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História Oculto - Changki - Crise


Escrita por: Aclm_kt

Capítulo 5 - Crise


Changkyun estava aflito, seu coração pulsava forte no seu peito, ele já havia piscado os olhos muitas vezes, não acreditando no que havia acabado de ler. Jooheon, vendo o estado do amigo, teve de interver. 

— Mas o que está acontecendo?

O mais novo encarou os olhos do amigo, não foi capaz de dizer nada, apenas estendeu o aparelho celular para o loiro. 

— Cara! Isso é ótimo! Você conseguiu. Kihyun gosta de você! — Chang balançou sua cabeça negativamente.

— Ele não gosta de mim. Ele gosta do desconhecido. — disse cabisbaixo

— Ora! Vocês dois são a mesma pessoa. 

— Hyung! Eu quero que o Kihyun goste desse Changkyun aqui. Eu não quero que ele goste desse cara — apontou para o aparelho nas mãos do loiro. — Esse cara, não é real, eu apenas inventei, porque eu achei que fosse o certo a se fazer. Vejo que me enganei.

— Chang... Não é tarde para você tentar conquistar o Kihyun, ou ao menos, desistir.— o castanho teve de pensar. 

Ele amava Kihyun, não era de hoje, nem de ontem, era de anos atrás. Na quarta série, um garotinho havia acabado de entrar na escola, Changkyun mesmo tendo apenas sete anos de idade, sentiu algo em seu peito, era seu coração, ele batia forte, Changkyun corou fortemente.

Na oitava série, Changkyun teve que mudar de turma, ele teve de abandonar Kihyun, mesmo sabendo que o mesmo muito provávelmente sabia de sua existência. Mas, Changkyun, pela primeira vez, se sentiu atraído, ele realmente gostava de Kihyun, gostava tanto, que se assumiu gay, só para um dia, poder se relacionar com Kihyun em paz. Porém, esse dia parecia que nunca iria chegar, seria essa a oportunidade de Changkyun desistir?

— Não! — disse alto — Esse é o fim para o desconhecido, mas um começo para Im Changkyun.

  (...)

— Que diabos! Ele não vai responder?! — Minhyuk esbravejou enquanto Kihyun permaneceu calado, focado no fim da lanchonete em que os jovens se encontravam, ele estava mais ansioso que todos ali, mas o medo tomava conta de seu corpo, ele tinha medo da resposta que iria levar. Seu celular vibrou.

Retirou o aparelho do bolso no mesmo segundo e posicionou o mesmo em cima da mesa. 

— Ande! Leia! Eu vou botar um ovo! — Minhyuk gritou nervoso. 

—Kihyun... Tá tudo bem. — a voz calma e tranqüilizante de Hyungwon acordou kihyun. Que desbloqueou o celular caindo diretamente na conversa com o desconhecido. Ele leu cada palavra,cada vírgula, e leu também, o ponto. Não um ponto de continuação e sim um  ponto  final Mostrou para Kihyun que nesse caso aquele ponto não significava só o final de uma frase, mas, o fim de todas as expectativas que ele havia criado. 

[19:30] Possível amigo: Kihyunnie, eu não achei que você iria sentir algo por mim, achei que você fosse hétero. Me desculpe, por te dar expectativas, eu só queria me divertir,acho melhor evitarmos o contato de agora em diante. 

Então... Acaba assim? — Minhyuk perguntou perplexo. 

— Não se acaba algo que nunca começou. — O moreno disse, sentindo os olhos arderem.

—Omo! Não fique assim, Hyunnie, você vai achar alguém melhor, talvez já achou. — Hyungwon disse vendo Changkyun adentrar o estabelecimento.

Kihyun olhou para trás, focando nos olhos do castanho, ele estranhamente, pôde ver culpa nos olhos de Changkyun. 

—Eu sou hétero. — pronunciou friamente, e se levantou saindo do local. 

(...)

Kihyun se sentiu a beira do precipício, ele havia criado um apego muito grande á um garoto no qual ele nem mesmo sabia o nome. E era esse um dos motivos pelo qual Kihyun não queria aceitar quem ele realmente era, na verdade, ele não fazia idéia de quem ele era. Ou qual sua função na terra. 

Kihyun se sentia apenas mais um, sua vida agora, não era importante.

Adentrou sua casa em silêncio, entrou em seu quarto em silêncio, tomou banho em silêncio, se largou na cama em silêncio. Ele se encontrava num espaço branco, sem pensamentos, sem vozes, sem emoções, ele não sabia o que fazer ou que sentir. Três batidas ecoaram pelo seu quarto. 

— Está tudo bem? — Sua mãe perguntou 

— Sim 

— Os meninos já me disseram o que houve. Você não quer conversar? — Os olhos do menor se encheram de água, novamente, em segundos, os soluços preencheram o quarto. E uma dor jamais sentida por Kihyun tomou o espaço que antes ocupava todo seu carinho pelo Desconhecido. 

Kihyun pela primeira vez soube o que é ser iludido por alguém. 

— Omma... Eu não quero isso pra mim. Eu sou hétero, por favor, não fale sobre eu ser gay, sobre homens, sobre nada que envolva pênis. — sua mãe gargalhou alto.

— Você tem um pênis! 

— Eu não me importo, só, por favor, não me fale sobre homens. — sua mãe assentiu e saiu do quarto deixando Kihyun novamente sozinho. 

Afundou sua cabeça entre os travesseiros, e chorou, chorou por ser fraco demais, chorou por não ser capaz de aceitar quem ele é, chorou por não saber quem ele é. 

Ele chorou por ser Yoo Kihyun. 


Notas Finais


Oioi
Tudo bom?
Então, eu só gostaria de dizer, que se você, está passando por algo parecido, essa crise de aceitação, ou uma crise existencial, lembrem - se, você é aquilo que você quer ser, nunca deixem que NADA mude você.
E sobre a aceitação, aceite quem você é, mesmo que seja difícil, garanto para vocês, que é muito melhor mostrar aquilo que você é do que esconder e se machucar por estar escondendo, então, lembrem - se sempre, VOCÊ em PRIMEIRO lugar.
Um beijo e obrigada!


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