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História Oculto - Changki - Propósito - Fim


Escrita por: Aclm_kt

Capítulo 27 - Propósito - Fim


Três anos se passaram...
Podia se dizer que todos haviam ganhado o final feliz no qual sempre desejaram.
Os garotos já haviam concluído seu ensino médio e alguns já seguiam para a faculdade.
Hoseok e Hyungwon estavam em Seul numa faculdade qualquer.
Minhyuk e Jooheon foram para Goyang, onde deram início a uma pequena clínica veterinária.

Já o pai de Minhyuk se mantinha preso, após ser indiciado por diversos crimes. Sendo eles: abuso sexual, agressão e desacato a autoridade.

Era mais um ciclo que se concluira, e outro que se iniciava.

— Todos já se foram, temos que decidir o que iremos fazer — Kihyun dizia chamando a atenção de seu namorado que estava sentado a sua frente.

— Kihyun, podemos conversar sobre algo? — O moreno disse olhando fixamente para o ruivo a sua frente

— Mas... Eu acabei de dá início a um assunto, Chang

— Eu quero falar sobre algo além... — suas pernas balançavam freneticamente enquanto mordia seu lábio inferior; visivelmente ansioso

— Estou ouvindo. — disse atento a face do moreno

— Sabe... Estamos junto a quase quatro anos. E bem... Quatro anos não são quatro meses. — coçou a garganta — O que eu quero dizer é que, você nunca permitiu que eu tocasse você, e eu sempre fui paciente, ainda sou. Estou aqui por você sempre. Mas, eu acho que poderíamos tentar, ou não... — abaixou o olhar constrangido — Me desculpe, eu não deveria ter dito isso.

— Chang... — o ruivo disse tranquilamente, chamando a atenção do mais novo. E então a campainha soou antes mesmo que ele pudesse se pronunciar.

— Eu atendo — Changkyun disse rapidamente se levantando, tentado evitar o rubor em seu rosto

— Olá, o Changkyun está? — aquela voz grave acompanhada daquele rosto surgiram como um soco na face do moreno.

— P-pai? — ele disse no calor do momento — Digo, Dongson. O que faz aqui?

— Omo! Changkyun, não o reconheci. O que faz na casa do Kihyun?

— Ele é meu namorado. — Kihyun surgiu com sua voz firme.

— filho! — o homem de cabelos já grisalhos disse.

— Seu filho é o Changkyun. O que você veio fazer aqui?

— Podemos conversar? — Kihyun arregalou os olhos ao ouvir aquilo, como aquele homem tinha coragem de pedir aquilo.

— Certo. Pode dizer. — sem expressão ele respondeu.

— Em particular. — seu corpo estremeceu sentido um fio de medo correr desde a sua cabeça até seus pés.

Changkyun olhou para o namorado segurando em sua mão.

— Por favor, só quero conversar.

Kihyun mesmo com medo, aceitou a proposta. Ele sabia o quão difícil era para Changkyun ver aquele homem.
Mesmo que fosse difícil para os dois, ele deixou seu amor por Changkyun falar mais alto.

— Pode dizer, Dongson. — disse sentado a mesa numa cafeteria qualquer

— Eu gostaria de me desculpar. Eu sei, é algo muito difícil, algo no qual você pode até não conseguir. — o homem disse com uma certa dificuldade. — Kihyun, eu me arrependo muito mais no que você pode imaginar. Eu sei que nada que faça, que eu diga vai mudar tudo em um passe de mágica. Eu só peço que me perdoe, não precisa ser agora, pode demorar até mesmo cinquenta anos. Só espero que consiga isso. — se levantou com os olhos já marejados e saiu, deixando o rapaz ali, completamente intacto.

Kihyun não conseguiu dizer uma palavra, as lágrimas corriam por seu rosto. As cenas de anos atrás o torturavam. E ainda assim, ele sentia verdade no que o seu ex padrasto disse. Ele sentiu dor e arrependimento em seu olhar.
Porém, não tinha certeza se conseguiria fazer isso que havia lhe sido pedido.

— O que houve? — Changkyun perguntou assim que o ruivo adentrou sua casa.

— Ele me pediu desculpas. — disse cabisbaixo

— como?

— Podemos não falar sobre isso?

— Kihyun, você está bem mesmo? — O ruivo se aproximou lentamente de Changkyun e olhou em seus olhos castanhos, aquele vasto oceano que era o olhar de Changkyun.

— Changkyun — disse baixo quase num sussurro — Eu te amei ontem — deitou a cabeça sobre o peito do moreno — Eu te amo hoje, te amarei amanhã e até o meu último suspiro.

— Kihyun — o ruivo pressionou o dedo indicador contra os lábios macios de Changkyun indicando silêncio.

De forma lenta e carinhosa, o ruivo beijou o pescoço de Changkyun causando um certo arrepio no moreno.
Em segundos, seus lábios se encontraram, se encaixaram como uma peça de quebra cabeça.

Seguiram para o quarto. Onde o amor e prazer lutavam uma guerra na qual não havia perdedor nem vencedor. Uma guerra na qual era construído o prazer e o amor era o alicerce.

Ali mesmo naquele quarto, onde uma última parede se cedeu. Ali mesmo onde um pertencia ao outro, não uma posse, e sim uma união, de alma, corpo e coração.
Uma ligação impossível de ser cortada.
O amor.

(...)


— Você tem certeza que quer ir? — Changkyun perguntava ao namorado que continuava em insistir


— eu preciso ir.


— Kihyun, já lhe disse que é um bairro perigoso, não seria melhor que eu fosse com você?


— Changkyun, eu sei que é seu pai. Mas eu preciso acertar as coisas, eu estarei com o celular. Eu prometo ligar.


E então Kihyun foi de encontro ao Dongson. Mesmo após ter recebido diversos avisos de seu namorado do quão perigoso era aquele bairro.


— Dongson! — ele gritou enquanto batia na porta do mesmo.  Alguns minutos depois pôde ouvir um sinal para que entrasse.
Adentrou aquela pequena casa, e esperou a presença do homem.


— Fico feliz que tenha vindo.


— Eu vim porque não pude dizer nada naquele dia. Eu não pude dizer o que eu penso. E bom, acho que estou preparado para dizer.— o homem assentiu e então se sentaram no pequeno sofá bege.


— Bom, você foi responsável por tantas coisas ruins na minha vida, me trouxe tantos problemas, você quase arruinou a minha vida. Mas, eu não estou aqui por mim, estou aqui pelo Changkyun. Você disse que precisa do meu perdão, e eu só vou ser capaz de te perdoar se você pedir desculpas a ele. você não merece o filho que tem.
Então, se quer o meu perdão, você irá até ele. Diga a ele que sente muito e que o ama, não sei, diga algo que o fará feliz.


— Dongson! — batidas desesperadas foram ouvidas de dentro da casa.
O homem já velho se levantou num pulo e passou a sussurrar:


— venha! Rápido! — disse puxando o pulso de Kihyun.


— Não! Quem é? O que você está fazendo? — ele disse alto


— Kihyun, por favor, eu não posso explicar agora, se esconda aqui por favor!


— Vamos, seu velho! Sabemos que está aí. Você não vai querer me deixar esperando não é mesmo?


— Quem são eles? — o ruivo perguntou assustado


— Agiotas


— O quê? Por que diabos você contrataria agiotas?


— Eu precisava sair daquele lugar, Kihyun.


— você não saiu por bom comportamento?


— Não, garoto. Não seja tolo.


Um estrondo foi ouvido a porta se abriu, o homem escondeu Kihyun num cômodo da casa e então retornou a sala.


— Omo! Vocês por aqui?! — disse assim que viu os três rapazes altos cada um com uma arma de fogo diferente em sua cintura.


— Velho Dongson... — um deles disse retirando o revólver de sua cintura — Você ainda me deve algo, não?


— Sim, eu terei em breve. Só preciso de mais alguns dias, certo?


— Acho que já esperei demais. — sorriu apontando a arma diretamente na cabeça do mais velho


— Omo! Vamos conversar com calma, certo?


— Você vai ter muito tempo pra conversar depois que eu terminar.


O medo tomava conta do mais velho que estava trêmulo.


— Ei! — Kihyun gritou num ato heróico — Se eu fosse você pensaria bem antes de atirar nesse homem, olhe, se você mata-lo não vai mudar nada. Você ainda terá sua dívida, não?


— Kihyun, por favor... — Dongson disse baixo implorando para que o mesmo parasse


— E quem seria esse garoto, Dongson? Seu filho? — o loiro sorriu — Tem razão garoto. Mas seu atirar em você — mirou em Kihyun — Seu pai vai ter uma grande motivação para me pagar o que deve.


— Não! Por favor! Espere uma semana, prometo ter o dinheiro.


— Já esperei demais velho.


Com o coração palpitante Kihyun fechou os olhos, não demorou muito para que ouvisse o disparo juntamente de um grito .


— Não é que acabou que o velho morreu mesmo? — o loiro sorriu


E lá estava Dongson, caído no chão logo a frente de Kihyun. O mesmo havia dado a sua vida para que Kihyun sobrevivesse.


O ruivo sem chão olhou aquela cena, o maior ato de amor e perdão que aquele homem poderia ter feito.


— Dongson...  — disse entre lágrimas — Pai!


— Kihyun, eu não pude dizer ao seu namorado. Mas diga a ele, eu o amo assim como eu amo você, espero que vocês possam me perdoar um dia. — e então seus batimentos cardíacos chegaram ao fim.  — Eu perdôo você! Eu perdôo! Por favor, não vá! Dongson! Pai!


O ruivo não conseguia expressar o tamanho da dor que estava em seu coração, uma dor imensurável o preenchia.


— lindo! Vamos acabar logo com isso! — o loiro virou a arma novamente para Kihyun.


— Kihyun! — Changkyun adentrou o local em desespero


— Changkyun, não, o que você faz aqui?


— parece que é uma reunião em família. Vamos garoto, junte - se. Vamos acabar logo com isso.


Changkyun se aproximou lentamente de Kihyun e sussurrou


— Fuja, eu vou distrair eles. — Kihyun balançava a cabeça negativamente enquanto chorava.


— Eu te amo, Kihyun, e eu vou te amar sempre! Obrigado por ser a melhor coisa que me aconteceu.


Então Changkyun se levantou e passou a falar sobre dinheiro enquanto disfarçadamente Kihyun saia pelos fundos.


— cadê o ruivinho? — um dos rapazes perguntou


(...)


Kihyun corria desesperadamente até ouvir um disparo. O ruivo caiu de joelhos enquanto gritava. Ele já sabia, Changkyun havia se sacrificado por ele, assim com seu padrasto.


(...)


Um ano após a morte de Changkyun.
Kihyun andava lentamente até o túmulo do mesmo.


— Oi meu amor — sorriu tentando conter as lágrimas — Eu entrei na faculdade. Vou fazer direito. — fez uma grande pausa em meio a dor que era saber que Changkyun estava ali embaixo daquela quantidade de terra.
— Eu te amo, ouviu? Eu sempre vou te amar. Até que eu morra, eu vou te amar. Espero que você saiba disso.


Kihyun mesmo com seu coração partido entendeu que a vida é assim. E que tudo tem um enorme propósito


Ele perdoou alguém que o fez tanto mal, e perdeu alguém que lhe fez tanto bem.


Kihyun aprendeu a amar, ele aprendeu a perdoar.
E no fundo ele sabia que Changkyun estaria ao seu lado até o seu último suspiro.



Notas Finais


É amigos, esse foi o fim. Obrigada!


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