjar um sorriso. Deixo o celular onde estava e deito na cama. — E então, o que escolheu para ouvirmos? — O menor vem até a cama e deita no lado que minha mulher costumava dormir.
— K.Will. — Responde me surpreendendo. Na verdade, sou um grande fã dele e acho que influenciei TaeHyung. — As músicas dele são um conforto quando fico confuso, tio. Você tem um bom gosto, só agora reconheço.
— Eu lembro que você me zoava por gostar de suas músicas. — Rimos. — É bom saber que você também encontra conforto.
— Depois dos dezoito, eu passei a ficar mais solitário. — O garoto comenta. — Estou numa briga interna, tio. Estou confuso com muitas coisas.
— Conte comigo para o que precisar, ouviu? — Seguro sua mão para demonstrar conforto. — Me conte qual seu conflito, hm?
— Não sei se deveria…
— Apenas faça, vamos!
— Por favor, não me decepcione. — Franzi o cenho, mas minha expressão mudou para assustado quando TaeHyung encostou nossos lábios. Foi um selinho pouco demorado. Meu corpo ficou congelado com tal situação. Tae abriu seus olhos para me encarar e fez isso por um bom tempo. Os gemidos do quarto de baixo começaram, mas TaeHyung aumentou o som sem desviar o olhar do meu. A música 'Please Don't' Pareceu encaixar perfeitamente com o momento. — “Eu sei o que você vai dizer, por favor, não diga isso…” — O mais novo cantarolou o trecho da música. Logo voltou a me beijar, dessa vez um beijo de verdade e cheio de vontade. Não consegui raciocinar, apenas continuei o beijo e pedi passagem com a língua. Eu apenas pensei o quanto meu sobrinho querido beijava bem. Também pensei que nunca mais sentiria as borboletas no estômago por beijar alguém após anos de casamento.
Foi a primeira vez que senti algo após tantos anos casado com alguém que nunca me beijou dessa maneira. Eu estou errando ao deixar acontecer, mas é tão doce, tão viciante…
— Espera TaeHyung, seu pai e Eve…— O afasto de leve tentando recuperar o fôlego e tentando concertar meu erro. Eu traí minha esposa, estava traindo um amigo e sendo hipócrita com a minha única filha.
— Esqueça deles por hoje, pode ser? — O rapaz sobe em cima de mim e sorri. — Pense em você por hoje. — Sua mão acaricia meu rosto. — Depois disso, podemos fingir que nunca aconteceu e iremos agir normalmente.
— Tudo bem, mas…eu nunca fiz isso…não com outro homem…
— Para tudo tem uma primeira vez, tio Hobi. — TaeHyung passou a rebolar por cima do meu membro e não pude evitar gemidos sôfregos de minha parte. — Não se preocupe, eu vou te ajudar. — O garoto desamarra seu pijama e o joga do outro lado da cama. — Estão todos se divertindo…nós também merecemos isso, o senhor não acha isso? — Diz próximo ao meu ouvido, sua voz extremamente sensual me arrepia. Assinto e em seguida engulo seco. O Kim sorri e logo em seguida volta em beijar.
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