História Oculto - Changki - Aceitação

— Kihyun! Nós iremos na biblioteca por um instante. Gostaria de ir? — Hyungwon perguntou ao moreno que negou. 

— Espero vocês na porta. — os outros assentiram e Kihyun seguiu para a saída da escola. Até sentir seu corpo ser jogado contra a parede de um corredor. 

— Oppa! — a ruiva gemeu manhosa — Você não quer mais nada comigo? — Kihyun estava encurralado, ele não conseguia dizer a garota que já não sentia atração por ela, ele não conseguia dizer que ele nunca sentiu atração por ela. Quando coçou sua garganta para dizer algo, a mão de Hyejin foi direto ao seu pênis, onde ela pressionou o mesmo. 

— O que você está fazendo!?— o garoto aumentou o tom de voz, e tirou a garota de si. A mesma voltou e dessa vez uniu os lábios de ambos, voltando a masturbar Kihyun por cima de suas vestes. O problema é que ele não sentia nada além da vontade vomitar. Ele sentia repulsa só pelo fato dos lábios da ruiva estarem junto aos seus. 

Seus olhos que permaneciam abertos enquanto a garota o atacava. Foi então que Kihyun viu Changkyun passar. 

O acastanhado andava com leveza, com seus fones de ouvido, havia um livro debaixo de seu braço, era o livro que ele comprou na biblioteca que Kihyun trabalhava. 

Conforme o vento batia os fios castanhos de Changkyun dançavam, o coração de Kihyun se acelerou e ele sentiu seu pênis pulsar, olhou para Hyejin e viu Changkyun no lugar da mesma. Seu pênis pulsou porque ele imaginou as mãos de Changkyun ali. Empurrou a garota com força.

— Porra! Não faça mais isso, ok? Nós não temos nada. — saiu dali as pressas, o que diabos estava acontecendo com ele? 

Começou a andar sem rumo pelas ruas, ligou para a proprietária da biblioteca avisando que não poderia ir trabalhar. O garoto andou, andou, e andou. Quando se deu conta de onde estava, arregalou seus olhos assutado. Ele estava no presídio onde seu "pai" estava mantido.  O moreno se perguntava o por quê de te parado justamente ali. Travou todo ar em seus pulmões e adentrou o presídio, falou com as pessoas ali presente, por sorte, Kihyun havia chegado no horário de visita. 

— Yoo Dongsun. — um dos policiais  anunciou a entrada do homem. Kihyun se tremia todo, suas mãos suavam, seu coração pulsava contra seu peito.

— Omo! Filho! Você finalmente veio visitar seu velho pai! — Kihyun voltou seu olhar aos olhos do homem, que agora estava muito mais velho, os cabelos já brancos eram totalmente visíveis.

— Eu não sou seu filho. Por favor, nos poupe de tanta falsidade! — respondeu seco. 

— Vejo que já descobriu tudo. Então, o que veio fazer aqui, garoto? Assitir minha desgraça? — Kihyun respirou fundo novamente.

— Você está pagando por tudo o que fez.  Eu não iria vir aqui, mas, como já estou. Me diga, por quê você fez aquilo? — as lágrimas ameaçaram cair — Eu era apenas uma criança! — ele não se conteu, suas lágrimas já tomavam conta de si. 

— Por quê? Eu não fazia ideia do era aquilo. E a Omma! Por quê fez isso com ela? Por quê? — o homem gargalhou alto 

— Sua mãe não queria manter contato sexual comigo. E você, bom, eu apenas sentia desejo, ouvir o seu gritinho me deixava excitado. — aquilo foi o bastante para Kihyun, a vontade de vomitar estava acabando com o mesmo, que tipo de homem era aquele? Aquele no qual Kihyun ousou chamar de pai.

Saiu daquele presídio as pressas, assim que colocou o pé na rua, se agachou vomitando tudo o que havia digerido, ele vomitou pelo toque de Hyejin em si, ele vomitou por ver que Dongsun não Havia se arrependido de nada, ele vomitou sentido nojo de si. 

Voltou para casa se sentido desgastado, adentrou a mesma, vendo sua mãe sentada no sofá olhando para a porta. 

— Omo! Kihyun! Onde você estava? Eu fiquei preocupada. — a mais velha abraçou o menino que não demonstrava nenhuma emoção.

— Eu preciso de um banho. — o moreno saiu do abraço da mãe, e correu para o banheiro, onde tirou suas roupas e entrou no box, deixando a água quente cair sobre seu corpo, e pela terceira vez no dia, Kihyun chorou. As lágrimas se confundiam com a água que caia do chuveiro, ele não soluçava, apenas as lágrimas que corriam por ali .

Ao adentrar o quarto deu de cara com sua mãe.

— Pode me contar agora, o que houve?

— Eu fui no presídio. — ele disse sem expressão.

— Kihyun, o que você foi fazer lá? 

— Eu não sei, eu apenas fui e... Dongsun se arrepende do que fez. — ele mentiu, sua mãe não merecia sofrer mais, afinal, ela já havia sofrido muito. 

— Bom para ele, agora, por favor, não vá mais lá, deixe que ele morra sozinho! — abraçou seu filho novamente .

— Minhyuk disse que você anda triste, o que houve? — ele sentou ao lado de sua mãe. 

— Eu não sei... Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo. — ele abaixou a cabeça — Omma! Eu fiquei excitado por um homem, quando, na verdade, quem tentava me masturbar era uma garota! Omma... — ele choramingou tentando conter suas lágrimas. 

— Ya! Kihyun, o que há de mau nisso? Você sente atração por homens. 

— Não! Eu não sinto nada disso. 

— Kihyun, ouça. Você não vai estar errado por namorar um homem, você não vai estar errado se seguir seu coração. Errado você vai estar se continuar negando o que é, você já sabe do que quer, apenas tem medo. Não é pecado você amar alguém do mesmo sexo, pecado é você não amar. — um selar foi depositado na testa do mais novo. As lágrimas haviam cessado. Kihyun sentiu como se parte de sua aflição havia acabado de ser resolvida.

Se largou na cama e pegou seu celular , que continha algumas mensagens. 

[19:40] Desconhecido: Olá, Kihyun. sou eu o Changkyun. 

[21:47] Kihyun: Olá, Changkyun! 

Abriu outra conversa e dessa vez era um grupo.

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Hyungwon saiu 

Hoseok saiu 

[ 21:00] Minhyuk: Vamos, Kihyun! Saia!

Minhyuk saiu 

Kihyun ficou estático observando aquelas mensagens, talvez, ele só precisasse de um "empurrãozinho" e parece que esse foi lhe dado. O garoto respirou fundo. 

Kihyun saiu.

Para muitos isso poderia ter sido apenas um garoto comum saindo de um grupo comum. Mas, para Kihyun, isso era uma porta, que o levava para uma nova vida, um novo Kihyun havia acabado de nascer. E esse, havia se aceitado. 

Yoo Kihyun era gay, Yoo Kihyun sentia atração por homens.