História Oceanos- Jeon Jungkook - Mudanças

JUNGKOOK

Foi desesperador perceber que Chae havia sumido do barco, a procuramos em todo canto e mesmo assim não havia nem um sinal. Então resolvi mergulhar e procurar por ela feito um louco. A encontrei da forma mais inesperada possível: No fundo do mar com uma lança de pesca ferindo seu corpo. Na hora, senti um desespero que a muito tempo não havia sentindo. Praticamente corri para a tirar de lá e a levar para o barco.

-Faça ela ficar boa!- Exclamei desesperado para Namjoon.

Não faço idéia de como ela foi parar ali, mas agora isso é o menos importante.

Namjoon arregala os olhos e remexe no corpo de Chae. Quando Jennie a vê, ela grita e cobre a boca com as mãos.

-O que foi isso?!

De fato, era uma cena horrenda. Chae estava sem cor e com uma ferida enorme na barriga.

-Namjoon, o que foi?! Por que ela não está melhor?!- Perguntei apressado em desespero. Vi Namjoon engoli em seco.

-Jungkook, eu não posso mais curar a Chae...- Ele parece medir as palavras.

Me recuso a acreditar, nego com cabeça tentando conter esses sentimentos terríveis que afligem meu coração.

- Isso não é verdade! Cure ela agora!- Pego Namjoon pela gola da sua camisa. Ele continua cauteloso com as palavras.

-Ela está morta, Jungkook.

Morta. A palavra ecoa em minha mente. De repente, me lembro de quando acordei do fundo do rio Tamisa e fui atrás de Junghyun. Havia muito tempo que eu não me sentia desse jeito.

-Não! Ela vai acordar! Eu sei que vai!- Soltei o mesmo e me agachei perto do corpo de Chae. Peguei seu rosto frio, sem cor e triste.

-P- Pérola... Acorde... Nós temos que salvar as garotas...- Falei sentindo as lágrimas encharcarem meus olhos.

Jennie e Namjoon ficavam calados, atônitos demais para lidarem com toda a situação. Apenas me encaravam.

-Você não pode me deixar agora... Eu tenho que te ensinar a surfar... Por favor...- Implorei, contudo a sua expressão continuava a mesma.

-O Sam vai ficar triste, a Beth também quando acordar... - Beijei a sua testa.

Então veio a grande frustração, de perder alguém de novo. O vazio devastador, se sentindo completamente impotente apesar de ser imortal. No meio disso, me veio uma idéia maluca mas que eu sabia que daria certo.

-Eu vou transformar ela.- Anunciei para meus dois amigos. Eles arregalaram os olhos.

-Jungkook, você não pode fazer isso! Nem sabemos se funciona em alguém morto!- Namjoon exclama.

-Se der certo, a Chae vai sofrer quando virar sereia. Pense direito.- Jennie argumenta.

- Eu só quero ela viva, e quero arriscar.- Falei firmemente.

Não esperei mais e coloquei suas mãos frias em meu peito. Respirava descompassado, enquanto meus amigos olhavam a cena sem fôlego. Pois sabiam que eu estava irredutível. Fechei os olhos, deixando a áurea mágica nos envolver. Nunca havia transformado alguém em sereia antes, era a primeira vez.

Ao mesmo tempo em que fazia isso, rezei a alguma divindade que estivesse ouvindo ou ao Todo Poderoso que aquilo funcionasse. Se não desse certo, ficaria desnorteado. Perdi pessoas demais importantes na minha vida.

Contudo, uma pequena chama de alegria se acendeu em mim quando ouvi o coração de Chae bater de novo.

[...]

CHAE

Meus olhos pesavam muito, parecia mais cansada do que nunca. Só queria ficar daquele jeito até eu reunir alguma coragem. As últimas lembranças começam a chegar a minha mente aos poucos, então percebo que estou viva. Me sobressalto rapidamente, olhando tudo ao redor tentando raciocinar como cheguei aqui. Não reconheço o lugar, mas uma voz familiar me tranquiliza:

-Chae!- Exclama meu nome e me abraça com força. Acabo levando um susto e preciso de mais alguns segundos para perceber quem é.

-Lisa...

-Ah sim, não pode abraçar forte. Me desculpa. - Ela se afasta de mim. Seu rosto parece cansado, mas ao mesmo tempo feliz como na primeira vez que nos vimos em Arcadia.

-O que aconteceu? Como cheguei aqui? Cadê os meus pais? E Jungkook? Onde estou?

-Opa, calma aí mocinha. Uma coisa por vez.- Lisa me interrompe, porém estou ansiosa.

-Eu não morri?- Questionei. Ela riu um pouco.

-Não, ainda bem porque não é todo mundo que sobrevive a um naufrágio.

-Naufrágio?- Perguntei.

-É, a balsa que o Allen dirigia incendiou e naufragou, passageiros pegaram botes para se salvar. Parece que tinha meses que o barco não havia passado por uma manutenção, então um dos circuitos elétricos pegou fogo. - Explicou. Tento raciocinar por um tempo, quando me lembro que Jungkook havia dito que faria algo assim para despistar os outros.

- Essa aqui é a enfermaria do pronto-socorro de Arcadia. O Sam é um dos voluntários que está ajudando na recuperação dos passageiros. Sabia que alguns estão com queimaduras leves e hematomas pequenos?- Lisa falava. - O seu namorado e os amigos dele estão entre os voluntários também. Se não me engano, eles saíram.

- Como minha mãe está? E Beth? E Yoongi?- Perguntei preocupada principalmente com essa última. Ela estava igual uma idosa quando a vi anteriormente.

-Sua mãe está se recuperando de uns hematomas e Beth está bem. Ela foi liberada da enfermaria ontem mesmo.- Lisa responde. Namjoon já deve ter restaurado a aparência normal das garotas a essa altura.

-A quanto tempo estou aqui?

-Dois dias. Aliás, você nem sabe do melhor, encontraram Chaeyoung, Yejin e o seu amigo!- Exclamou feliz.

-Como?

-Eles estavam no porão do navio do Allen, ele era o sequestrador das garotas. Meg, ele e Layla foram os únicos que morreram. Dá pra acreditar?- Ela questiona surpresa, mas só de ouvir o nome de Meg e Layla, um medo ainda sobe pela minha espinha.

Recordo das últimas palavras de Layla, dizendo que poderia morrer mas me levaria junto. Inacreditavelmente, estou viva. Apesar de não fazer idéia de como isso aconteceu.

-Como estão a Yejin, Chaeyoung e Yoongi?

-Se recuperando dos traumas aos poucos. A polícia acha que provavelmente o Allen e a Meg trabalhavam com tráfico humano, por isso queriam atravessar até a cidade grande com elas. - Lisa disse. - Uma pena que Layla e Jisoo morreram. Elas ficariam tão felizes se soubessem que encontramos as garotas.

Mal Lisa sabia o que essas duas eram na verdade, vou lembrar de pedir que Jennie apague Jisoo e Layla das memórias de Lisa para que ela não sofra. Existem pessoas que não merecem serem lembradas.

-Chae, graças aos céus você acordou!- Sam aparece e fica feliz.

-Oi, Sam.- Digo sorrindo. É bom ver outro rosto familiar.

-Ah, eu te abracaria. Mas um paciente vomitou em mim ainda agora e eu estou cheirando bem mal.

-Está mesmo, devia tomar um banho.- Lisa diz fechando o nariz com a mão.

-Como se sente?- Sam ignora o comentário de Lisa.

-Bem, apesar de estar um pouco cansada.- Respondi.

- Descanse bem. Talvez hoje mesmo você tenha alta.- Sam diz.

-Oh, eu tenho que ir ver a Chaeyoung agora. Estou sendo acompanhante de vocês duas ao mesmo tempo. Espere aí!- Lisa exclama saindo correndo para a outra parte da enfermaria. Sam também sai, me deixando sozinha.

Começo a ficar sonolenta novamente, me entregando àquela preguiça. Contudo, sinto um olhar em mim e vejo Jungkook vindo em minha direção. Ele me abraça antes que eu consiga dizer alguma coisa. Ainda mais forte que Lisa.

-Eu... Tive muito medo que você morresse... Não quero mais te perder.- Ele diz com voz chorosa.

-Hey, calma. Está tudo bem.- Passo a mão nas suas costas tentando o acalmar primeiro. Seja lá o que aconteceu comigo, o abalou bastante.

- Como você acabou daquele jeito?- Ele pergunta.

-Layla ainda estava viva, ela me pegou e ficamos brigando no fundo do mar. Então a empurrei na direção da lança de pesca, mas ela me puxou junto. - Expliquei. Céus, se eu parar pra pensar mais um pouco, consigo ver perfeitamente todos os detalhes assombrosos ainda. A água entrando em meus pulmões, o cheiro de sangue e Layla se desfazendo virando cinzas.

-Kook, como estou viva?- Questionei.

-Eu te encontrei e tirei você lá do fundo.

-Mas eu devia estar pelo menos com uma fratura na barriga. Namjoon me curou?

-Quanto a isso...- Jungkook disse rindo de leve. - Acho que vou ter que te ensinar e descobrir seus novos poderes.

-Meus novos poderes? Do qu... Espera. - Paraliso no meio da frase. - Não pode ser. Você disse que apenas o Todo Poderoso podia transformar humanos em sereias!

- Eu disse que havia uma outra forma de fazer isso, mas não era convencional. - Ele retruca rindo. Dou um soquinho nele.

- Então agora eu sou mesmo uma Peixonauta?

-É o que parece. Temos que descobrir qual é o seu poder. Talvez seja super força depois desse soco que me deu.- Jungkook reclama. Fico olhando para as minhas mãos.

-Nossa, eu nunca pensei que isso pudesse mesmo acontecer... Eu já sinto a minha cauda aparecendo. - Falei.

- Sinto muito frustrar suas fantasias criadas pelos filmes da Barbie, só que nós, sereias da vida real, não temos cauda. No máximo, temos uma pele áspera debaixo da água com o aparecimento das escamas. - Ele diz.

-Uma pena. E se o meu poder for ler mentes?

-Tente adivinhar no que eu estou pensando.

-Hmmm... Em... Fazer uma tatuagem nova?- Chutei.

- Errou. Pensei em cantarmos "Saber quem Sou" da Moana quando nadarmos usando nossas habilidades de sereia.- Jungkook riu.

-E se eu for a mulher elástica?- Pergunto alongando o meu braço.

- Não foi dessa vez.

-Como descobriu os seus poderes?

-Foi quando eu estava irritado uma vez. Demora um tempo até você descobrir seus poderes. - Falou. - E as suas habilidades de sereia ainda vão aparecer aos poucos. Você teve uma transformação recente.

-Posso falar com você?- Ouvimos uma voz na nossa frente. Reconheço minha mãe no mesmo instante. Ela tem algunas roxuras nos braços causadas pela briga com Jungkook. Ele sai, me deixando a sós com ela.

O clima ainda está estranho entre nós.

- Se sente bem? Você dormiu por dois dias.- Minha mãe diz.

-Estou sim. E você?

-Tentando viver com essas malditas dores. Tive uma queda feia no meio daquela correria para sair do barco.- Ela falou.

-Pelo menos o sequestrador foi encontrado. - Falei.

-É, mas não me deixa totalmente tranquila ainda. Irei embora para São Francisco daqui a dois dias.

-Mãe...

-Não vou a obrigar a ir morar no Japão comigo. Mas quero que saiba que estou profundamente decepcionada com você e seu irmão. - Mamãe fala.

-Eu sei, e também estou chateada comigo mesma. Desisti da vaga em Harvard, não quero ter algo conseguido injustamente. - Falei. Apesar de que achava que minha mãe não fosse acreditar tanto em mim.

- Que bom. Quanto a Dowon, não sei o que fazer. Já briguei com ele, mas a decepção continua a mesma.- Suspirou. Senti um pouco de pena dela nessa hora.

-Mãe, acho que deveríamos dar espaço para ele refletir sobre as coisas que fez e tentar mudar. Se o Dowon não quiser mesmo assim, não poderemos fazer nada por ele. - Sugeri.

-E eu ainda estou pensando no que farei da minha vida.

-Tudo bem, pense direito. Em relação ao Sam... Ainda não consigo olhar para ele da mesma forma. Seu pai estava sobrecarregado com a vida na cidade grande quando decidiu vir morar aqui e abandonar a carreira de médico. Pensei que ele estava desistindo da família junto. - Mamãe desabafou. - Para mim, essa decisão ainda é estúpida. Porém não posso obrigar ninguém a viver da mesma forma que eu.

Sorri quando minha mãe disse aquilo. Ela podia ter certos ressentimentos em seu coração, mas ao menos estava dando grandes passos aos poucos.

[...]

Hoje tive alta da enfermaria. Descobri que os passageiros acordaram na beira da praia com aquela idéia do naufrágio. Jungkook e os outros realmente naufragaram o navio de Allen e Meg.

Vi apenas Chaeyoung nesse período em que fiquei por lá. Yejin estava em um hospital mais chique. Lisa me disse que Jimin não sai do lado dela, aflito o tempo inteiro. A cidade inteira está aliviada e também chocada com a revelação de quem sequestrava as garotas. Isso porque eles ainda nem sabem de tudo.

Sam resolveu fazer uma mini festa de luau para comemorar meu retorno e o de Beth. Infelizmente, meu pai está um pouco triste pelo fato dos seus próprios amigos serem os criminosos, mas tenta disfarçar. Mamãe e Yoon ainda estão por aqui, irão embora amanhã.

-Qual dessas bebidas você gosta mais?- Beth me perguntou mostrando duas garrafas.

-Não sei... Acho que... Essa aqui.- Apontei para qualquer uma pois não entendia nada de bebidas.

-Bobagem, todos sabem que Whisky é a melhor.- Jin apareceu de repente e pegou uma das garrafas da mão de Beth.

-Eu não perguntei nada pra você. - Minha irmã retruca pegando a bebida de volta.

-Aish, que tanta grosseria é essa? Hoje é dia de comemoração. Vamos lá, Chae, bebe essa mistura aqui.- Jin estende um copo para mim.

-Quer embebedar a namorada de quem? Seu cretino.- Jungkook aparece pegando o copo de Jin.

-Isso aí vai deixar ela relaxada.- Jin se defende.

-Papo de maconheiro.- Beth diz.

-Eai galera? Coloquei umas músicas iradas da minha época. - Sam fala querendo dar uma de jovial. Mas ninguém conhecia nenhuma das músicas que ele colocou.

-Esses sons foram sucesso em que século?- Perguntei.

-Ha ha ha, engracadinha. Vamos assar marshmallows. - Ele nos convida e vamos para a fogueira.

Mamãe não veio para a festa do luau, porque disse que estaria arrumando as malas para voltar ao Japão em breve. No fundo, sei que isso foi apenas uma desculpa para não ter que encarar o Sam. Somente Yoongi veio e está conversando com o Namjoon. Jennie está tentando enfiar um marshmallow em um galho.

-Isso parece ser muito gostoso, pena que não sinto sabor de nada.- Jin se lamenta. Uma das desvantagens de ser vampiro é não sentir o sabor das outras comidas.

-Eu como por você. - Jungkook roubou os seus marshmallows e os engole de uma vez.

-Ora seu... Quem disse que eu não ia querer comer mesmo assim?!- O vampiro se irrita e Jungkook ri.

- Vamos enterrar o Jin na areia.- Beth sugere.

-Oh, vai ser divertido.- Sam fala.

-A cidade mal se recuperou de alguns crimes e vocês já querem cometer outros.-Jin resmunga. Rimos.

Vejo Yoon sentado olhando para o mar, sozinho dessa vez. Resolvo ir até ele para acertarmos algumas coisas que deixamos incompletas. Sento ao seu lado e não falamos nada no primeiro momento. Porém, Yoon é o primeiro a criar coragem.

-A praia daqui é bonita.- Ele diz. Yoon não lembra direito como foi sequestrado. Talvez pelo pânico ou porque Jennie manipulou a memória das vítimas para que eles ficassem menos traumatizados.

- Sabia que não pode entrar nessa água? Esse mar tem muitas correntezas. - Falei sorrindo ao lembrar de quando encontrei Jungkook pela primeira vez aqui e fiquei assombrada.

-Mas o que importa é que é bonito. Há muitas coisas bonitas e perigosas por aí. - Yoongi falou. Concordei.

-Olha, desculpa pelo meu namorado ter te dado um soco.- Comecei dizendo. Yoon deu de ombros.

-Está tudo bem, acho que fui um péssimo amigo te dizendo aquelas coisas também. Na verdade, tenho sido um péssimo amigo a muito tempo.

-Não é para tanto. Deixe de ser dramático.

-É sério. Enfiei a Melinda na nossa viagem particular e te escondi segredos, não devia ter feito isso.

-Amigos tendem a cometer erros, Yoon. Mas isso não significa que você foi um mal amigo sempre. Lembra quando a professora me obrigava a competir nas aulas de natação sem que eu soubesse nadar? Você era o único que ficava torcendo por mim.- Lembrei e nós dois rimos.

-Meu Deus, você era um desastre. Parecia uma perereca manca.

-Mudei de idéia. Você é realmente um péssimo amigo.- Falei.

-No fundo você me ama. Falando em amar, sua mãe me contou que desistiu da vaga em Harvard.

-É, foi bem doloroso, mas eu tinha que ser honesta. A professora Lauren deve ter ficado uma fera comigo.

-Acho que ela nem se importa. Só quer pegar o dinheiro de mais alunos.- Yoongi sugere. - E agora, o que vai fazer? Ainda viajaremos nas férias dos traquinos?

-Pensei bastante e resolvi que vou fazer uma faculdade mais barata em São Francisco, já que aqui não tem. Mas todas as férias virei para cá. Quem sabe nós dois não podemos vir juntos. - Dei uma cotovelada de leve.

-Tá maluca? Depois desse meu trauma de sequestro, não quero pisar aqui tão cedo.- Yoongi bufa. Rio.

-E o seu namoro com a Melinda?- Perguntei. Yoongi fica calado por uns segundos.

-Vai bem, acho que realmente gosto dela.- Ele diz.

-É, sei como se sente.- Respondi.

-Quando começou a gostar de mim?- Yoongi perguntou meio desconfortável. Até eu ficava meio constrangida lembrando dessa parte do meu passado.

-Não sei, talvez em algum momento das férias dos traquinos.

-Que bom que isso já passou. Pelo menos, sabemos que você tinha bom gosto. - Ele ironiza.

-Eu era cega, só pode.- Retruquei rindo.

-Hey, vamos combinar dessa vez que não haverá segredos.- Yoongi fala.

-Claro, dessa vez sem segredos.- Garanti.

Yoon me olha por alguns segundos, como se me estudasse.

-O que foi?- Perguntei.

-É que você está diferente. Acho que essas férias te mudaram bastante. - Yoon responde.

Olho para a fogueira onde Jungkook está dando um mata leão em Jin e Beth cava um buraco com as mãos. Enquanto Sam, Jennie e Namjoon gritam em alto e bom som "Enterra ele!".

Foi inevitável sorrir ao ver essa cena. De fato, mudei bastante desde que cheguei aqui. Para melhor. Dessa vez, sinto que sou mais corajosa para diversas coisas e também mais madura.

Olhei para o mar, sentindo um desejo enorme de entrar naquela água e desbravar os oceanos. Era a primeira vez que me sentia daquela forma, com um arrepio gostoso subindo meu corpo.

Sinto muito, Yoongi, mas ainda há um segredo que preciso guardar. É que agora, eu sou uma sereia.