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História Obsessão [Min Yoongi] - 45


Escrita por: suuuuk15

Capítulo 45 - 45


Yoongi's POV 


Está feliz em me ver?— Felix sorriu de um jeito inocente. O mesmo jeito inocente de quando tinha sete anos de idade. 


Eu deveria estar transbordando de felicidade por vê-lo, mas estava apavorando. Eu sumi da sua vida para o seu próprio bem. Queria que ele tivesse uma vida normal. Eu implorei aos meus tios que ele tivesse uma vida normal. Que nunca me procurasse. Que nunca soubesse o que eu fazia. Mas agora ele está aqui. Bem na minha frente. 


E não é mais uma criança de sete anos de idade. 


— O você está fazendo aqui?— tentei não demonstrar nenhum tipo de emoção. 


— Caramba!— ele revirou os olhos e se sentou novamente e apoio a cabeça no encosto do sofa.— Esperava que meu irmão mais velho tivesse uma reação mais positiva ao me ver. 


— E por que eu estaria feliz em ver  você, moleque? Eu disse para nunca me procurar. 


— Eu sei.— Ele fechou os olhos.— Mas agora eu tenho idade suficiente para tomar as minhas próprias decisões, hyung.


— Você vai voltar para a Coreia agora.— ordenei.— Você não pode ficar aqui. 


— Eu também não posso mais ficar lá.— ele disse simplesmente.— Nossos tios foram assassinados. 


Puta merda. 


— Como assim foram assassinados?— perguntei surpreso. 


— você sabe. Os Ferrari são bem odiados. Eles não  lidavam muito bem com os negócios da família e acabaram se metendo em encrenca.


— E você? Por que ainda está vivo se era responsabilidade deles? — estava aliviado, mas precisava saber o motivo de ele ainda estar entre nós. 


— Eu consegui fugir. 


— Eu disse que queria que você tivesse uma vida normal.— passei as mãos no rosto.— Eu disse que queria você longe de toda essa merda. Longe de qualquer perigo. — O encarei com ódio nos olhos.— Agora me fala. Por que você está fugindo? Por que eles estão mortos e por que não me obedeceram? 


— Muitas perguntas, nenhuma resposta.— ele zombou de mim.


— Porra!—bati o punho na mesa de centro.— Eu não estou brincando com você. 


Ele levantou as mãos em sinal de rendição. 


— Acho que você vai ter que me deixar ficar aqui.— ele disse simplesmente.— Você é minha única família agora. E eu sinto a sua falta, irmão. Tem que me deixar ficar. Ou vai me perder também. 


— Ainda temos muito o que conversar, Felix.— Falei.— Você tem que me contar o que aconteceu de verdade. 


— Vai me deixar ficar?—ele perguntou esperançoso. 


— Se você prometer que não vai se meter no meu caminho.— dei de ombros.— E nem  vai pedir para trabalhar comigo. E também que não vai fazer nenhuma merda. 


— Eu prometo! — ele sorriu. 


— Vamos ter uma conversa particular no meu escritório quando eu voltar.


— aonde você vai? — ele revirou os olhos.— Não deveria ficar aqui já que acabei de chegar de viagem? 


— Você tem idade o suficiente para se cuidar.—zombei.— E tenho algo importante para resolver. Esteja aqui quando eu voltar. Nada de ficar passeando por aí, fugitivo. 



S/n's POV 


Minha paz de espírito é bem mais importante do que enlouquecer tentando entender as razões que fizeram algo acontecer da forma que aconteceu ou os motivos que as pessoas tiveram para agir da maneira que agiram. 


Achava que era assim. As pessoas eram importantes entre si, mas ninguém era necessariamente importante para o universo, ou para os outros. Como quando você perde alguém, e se sente destruído por dentro, mas quando liga a TV os jornais não noticiarão seu luto; os humoristas continuarão trabalhando com plateias cheias de pessoas dando gargalhadas entusiasmadas; as novelas continuarão; e você percebe, com uma ponta de dor, que essa pessoa nunca deveria ter significado nada para você. Assim como não significou para o resto do universo. Que o único que se machucou por confiar, que sentiu que perdeu e que amou,foi você. Essa pessoa apenas te destruiu e te deixou sozinha. Sem saber a sua verdadeira história, sentindo como se também não se conhecesse de verdade.


Te deixando apenas com um enorme buraco no peito. 


— Casa comigo, S/N. Por favor casa comigo e eu juro que nunca mais vou fazer coisas assim de novo.— Min Yoongi não desistia. E todas às vezes que ele me procurava, acabava me destruindo de novo.— Sei que você é boa demais pra mim. Mas também sei que nós não somos como todo mundo. Escuta o que eu tenho para dizer só mais uma vez...


— Você jurou isso antes.— eu estava cansada. Estava cansada das promessas que ele não era capaz de cumprir.— Olha só para gente. Dá uma olhada no que me transformei. Não quero mais essa vida. Eu estou cansada. Estou quebrada. 


— Não!— Ele deu um passo para frente, mas eu dei dois para trás.— Não, não. Você quer! Vou compensar tudo. 

  

— Tudo o quê?— engoli o choro.— Você tem que aceitar que não ia da certo. Eu pensei que a gente ia dar certo, que nosso amor por mais difícil, repentino e complicado que fosse, sobreviveria e viveria para contar história. 


— Nós ainda podemos, podemos sobreviver. 


— Não quero sobreviver.— Não consegui mais conter as lágrimas.— Quero viver. Você nunca vai mudar. Tudo tem que ser tão complicado com você. Nossa relação é tóxica. Demorei muito tempo para perceber isso, mas finalmente acordei. 


— Você é inacreditável.— ele não parecia estar acreditando no que estava ouvindo.— A minha S/N jamais diria que nós não somos bons o suficiente um para o outro.


— A sua "S/N"não existe.— gritei. 


Perdi a paciência.


— Dessa vez eu não vou tentar machucar você por estar me sentindo ameaçado.— ele disse simplesmente.— Eu sei que errei. Eu fiz tudo o que podia para te proteger, S/N. Mas não foi o suficiente. Um dos meus maiores desejos na vida seria que você entendesse, de verdade, que é uma pessoa rara e que eu nunca vou desistir de você. Você trouxe o melhor de mim e me fez acreditar que eu também posso ser amado. Tenho lutado com o que sinto por você. Sei que não pode confiar no que digo, mas quero reconquistar sua confiança. Não vou machucar você de novo. 


— Eu não acredito mais em você.— as lágrimas não paravam de rolar.— Você não entende? Não pode simplesmente me destruir e vir aqui na minha casa e fazer todo esse discurso de arrependimento. Você era tudo pra mim, porra. Mas você acabou comigo e eu nunca mais quero sentir essa merda novo. 


Seus olhos estavam carregados de arrependimento. 


— Nada foi real. Eu acreditei. Eu confiei…— eu só queria sumir. 


— Nosso amor foi real.— ele mordeu o interior da bochecha. Estava se segurando para não chorar.— Ainda é real. Eu menti para…


— Para me ter na palma da sua mão? — gritei.— Para provar o quanto você é poderoso? 


— Você disse que nada poderia mudar  o que você sente por mim.— ele não consegui mais segurar as lágrimas.


— então somos dois mentirosos.— disse com firmeza. Era isso. Estava desistindo do grande amor da minha vida. Uma pessoa quebrada não pode simplesmente ser consertada. A dor que estava sentindo era muito maior do que todo o amor que sentia por ele. Estava acabado.— Do que mais você precisa, Min Yoongi? Quer que eu soletre para você? Some daqui. Volta pro inferno de onde você veio. Você não tem o que fazer aqui. Não tem mais nada a ver com a minha casa. 


— Está feliz agora, S/N? — ele perguntou.— ergueu seu muro novamente. Colocou a porra de uma barreira entre nós de novo. 


— Não podemos continuar nesse vai e volta, Yoongi. Não faz bem para nenhum de nós dois. 


— Eu voltaria para você mil vezes se fosse preciso.— ele gritou.— Não vai mais ser assim. Podemos superar isso. Já passamos por coisas piores, e sei que posso perder você a qualquer momento. Não valorizei o que tinha, e sei disso. Só estou pedindo mais uma chance. 


— Tem razão.— falei.— Não vai mais ser assim. Você já me perdeu. 


— S/N… 


— Não é tão simples assim.—falei.


— Não precisa ser simples.— disse Min Yoongi.


— Mas também não precisa ser tão complicado. 


Ficamos nos encarando em silêncio até ele começar a vir em minha direção. 


— Quer parar?— coloquei a mão em seu peito, impedindo que ele chegasse mais perto.— Nós dois sabemos como isso vai acabar. Você vai continuar mentindo, eu vou terminar com você, você vai vir atrás de mim e vai me dizer que não vai mais ser assim. Depois nós voltamos para a sua casa e trepamos.  Aí você vai fazer tudo outra vez porquê  não consegue ser honesto comigo. 


— eu vou atrás de você porquê você não consegue ficar longe mim. 


— Está enganado, mafioso.— revirei os olhos.— Eu nunca mais quero estar perto de você.  Você vai ficar sozinho para o resto da vida, e isso me faz sentir pena de você. Eu vou seguir em frente, conheço um cara legal desde que tinha seis anos, ele me trata do jeito que você deveria ter tratado, e nós vamos nos casar e cuidar de Niki muito bem. E depois vamos ter nossos próprios filhos. Eu vou ser feliz. 


Ele abaixou a cabeça e lágrimas começaram a rolar. 


— E sabe a pior parte?— ele me olhou de volta. E o seu olhar de tristeza partiu meu coração. Mas eu  já tinha o machucado e não poderia mais voltar atrás.— O seu pai estava certo. Você não merece o amor. Eu achei que poderia mudar isso, mas esqueci que não se poder mudar quem não quer ser mudado. Eu deveria ter ouvir você e desistido no primeiro momento. 


— De-desculpa.— ele enxugou as lágrimas.— Eu vou embora.


E sem esperar pela minha resposta, ele saiu da minha casa sem olhar para trás. Pensei que iria me sentir melhor depois de magoá-lo, mas eu me senti muito mais destruída. Eu sou uma pessoa difícil, mas nunca minto para magoar alguém. 


— Por que fez isso, S/N?— Niki perguntou quando entrou na sala.— Não é isso que você acha sobre ele. 


— Eu sei.— os meus soluços preencheram o cômodo.— Tinha que fazê-lo desistir de mim, Niki. Não somos bons um para o outro. Tinha que pôr um fim nisso. 


— S/N… 


— Nós dois ficaremos bem sem ele. Eu prometo! 


— Estava falando sério sobre Hyunjin?— ele quis saber.


— Não.— falei.— Hyunjin é um homem bom, mas nunca vou amá-lo  como amo Min Yoongi. 


— Então por que disse aquilo? 


— Porque eu precisava machucá-lo tanto quanto ele me machucou. Mas acredite, eu não me sinto melhor agora que fiz isso. E também não deixei de amá-lo por isso. 


— Então por que não volta com ele?— Niki perguntou. 


— Porquê eu não aguento mais sentir dor. 



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