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História Obsessão - Você vai se arrepender.


Escrita por: emilyclarke

Notas do Autor


Olá 🍀

Capítulo 28 - Você vai se arrepender.


Fanfic / Fanfiction Obsessão - Você vai se arrepender.

 

 

 

 

Pov. Clara

 

 

 

Sinto sua mão deslizar em minhas costas nuas e é impossível não me arrepiar com seu toque. Sorrio animada alisando seu peitoral e distribuindo beijos leves na região.

 

-Nós temos que ir, amor.

 

-Não! - digo manhosa. -Liga para a facul e diz que você está doente e não vai poder ir hoje!

 

-Já usei essa desculpa semana passada, esqueceu? - rimos. -E sua turma não ficou nada feliz em ter aula no sábado. - Ele se afasta sentando na cama.

 

-Eu fiquei! - levanto ficando de joelhos.

 

-Você não conta, amor!

 

-Conto sim! - me aproximo beijando seus lábios.

 

Passo minhas pernas em volta de seu corpo e ele se levanta me segurando, aproveito para abraça-lo ainda mais. Rafa segue para o banheiro e não demora até que sinto as cerâmicas frias atrás de mim e logo a água quente escorrendo pelas nossas cabeças. O beijo ficando cada vez mais intenso e o desejo nos consumindo, arranho suas costas e sinto ele puxar de leve meus cabelos, logo sua barba rala percorre meu pescoço e colo com uma de suas mãos acariciando meu seio esquerdo, solto um gemido baixo. Ele me ergue um pouco mais e finalmente nos encaixamos, minhas costas ficam apoiadas na cerâmica para facilitar os movimentos. É tão incrível essa sensação.

 

-Eu te amo, Clara! - Ele diz ofegante quando atingimos o nosso ponto máximo de prazer.

 

-Eu te amo, Rafa. - respondo me segurando ainda mais nele, abraço-o apertado e não quero soltar nunca mais.

 

Sinto uma dor forte na cabeça e sou obrigada a abrir os olhos que começam a doer também devido a claridade do quarto.

 

Cadê o Rafa? Foi só um sonho? Um sonho tão bom... Não. Não pode ser, onde eu tô? Minha respiração começa a ficar cada vez mais rápida, esse não é meu quarto, não é o da minha avó, não é o do Rafa e nem o da Mari, que lugar é esse? Minhas pernas formigam um pouco assim como meus braços, me sinto um pouco zonza e cansada, aos poucos consigo me acostumar a claridade. Estou tão enjoada. Preciso sair daqui, puxo meus braços com dificuldade para me apoiar ao colchão, mas só então percebo que meu braço direito está preso, algemado no ferro da cama.

 

Isso só pode ser algum tipo de brincadeira da Mariana. Como isso foi acontecer? Não lembro de ter bebido, isso não é nada legal.

 

Mexo meu braço tentando puxar essa droga, mas é em vão, não consigo passar minha mão pelo buraco da algema, o ferro também não sai do lugar. O desespero começa a tomar conta de mim e só então algumas coisas voltam à minha memória.

 

Álvaro chegando lá em casa.

 

Álvaro me levando ao fim da rua.

 

Alguma coisa com a Mari.

 

Eu sabia, sempre senti que tinha alguma coisa errada com ele, desgraçado. Porque você não me escutou Mari? Uma angústia forte faz meu peito doer.

 

E então como em um passe de mágica, tudo vem à tona, Álvaro, rua, homens... O louco... Ah não! Não é possível, os dois, eles estavam juntos nessa? Como fui idiota, é claro, como esse maluco ia conseguir saber tudo sobre mim? Agora as coisas fazem sentido, o Álvaro contava para ele! Droga.

 

-SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA, POR FAVOR, EU IMPLORO, ME AJUDA, EU ESTOU PRESA, ME AJUDA, ME TIRA DAQUI. - o desespero toma conta.

 

Grito o mais alto que posso, alguém vai me ouvir, um vizinho ou se eu tiver sorte uma pessoa na rua, eles vão me ouvir e alguém vai chamar a porcaria da polícia.

 

-POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDA, EU FUI SEQUESTRADA, ME TIRA DAQUI, CHAMA A POLÍCIA! TEM ALGUÉM AÍ? ME AJUDA, POR FAVOR. - tento segurar a vontade de chorar, mas não consigo, porque ele fez isso? O que ele vai fazer comigo?

 

Fico puxando o ferro da cama, mas de nada adianta.

 

-POR FAVOR, ME AJUDA!

 

Escuto um barulho e agradeço a Deus, é a ajuda, alguém ouviu os meus gritos e veio ver o que era.

 

-AQUI! ESTOU AQUI, ME AJUDA!

 

Estranho a demora da pessoa em entrar no quarto e só então quando sinto um cheiro familiar, forte, de perfume masculino invadindo o quarto e fazendo meu enjoo aumentar percebo que é ele, estou perdida.

 

-Oi Clara. - Ele diz calmo fechando a porta.

 

Sinto um nó se formar em minha garganta.

 

-Porque você fez isso? - pergunto com a voz quase falha.

 

Como fui burra! Eu não deveria ter dito aquelas coisas, irritei ele. Droga. Não imaginei que seria capaz de algo assim.

 

Um sorrisinho brota em seus lábios e ele chega ainda mais perto da cama.

 

-Você está bem? - ignora minha pergunta.

 

-Você acha que estou bem? Olha só isso. - balanço o braço que está preso.

 

Ele se diverte com a situação e solta uma risada em deboche.

 

-Tudo a seu tempo, amor.

 

Me irrito e puxo com mais força a algema soltando um grito de dor.

 

-Cuidado, isso pode machucar.

 

-ENTÃO TIRA ESSA DROGA DO MEU BRAÇO! - digo entre lágrimas, estou com tanta raiva!

 

-Calma meu amor, eu queria, de verdade, tirar isso, mas tenho certeza que você não vai se comportar.

 

-Você é louco!

 

-Louco de amor por você. - Ele diz sorrindo e senta-se na cama.

 

Meu coração parece que vai sair pela boca.

 

-Por favor, me deixa ir embora. Eu já te falei mil vezes que eu não gosto de você, que eu não sinto nada, NADA!

 

-Sabe Clara, eu esperei tanto por esse momento... Sonhei demais com nós dois. Acha mesmo que eu te deixaria ir?

 

-O que você espera com isso? Pensa que me sequestrar e me deixar algemada a uma cama vai fazer eu gostar de você? Eu só sinto mais raiva.

 

-É uma pena que você pense assim, mas não tem problema. - Ele balança a cabeça. -Com o tempo, você vai me amar. Eu sei que vai.

 

-Isso nunca vai acontecer, eu amo o Rafa e sempre... - sou interrompida pelo soco forte desferido à cama.

 

Fico assustada e tento me encolher dobrando os joelhos. Observo o homem à minha frente esperando qual será seu próximo movimento. Tenho medo que ele me dê um soco desses. O que eu fiz para merecer isso? Me explica Deus.

 

-Ninguém ama você como eu.

 

-Realmente, não conheço ninguém doente a esse ponto.

 

-NÃO SOU DOENTE! EU TE AMO CLARA, ESTOU FAZENDO ISSO PARA O SEU BEM PORQUE AQUELAS PESSOAS NÃO GOSTAVAM DE VOCÊ. - Ele grita me deixando mais assustada.

 

Recuo tanto que minhas costas doem com os ferros da cama pressionando já que não tenho mais para onde ir. Me afasto o máximo que posso dele, mas a algema não me permite ir muito longe.

 

-Pensa que esqueci tudo aquilo que fez? Os xingamentos, a ameaça... Você me humilhou! Eu... Eu... Eu fiz tudo e no final fui tratado daquela maneira. Deveria me agradecer por ainda estar viva. - engulo em seco.

 

-Me desculpa... Eu só... Sinto medo de você. - digo sincera.

 

-Mas eu não fiz nada, porque tem medo?

 

Ele deve sofrer de amnésia também, não é possível!

 

-Olha eu sinceramente não tenho mais paciência de ficar contando tudo o que você fez comigo, toda vez é essa historinha de não fiz nada, eu amo você, não vou te machucar... CHEGA! Quer saber, me mantém aqui presa mesmo, é até bom, assim você vai me conhecer de verdade. - enxugo minhas lágrimas com força.

 

Vou fazer da vida dele um inferno.

 

-É tudo o que eu mais quero. Conhecer você, saber tudo, suas coisas favoritas e as que odeia. - Ele sorri e desliza a mão em meu pé esquerdo. Trato de jogar as pernas para o lado rapidamente.

 

-Não encosta em mim! - digo com mais raiva.

 

-Vou relevar isso porque eu sei que é só uma fase. Daqui a pouco você vai implorar por mim, vai pedir mais e mais. Não é por nada Clara, mas eu sou muito bom no que faço. - Ele sorri convencido e percebo suas segundas intenções, sinto um arrepio percorrer minha espinha.

 

-Você é nojento. Escuta bem, eu NUNCA vou fazer nada disso contigo, NUNCA. Eu tenho nojo, só de te olhar sinto vontade de vomitar. - Ele se mantém em silêncio, mas a sua expressão não é nada boa. Decido continuar, ser boazinha não me ajudou muito até agora. -Você é doente, coloca isso de uma vez na cabeça, e vai procurar um tratamento! - Ele se levanta com o punho fechado. Esse idiota pode me bater a qualquer momento, mas eu não vou parar. -Você sempre disse que ninguém gostava de mim, mas me fala, que experiência tem para dizer isso? Porque eu acho que nenhuma! Foi a rejeição que te deixou assim? - dou uma risada, nervosa, mas tento parecer normal. Não posso demonstrar que estou com medo, porque é isso que ele quer. -Ninguém nunca deve ter te amado, nem seus pais, nem ninguém e maluco desse jeito, o máximo que você vai conseguir é que os outros sintam pena.

 

Percebo que o atingi quando vejo suas mãos trêmulas e sua respiração alta invadindo o quarto. Achei seu ponto fraco.

 

-Você por acaso prende seus pais em um cativeiro também? E obriga eles a dizer eu te amo todas as noites? Ou tem outras garotas que você diz amar presas aqui? E aqueles homens? São todos doentes? O Álvaro eu sei que é.

 

Ele finalmente olha em minha direção, seu olhar transbordando ódio, porém consigo notar que estão cheios de lágrimas.

 

-Você vai se arrepender. - diz caminhando até a porta, e fechando-a com força em seguida.

 

-VOCÊ QUE DEVERIA SE ARREPENDER POR FAZER TANTO MAL AS PESSOAS, SEU MONSTRO! MONSTRO! - Grito o mais alto que posso para ele escutar.

 

Idiota, nojento, desgraçado! Ai que ódio! Porque não levei uma faca comigo naquele dia, era só eu ter empurrado no peito dele, nada disso estaria acontecendo.

 

Espero que ele me mate, qualquer coisa é melhor que isso. Puxo minha mão de todas as maneiras possíveis, mas ela não passa de jeito nenhum. Só falta ele querer algemar o outro braço.

 

Como vou viver com essa algema no meu braço? Pior, e se eu quiser ir ao banheiro? Será que ele pretende usar fraldas em mim?

 

Paro e observo o quarto, tem a porta que ele entra e sai, e outra, talvez o banheiro seja lá. Um guarda-roupa de frente para a cama, deve estar vazio, a menos que ele tenha roubado minhas roupas também ou se esse for o quarto dele deve ter as suas, espero que não, como vou aguentar dividir o mesmo cômodo com esse psicopata? Acho que eu daria um jeito de matá-lo, isso se ele não me matar antes. Tem um criado-mudo perto da cama, o que será que tem nele? Tento alcançar com a mão livre, mas não consigo, é, acho que não fica tão perto assim. Talvez se eu usar os pés...

 

Me arrasto até a ponta da cama e coloco meus pés no chão, levanto uma perna com um pouco de dificuldade devido a calça jeans justa, pior dia para eu ter escolhido essa, encosto meu pé na ponta e consigo puxar a gaveta. Fico de joelhos na cama e vejo que dentro da gaveta só tem a outra algema, que droga! Me deito e empurro com a perna a gaveta, é melhor que ele nem veja.

 

Não tem janelas nem nada, como vou escapar daqui?

 

Respiro fundo, mas aí eu penso no Rafa e na minha avó, como vou viver sem eles? Será que estão bem? Espero que esse louco não tenha machucado eles. E a Mari? Tenho medo do que o Álvaro pode fazer com ela agora que eles já atingiram o objetivo que era me raptar. As lágrimas descem sem parar, só em pensar que tudo isso é culpa minha...

 

Deito apoiando a cabeça no braço que está preso e me encolho deixando as lágrimas caírem.

 

 

 

 

 

 

  Eu era apenas uma garota simples, esforçada e cheia de sonhos. Você apareceu na minha vida e foi destruindo tudo. Agora estou jogada nesse quarto e não faço ideia de como posso sair daqui. O pior disso tudo, é o sentimento de culpa, se eu tivesse seguido outro caminho naquele dia, nunca teria te encontrado e nada disso estaria acontecendo.


Notas Finais


E essa conversinha hein?🤔

O nome do capítulo já diz tudo, o nosso danadinho Karim vai aprontar (ainda mais) e a nossa angel vai sofrer? Ou ela vai seguir firme e forte na batalha? 🙄

Agora vamos falar de vocês? Maravilhosos! ❤ Como estão? Espero que todos bem❤ Já sabem né? Qualquer coisa é só dizer😁

Muito obrigada por tudo meus amores❤❤ Amo vocês e até logo❤🌼

Beijos😍


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