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História Obsessão (Imagine Obito) - 46 - Perdão


Escrita por: _autorachan_

Notas do Autor


*Tenshi*= anjo em japonês

Capítulo 47 - 46 - Perdão


Alguns dias haviam se passado e a dor de perder um filho não era algo fácil, então pra tentar amenizar o sofrimento, Obito e S/n resolveram fazer algo simbólico que pudesse homenagear o anjinho que perderam. Então, em um local afastado e desconhecido por muitos nos país do fogo, fizeram um pequeno túmulo para o bebê.


- S/n: "Tenshi, aquele que o mundo não mereceu. Filho amado" - ela estava abaixada, lendo o que haviam escrito na lápide, todos os membros da akatsuki estavam lá para apoia-los nesse momento difícil. Eles deixaram alguns buquês de flores com carinho ali. Ela se aproxima de Obito, que a acolhe em seus braços. Ele beija o topo da cabeça dela, um apoiando o outro, e somente os dois sabiam como se sentiam. Após um tempo no local, tiveram que voltar pois havia o risco de alguém aparecer ali a qualquer momento.


...


Um mês havia se passado desde os acontecimentos do sequestro de S/n, as atividades da akatsuki estavam um pouco paradas, mas a caça aos membros não. Quase todos os que saiam em missões estavam com seu rosto no bingo book, até mesmo o da S/n estava. Ela e Kakuzu estavam na sala, lendo alguns pergaminhos e conversando, enquanto ela tomava um sorvete.


- Ih, quando foi que fizeram isso? - Kakuzu diz mostrando o desenho que haviam feito do rosto dela. Ele conseguiu uma cópia do livro de uma de seus subordinados


- S/n: Que horrível que eu fiquei - faz careta, não gostou do jeito que haviam desenhado ela.


- To mostrando que seu rosto tá no livro das pessoas mais procuradas do país do fogo e você tá preocupada com sua aparência?


- S/n: Sim - dá uma colherada em seu sorvete, Kakuzu ri. Hidan desce as escadas devagar, ele havia acabado de acordar, vai até onde os dois se estavam e se senta no sofá também.


- S/n: Bom dia - o olha.


- Bom dia - se espreguiça - Não acredito que seu rosto tá aqui - diz olhando pra mesa de centro, pega o livro - Ih, acho que erraram seu nariz.


- S/n: Cala boca - diz rindo.


- Sabe que vai ter que tomar cuidado redobrado agora né? Sua cabeça tá valendo uma boa grana - diz o platinado colocando suas mãos embaixo da cabeça e se ajeitando no sofá.


- Boa grana? Será que vale a pena? - Kakuzu a olha pensativo - Bom... Pelo menos eu já sei o que fazer caso eu precise de dinheiro.


- S/n: Pode tentar, daí eu te mato e fico com toda sua grana - ri.


- Como se você soubesse onde fica meu amado dinheiro.


- S/n: No chão de madeira falso do seu quarto, lado esquerdo embaixo da sua cama - diz simplesmente enquanto lia um pergaminho. Kakuzu arregala os olhos e a olha incrédulo, Hidan gargalha.


- Como você descobriu isso, pilantra? 


- S/n: Juro que foi sem querer - diz rindo - Fui limpar seu quarto, não tinha mais nada pra fazer aqui.


- Boa, S/n, meus parabéns - ele levanta o punho pra ela, que bate no mesmo sorrindo.


- Filhos da puta - resmunga, agora ele teria que procurar outro lugar para guardar e isso seria difícil.


Konan descia as escadas sonolenta, vê todos na sala e se aproxima.


- S/n: Bom dia meu anjo.


- Bom dia - sorri e se senta ao lado dela - Já fizeram o café? 


- Tamo quase fazendo o almoço - Kakuzu responde.


- S/n: É, você se atrasou um pouquinho hoje - ela ri.


- Dormi pouco, ontem a noite ficamos vendo relatórios de subordinados, muita coisa foi acumulada. 


- S/n: E como está a situação da akatsuki? Obito ficou de me contar, mas ele ainda tá dormindo.


- Eu fiquei pouco tempo, mas ele e Pain continuaram lá por horas - S/n engole seco, tinha um certo receio de Obito comentar algo com o Pain, sobre eles já terem ficado e o mascarado acabar perdendo a cabeça.


- Coragem - Hidan comenta.


- Enfim, pelo pouco que eu vi, apesar da gente ter parado de ir atrás das bijuus, parece que Konohagakure e Sunagakure ainda estão focados em vir atrás da gente.


- S/n: Já era de se esperar.


- Sim... E parece que estão pensando que nós estamos planejando algo muito ruim e acham que são nossos próximos alvos.


- Até eu pensaria isso se fosse eles - o platinado diz - Das vezes que ficamos muito tempo parados, voltamos com tudo depois.


- Só temos que ficar todos juntos, caso vierem atrás de nós, eles não tem chances contra todos.


- Realmente, esse desgraçado aqui tem cinco corações, se quiser matar essa porra tem que ser cinco vezes - S/n ri do jeito que Hidan fala - Vocês duas, tem cara de anjo, mas podem tirar papel e cristal até do c...


- Entendemos, Hidan - as duas dizem em uníssono, ele ri.


- E eu... Ah, eu nem morro.


- S/n: Mas pode ser cortado, dilacerado, triturado, torturado...


- Picotado, queimado, afogado - Konan continua.


- Se fodeu, otário - Kakuzu ri.


- Sei que não fariam isso comigo, vocês me amam demais pra isso - se ajeita no sofá novamente, as duas reviram os olhos - Enfim, quem vai fazer o rango? Eu resolvi ajudar hoje.


- S/n: Hoje é meu dia - se levanta.


- Vamo - ele se levanta junto dela - Que Jashin de elimine, Kakuzu - se afastam e vão para a cozinha fazer o almoço.


...


- Mas, e aí, S/n... - ele se aproxima dela enquanto ela estava preparando o molho do macarrão.


- S/n: Sim? - o olha rápido e volta seu foco a panela.


- Você e o... - antes que ele continuasse, Obito aparece na cozinha, usando seu kamui, o platinado se assusta. S/n o olha rápido e da um sorriso, ela estava focada no fogão. Obito acaricia de leve os ombros dela como cumprimentos e se direciona a ele.


- Ia pergunta algo pra ele, Hidan? - cruza seus braços, Hidan o encara - Como ela tá focada ali, eu acho que posso responder.


- Hum - ele também cruza os braços e o olha - Não era nada de mais - ri - Só ia perguntar se você e ela estão namorando - nesse momento, S/n para o que estava fazendo e olha para os dois.


"Hidan, quer morrer?"

Ela pensa.


Ela da de ombros e volta ao que estava fazendo, começa a colocar o macarrão cozido ali enquanto eles conversam.


- Não me leve a mal - o platinado continua - Isso não muda muita coisa pra mim.


"Só muda que você não vai poder ficar dando em cima dela toda hora né seu filho de uma puta"

Obito cerra o punho, mas se contém.


- Claro que não - ele ri - Estando comigo ou não, ela não daria moral pra você como você gostaria que ela desse - após isso, ele se aproxima de S/n por traz - Te espero no meu quarto quando terminar aí.


- S/n: T-ta bom - sorri pra ele, ficou nervosa por conta da forma que ele disse, Obito podia ser sexy e intimidador ao mesmo tempo, ela amava isso nele. Ele se afasta dali e vai em direção ao seu quarto.


- É, isso responde minha pergunta - se apoia no balcão e a observa. Ela termina de mergulhar o macarrão no molho e se aproxima dele.


- S/n: O que ganha irritando o patrão? 


- Não quis irritar ninguém - desvia o olhar - Só fiquei curioso, aliás não só eu, todo mundo.


- S/n: Eu achei que tava bem óbvio - ri.


-  Devo receber ordens suas também? Por que isso seria uma honra - ele sorri com malícia.


- S/n: Hidan, você não tem amor a sua vida né?!


- Desculpa, perdão - levanta suas mãos em rendimento - Força do hábito, eu acho - suspira.


- S/n: Baka - se vira e começa a cortar uma cebola.


Ele ri e pergunta no que pode ajudar, e assim os dois preparam o almoço.


...


- Então foi isso que aconteceu?! - Sasuke estava em frente ao seu irmão, como olhos cheios d'água se segurando para não deixar as lágrimas caírem, por ouvir toda a verdade nua e crua de uma só vez. Itachi o olhava preocupado, não fazia ideia de como ele iria reagir partir de agora. Os dois estavam um tanto quanto longes um do outro, mas ambos sentiam a mesma coisa, porém de formas diferentes.


Itachi se sentia aliviado por ter contado tudo a ele e ter deixado de lado sua ideia de deixar ele o matar, definitivamente contar a verdade de tudo o que passou foi aliviante. A dor que ele carregava era grande e foi tirada de seus ombros. Apesar de ainda se sentir mal por ter matado todo seu clã, contar o motivo de tudo ao Sasuke foi o melhor ato de sinceridade que já fez em roda sua vida.


Sasuke por outro lado se sentia aliviado e com raiva, aliviado por saber que seu irmão não era o vilão, afinal, que ele havia feito tudo por um bem maior. Sua família e clã planejavam um golpe de estado, o que resultaria em uma guerra que provavelmente o mataria. Mas sentia raiva por qual dez isso, por quem o obrigou a carregar tudo isso sozinho, isso o estava queimando por dentro. Ninguém merecia isso.


- Por quê... - lágrimas já caiam de seu rosto - Por que não me contou? Por que guardou tudo isso pra si? Por que se deixou viver sozinho como um vilão, Itachi? - dizia com raiva e tristeza ao mesmo tempo. Itachi se aproxima dele devagar. Sasuke o olha com os olhos carregados, Itachi não se segurou e também começou a chorar - Você quis que eu vivesse mas não pôde viver comigo...


- Oni-chan, me desculpe - segura em seu pescoço e encosta sua testa a dele - Eu teria feito tudo diferente se fosse possível, mas como não tem como, só consigo mudar o agora - fecha seus olhos. Sasuke fica sem reação - Eu só não queria te envolver em tudo aquilo.


- Itachi... - ele se aproxima coloca suas mãos nas costas dele. Os dois iniciam um abraço apertado e cheio de história pra contar.


Dois irmãos que se amam, mas que a vida não havia sido nada justa no passado, estão agora se reconciliando após tanto mal entendido e histórias mal contadas. Lágrimas escorrem sem cessar de ambos os olhos, descarregam toda sua dor e frustração ali. Um era a única família do outro, não existia mais nada em suas mentes, só a saudade dos velhos tempos, onde Sasuke corria atrás de Itachi para que ele o ajudasse com seu treinamento. Onde Itachi sempre cuidava de seu irmãozinho e o dizia que na próxima iriam treinar, onde sua família e clã ainda estavam todos vivos...


- Você não tem que me perdoar. Não importa o que aconteça com você de agora em diante, eu sempre vou te amar - Itachi diz ao se separarem, Sasuke o olha ainda sem reação. Suas testas ainda estavam coladas tornando o contado visual mais intenso. Os dois podiam ver seus sentimentos apenas ao olhar em seus profundos olhos escuros. 


- Itachi... - aperta seu ombro que segurava com sua mão direita. Ele não consegue falar, nesse momento ele era apenas seu irmão mais novo querendo ter ele ali, ele queria consolar seu irmão mais velho por conta de tudo que ele passou, se colocou no lugar dele e não sabia se teria sido tão corajoso quanto ele. Sente um aperto em seu coração.


- Está tudo bem, agora, oni-chan - sorri de leve. Naquele momento, Sasuke tinha a visão do verdadeiro herói de toda aquela história. Uchiha Itachi, quem todos em Konohagakure pensavam ser um assassino sem coração, por ter matado todos de seu clã e família, era na verdade a melhor pessoa que ele poderia ter conhecido em toda sua vida. 


Após aquele momento, os dois vão até a pequena casa que Itachi tinham, enquanto pensavam e conversam um pouco. Por conta de tudo o que havia acontecido ainda era um pouco estranho aquilo, mas apesar de tudo era bom ter um ao outro, finalmente não se sentiam sozinhos, estavam em família. 


Ao chegarem lá, os dois entram. Havia uma dúvida na mente de Sasuke que o estava perturbando desde que conversaram.


- Itachi - o mais velho o olha - O que o fez mudar de ideia? - Itachi sorri e se aproxima dele. Levanta dois dedos e os bate em sua testa.


- Te conto na próxima, Sasuke.



Notas Finais


"Você não tem que me perdoar. Não importa o que aconteça com você de agora em diante, eu sempre vou te amar."
Créditos ao autor, Masashi Kishimoto.


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