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História Obsessive Desire - O Começo de um Novo Pesadelo


Escrita por: Bayer04love

Notas do Autor


Olá pessoas....esse capítulo está um pouquinho maior porque algumas coisas importantes ocorrerão nele, eu me esforcei muito para que ele ficasse o mais natural e o melhor possível...

Aproveitem a leitura!!

Capítulo 6 - O Começo de um Novo Pesadelo


Fanfic / Fanfiction Obsessive Desire - O Começo de um Novo Pesadelo

INNENSTADT - 06:00 p.m.

Melanie e Joel estavam novamente estudando, dessa vez na casa da garota, fazendo mais uma parte do trabalho.

 O rapaz dessa vez estava muito inquieto, já fazia alguns dias que ele suspeita que sentia algo a mais pela garota, mas sabia que não era correspondido e tinha medo disso, medo de sair machucado nessa história toda. 

Melanie parecia um sonho tão distante para ele, os dois pertenciam a realidades diferentes, para o rapaz, havia uma probabilidade enorme de qualquer romance que eles engatassem não dar certo, entretanto aquela jovem não saía de seus pensamentos; seus olhos azuis, seus cabelos loiros, sua pele, tudo era tão convidativo ao olho do rapaz, que por um minuto ele se esqueceu do trabalho e se prestou apenas a apreciar a jovem concentrada no que estava fazendo a sua frente.

 Com uma de suas mãos segurando a caneta, deslizando-a pelo papel que se encontrava em cima da mesa, enquanto a outra mão estava enrolada em uma mecha de cabelo que a garota puxava entre seus dedos inquietante, as mangas de sua blusa de frio estavam um pouco arregadas, mostrando algumas pulseiras que com certeza Melanie usava para cobrir os cortes, os olhos da garota se alternavam entre o caderno e o livro, extraindo e copiando o conteúdo que precisava. 

Como um ímã, o corpo de Melanie puxava Joel para perto dela sem que percebesse e sem que o rapaz conseguisse controlar, em um instante, Joel estava ao lado de Melanie.

As mãos do rapaz suavam frio e tremiam, tamanho era o nervosismo que ele estava, mas Joel tinha que fazer algo, ele já estava ficando sufocado por isso tudo, delicadamente segurou o rosto de Melanie e fez um pequeno carinho em sua bochecha, a respiração descompassada da menina batia no rosto do rapaz, o convidando para fazer o que ele queria.

- Me desculpe....por isso. - Joel disse antes de finalmente pressionar seus lábios contra os da garota que se assustou completamente, mas não era capaz de afastar o rapaz, Joel fechou os olhos buscando coragem para continuar o ato, enquanto Melanie ainda permanecia de olhos abertos, paralisada com tudo aquilo, o rapaz então pediu passagem com sua língua para aprofundar o beijo e a boca da garota abriu meio relutante, no momento em que suas línguas se encontraram, uma corrente elétrica perpassou por ambos os corpos fazendo o rapaz puxar a garota pelos braços dando início a um beijo intenso, cheio de ternura, carinho e desejo. Melanie estava perplexa com as sensações que aquele beijo a trazia, fazia tempo que não se sentia tão viva assim, era isso que aquele beijo a trazia, a sensação de estar vivendo novamente, no impulso, ela levou as mãos no rosto de Joel, que a puxou para mais perto de si, ainda com os olhos abertos, a garota começava a sentir suas bochechas molhadas por algumas lágrimas que caíam. 

Num momento, flashbacks  invadiram a mente da garota, se lembrando do dono de um beijo que por anos tirava o fôlego da garota e quando a  garota olhou para Joel novamente, não era Joel que estava lá, era Grant que ela via, como se ele  estivesse vivo na sua frente; como num momento de lucidez, Melanie quase que instantaneamente cessou o beijo e empurrou Joel de perto dela, se levantando ainda tonta, um choro começou, assustando o rapaz.

- Vai embora por favor....isso não devia ter acontecido. - Melanie cruzou os braços virando se de costas para Joel.

- Por...por que? Eu pensei que tivesse gostado, eu... -  O rapaz disse com a voz embargada. - Eu acho que gosto de você. -Aquelas palavras foram quase como facas no coração da garota, isso não poderia ser verdade.

- NÃO. - Ela se virou de frente para o rapaz, indo perto da janela e fechando a cortina logo. - Você não pode gostar de mim está me ouvindo? Não pode.

- Por que não? Há algum problema se eu gostar de você? - Joel se aproximou de Melanie, tentando segurar a garota pelos ombros.

- Porque eu não sinto o mesmo.... é injusto. -Ela tentou dizer alguma desculpa, mas não funcionou. - Eu não sinto nada por ninguém, eu estou destinada a ficar sozinha.

- Ta tudo bem, eu não posso te obrigar a gostar de mim, mas não se autocondene a ficar sozinha, você vai encontrar alguém.-Joel disse com os olhos marejados. - E eu... eu quero muito ficar perto de você, se não como namorado, eu quero ser seu amigo Melanie, quero te ajudar a sair dessa, você não precisa passar por tudo sozinha, acredite.

- Você não entende Joel...você não pode me ajudar. - Melanie puxou seus cabelos desesperadamente tentando afastar os pensamentos negativos que aquilo trazia, em prantos, respirou fundo se aproximando do rapaz. - Caso você se aproximar de mim, você irá se machucar feio, não quero isso pra você....faça como os outros....se afaste enquanto há tempo.

- Por que? Eu não entendo. - O rapaz fechou os olhos tentando conter as lágrimas que desciam. - Me conte o que houve com você, por favor....o que aconteceu para você ficar desse jeito? Tem que ter ocorrido algo Melanie, ninguém fica assim do nada. - Joel segurou a mão dela delicadamente intercalando os dedos dos dois, fazendo um carinho em seu dorso.

Melanie olhou o gesto do rapaz e não conseguiu esconder o sorriso que se formou em seus lábios, fazia tempo que não sabia o que era ter contato físico com alguém, a menina de certa forma criou a barreira entre ela e qualquer outra pessoa e até Joel aparecer, essa barreira tinha sido intransponível.

- Tudo bem - Melanie respirou fundo, olhando para as mãos dos dois unidas ali, ela gostava da sensação que trazia, mas sabia que não podia continuar. 

Melanie buscava coragem pra contar aquela história, ela nunca havia contado a ninguém, não sabia como o rapaz reagiria a tudo.

- Eu....eu tinha um namorado. - Melanie fechou os olhos por um instante, para ela, contar aquilo tudo sem olhar  para o rosto do rapaz seria mais fácil. - O nome dele era Grant e....ele foi....ele foi brutalmente assassinado há dois anos atrás. - Melanie jogou tudo para fora finalmente abrindo os olhos para poder ver como Joel estava, a boca do rapaz estava aberta, parecia buscar palavras, mas nada saía, seus olhos estavam arregalados.

- Sinto muito. - Foi a primeira palavra que o rapaz conseguiu formular. - Mas....Melanie, infelizmente, isso acontece, não foi você que matou ele... você não foi...- Melanie o interrompeu.

- Não Joel, me deixa continuar.... você não está entendendo, a culpa é minha sim... O Grant morreu por minha culpa....porque eu amava ele...... Muito. - Melanie disse por fim derramando as lágrimas incontroláveis,, nunca algo havia doído tanto assim na garota. - Foi tão difícil ver o corpo dele ali sem vida e não poder fazer nada. - A garota passou as costas das mãos no rosto o secando inutilmente, já que mais lágrimas caíram

- Tudo por causa de um maluco que insiste que eu seja dele....No dia da morte do Grant, ele deixou várias fotos nossa com mensagens assim, falando que eu era a culpada, que eu não deveria ter amado outro...aquele filho da mãe disse que enquanto eu não fosse dele....eu não teria paz. - Melanie disse com um tom de derrota, parecia que ela não queria mais viver, não tinha mais forças para se livrar daquilo.

 De súbito, a garota se levantou e foi até a porta, a abrindo. 

- Por isso, vá embora, não quero que seja lá quem for pense coisa errada... não quero que você se machuque, sabe aquele quase atropelamento nosso de outro dia? - Joel confirmou com a cabeça. - Então, como te disse, não foi um acidente, alguém fez de propósito, aquele filho da mãe, seja lá quem for, já está seguindo a mim e a você Joel. - Melanie fez uma pausa ao olhar profundamente os olhos do rapaz. - Pelo que eu sei dele, ele não nos deixará em paz enquanto estivermos perto, então, se afaste de mim antes que você se machuque de verdade. - Joel se levantou indo até a garota, ele ainda não acreditava no que acabou de ouvir, o rapaz por mais que tentava, não conseguia dizer uma palavra sequer....estava em choque.

 Ele simplesmente murmurou um "sinto muito" com os olhos marejados e saiu, deixando a garota em prantos no quarto. Logo que Joel saiu, Melanie se escorou na porta, escorregando lentamente até o chão, seu choro já era incontrolável.

- Por que isso está acontecendo comigo? Por que....o que eu fiz para merecer? - A garota lamentava, se vendo sozinha novamente naquela escuridão que sua vida havia se tornado.

SACHSENHAUSEN (bairro residencial) - 08:00 p.m.

Joel chegou em casa ainda chorando muito, ele queria tanto descobrir o que havia acontecido a Melanie para que ela tivesse tão triste, mas quando descobriu, não sabia o que fazer, ele queria muito ficar perto da garota, mas isso implicaria em talvez arriscar sua vida. 

Johan e sua avó estavam na sala jantando, entretidos com a novela que passava, quando a imagem desolada de Joel tirou a atenção dos dois.

- O que ocorreu Joelito? - Johan perguntou preocupado.

- Tá tudo bem, só tive um desentendimento com a...-O rapaz tentou esconder tudo aquilo, só de lembrar o que ouviu, seus olhos encheram de água novamente.

- A esquisita? Cara, afasta dela. - Johan disse com a boca cheia.

- Johan, quantas vezes disse que isso não são modos? - Dona Marlene se pronunciou pela primeira vez. - Joel meu filho, não vai jantar não? Sua comida vai esfriar.

- Desculpa vó, tô sem fome. - O rapaz saiu da sala, indo direto para o quarto se jogando em sua cama, deixando as lágrimas caírem livremente.

Alguns minutos se passaram até que Joel ouviu um barulho vindo da janela de seu quarto, o rapaz se levantou assustado, indo até ela, vendo que não havia ninguém, mas tinha algo diferente, era um papel preso a janela por uma fita crepe. 

Joel a abriu e pegou o papel, arregalando os olhos com o que viu, se tratava de uma foto, uma foto do beijo entre ele e Melanie, mas algo estranho havia ali, um monte de letras coladas de um jornal ou alguma revista, quando Joel olhou atentamente paralisou com o que estava escrito:

"fique longe do que não lhe pertence".

Joel fechou a janela rapidamente, trancando-a logo em seguida, o rapaz estava tremendo ainda com o que acabou de ver, aquilo só significava que...

...o assassino de Grant ainda perseguia a garota, e agora, a ele também.


Notas Finais


Olá, muito obrigada por lerem....gostaria muito de saber o que acharam


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