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História Odeio te amar (kiribaku) - Um pai melhor


Escrita por: Mimi_Bakushima

Capítulo 22 - Um pai melhor


       ******Autora on*******

Nateki ainda estava abraçado com kirishima, este que estava com lágrimas nos olhos, finalmente, seu pai estava o abraçando e pedindo perdão, seu coração parecia que avia restaurado, era um abraço tão confortável e acolhedor, não pensou duas vezes, retribuiu o abraço, deixando as lágrimas caírem.

-Kirishima: e-eu te perdoo, pai - o abraçou forte, sempre sonhou com esse momento - me desculpa também por... não ser o filho que... você queria.

-Nateki: não - se separou do abraço Segurando o rosto do filho com a mão esquerda e a mão direita no ombro dele - você é o melhor filho que um pai poderia ter.

Eles se abraçam novamente e ficam um tempo naquele jeito, nateki não queria se separar, mas sabia que teria que fazer algo pro filho comer, oque fez ele lembrar de tudo que o médico falou. Separou do abraço e secou as lágrimas com as costas da mão sorrindo. 

-Nateki: vai tomar um banho enquanto eu fasso uma sopa pra você.

-Kirishima: ta bom - sorri e vai pro banheiro. 

 

    *****quebra de tempo*****

A sopa já estava pronta, o homem colocou em um prato e ficou Mechendo com a colher e assoprando para esfriar um pouco, se sentiu como o pai de anos atrás, fazendo a papinha pro seu filho bebê, sorriu ao lembrar. 


     ******flashback on******


-Nateki: olha o aviãozinhuuuuu - fala levando uma colherzinha de papinha na boca do filho que estava sentado na cadeirinha.

-Eijiro: aah - abre a boca comendo a papinha amarela da colher, batendo as mãozinhas todo feliz.

-Nateki: AHHH MEU DEUS - cora fecha os olhos inclinando a cabeça pra trás achando aquilo a coisa mais fofa do mundo, enquanto o bebê encara ele feliz - VOCÊ É A COISA MAIS FOFA DO MUNDO ^////^


       ****Flashback off****

Nateki ouve o filho descendo as escadas e foi até o sofá, eijiro fez o mesmo. Kirishima foi pegar o prato mas nateki afastou, o ruivo o encarou confuso. 

-Nateki: Eu... posso te dar na boca?  - pergunta envergonhado - você sempre cuidou de mim, me alimentou, mesmo eu chegando em casa "daquele jeito". Agora, Eu quero cuidar de você, posso?

-Kirishima: ah... claro - ri envergonhado mas se ajeita de frente pro mais velho. 

Nateki pegou a colher de sopa e levou até a boca do filho, o mesmo a comeu e lambeu os lábios, era deliciosa. O mais velho sorriu com o ato do filho e repetiu oque fez, levou a sopa até o filho e foi o alimentando até o prato estar vazio. 

-Kirishima: Estava muito boa.

-Nateki: obrigado  - sorri e acaricia seus fios ruivos, logo resolve perguntar oque aconteceu  - eijiro.

-Kirishima: hm - encarou ele, então nateki percebeu que ele estava com sono.

-Nateki: deixa pra lá, eu falo amanhã, vai descansar.

-Kirishima: ta bom - boceja - Boa noite. 

-Nateki: Boa noite.

Eijiro subiu as escadas indo pro quarto, se jogou na cama com um sorriso no rosto, estava tão feliz, seu pai não estava bravo, não estava gritando, nem o agredindo, pelo contrário, ele esava sendo carinhoso, amoroso e legal consigo, isso o deixava tão alegre. Seu sorriso se desmanchou ao lembrar de katsuki, as palavras dele o magoaram muito, pensou que katsuki o amava, mas não, ele estava apenas o usando, como se não fosse nada, não estava nem aí pra seus sentimentos; sendo todo amoroso com midoriya. Se sentiu um idiota por ter gastado seu dinheiro comprando aquela pulseira pro loiro. Pera... a pulseira, é isso, eles estavam mentindo, bakugou não avia sido roubado e midoriya não avia ganhado de sua mãe, avia ganhado de KATSUKI! merda... como não percebeu isso antes, tava tão na cara. Não sabia nem oque pensar de midoriya, achava que ele era seu amigo, mas se enganou; nem mesmo ele ou katsuki pensaram nele, seus sentimentos, o esverdeado avia pegado a consideração por kirishima e jogado pros ares, como se não ligasse pro amigo; o loiro nunca se importou se estava bem ou não, só se importava com si próprio, nunca avi o amado de verdade, era mentira. Sentiu algo molhado no rosto, levou a destra até a bochecha e viu oque era, ... estava chorando. Fechou os olhos tentando dormir. Agora tinha alguem do seu lado, seu pai, eijiro achou estranho o maior che.


Nateki lavava a louça pensativo, eijiro estava escondendo alguma coisa de si, pois ninguém fica sem comer e se intoxica de remédios por nada, sem falar nas marcas de agressão que o médico avia dito, seu coração apertou ao lembrar que ELE avia feito aquilo no próprio filho. Tomou uma decisão, iria mudar, mesmo que eijiro tivesse o perdoado, iria melhorar seu jeito, ser um pai melhor. 

Voltou aos pensamentos ao lembrar que o médico avia dito que tinha marcas de agressão feitas a pouco tempo, mas... nesses últimos dias eijiro não estava em casa, então alguem avia batido em seu filho, só de pensar nisso, nateki sentiu o sangue ferver, seja lá quem fosse iria arrebentar o maldito. Então mais um pensamento lhe veio a mente, onde eijiro avia conseguido remédios? Não... será que... .

Rápidamente Nateki começa a revirar a cozinha, abrindo gavetas, a geladeira, o fogão, até chegar nos armários, tinha um que ficava mais acima da pia, abriu e viu... vários remédios ali, todos eram antidepressivos, calmantes e vários outros, paralisou com a cena, eijiro tomava aquilo? Eram muito fortes. Sentiu lágrimas descerem pelas bochechas, que tipo de pai ele era, Que não cuidava do próprio filho, fechou os armários e subiu as escadas indo até o quarto de eijiro. Entrou vendo o garoto dormindo tranquilamente. Sentou na cama e passou a mão nos cabelos dele, sentiu ódio de si mesmo, por tudo que fez pra ele.


        ****flashback on*****

-Kari: NATEKI!!! - grita aos berros.

-Nateki: oque foi? - Aparece correndo -  Alguma coisa aconteceu com o eijiro? Cade ele?

-Kari: não, ele ta bem, é que eu vou sair com as meninas e vou voltar tarde.

-Nateki: ah, ta mas, e o eijiro? - aponta pro bebê que estava sentado na mesa brincando com um ursinho de pelúcia, ele estava usando um tipitop amarelo pastel. 

-Kari: oque tem ele?

-Nateki: você não ia cuidar dele? Parece que nem quer ficar perto dele.

-Kari: Bobagem, eu fiquei hoje o dia inteiro com ele enquanto você trabalhou.

-Nateki: hmm ta bom - vai dar um beijo e um abraço nela mas a mesma desvia e sai de casa.

-Kari: tchauuuu - fecha a porta deixando nateki tristonho, ele queria poder passar mais tempo com ela, mas ela sempre sai com as amigas.

-Nateki: é, parece que vai ser só você e o papai de novo filhão  - Segura ele nos braços. 

-Eijiro:  papa - levanta os bracinhos tentando tocar o rosto do pai.

-Nateki: oque? V-você falou... papa? - disse feliz, a primeira palavra do filho avia sido "papa" - fala de  novo - Segura ele com as mãos olhando pra ele todo animado. 

-Eijiro: Papa, papaaah - começa a bater as mãozinhas feliz. 

-Nateki: ISSO AÍ GAROTÃO HAHAHAHA -  pula todo alegre .


**********************************


Nateki chegou acabado do trabalho, era cansativo trabalhar de pedreiro, viu a esposa conversando no telefone e o filho de 5 anos sentado no sofá vendo TV. A morena não notou a presença do homem, continuando a conversa. 

-Kari: beleza, sábado a noite, a gente se vê, tchau  - desligou o celular e viu o homem, na mesma hora tomou um susto- nateki? 

-Nateki: oi amor, tava falando com quem ? - pergunta tirando os sapatos.

-Kari: com uma amiga - enrola um fio de cabelo no dedo indicador olhando pra um canto aleatório. 

-Eijiro: papai! - corre e o abraça.

-Nateki: ah que abraço bom - o abraça forte também, levanta e vai abraçar a mulher. 

-Kari: naaao - se afasta com cara de nojo -  só depois que você tomar banho, ta todo suado.

 -Nateki: ta bom senhorita.

-Eijiro: papai - chama o mais velho que o encara -o climson liot é muito legal, na TV tava vindo um ônibus quase batendo em um monte de genti, aí então... BAAN , ele apaleceu palando o ônibus, foi inclivel, eu quelia ser um heroi igual à ele.

-Nateki: ai que legal filho, mas você         pode ser um grande heroi.  

-Eijiro: eu não posso. 

-Nateki: ahn? Porque? - pergunta confuso enquanto abaixa da altura dele. A mãe dele tinha o mesmo poder, já ele não tinha, então eijiro puxou a mãe, pq ele não poderia ser um heroi?

-Eijiro: a mamãe disse que minha dividade é muita mais fraca que a dela, e não vai dar - cruza os braço com um biquinho nos lábios - eu  odeio minha dividade.

-Nateki: não fala assim eiji, Kari porque você falou isso pra ele? - ela apenas da de ombros enquanto escóva o cabelo - não liga pro que sua mãe disse, você pode sim se tornar um heroi.

-Eijiro: sélio? - seus olhos brilham.

-Nateki: sério  - sorri e beija a cabeça do filho.

**********************************

-Nateki: vai eijiro, você consegue  - fala andando em sua bicicleta vendo eijiro tentando andar na bicicleta sem rodinhas.

-Eijiro: e-eu to com medo - tenta se equilibrar, quase caindo, estava indo em ziguezague Beeeeeeem devagar. 

-Nateki: não precisa ter medo, eu to aqui com você - sorri.

Eijiro o encara com medo, mas respira fundo e vai pedalando devagar, logo vai indo mais rápido, tinha uma pedra no caminho, mas conseguiu desviar, pedalando do lado pai todo feliz.

-Eijiro: eu consegui, EU CONSEGUI - diz todo animado. 

-Nateki: eu disse que iria conseguir  - ri acompanhando o filho - você está indo bem eiji.


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-Nateki: oi amoooooor - abraça a esposa e enche ela de beijos.

-Kari: para nateki, sabe que eu não gosto disso, que coisa.

-Nateki: desculpa - abaixa o olhar - a gente podia sair né, faz tempo que não passamos um tempo juntos.

-Kari: não vai dar.

-Nateki: porque? Não vai me dizer que é por causa do eijiro, se for pode ser um dia que ele esteja na escola, de manhã. 

-Kari: não é isso, eu vou sair com uma amiga, não vou ter tempo.

-Nateki: hm, ta - abaixa a cabeça tristonho. 

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Nateki desliga a bitornera e seca o suor do rosto, o trabalho era pesado, encarou o amigo de trabalho que se aproximava de si com um sorriso triste.

-Nateki: ta tudo bem cara? 

-Homem: não - abaixa o olhar triste  - meu irmão foi assassinado 

-Nateki: oque? Ai, eu sinto muito. 

-Homem: mataram meu irmão de 19 anos porque ele era gay - funga.

Nateki congelou, sabia que tinha vários casos de assassinatos de pessoas Lgbts, existem muitas pessoas homofobicas e preconceituosas, não importa a idade, eles matam sem dó, esse era o seu medo, não por ser preconceituoso, eijiro era pequeno,  tinha medo que ele fosse bi ou gay, e alguem fizesse mal pra ele.

-Nateki: calma cara, ele foi pra um lugar melhor.

-Homem: *funga* tem razão.

No caminho pra casa, nateki estava dirigindo com os olhos na rua, mas a cabeça nas nuvens, não conseguia parar de pensar na conversa com o amigo, agora estava assustado.

*******************************

Eijiro mostra o desenho que avia feito pro casal.

-Nateki: bem lindo, mas espera... porque vocês estão de mãos dadas e com corações em volta? - seu rosto demonstrava raiva, mas na verdade estava assustado. 

Gritou e xingou eijiro que correu chorando pro quarto.

-Kari: PQ VOCÊ FEZ ISSO, ELE É SÓ UMA CRIANÇA! - grita sem entender.

-Nateki: CALADA! - um tapa forte foi inserido em seu rosto, não no de kari, e  sim no de Nateki, a mulher  logo começa a chorar por ter feito aquilo e corre pro seu quarto.

Lágrimas silênciosas desceram dos olhos de Nateki enquanto sussurrava.

-Nateki: me desculpa... eu só quero te proteger eijiro.

Depois de um tempo Foi até o quarto do garoto que estava dormindo.

-Neteki: desculpa eiji - deu um beijo na testa dele.

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Se sentia um vilão, sua mulher começou a pintar a pele de marcas roxas e a dizer para eijiro que nateki avia batido nela, nateki até tentava provar o contrário, mas nunca conseguia. Eijiro agora tinha medo de si.

Mas agora percebendo, kari nos ultimos anos estava mais distante de si, saia quase todo dia, dizendo que estava indo com as "amigas". E nessa noite, ela chegou de uma festa e foi pro quarto, nateki a esperava sentado. 

-Nateki: kari - a chama mas ela emburra a cara - kari, me desculpa. 

-Kari: pelo que?

-Nateki: por... não te fazer feliz - responde triste e a mulher se aproxima de vagar.

-Kari: não se preocupe, ta tudo bem.

-Nateki: Eu te amo muito - a beija e ela revira os olhos.

Nateki sempre foi inseguro de si mesmo, foi só conhecer kari que sua vida iluminou... pelo menos até essa noite.

Nateki acordou na madrugada e não sentiu a esposa do seu lado, rápidamente levantou e viu o guarda-roupa dela aberto sem nada, correu até a sala e viu ela falando com eijiro com uma mala no seu lado.

-Nateki: kari? - chama ela assustado. 

-Kari: EU VOU EMBORA, NÃO ME PROCURE  - saí e bate a porta com força.

Nateki sentiu seu chão desabar, caindo no abismo, a unica coisa que fez, foi olhar nos olhinhos tristes e confusos de eijiro e gritar.

-Nateki: A CULPA É SUA!

chorou a noite inteira, assim como em todas as outras noites. Por uns dias varios homens apareceram na casa perguntando pela mulher, dizendo que aviam ficado com ela por dias, outros diziam meses, outros diziam ANOS. Por anos Ela avia o traído, a pessoa que ele amava avia o traído. Saia para o bar beber e chegava bêbado em casa, descontando sua raiva e dor em eijiro, que nunca... teve culpa de nada.


    ***** flashback off*****

Lágrimas desciam por suas bochechas, se sentia um idiota por tudo que fez, que tipo de pessoa era, que tipo de pai era? Se corroeu por dentro, abraçando o filho que dormia, sem perceber, acabou dormindo ao lado dele.

Seria um pai melhor. 


    


                  Continua...












Notas Finais


Me desculpem qualquer erro 😔❤


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