Kim Taehyung.
– Senhor? ㅡ escuto meu mordomo me chamar após dar uma batida na porta e abri-lá. ㅡ A senhorita que estava esperando já chegou e está na sala de visitas.
– Tudo bem, obrigado. Avise-a que já estou indo e ofereça alguma coisa para beber.
– Certo. ㅡ fechou a porta, indo para onde a mulher estava.
Fazia um tempo que eu estava procurando alguém para fingir ser a minha namorada, bom, não é novidade nenhuma isso em alguns lugares, no caso pagar alguém para sair com você. No meu caso, preciso de alguém para fingir ser a minha namorada pois há um certo tempo, saíram boatos de que sou gay, não que haja problema nisso, para ser sincero, há sim. Quando se está prestes a perder grandes investidores estrangeiros.
Sou um homem de vinte e sete anos e rico, mas minha empresa não vai muito bem, e com esses rumores por aí pode piorar tudo e posso chegar até a falir e não estou disposto à isto. Portando me levanto de minha cadeira e saio do meu escritório em minha casa e vou até a sala de visitas, vendo uma mulher usando roupas gastas e com o cabelo preso em um coque, ela não estava comendo e nem bebendo nada, estranhei, pelo menos minhas visitas aceitavam uma água. Entrei e ela finalmente me notou, parecia nervosa e talvez preocupada(?).
– Vocé é a Eloíse?
– Sim, sou eu. Muito prazer! ㅡ chegou mais perto, estendendo a mão que logo apertei, soltando em seguida para não ficar um clima constrangedor. ㅡ Olha, eu vi que estava contratando e vim e liguei, me disseram eu eu podia vim...
– É, eu sei. Você não me parece uma atriz.
– Olha, não sou uma atriz. Estou aqui pelo dinheiro e não me agrada nem um pouco tudo isso.
– Espera, do que está falando? ㅡ lhe pergunto confuso.
– Você não quer alguém que finja ser a sua namorada? ㅡ concordei com a cabeça. ㅡ Então, eu faço isso, só que a maioria dos homens que me contraram é mais para uma noite de festa de gala e sei lá mais o que.
– Não me parece o tipo de pessoa que vá a esses lugares, tipo... dama da noite ou algo assim? Espera, você é prostituta?
– Não confunda as coisas Sr. Taehyung. Eu vou à festas! Não transo com esses caras por dinheiro, e se caso insistirem eu vou em bora.
– Entendi, me desculpe. ㅡ me sento na poltrona e ela no sofá a minha frente. ㅡ É que... a senhorita não parece que gosta de sustentar seus luxos. ㅡ digo me referindo as suas vestes, mas não na intensão de onfendê-la.
– Não faço isso por luxo, faço para ter uma casa para morar e pagar minhas contas. ㅡ falou em um tom mais alto. ㅡ Já entendi, eu certamente não estou nos seus padrões e está me enrolando ao invés de falar logo que não quer me contratar. ㅡ disse se levantando. ㅡ Passar bem.
– Espere! Eu não disse isso, okay? ㅡ digo me levantando e parando em sua frente. ㅡ Eu não ligo pra corpo e padrão, eu só quero saber se está apta a aceitar as minhas regras.
– Regras?
– Sim. Estou disposto a seguir em frente te contratando, desde que esteja disposto a seguir minhas regras.
– E que regras são essas?
– A primeira regra é simples, terá que fingir ser a minha namorada, isso é óbvio. A segunda é que não poderá se relacionar com outras pessoas além de mim, não sexo mas... acho que deu para entender; a terceira é que terá que viver comigo por todo esse período; a quarta regra é simples também, apenas ficará comigo o tempo todo enquanto estivermos em público, dando beijos e sendo carinhosa. Essas coisas, sabe? A quinta regra é não sumir durantes os eventos e usar todas as roupas que eu quiser.
– Até nas roupas você vai mandar? Sério?
– Apenas em eventos, quando for balada será um modelo, quando for festa de gala outro modelo, etende? ㅡ concordou a mulher em minha frente. ㅡ Ótimo! ㅡ sorrio. ㅡ Vou mostrar onde você ficará e hoje teremos uma festa de um sócio para irmos. Se quiser ajuda para se arrumar pode pedir a alguma empregada. ㅡ ela nada disse e apenas concordou novamente com a cabeça.
Saímos da sala e mostrei toda a casa, deixando por último o seu quarto, onde ela ficou para se arrumar e fui para o meu. Acho que o motivo de eu ter escolhido ela não é certo, para falar a verdade é porquê nenhuma outra mulher aceitou o fato de não poderem se relacionar com outras pessoas. Mas o meu medo é que algum paparazzi veja e se torne um escândalo maior ainda. E como Eloíse aceitou tranquilamente, foi mais fácil para mim.
(...)
Eu já estava arrumado e esperava por ela na sala principal, acho que ela acabou dormindo ou algo do tipo. Quando descido subir e questionar o motivo da demora ela aparece na ponta da escada, descendo enquanto olhava para o chão e segurava no corrimão. Se eu fosse descrevê-la seria deslumbrante, com certeza! O vestido vermelho ia até suas coxas e tinha uma abertura em V na frente, enquanro seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e sua maquiagem simples deixava-a mais bela ainda.
– Você está incrível, Eloíse! ㅡ digo assim que ela terminou de descer e veio até mim.
– Só vesti o que você mandou. ㅡ disse meio tímida e evitando de me olhar.
– Podemos ir? Estamos um pouco atrasados.
Ela assentiu e saímos, o caminho foi silencioso e um pouco constrangedor. A verdade é que eu nunca havia contratado alguém para ser minha namorada antes e lembrar disso só me deixou mais nervoso ainda. Assim que parei o carro na frente do local suspirei pesado, ela me olhou estranho mas não disse nada.
– Se lembra das regras, certo?
– Não sair do seu lado e ser carinhosa. Mas... sem beijos, né?
– Sim, claro, sem beijos. Apenas... faça carinho no meu cabelo e essas coisas de casais fazem. ㅡ saímos do carro e o manobrista entrou, indo estacionar em outro lugar. Fiquei ao seu lado e ela imediatamente entrelaçou seu braço no meu, e assim entramos, sendo o foco das câmeras e de diversas pessoas ali.
Será que finalmente teria um pouco de paz?
Continua...
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