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História Odd Look - P1-Passado; Kyungsoo


Escrita por: Mepmedusiv

Notas do Autor


Como que vocês estão? Espero que estejam saudáveis e bem.
Antes de vocês lerem o capitulo eu queria definir algumas coisas, primeiro que Odd Look terá três partes sendo elas passado, presente e futuro, e por isso vejo ela tendo aproximadamente 20 capítulos. Segundo, toda as cenas em itálico são situadas durante a Era do Terror na França (1793-1795), ou seja, elas são cenas do "passado" e, por isso, se diferenciam com as outras cenas. E terceiro, Odd Look pode ser resumida em uma frase "Quanto tempo é preciso para cumprir uma promessa?", agora qual promessa eu estou referindo, vocês terão que ler para descobrir (risada maquiavélica).
É isso, boa leitura a todos!!!

Capítulo 5 - P1-Passado; Kyungsoo


“Está na hora de você pagar aquele favor para mim, Jean.” Eu exijo ao homem que entra na sala com uma baioneta em suas mãos. 

Jean é dono de um dos muitos bares de Paris, seu estabelecimento decadente é ponto de encontro de todo tipo de gente que está disposta a pagar pelo seu vinho aguado. Ele não é a pessoa mais indicada para se irritar, afinal Jean possui uma longa lista de pessoas que estariam dispostas a quitar sua dívida por álcool com sangue. 

E era para saldar uma antiga dívida que me infiltrei novamente em seu pequeno quarto, atrás do bar, com o homem machucado em meus braços. Eu sabia que Jean não deixaria de me ajudar quando eu o cobrasse, pois ele não queria que certas pessoas soubessem que ele era um mutante. 

“O que você quer?” Ele pergunta, fechando a porta atrás de si para que nenhum olhar curioso veja o que acontecia escondido naquele quarto. “Alguém te viu?” 

“Desse jeito você machuca o meu coração” Eu brinco, mas o som sofrido que sai da boca do homem suando em cima dos trapos que Jean chama de cama, me faz ser mais direto. “Eu quero que você o cure e nos deixe ficar até a próxima noite.” 

“O que aconteceu com aquele merda egoísta que roubava o meu vinho e sempre estava enfiado em uma briga?” O homem com rosto cheio de rugas pergunta, se movendo até o homem pálido deitado à sua frente. 

“Decidi me manter longe de grandes confusões.” Eu digo com um sorriso contido e olhos especulando cada movimento do outro homem que revela o ferimento sangrento nas costas do baixinho. 

“Foi uma decisão sábia,” Jean concorda, olhando para os lados e se certificando de que mais ninguém esteja ao redor para finalmente deixar com que os seus olhos brilhassem. "Nesta semana, três camponeses foram guilhotinados por fazer uma piada infame com a semelhança entre esterco e os vira-latas de Paris.” 

“Eu suponho que tenha sido uma piada sensacional.” Eu sussurro baixo pois, nos últimos dias, qualquer cuidado ainda é pouco.  

“Muito mais sensacional do que o som das suas cabeças decepadas.” Jean assegura sombriamente e eu apenas concordo com um suspiro, me movendo para sentar no banquinho de madeira ao lado da cama enquanto observo o ferimento de Bon Coeur se fechando gradualmente. 

“Você está com dor.” Jean afirma quando termina de curar completamente o homem que agora apresenta uma cor mais saudável. 

“Eu posso lidar com isso,” Eu argumento, desviando da mão que vem em minha direção. “Não quero ser responsável por ter essa bunda murcha que você chama de rosto cansado por usar muito dos seus poderes.” 

“Você ainda vai morrer cedo assim, seu merda.” Jean diz com um pequeno sorriso em seus lábios.  

“Eu tenho planos de viver mais alguns anos, meu velho.” Eu retribuo cansado e escuto o suspiro alto de Jean. 

“Mais tarde eu trarei refeições para vocês dois.” Jean garante, se levantando da cama e olhando para mim antes de capturar  um pequeno saco e jogá-lo em minha direção. O som inconfundível do raspar  metálico é mais que suficiente para saber que dentro dele há uma boa quantidade de moedas. 

“Para alguém que é conhecido por ser o maior mão de vaca de Paris, você não é condizente com a sua reputação.” Eu provoco, guardando a pequena fortuna em meu bolso, afinal eu não sou nenhum burro para recusar algumas moedas a mais. “Você bebeu do seu próprio vinho azedo essa noite e passou mal?” 

“Como se você nunca tivesse se vendido por esse mesmo vinho.” Jean relembra com um sorriso de merda, que eu retribuo com o meu. 

“Touché.” Eu digo e o meu olhar não cede a luta de arrogância e orgulho que os nossos olhos travam, pois o homem em pé à minha frente sabe muito bem qual é o meu preço. 

“Há roupas na primeira gaveta da cômoda que vocês podem usar, eu não me importo de perder um ou dois pares.” Jean diz com um suspiro e antes que eu abra a boca para falar algo, sou interrompido por ele. “Não precisa se preocupar, ninguém saberá que vocês dois estão aqui, eu não quero problemas.” 

“Isso é irônico vindo da sua parte, afinal você tem um bar na parte mais duvidosa da cidade.” Eu o lembro com um tom orgulhoso para disfarçar o cansaço que aumenta dolorosamente o frio em todo o meu corpo. 

“De todos os problemas que eu já tenho, saber a localização do Bon Coeur não é algo com a qual eu queira lidar.” Jean revela com um cenho franzido, se virando para sair do quarto pequeno e mofado.  

“Então, o que você quer, Jean?” Eu pergunto, o mais alto possível que um mutante escondido possa se dar ao luxo. “O que você tanto quer?” E para responder essa pergunta, Jean não tem medo de deixar os seus olhos se iluminarem em um laranja bonito na penumbra do quarto. 

“Eu quero continuar bebendo meu vinho azedo até que finalmente a minha cabeça voe para uma cesta ensanguentada.” Ele responde com deboche, antes de sair pela porta do quarto e voltar ao seu trabalho. 

“Essa é a vida de todo parisiense, filho da puta de pau pequeno.” Eu o amaldiçoo baixinho, olhando para o homem deitado na cama que dorme um sono livre de dor ou preocupação.  

Talvez seja melhor eu aproveitar e descansar o máximo possível, antes que o baixinho acorde. 

 

 

 

“Você finalmente acordou.” Eu saúdo o homem que abre os olhos depois de dormir pesadamente nas últimas horas. 

É cômico assistir a cara sonolenta do baixinho se transformando em zangada, para confusa e depois aterrorizada ao recordar das últimas lembranças. Porém, apesar de todo choque, Bon Coeur reage , o suficiente para pegar a faca da bandeja e apontá-la para mim.  

“O que você fez comigo?” Ele pergunta, mantendo o máximo de distância entre nossos corpos, evitando qualquer movimento brusco que possa alertar alguém que esteja por perto. 

“Bem, eu retribui o favor e não deixei você sangrando em um beco qualquer.” Eu replico, sorrindo com o fato de que agora posso ver a expressão do rosto do homem à minha frente sem nenhum pano a encobrindo. 

“Como posso saber que você não está mentindo?” O baixinho pergunta sério, sem abaixar a guarda e eu apenas dou de ombros, ainda fascinado com a forma como aquelas sobrancelhas franzidas acentuam a beleza máscula daquele homem. 

Bon Coeur pode ter bochechas cheias como um bebê, porém ele possui uma aura que faria com que metade de Paris ficasse de joelhos sob o seu olhar. E eu com certeza estaria incluso nessa porcentagem. 

“Você e eu somos das ruas, uma dívida é uma dívida.” Eu respondo o que talvez seja a única lei seguida pelos becos duvidosos dessa cidade. 

“E uma facada nas costas é uma boa maneira de pagar uma dívida.” Ele afirma em voz baixa. 

“Touché.” Eu cedo ao impasse, me movendo lentamente para alcançar um pedaço da baguete dura e quase mofada que Jean trouxe como almoço, duas horas atrás. “Você pode comer, se eu te quisesse morto não teria curado a sua ferida e te salvado daqueles vira-latas." E com um grunhido como resposta, o outro homem pega um pedaço do pão. 

“Você sabe que o seu rosto é muito bonito para se manter escondido.” Eu o elogio, encarando os seus olhos cautelosos com os meus, curiosos. “É quase um crime escondê-lo." 

“Você despeja cantadas para qualquer um?” Ele pergunta, bebendo do cantil de água com gosto ferroso sem largar a faca em suas mãos. Porém, a possível ameaça de ser esfaqueado não afeta as minhas investidas. Se sentir incomodado ou envergonhado é algo que órfãos sem futuro como eu desconhecem. 

“Eu prefiro uma investida mais direita, mas para você eu posso abrir uma exceção.” Eu pisco para ele com o meu melhor sorriso conquistador. “Porquê? Você gosta de ser elogiado e mimado?” E as minhas perguntas arrancam um sorriso ladino do homem à minha frente. 

“Eu prefiro mimar, mas eu aviso que sou muito exigente.” A sua voz é grave, fazendo o meu corpo se tencionar em expectativa. “Não gosto de lidar com pirralhos desesperados.” 

“Direto.” Eu recuo, pois apesar de eu ser um ‘pirralho’ para aquele homem, eu sei muito bem que para vencer uma guerra, não é necessário vencer todas as batalhas. “No entanto, você aceitaria ajuda desse pirralho, Bon Coeur?” Pergunto novamente, replicando o mesmo sorriso presente em seu rosto. 

“Seria uma perda de tempo.” Ele nega sem hesitação e antes que eu possa abrir a boca para contestar, ele continua. “Mas eu poderia aceitar um par de olhos e ouvidos a mais.” 

“Sabia que te faria mudar de ideia!” Eu exclamo alto, com um sorriso tão grande que rasga o meu rosto em uma expressão eufórica. 

“Você vai receber treinamento antes de me acompanhar,” Ele avisa, revirando os olhos com os meus movimentos alegres. “Não pense que eu me esqueci do quão estúpida é sua postura defensiva.” 

“Tudo o que você quiser.” Eu digo e pisco para ele, antes de me levantar do canto em que eu estava sentado e ir em sua direção. 

“O que foi, pirralho?” Bon Coeur pergunta quando eu paro à sua frente. 

“Qual é o seu nome?” Eu pergunto pela primeira vez, a pergunta que me deixou inquieto dias a fio, tentando imaginar a resposta correta.  

“É rude perguntar o nome dos outros sem oferecer o seu em troca.” Ele responde simplesmente, me olhando com desdém. 

“Meu nome é Jongin.” Eu falo deliberadamente para ele. “Agora, qual é o seu nome?” 

“Kyungsoo.” As sílabas saem daquela boca farta  que tem toda a atenção dos meus olhos para si. “Meu nome é Kyungsoo, Jongin.” E o sorriso perspicaz de Kyungsoo me faz piscar inúmeras vezes, tentando pensar em qualquer resposta depois de ouvir o som do meu nome naqueles lábios. 

“Kyungsoo.” Eu digo, testando a sonoridade da sílaba em minha boca. O nome é único e exótico para os padrões franceses, o que combina perfeitamente com  o homem à minha frente. “Kyung-Soo. Kyungsoo. Kyungggg...Sooo.” Eu brinco repetidamente com o nome.

“Você é um menino inteligente,” Kyungsoo zomba. “Um pouco mais de esforço e você poderá dizer outras frases além do meu nome.” 

“Você é um maldito egocêntrico,” Eu digo revirando os olhos e estendendo a mão direita para ele. “Mas temos um acordo, Kyungsoo.” 

“Eu te falei, você só precisa se esforçar um pouco mais para dizer algo além do meu nome.” Kyungsoo fala e quando tento acertar um tapa em seu braço, recebo uma rasteira que me faz cair de bunda no chão duro e sujo. 

Talvez fosse bom receber algumas aulas de luta corporal para ações futuras. 

 

 

O que me acordou não foram os barulhos vindos da cozinha, mas sim aquele sentimento gelado que atravessou o meu corpo e que me fez sentar na cama. E ao reparar que Sehun tinha acordado, eu sabia que aquele sentimento de que algo estava errado era relacionado a Jongin. 

Pois essa não era a primeira vez que eu e o meu marido sentíamos aquela sensação de mau presságio, afinal estar intimamente ligado à energia vital de outra pessoa por séculos tinha alguns efeitos colaterais. E foi com aquele sentimento de medo e preocupação, que eu e Sehun compartilhamos em nosso olhar que saímos do quarto à procura do nosso amigo. 

Quando eu abri a porta do quarto e caminhei a passos largos com Sehun ao meu lado, com uma arma em punho, nos deparamos como uma cena que só fez esse sentimento se intensificar. À nossa frente estava Jongin, sorrindo para o homem acima, mesmo com uma faca cravada em seu peito. 

E foi naquele momento silencioso, em que eu observava aquele homem tão familiar retirar a faca sem deixar de segurar o corpo ensanguentado no lugar, que eu soube o porquê do sorriso do meu amigo ser tão genuíno, apesar das lágrimas que escorriam dos seus olhos cansados. 

Pois o homem que Jongin observava à sua frente era uma réplica exata do homem que um dia eu chamei de irmão.  

O Kyungsoo que vi era tão dolorosamente familiar aos meus olhos que, se eu ignorasse todo o sangue e lágrimas da cena, eu poderia me esquecer do fato de que eu enterrei aquele homem com quem um dia eu compartilhei histórias felizes, idiotas e até mesmo tristes. 

Se eu pudesse ignorar aqueles inúmeros anos de lutas, talvez o meu próximo passo não saísse tão trêmulo e os meus olhos se mantivessem secos com maior facilidade. Talvez, se eu não estivesse tão exausto, eu ajudaria Sehun a lutar para libertar o meu amigo e pressionar o seu ferimento enquanto tentava fazer ele reagir e ativar o seu poder de cura. 

Mas eu era fraco. 

Fraco demais para fazer outra coisa além de desmontar no chão ao assistir as expressões secas e vivas daquele Kyungsoo do presente enquanto lutava para segurar as lágrimas em meus olhos e mergulhava na minha própria fraqueza. 

A mesma fraqueza que abalou o meu ser quando Jongin entrou pela porta daquela cabana com o corpo ensanguentado e frio do meu irmão em seus braços, e eu tive que aceitar que ele tinha deixado esse mundo. 

Talvez, se aquela noite não tivesse existido, seria mais fácil segurar os meus soluços... 

 

 

“Não ouse me abandonar agora, seu filho da puta!” A voz alta e familiar ecoa nos meus ouvidos enquanto eu olho para os olhos raivosos e desesperados do meu amigo sem entender. Por que Sehun está tão exaltado, se ele é sempre tão calmo? 

“REAGE, JONGIN. REAGE, CARALHO!” As palavras soam altas, apesar da névoa em minha cabeça que me impede de pensar direito, e mesmo assim tudo o que consigo pensar é na dor intensa em todo o meu corpo e naqueles olhos castanhos que Sehun tirou do meu alcance. 

Dói se esforçar para entender ou reagir minimamente às palavras do meu amigo, mas eu não me importo. A dor há muito tempo se tornou uma companheira presente, e às vezes ela é o único sentimento real que eu tenho, por dias a fio. Então, por que eu não posso fechar os meus olhos e dormir? 

“REAGE, FILHO DA PUTA!” Não posso, porque as mãos trêmulas de Sehun não me deixam em paz, me chacoalhando de forma irritante. 

“Por favor, Jongin.” O meu amigo implora e eu olho para ele com o máximo de horror que toda a dor que eu sinto permite. “Se cure, por favor... Não faça isso comigo.” Sehun implora e uma parte de mim quer ignorá-lo e simplesmente sucumbir à dor, mas é estranho ver esse tom suplicante na voz sempre orgulhosa e composta de meu amigo. 

Esse tom simplesmente não combina com ele e talvez seja por isso que eu tento puxar aquele núcleo de energia em meu fio e realizar o que o meu amigo me pede. Pois Oh Sehun nunca foi de implorar ou pedir por coisas banais, afinal seu ego não deixaria que ele fizesse isso. 

E é olhando para o rosto do meu amigo que eu deixo os meus olhos brilharem e aquela energia vitalizar todo o meu corpo. 

 

 

Tudo dói. 

Cada músculo, osso e fio de cabelo dói depois de uma única semana de treinamento com Kyungsoo. O baixinho que vivia com um sorriso no rosto era um maldito sádico, e se não fosse por aquele sorrisinho sarcástico eu há muito tempo já teria desistido. 

Aquele sorriso pequeno, com olhos desafiadores, era a única razão de eu não ter saído daquele pequeno sítio. A vontade de tirar aquele sorriso e colocar outra expressão no seu rosto era o que me fazia acordar para mais um dia, para aquele treinamento esquisito que Bon Coeur me impunha.  

E isso não tinha nada relacionado ao fato de que eu achava Kyungsoo um homem lindo, musculoso e com uma aura que me faria ajoelhar para pagar um boquete grátis. Afinal, eu e Kyungsoo já sabíamos que eu estava atraído fisicamente por ele. 

Porém, de nós dois, o baixinho era o que mais achava divertidas todas as minhas investidas com a intenção de trepar. Eu não era burro ou bruto, eu sabia quando me oferecer e a hora certa de recuar, afinal, pressionar demais não era o jeito certo de lidar com homens iguais a Kyungsoo. 

Pois ele poderia ser reconhecido como Bon Coeur, uma figura gentil e bondosa que não tinha medo de ajudar outras pessoas, mas ele não era ingênuo. O verdadeiro Kyungsoo era muito mais que isso, ele era sarcástico, firme e quente como o inferno, e sabia muito bem disso. 

Fazer Kyungsoo engolir o sorriso cheio de ironia em seus lábios era o meu novo objetivo, pois o de oferecer a minha bunda já estava reservado quando eu escutei pela primeira vez a sua voz. 

“Levante, pirralho.” Kyungsoo me tira dos meus pensamentos. “Você ainda tem que comer algo antes de dormir.” Kyungsoo avisa e eu respiro fundo antes de levantar e pegar um pedaço do pão e uma tigela com a sopa rasa que Kyungsoo preparou. “Anda logo.” 

“Desculpa por não conseguir me mover mais rápido. O meu corpo está cansado demais depois de correr pela tarde toda.” Eu digo alto para o outro homem que apenas levanta uma sobrancelha para mim.  

“Oooh, então a baronesa prefere que eu a alimente na boca?” Ele ironiza com o maldito sorriso que usou ao me dar cada ordem, cada tarefa nos últimos dias. 

“Eu posso pensar em algo muito mais divertido relacionado  a sua oferta.” Eu provoco, ganhando a risada alta do outro homem. 

Eu sei muito bem que as minhas palavras não vão dar em nada, mas isso não me impede de tentar. Pois nesse joguinho de provocação, cantadas e olhares com segundas intenções, um de nós irá ceder e não será eu. 

“Por que você não cala a boca e come?” Kyungsoo responde com as sobrancelhas franzidas, o que poderia ser interpretado como seriedade se não fosse pelo brilho divertido que os seus olhos tentam camuflar. 

“O que houve?” Eu pergunto com um sorriso de merda. “Você ficou tímido com as minhas palavras?” 

“Você precisa de mais do que uma boca aberta para me fazer ficar tímido.” Kyungsoo responde com a pequena curva de um sorriso, disfarçada nas mordidas que ele dá no pão duro que é o nosso único alimento de hoje, e talvez de amanhã. 

“Que tal pernas abertas?” Eu pergunto, descruzando as pernas e piscando em sua direção. O que faz Kyungsoo rir com a boca aberta em uma gargalhada alta e longa, me deixando ainda mais encantado por ele sem nenhum esforço. 

“Você é um maldito pirralho.” Kyungsoo amaldiçoa como ele sempre faz quando falo alguma coisa estúpida, e dessa vez sou eu que sorrio para ele. Um sorriso estranho para o meu próprio rosto, um sorriso que eu ainda viria a perceber que só pertenceria àquele homem e a mais ninguém. 

“Um dia, Kyungsoo, eu vou te deixar tão corado e tímido como uma donzela pura,” Eu digo para o homem que ri em escárnio. “E isso é uma promessa.”

 


Notas Finais


Teorias do que acontecerá no próximo capitulo ou nos capítulos em diante?
Espero ter conseguido emocionar vocês e até o próximo capitulo.
Se cuidem!


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