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História Obsessão - Querida Lucille


Escrita por: LucySwank76

Notas do Autor


Oiee povo! Como estão?

Quero pedir desculpas pela demora do capítulo, eu deveria ter postado no sábado, mas a 1º capítulo da 7º temporada me deixou apreensiva o final de semana todo, e o começo dessa semana também.

E se querem saber da minha reação, chorei como uma criança que perde o Kinder Ovo na cena em que aparecem todos almoçando juntos no final. Ainda castro esses diretores XD

Quero agradecer imensamente as pessoas que estão acompanhando a fanfic, as que favoritaram e uma menção honrosa aos que comentaram: Bekah69 ,sweetloord,Godsamongus,ViciadaemTWD e Holypaige

Sempre é importante saber o que vocês estão achando da fanfic, e me faz muito feliz ler todos os comentários.

Muito obrigada mesmo ♥

Capítulo 3 - Querida Lucille


No dia seguinte ao fechamento de contrato com Negan, as minhas responsabilidades com a mudança condiziam em notificar aos funcionários do depósito, de que outra pessoa buscaria meus pertences, e após o meu expediente no hospital eu precisaria encerrar minha conta com o hotel que me hospedava, para que eu pudesse levar minhas roupas e livros prediletos para o meu novo apartamento.

Todo aquele cenário de acessibilidade, concedida à minha transição de uma moradia para a outra, me ajudou a retirar um peso enorme de minhas costas, já que em todas as vezes em que participei das mudanças de casa com o meu avô Leroy, o trabalho para organizar o novo lar tardavam a acabar, e um ataque de rinite me acompanhava por dias.

Mas apesar de todos esses inconvenientes, havia um momento jacoso no qual eu daria tudo para que se repetisse, o momento em que encaixotávamos os seus álbuns de fotos antigas, e ele como um bom contador de histórias, me relatava curiosidades da época em que era o capitão e melhor jogador de beisebol de seu colégio, e de quais flertes e provas de amor se dispor a encarar para conquistar a sua futura e única esposa, minha falecida avó Lucille.

Fora em nosso último momento de nostalgia juntos, que meu avô me presenteou com o seu bem mais precioso, seu taco de beisebol da sorte que continha o nome de sua eterna amada.

Dizem que ao atingirmos os nossos últimos dias de existência, o sentimento de luto pessoal nos adverte de que o nosso derradeiro suspiro em vida está por chegar, e fora exatamente isso o que aconteceu com o meu avô, pois a poucos dias de falecer, ele se dispôs a me encontrar todos os dias, para que jantássemos nos melhores restaurantes da cidade, sempre declarando o quanto me amava e do orgulho que tinha, pela mulher que eu havia me tornado.

Mesmo recusando-me a chegar ao ultimato, de que a sua partida estava próxima, eu sabia que o perderia logo e que não haveria nada o que eu pudesse fazer para impedir aquela despedida, meu avô não possuía qualquer problema grave de saúde, ele se alimentava muito bem e ainda fazia exercícios físicos para manter-se em forma.

Seu egresso sobreviria, pois havia chegado o momento de encerrar sua permanência entre seus entes queridos, e de finalmente reencontrar a sua amada Lucille.

 

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Ao comentar da proposta de aluguel que eu havia aceitado, todos os meus amigos e colegas de trabalho me parabenizaram por aquela minha aquisição, com exceção de meu amigo George que se opôs a aceitar as inúmeras facilidades, que haviam sido oferecidas pelo dono do edifício Alpha.

E mesmo depois de eu ter mencionado os pontos negativos do lugar, como a conta alta de luz em período de inverno, ele não remediou no julgamento de que aquele, não tinha sido um bom negócio para mim.

George fora a primeira pessoa com quem eu conversei na universidade e ao passar de todos aqueles anos, o nosso relacionamento afetivo se intensificou ao ponto de nos considerarmos irmãos não sanguíneos, e apesar de sempre me posicionar a favor de suas convicções por vezes exageradas, daquela vez eu seguiria um caminho paradoxo àquela sua intuição descrente.

Meu amigo sempre foi o tipo de pessoa que analisa cada mínimo detalhe da situação, e por exagero de suas análises acaba por pesar, com inúmeros empecilhos, quaisquer decisões que toma, pois esse boicote o permite manter-se dentro de uma zona de conforto sem grandes surpresas.

Aquela indagação à minha mudança, não passava de mais de um de seus ligeiros julgamentos com término pessimista, e por isso não dei qualquer importância ao alarde que ele estava fazendo, com aquela minha mudança.

Eu tinha certeza de que com o tempo, ele admitiria que a minha mudança fora a decisão mais sábia que eu poderia ter tomado.

 “-E o cara ainda vai limpar todo o apartamento para você?” Perguntou George enciumado, enquanto nós dois caminhávamos para fora do hospital.

“-Sim.” Eu respondi.

“-Você não acha estranho toda a facilidade que esse cara está dando para você?” Perguntou ele em plena incredulidade.

“-Não, ele apenas quer garantir o negócio dele.” Eu respondi convicta.

“-Eu sei que você está deslumbrada com esse apartamento, mas todas essas facilidades ainda podem te custar caro.” Afirmou George, com semblante de preocupação.

“-O que de ruim pode acontecer?” Perguntei a ele.

“-O cara pode ser um maníaco, um tarado e...” Argumentou ele, antes que eu o interrompesse com minhas risadas.

“-Ai George, você está vendo muito filme de serial killers... – coloquei minhas mãos em seus ombros, enquanto cessávamos a caminhada. – o cara só está precisando de hóspedes, simples assim.” Eu tentei o acalmar.

“-Não sei, todo o comportamento desse cara é estranho demais.” Expos ele, ainda convicto de que havia algo de errado com o dono do edifício em que moraria.

“-Relaxa, não vai acontecer nada... – iniciamos o trajeto novamente. – se você quiser, pode ir comigo para conhecer o cara de perto.” Sugeri a ele.

“-Não posso, eu tenho um plantão extra no período da noite, e eu só sai com você do hospital para tentar te convencer de não se mudar.” Disse ele.

“-Não vai acontecer nada, ok.” Eu disse o abraçando forte.

“-Espero que você esteja certa, Lucy.” Disse ele retribuindo o meu abraço, antes de se despedir de mim e posteriormente entrar no hospital.

Como todas as minhas malas de roupas e livros prediletos estavam em meu carro, pois eu havia encerrado a conta com o hotel antes de ir para o hospital, eu não precisei fazer nenhuma parada antes de me dirigir até o meu novo apartamento.

Ao chegar na frente do edifício, o meu celular me avisou de que alguém queria falar comigo, e ao olhar a tela do aparelho, visualizei o nome Negan nele.

“-Lucy, tudo bem? Eu só queria saber se você vai demorar muito para chegar.” Perguntou ele.

“-Não, eu já estou em frente ao seu prédio.” Respondi, saindo do veículo.

“-Ah ótimo, pode me esperar que eu te ajudo com as malas.” Disse ele.

“-Tudo bem.” Declarei, antes de encerrar a nossa ligação.

Após pouquíssimos minutos, eu pude perceber a aproximação ligeira de Negan, do lado de dentro de seu edifício.

“-Eu pensei que você não viria hoje.” Afirmou ele, ao se aproximar totalmente de mim.

“-É que eu demorei a organizar a minha saída do hotel.” Eu disse.

“-Bom, o importante é que você chegou... – ele se voltou no sentido do porta malas do meu carro. – não podemos demorar, se não o nosso jantar esfria.” Declarou ele.

“-Jantar?” Perguntei confusa ao me aproximar dele.

“-Como eu sabia que você iria chegar bem cansada do hospital, eu resolvi preparar o seu jantar.” Disse ele, retirando as minhas malas do carro.

“-Quais são os outros serviços que você oferece aos seus hóspedes?” Perguntei impressionada.

“-Serviços de marcenaria, instalações elétricas, qualquer problema com encanamentos, e boa companhia quando precisar... – ele sorriu largamente – estou brincando.” Afirmou ele, ainda sorrindo.

“-Mas você é uma boa companhia... – eu fiz uma pausa. – não que eu esteja dando em cima de você, é que... – eu senti meu rosto enrubescer. – se eu falar mais alguma coisa, posso me comprometer ainda mais.” Eu finalizei o meu desastroso comentário com gargalhadas, que foram acompanhadas por risadas de Negan.

“-Eu entendi o que você quis dizer, não se preocupe.” Disse ele com bom humor, quando já entrávamos no prédio.

“-Há quanto tempo você cuida desse edifício?” Perguntei a ele.

“-Esse prédio foi comprado por minha família na década de quarenta, e desde pequeno eu auxílio o meu avô Augusto, na manutenção dos apartamentos.” Declarou ele, enquanto entrávamos no elevador.

“-Você foi criado por seu avô?” Perguntei com curiosidade.

“-Sim, meus pais concederam a minha guarda a ele quando eu tinha apenas um ano de idade, eles não quiseram perder tempo me criando, me educando...– ele respirou fundo.– essas coisas que os pais fazem.” Explicou ele ao fitar o seu olhar, a um canto qualquer do elevador.

Eu sabia com exatidão o que ele havia vivenciado, pois eu também havia sido abandonada por meus pais, e com aquela mesma justificativa de negligência. Porém, havia um lado positivo por parte de toda aquela situação, a criação com o meu avô me proporcionara momentos de alegria que poderiam não ter acontecido, caso eu fosse criada por meus pais.

“-Me desculpe, eu não queria ter tocado nesse assunto... – eu sorri timidamente para ele. – é que eu também fui criada por meu avô.” Eu expliquei a ele, que retribuiu o meu pedido de desculpas com um sorriso.

“-Não precisa se desculpar.” Disse ele, antes de eu abrir o portão externo do elevador, para que pudesse sair do local.

“-Nossa, que cheiro maravilhoso é esse?” Perguntei ao sentir um odor gostoso de comida, vindo de meu apartamento.

“-No menu de hoje temos massa fettucine ao molho sugo. e para acompanhar deliciosas costelas assadas cobertas por barbecue caseiro.” Explicou ele formalmente.

“-Se o seu propósito, ao preparar o meu prato favorito foi me convencer de ficar com o apartamento por muito tempo, eu posso te dar a certeza de que a sua estratégia deu certo.” Eu afirmei com bom humor, já pegando as chaves de minha bolsa.

“-Eu só quero te ajudar, a se sentir em casa.” Declarou Negan, e nós dois entramos no apartamento.

A sua promessa de buscar meus pertencer no depósito, não só havia se efetivado como ele também havia organizado a maior parte de meus bens aos cômodos do apartamento, como por exemplo, os meus livros que haviam sido organizados dentre as inúmeras prateleiras da biblioteca.

“-Assim eu vou ser obrigada a te dar uma gorjeta bem gorda, quando você for embora.” Eu disse sorrindo para ele.

“-Pode ter certeza que eu cobrarei.” Retrucou ele.

Em nosso encontro anterior, eu já havia percebido o quanto aquele homem se apresentava charmoso em cada mínimo movimento que desse, e aquela minha percepção se intensificou depois de toda aquela recepção.

Eu sabia que todo aquele tipo se ajustava à sua função de dono, pois necessitava cativar seus inquilinos a não abandonarem o seu negócio de família, mas no fundo eu estava apreciando e muito toda a atenção que estava sendo dirigida a mim.

“-Bem, vamos comer.” Eu disse caminhando no sentido da cozinha.

“-Espero que goste de meus dotes culinários.” Ele declarou me seguindo.

“-Seria impossível eu não gostar, o cheiro está ótimo.” Eu disse.

“-Por gentileza, se sente à mesa que eu vou lhe servir, madame.” Afirmou ele, se virando no sentido do forno, para me trazer os pratos feitos por ele.

“-Eu vou ficar mal acostumada.” Eu disse.

“-Esse é o propósito de nossos serviços.” Disse ele trazendo a travessa com a massa ao molho sugo.

Como esperado, o jantar que Negan havia preparado para nós estava uma delícia, ele era um ótimo cozinheiro e uma ótima companhia também, pois durante todo o jantar e a cada comentário que fazia, um sorriso sabia de meus lábios.

Era inevitável não se sentir bem ao lado dele.

“-Muito obrigada mesmo, por ter arrumado tudo para mim, eu nem sei como conseguiria fazer isso sozinha.” Eu o agradeci, ainda sentada à mesa de jantar.

 “-Eu só não consegui encontrar um lugar para a sua caixa de madeira lacrada, então a deixei no seu quarto...– ele me encarou por alguns instantes. – eu sei que não é da minha conta, mas o que você guarda lá?” Perguntou ele curioso.

“-Lucille.” Respondi de prontidão.

“-Lucille? É uma boneca?” Perguntou surpreendido com a minha resposta.

“-Não... – eu gargalhei.– Lucille é um taco de beisebol. Meu avô era jogador no colégio, e nomeou o objeto com o nome da minha avó, porém antes de falecer ele me presenteou com o seu bem material mais precioso.” Eu expliquei a ele.

“-Ai que alívio... – ele respirou fundo, colocando uma das mãos no peito.– a verdade é que, quando eu mencionei que Lucille poderia ser uma boneca, eu na verdade pensei que era o cadáver de uma mulher.” Declarou ele rindo sem parar.

“-Que horror! Você acha que eu tenho cara de psicopata?” Perguntei cruzando os braços, mas mantendo o humor do assunto.

“-Eu aprendi a não duvidar de nada, afinal, o perigo sempre está dentro da mente, de quem menos esperamos.” Respondeu Negan com bom humor.


Notas Finais


Essa é a minha versão do, de onde surgiu o nome de Lucille ao bastão do Negan...gostaram?


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