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História Oculto - Changki - Viagem pt3


Escrita por: Aclm_kt

Capítulo 21 - Viagem pt3


Era o último dia de diversão para os garotos, já que voltariam para Daegu na manhã seguinte. Todos tentavam aproveitar o máximo: Jooheon brincava na praia com Minhyuk e Changkyun; Hoseok observava o mar ao lado de Hyungwon; Kihyun e sua mãe estavam no hotel;

— Kihyun! Você passou dois dias assim, saiu apenas três vezes! Você precisa se divertir, não pode ficar aqui o tempo todo. — Pela enésima vez naquela manhã a mãe de Kihyun havia mandando o garoto sair e se divertir.

— Eu não quero. — ele resmungou

— Certo, então fique aí e apodreça. — ela gritou saindo

— Eu vou apodrecer em Daegu! — rebateu.

Alguns minutos haviam se passado, Kihyun estava tedioso, e decidiu sair, talvez a mãe dele estive certa.

Passou em frente ao quarto de Jooheon, talvez Minhyuk estivesse lá.
Parou em frente a porta, e se posicionou para bater, porém, as vozes que vinham de lá, chamaram sua atenção. Era Changkyun e Jooheon.

— Eu preciso contar para ele — Dizia Changkyun

— Não consigo acreditar que você ainda não contou. — Jooheon balançava a cabeça em reprovação — Como você foi capaz de esconder seu amor por ele?

Kihyun imaginou que fosse o tal amor de Changkyun, e decidiu sair dando privacidade ao mesmo.

— Eu achei que se eu chamasse fingindo ser o seu admirador, ele pudesse me notar. — Ao escutar Changkyun dizer isso, seu corpo travou.

— Ele merece uma explicação, Chang... Você não pode esconder isso dele. Você já parou pra pensar que ele realmente gosta de você? — Jooheon repreendia o mais novo.

— Eu amo o Kihyun, por isso fiz isso, eu só queria mostra a ele que eu posso ser uma pessoa melhor, eu só... Tenho medo de perdê-lo novamente. — Kihyun estava paralisado, Changkyun o amava, Changkyun era quem lhe enviava mensagens, era Changkyun o tempo todo, e ele foi feito de trouxa o tempo todo. Enxugou algumas lágrimas que teimavam em cair e abriu a porta.

— Você estava certo, Im Changkyun. Você me perdeu novamente. — Changkyun se espantou ao ouvir a voz de Kihyun.
E logo o moreno saiu do quarto.

— Kihyun! Yoo Kihyun! — ele gritava, mas era tudo em vão. Kihyun estava despedaçado, Changkyun era a última pessoa na qual Kihyun iria esperar isso, e novamente ele se iludiu, e gostou da pessoa errada, afinal, sempre foi Changkyun.

O desconhecido era Changkyun, e Changkyun era Changkyun. Nada se encaixava na cabeça de Kihyun, ele queria gritar, mas a voz não saia, queria chorar, mas as lágrimas se recusavam a cair. Tudo o que sentia era um aperto no coração, uma dor imensurável,  não sabia como descrever, ele realmente sentia algo profundo por Changkyun, e isso só o machucou mais ainda.

Saiu do hotel sem saber pra que destino estava indo, andava com a cabeça baixa. Sentiu seu corpo se chocar em algo, sussurrou um " desculpa" e seguiu.

— Kihyun! — Era Minhyuk — Kihyun! — ele gritou

— Kihyun, sou eu. — segurou o pulso no garoto fazendo-o olhar em seu rosto, Kihyun ficou alguns segundos focado em Minhyuk, um filme passou em sua cabeça, e ele desabou. As lágrimas escorriam descompensada acompanhada por soluços, seu peito queimava-lhe por inteiro.

— Kihyun, o que houve? — Minhyuk perguntava repetidamente, entretanto nenhuma resposta era ouvida.

A noite havia caído, a maré estava alta e lá estava Kihyun ao lado de Minhyuk.

— Você realmente gostava dele, não é?

— Eu não sei. — ele respondeu sem demonstrar qualquer tipo de emoção.

— Talvez você devesse escutar o que ele tem a te dizer... — Minhyukq sugeriu

— Eu já sei o que ele tem a dizer, e eu não me importo. — Seu coração doía só em pensar que foi enganado por Changkyun todo esse tempo.

Talvez para muitos fosse exagero, mas para Kihyun aquilo significava muito, afinal, ele havia gostado do cara das mensagens talvez ainda gostasse, e Changkyun brincou com isso.
Kihyun se sentia um completo trouxa.

(...)

— Acho melhor entrarmos — Minhyuk disse se levantando

— Pode ir na frente, eu já estou indo, só vou ficar mais algum tempo. — Minhyuk assentiu e seguiu para o hotel.

Kihyun observava a praia, a noite, as estrelas e seu coração se fechava, nada o distraia, tudo lhe lembrava Changkyun, o primeiro encontro, onde ele disse sobre o desconhecido, o beijo, o livro... Tudo lhe lembrava, e tudo o fazia questão de mostrar que Changkyun não era apenas uma paixão, Changkyun era amor, era cuidado, Changkyun era atenção, carinho, Changkyun era fogo, Changkyun era sinônimo de felicidade e dor para Kihyun.
Kihyun amava Changkyun.

— Posso me sentar? — Aquela voz ecoou nos ouvidos de Kihyun, repetidas vezes, com direitos a lembranças.

— A praia é pública, sinta-se a vontade. — O moreno disse se levantando.

— Kihyun, você pode por favor me escutar, eu só preciso de cinco minutos. Depois você pode sair e fingir que nunca me conheceu. — O acastanhado não tinha o brilho de sempre nos olhos, dessa vez ele carregava consigo medo, medo de perder Kihyun sem ao menos ter o ganhado.

— Você tem três minutos. E depois eu irei cumprir com o que sugeriu. — As palavras de Kihyun eram como navalhas cegas, que rasgavam Changkyun aos poucos.

— Certo, eu conheço você desde quando éramos crianças. E eu me apaixonei por você ali mesmo, na escola. Mas eu sabia que era completamente fora de cogitação um "nós" então eu saí da escola. E voltei esse ano, e quando eu vi você novamente, tudo o que eu senti com sete anos retornou. E então decidi conversar com você, mas sem revelar quem eu era, eu tinha medo de ser rejeitado, e naquele tempo aquilo parecia uma ótima idéia, eu iria conversar com você, e depois iria me apresentar. Mas, eu percebi que não era uma boa ideia eu brincar com você, então decidi acabar com o "cara das mensagens" e fazer com que você gostasse de mim pelo o que eu sou. E bom, de um certo modo, eu imaginei que estivesse te ganhando aos poucos.  Mas toda vez que tocava no assunto eu me sentia na obrigação de contar, eu só precisava organizar os meus pensamentos, e eu não conseguia achar um forma de te contar, você estava passando por tantos problemas, eu não queria me tornar mais um motivo para você se chatear. Então, decidi pedir a ajuda do Jooheon, e você escutou tudo. E eu sei que nada do que eu disser vai diminuir sua mágoa, mas eu quero que você saiba, que eu nunca quis te machucar, e eu quero dizer o que eu não tive coragem de dizer todos esses anos. Eu quero dizer que: eu amo você, e espero que consiga me perdoar algum dia. — Changkyun limpou algumas lágrimas que caíam, Kihyun estava estático, ele queria abraçar Changkyun naquele momento, mas ao mesmo tempo queria que Changkyun sumisse da sua vida.

— Changkyun... Eu amo você, mas eu preciso de um tempo, eu preciso perdoar você, e eu não sei quando isso irá acontecer, não espere por mim. — Disse com o seu coração gritando, uma dor preencheu todo seu corpo, e ele chorou, ele gritava internamente seu coração doía.
Changkyun estava devastado tanto quanto Kihyun, não conseguia conter a dor. Pela primeira vez ele se arrependeu em ter tentando conquistar Kihyun, pela primeira vez ele pensou em desistir de Kihyun, mas havia ele sabia que isso não iria acontecer.



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