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História Ódio e Vingança - Capítulo VII - Depois da Tempestade vem a Felicidade


Escrita por: Emeraude

Notas do Autor


Oi gente! Desculpem o atraso, mas não foi possível ser antes. Até cheguei a avisar num jornal o porquê. ^^'
Enfim...aqui está, finalmente, o último capítulo desta short-fic! Até agora é o mais comprido de toda a fic. Com 11 páginas do word. xD
Por hoje duas pessoas fazerem anos: a Jadi (Chihiroo) e a Mafalda (uma jovem que morreu ano passado e que deixa saudades), vou dedicar este capítulo a elas. :)
Quanto a vocês, meus caros leitores, desfrutem dele, pois foi bem elaborado (uma vez que tive de reler a fic toda para poder escrevê-lo) e é um final bem especial. Espero que gostem! :D
Bjs

P.S: Uma nota que gostaria de partilhar com vocês. Dei o nomem de Erasa à amiga loira da Videl, porque é assim que é esse o nome dela segundo o primeiro episódio do Dragon Ball Kai (Saga Majin Boo).

Capítulo 7 - Capítulo VII - Depois da Tempestade vem a Felicidade


Gohan encarava agoniado as palmas das próprias mãos, sentado na cama que era dele em casa dos pais.

Estava livre do vil mundo que frequentara, mas por alguma razão este que nunca que o iria abandonar. Não quando ainda tinha presente na memória aquele triste e fatídico dia.

 

- Chefe! Temos problemas.

Era o que havia dito um dos seus homens ao entrar de rompante no apartamento que tinha alugado.

- O que aconteceu?

- Uma rebelião, chefe. Pelos vistos existem alguns homens na máfia que não gostaram nada de saber do que o senhor tem feito. Reprovam, portanto, a vingança que levou a cabo. Têm receio de que esta tenha colocado a organização em si em maus lençóis. – fez uma pequena pausa – Eles vêm aí por si, chefe.

- Não… - apertou as mãos em punho – Até imagino quem sejam esses homens… Filhos da mãe! Conhecendo-os como conheço de certeza que não irão descansar até verem a minha cabeça a rolar pelas ruas da cidade.

- Não se preocupe, chefe. Lá fora tenho já a limusine preparada. É só fugirmos daqui, para um sítio em que não nos encontrem, o mais rápido possível.

- Não vale a pena fugir, Kuririn. – esse era o nome do homem de estrutura média, vestido de preto e careca, que estava diante dele – Onde quer que nos escondamos, eles sempre arranjam maneira de nos encontrar. Fui capaz de fugir uma vez às minhas responsabilidades, Kuririn. Não penso fazê-lo uma segunda. Logo, não penso fugir de novo! – afirmou com um olhar determinado.

Kuririn sorria satisfeito. Tinha a ideia de quais seriam essas responsabilidades que ele teria fugido da primeira vez. Aquela miúda sem dúvida o tinha mudado.

- Então qual será o próximo passo, chefe?

Gohan sorriu de lado.

- Sou um mafioso, Kuririn. E isso…já diz tudo.

- Kuririn!

Após surpreenderem os estupores no interior do armazém, no qual Gohan praticava muitas das suas negociações, ele entrou numa luta contra o mais temido chefe da máfia que queria a sua cabeça mais do que qualquer um, aquele que parecia ser o cabecilha da rebelião: Vegeta. Mas, devido a um descuido dele, quando pensava que tinha ganho o confronto, Kuririn meteu-se no meio, acabando ele por morrer no seu lugar. Caiu nos seus braços. Suas mãos estavam cheias de sangue. As suas últimas palavras foram…

- C-Chefe… Sê… f-feliz…

 

Porquê ele tinha morrido no seu lugar e dito aquilo? Porquê? E o mais estranho era ele se preocupar com tal. Logo ele que encarou a morte de forma natural.

Mas…o que o deixava mais pensativo…eram as suas últimas palavras… Elas continuavam a se repetir dentro da sua mente.

Fechou as mãos em punho e ergueu a cabeça. Tinha um ar mais decidido. Ia realizar o seu pedido. A sua última vontade. Ia ser feliz. Ou pelo menos tentar. Não ia deixar que a morte dele tivesse sido em vã.

Depois do incidente, não tivera outra alternativa se não ir para casa dos pais, que era onde ele se encontrava naquele momento. Confessara-lhes tudo. Tudo o que fizera realmente até ao momento. Mas não foram os únicos que ficaram surpresos. Ele também o ficara com a revelação deles. Afinal o Mr. Satan não tivera a culpa do mal que se instalara no seu seio familiar. Tudo não passara de um erro do seu consciente infantil.

Estava mal com isso. Por causa de um mal-entendido, fizera muita gente sofrer. Mr. Satan, a sua família, a Videl... Videl. Será que ainda ia a tempo de a conquistar, de conseguir o seu perdão? Esperava que assim o fosse, pois iria recomeçar de novo. Ia ter uma nova vida e tudo por causa dela e de umas certas palavras de um homem que lhe fora muito leal.

Ia ser feliz!

[…]

- Satan. Já se passou uma semana e ainda não me disseste o que foi que aconteceu realmente no dia em que recuperaste a tua filha.

De frente para o amigo, sentado e com ar aborrecido. Era assim como se encontrava dentro do escritório do perfeito.

- Porque não aconteceu nada de mais, Boo. – já começava a ficar entediado pela insistência do amigo. Mas, de certa forma, o entendia. Afinal havia sido ele próprio quem o tinha posto no meio daquela história toda. Só que, mesmo assim, o que mais queria era esquecer que a sua filha alguma vez havia sido raptada. – Quando ia a caminho da casa dos Son, tal como te tinha dito que o faria, recebi um telefonema anónimo. Do outro lado da linha disseram-me o local exato onde a Videl se encontrava em cativeiro. Desloquei-me até lá e constatei que a informação estava correta. A minha filha encontrava-se precisamente nesse sítio, com um ar triste e pálido. À exceção dela, não havia mais ninguém dentro daquela casa. – suspirou demonstrando alívio – Posso dizer que foi a minha sorte.

- Sei… - arqueou o sobrolho – Tens a certeza de que foi só isso mesmo o que aconteceu?

«Claro que não, Boo! Deves compreender que só disse esta pequena mentira piedosa para o bem da família Son. Eles não têm culpa do filho que têm.», disse para si próprio, bufando no momento a seguir.

- Tenho. – parou o que estava a fazer e recostou-se nas costas da cadeira – Neste momento, Boo, o que me preocupa é o estado emocional da minha menina.

- O que se passa com ela? – perguntou-lhe então preocupado. Já se havia resignado quanto ao assunto anterior.

- Ultimamente anda muito triste. Vagueia pela casa como se de um fantasma se tratasse. Nem o regresso à faculdade, que era algo que ela realmente gostava, a fez sorrir. Não sei o que posso fazer para voltar a vê-la alegre como antes…

- Não sou um perito, mas…pelo que me acabas de descrever, talvez ela esteja a sofrer de um desgosto amoroso. Apaixonou-se pelo raptor e este deve ter-lhe dado com os pés.

- Boo! Nem digas uma coisa dessas. Nem a brincar! - reclamou já não a gostar da conversa.

- Ok. Já não digo mais nada. – disse, levantando as mãos em sinal de paz – Quem sou eu para entender o universo feminino, não é verdade?

Satan sorriu e, passado um bocado, levantou-se.

- Obrigado, Boo. Obrigado por tudo. Não sei o que seria de mim e da minha filha sem a tua ajuda. Sem o teu apoio.

- De nada. Os amigos são para estas ocasiões, não te parece?

Satan riu-se e abriu os braços.

- Anda cá! Dá-me um abraço!

Envoltos num forte abraço, os dois amigos, após tantos momentos de pura aflição, finalmente estavam em paz.

[…]

Videl se encontrava dentro da sala de aula pensativa. Olhava, sem expressão alguma, para o céu, já que estava numa das carteiras que ficavam perto da janela. O professor estava mais adiante a ditar a matéria, mas ela nem ligava para o que ele dizia. Estava mas é noutro espaço. Noutra dimensão.

A faculdade já não lhe cativava mais como antes. O seu raptor fizera isso com ela. Mudara a sua maneira de ser. De encarar a vida.

Suspirou.

Ainda tinha na sua posse o lembrete que ele lhe havia deixado. Estava guardado na gaveta da sua mesinha de cabeceira.

Queria seriamente acreditar que ele a amava. Tal como o dizia no lembrete. Mas a maneira como ele tinha fugido, se afastado dela, fazia com que tivesse dúvidas quanto a isso.

Se o voltasse a ver, não sabia ao certo o que faria. Qual seria a sua primeira reação. Mas de uma coisa tinha certeza. Não o perdoaria tão facilmente o que ele lhe tinha feito.

O som da campainha ressoou-lhe nos ouvidos. Pelos vistos a aula já tinha terminado. Sendo assim, levantou-se, começou a arrumar as suas coisas e, depois, caminhou até à saída de forma lenta e silenciosa.

- Ei, Videl! Espera por mim!

«Lá vem a chata.», pensou a senhorita Satan com ar aborrecido, continuando, mesmo assim, a andar.

Vendo que ela não lhe havia ligado nenhuma, correu ao seu encontro.

- Ei! – agarrou-lhe no braço direito, fazendo com que esta parasse um pouco e a encarasse – Ei. Estou a chamar-te faz tempo.

- Eu ouvi. Felizmente não sou surda. – constatou com um ligeiro tom de ironia na voz, suspirando de seguida. – Desculpa Erasa. Neste momento quero apenas estar sozinha. Daí não ter ligado nenhuma ao teu chamamento.

Erasa baixou os olhos, triste.

- Sei. Deve ser por causa daquilo por que passaste, não é verdade?

- De certa forma sim… - virou o rosto de lado e começou a andar ao mesmo tempo que sussurrava: - Mas não quero lembrar-me disso.

- Uhum. – a amiga estava agora sorridente, enquanto caminhava ao lado dela – Porque isso já é passado. Agora tens-nos a nós, os teus amigos, bem como o teu pai para te dar apoio.

Apesar de concordar com ela, Videl continuava apreensiva. Nunca que iria esquecer o que aconteceu, pois foi nesse espaço de tempo que conheceu a sua cara-metade.

Nesse momento começou-se a ouvir burburinhos pelos corredores. Pessoas a correrem para às janelas do corredor.

- O que é que será que se está a passar?

«Não sei, nem quero saber», respondeu Videl para si própria.

Erasa seguiu então o exemplo dos colegas, aproximando-se logo da janela mais próxima. Assim que viu do que se tratava, tratou de soltar um gritinho de pura histeria.

- Uau! Videl, nem queiras saber quem acabou neste momento de passar pelo portão da faculdade!

- E nem quero saber… - murmurou baixinho, começando a andar. Mas parou o passo, quando a amiga disse algo que despertou-lhe o interesse.

- O homem mais sexy que já vi em toda a minha vida! Parece até uma estrela de cinema assim todo vestido de preto!

«Estrela de cinema todo vestido de preto?».

Curiosa, também se dirigiu à janela do corredor e o que viu fez logo com que os seus olhos se arregalassem. «N-Não p-posso acreditar…».

O homem que acabara de entrar naquele local havia sido nada mais, nada menos do que o Gohan. O seu belo raptor.

- E aí, Videl? O que achaste dele? – virou a cabeça, mas não a viu. Ela já não se encontrava mais do seu lado. – Hã?! Onde é que ela se meteu? Ainda há pouco estava aqui…

[…]

Atravessava os portões da faculdade com ar confiante e decidido. A sua vinda não tinha sido à toa, uma vez que tinha os seus objetivos. E não se iria embora sem os concretizar.

Tirou os óculos escuros do rosto e deu um pequeno sorriso ao contemplar o grande edifício que se encontrava diante dele.

Os estudantes que saíam e entravam no recinto olhavam para ele. Estavam surpresos, pois nunca o tinha visto por ali. Daí começarem os cochichos uns com os outros, fazendo especulações de quem seria e do que teria vindo ali fazer.

Gohan nem ligava para isso. Lá queria saber o que aqueles jovenzinhos pensavam dele. Apenas uma pessoa lhe ocupava a mente e, essa mesma, estava a caminhar a passo largo na sua direção.

- Tu! – exclamou Videl, fazendo com que os estudantes parassem de cochichar e se voltassem todos curiosos na sua direção. – Posso saber o que estás aqui a fazer? – perguntou de supetão, depois de parar diante dele.

Ainda lhe estava a ser difícil de crer que ele estivesse realmente ali. Diante dela.

- Vim ver-te. – respondeu simplesmente com um encolher de ombros, colocando de seguida as mãos nos bolsos e uma postura ereta – Temos muito o que falar.

Passaram então a encarar-se. Olhos nos olhos.

Era preciso ter lata! Isso era tudo o que Videl conseguia pensar naquele momento, depois de tudo o que se passou entre eles.

Já Gohan, este se sentia feliz por voltar a vê-la. Havia sido um enorme erro tê-la deixado para trás. Mas agora as coisas iriam ser diferentes. Ela podia até estar furiosa e magoada com ele, mas não tinha medo, pois sabia muito bem como a domar.

Os burburinhos recomeçaram a se ouvir em redor deles, o que deixou Videl envergonhada. Se havia coisa que detestava era ser o centro das atenções.

Sem dizer nada, pegou-lhe na mão e puxou-o consigo para fora daquele sufoco.

Gohan encarava as costas dela com um dos cantos da boca levantado. Aquilo significava que, pelo menos, iria ter a sua tão desejada conversa. Para além de que, agora que a olhava com olhos de ver, não podia discordar do quão ela estava bonita. Usava uma blusa branca de manga curta, muito kawaii, uma saia de ganga às pregas, e, nos pés, umas sandálias brancas decoradas por flores da mesma cor. Flores essas que combinavam em perfeição com a grande que estava a utilizar para prender o cabelo negro numa trança lateral, que ia da nuca até um pouco abaixo do ombro direito.

De repente ela parou de andar. Assim que o fez, olhou a seu redor, notando até onde ela o tinha guiado. Até nada mais, nada menos, a um canto qualquer das traseiras do recinto da faculdade.

Entendeu de primeira o porquê dela o ter trazido até ali. Poucas pessoas passavam por aquela zona. Logo poderiam ter uma conversa tranquila, sem terem de se preocupar com olhares indiscretos.

- Agora vais-me dizer – começou ela por dizer, passando a encará-lo – o que fazes realmente aqui. É que, depois de tudo o que aconteceu, teres vindo até aqui para me ver só pode significar uma coisa. Que ficaste maluco por completo!

- Maluco? – deu um sorriso de canto, bem presunçoso – Só se for por ti.

«Isto não me está a acontecer…!», resmungou Videl, ao mesmo tempo que respirava fundo para não partir para cima dele.

- Ainda continuo à espera de uma resposta. Porque é que viste até cá?

- Já o disse e volto a repetir. Vim aqui, porque queria ver-te. Senti saudades. Além de que temos muito o que falar.

- Lá nisso tens razão. Temos muito o que falar. A começar por essa palavra que acabaste de dizer. Saudades. – proferiu com desdém – Saudades uma ova! – elevou um bocado a voz com tanto rancor que surpreendeu-o – Queres conversar, então vamos conversar. Agora vais ouvir aquilo que tenho preso na garganta há muito tempo! – a paciência havia-se esgotado – Tu! Tu não sabes aquilo pelo qual eu passei até agora! O estado em que me puseste depois que me deixaste! Foi como se me tivessem tirado o chão, entendes? – Gohan ouvia atentamente tudo que ela lhe estava a dizer e, por dentro, o seu estômago se remoía todo. De arrependimento. – Se realmente sentisses saudades minhas, já terias vindo muito antes. Aí, talvez, eu te perdoasse, mas agora… - trincou o lábio inferior e apertou as mãos em punho, junto ao corpo, ao mesmo tempo que baixava a cabeça para que ele não visse uma copiosa lágrima a escorregar-lhe pela sua face direita. – Esquece.

Ele também baixou o olhar. Abriu e fechou a boca várias vezes. Não sabia o que dizer. Até que por fim resolveu se pronunciar.

- Lamento. – Videl olhou-o com cautela – Lamento se te fiz sofrer assim tanto. Na altura pensei que a minha partida fosse o melhor para ti, bem como para mim. Mas depois, no final, apercebi-me de que havia sido um tremendo – Porque não vai ter volta.

- Nem mesmo se eu disser que deixei o mundo do crime e que agora sou um homem honesto e trabalhador?

- O quê?!

Ergueu a cabeça de todo, espantada. Não devia ter ouvido direito.

- É… É verdade o que acabaste de dizer? – perguntou com cautela – Ou só estás a dizer-me isso para que mude de ideias a teu respeito?

Gohan negou-o com a cabeça.

- Estou-te a dizer a verdade. E nada mais do que isso. – encolheu os ombros – Podes perguntar à minha família. Eles são testemunhas.

- É difícil de acreditar… - murmurou – Parecias gostar daquela vida…

- Sim. Disseste-o bem. Gostava. Já não gosto. Uma certa pessoa fez-me perceber que existe algo bem melhor que o dinheiro e o poder. O amor. – sorriu-lhe de forma apaixonada – Amo-te, Videl. Eu amo-te.

Então, sem ela contar, agarrou-lhe na mão e puxou-a de encontro a si, arrebatando-lhe o que sempre almejou desde o princípio: a sua delicada boca.

Quando se apercebeu do que realmente estava a acontecer, Videl tentou empurrar-lhe para longe dela, mas, vendo que não o conseguia, deixou-se levar. Afinal…ainda o amava…

Os dois beijavam-se agora como se não houvesse amanhã. Uma paixão afogada pelas mágoas renascia, finalmente, através desse beijo.

A determinada altura, os dois se afastaram, ficando as bocas a centímetros uma da outra e as testas encostadas uma na outra, para retomarem o ar que haviam perdido.

- Perdoa-me, Videl. – murmurou – Sei que te magoei, mas quero que saibas que não foi por mal. O que aconteceu foi apenas o meu jeito torto de fazer as coisas. Até os chefes da máfia podem cometer erros. – ela começou a rir baixinho, o que o fez sorrir – Amo-te. – confessou mais uma vez, olhando-a nos olhos.

- T-Também te amo, Gohan. – desviou por breves momentos o olhos dos dele – Confesso que no início eras um mistério para mim. Queria saber tudo sobre ti. O que se escondia por detrás de um homem tão imponente. – abanou a cabeça e voltou a encará-lo – Mas não me arrependo de nada. Agora dou graças por essa minha curiosidade, porque assim pude sentir-me atraída, e depois…apaixonada…por ti.

- Também eu. Não me arrependo do rapto que fiz, porque assim tive a oportunidade de te conhecer. – sorriu de canto – Ainda mais agora que descobri que o teu pai nada teve a haver com a desgraça da minha família.

- Como assim? – perguntou confusa.

Gohan suspirou.

- É uma história complicada.

- Mas essa história tem a ver com o meu sequestro, certo?

- Que miúda esperta! – como prémio deu-lhe um selinho – É por isso que te amo! - ela continuava a olhá-lo com tamanha confusão e curiosidade no olhar. Suspirou. Pelos vistos não era possível contornar a conversa, ou até mesmo esconder-lhe nada. – Sim. Mas é uma longa história, Videl. Depois, mais tarde, conto-te todos os pormenores dela, ok? Por agora… - quebrou a pequena distância que permanecia entre eles, puxando-a de encontro ao seu corpo. Os seios medianos dela eram amarrotados pelo forte e musculoso peito de Gohan. – quero aproveitar este momento. – sussurrou-lhe de forma sexy ao vida, mordendo-lhe depois o lóbulo da orelha – Apesar de seres uma miúda, és especial. Tens noção disso, não tens?

Videl, como resposta, deu um largo sorriso, afirmando depois com confiança:

- Sim, eu sei.

- E nada modesta. – reprovou.

Os dois começaram-se a rir.

- Então… - começou Gohan, recuperando-se do riso – isso quer dizer que aceitas casar comigo. Estou certo?

- Como?!

Videl olhava-o com cara de espanto. Será que foi aquilo mesmo que acabou de ouvir? Ele está a pedir-lhe em casamento?

Vendo uma abertura para a sua proposta, Gohan levou a mão ao bolso direito das calças. Dele retirou uma pequena caixa vermelha de veludo. Depois, pegando-lhe na mão direita com a que mão livre, abriu-a e perguntou-lhe:

- Videl. Queres casar comigo?

Ela ficou de boca aberta ao ver o que havia no interior da caixinha. Um anel. O anel mais lindo que já vira. Todo banhado a ouro com uma pequena safira no centro, que reluzia sob a luminosidade do sol.

Engoliu em seco.

- E-Eu…nem sei o que dizer…

- Diz que sim. – tirou o anel da caixinha e deslizou-o pelo seu dedo anelar. Depois depositou no topo deste um cálido beijo, sempre com um olhar desafiante fixo nela. – Diz somente que sim.

- Sim… - sussurrou com voz trémula, quase inaudível – Sim… - deu um sorriso meio trémulo. A felicidade começava a borbulhar-lhe por dentro. – Sim!

Com um sorriso rasgado no rosto e os olhos húmidos, Videl não pensou duas vezes antes de saltar para cima dele, enlaçando-lhe o pescoço com os seus delicados braços.

Abraçou-o com força. Abraço esse que lhe foi retribuído. Quem diria que uma coisa daquelas era possível? O seu amor estava a pedir-lhe que fosse sua para sempre… Sentia-se, sem dúvida, a mulher mais feliz do mundo!

«Ai…estou nas nuvens!», pensou extasiada de felicidade, enquanto os dois se beijavam arduamente, como se não houvesse amanhã. «Nunca pensei que pudesse estar a viver este momento… Pior vai ser quando o meu pai souber. Mas isso não importa. O importante agora é o facto de estar nos braços do homem que mudou a minha vida por completo… do meu misterioso raptor…. do meu futuro marido.».

[…]

Tudo havia sido tal e qual como o havia imaginado.

O casamento perfeito!

Mr. Satan bem que se opôs a tal feito, pois não suportava a ideia da sua menina outra vez ao lado daquele vigarista. Mas, assim que viu que Son Gohan realmente havia mudado, bem como a felicidade estampada no rosto dela, não pôde dizer que não. Afinal, tudo o que queria era ver a filha feliz. Que fosse feliz.

Então, com este casamento, as duas famílias, que Gohan pensava serem rivais, vieram a estreitar ainda mais os seus laços de amizade. Uma amizade e companheirismo que se veio a tornar ainda mais forte com a chegada de um bebé. Da pequena, amorosa e doce Pan.

Pan…um pequeno anjo que veio mudar a vida desta família. Para melhor. A prova viva de que sentimentos, como o ódio e a vingança, podiam-se modificar. Transformarem-se em algo bom e renovado. E tudo graças à existência de um amor sincero, profundo e puro entre um homem e uma mulher.

 

O amor, portanto, supera tudo. Supera qualquer adversidade se for sentido e partilhado.

Vai muito além do ódio e do desejo de vingança.

Daí que, com tal façanha, Son Gohan tenha aprendido uma valiosa lição. Que não vale a pena enredarmos por sentimentos negativos, se sempre existir aquele sentimento, mágico e profundo, que acaba por nos resgatar dessa tormenta.

 Sentimento que nunca o abandonou e que sempre teve fé nele, acabando este, no final, por o valorizar.

Sentimento esse que se chama…

Amor.

 

Fim


Notas Finais


E aí, o que acharam? Correspondeu às vossas expectativas? Espero que sim! ^^
Foi uma curta, mas ao mesmo tempo uma longa jornada. Gostei muito de escrever esta fic, e gostei ainda mais de ler os vossos comentários. Vocês, meus caros leitores, foram aqueles que me impulsionaram a querer continuar e dar por terminada esta fic. Por isso, estão de parabéns e agradeço-vos do fundo do meu coração esta pequena ajuda que me fizeram. :D
Também quero agradecer àqueles que favoritaram e não comentaram. Podem não ter dito nada, mas tenho a certeza de que têm vindo a gostar da fic (senão, não a tinham favoritado não é mesmo? ;) ).
Bjs e até uma próxima! ^^


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