Pov. Ana
Claro que não queria deixar a Camilli sem resposta, mas ela me fez lembrar de um bom suspeito que tenha mandado aquele cartão, agora sinto que tenho muita chance de esta certa, sabendo quem é, já posso relaxar.
Mas do que eu já estava, a noite com a Camilli foi incrível, sempre é, mas essa...ah, ela me faz tão bem e faz muito bem também.
Peguei o primeiro táxi que eu vi e vim para casa, cheguei e fui direto tomar um banho. Ainda são um pouco mais de 7h, o Lucas me contou que contratou uma babá que chega umas 6h, então ela já deve estar com o bebê ou o Lucas mesmo, mas eu não vi ninguém ainda.
Quando passei pela frente do espelho, vi o que a nossa noite resultou. Havia marcas desde o meu pescoço até minhas coxas, minhas costas e bunda estavam na mesma situação. Okey, se eu estou assim como deve está a Camilli?
Logo me vestir e me arrumei, fazendo o possível e o impossível para esconder as várias marcas que tinha pelo corpo.
Desci para tomar outro copo de café encontrei a babá cuidando do Eduardo.
_Bom dia! -- Disse a ela, nossa! Nem sei seu nome. -- Qual é seu nome? -- Me servi de uma boa caneca de café.
Ela me olhou por algum tempo, eu fiz algo errado?
_Ah, eu sou a Suzy. -- disse nervosa. --E bom dia.
Esse nome me lembra alguém. Eu sei quem é e você também!
A Suzy deve ter uns 20 anos, tem os cabelos negros cacheados longos e a pele bem branca, é um belo contraste, até que ela é bonita.
Olhei para o Eduardo que estava sobre a balcão da cozinha, a Suzy o segurava com firmeza.
_Você viu o Lucas por aqui? -- Perguntei e me sentei ao seu lado.
_Não, não vi, quem abriu a porta para mim, foi a Senhora Mônica.
_Ah, sim. -- Disse e olhei para o Eduardo, olhando agora, o Lucas tem razão, ele lembra o papai. Talvez eu devesse...-- Eu posso ficar um pouco com ele. -- Minha voz saiu mais autoritária do que queria.
_Ah, claro. -- Disse e se levantou. -- Sente-se aqui. -- Fiz o que mandou e segurei o bebê. -- Quer que eu saia?
_Sim, só um pouco. -- Disse olhando para o bebê, então ela saiu. -- Olá, Eduardo.
Apesar de ontem eu ter ficado um pouco com Eduardo, ele estava sempre nos braços do Lucas, fiquei com receio dele começar a chorar e não gostar de mim, o máximo que fiz foi coloca-lo no berço, depois que ele pegou no sono no colo do Lucas.
Minhas mãos estavam segurando seu tronco, ele é fofo, seus olhos são azuis que nem o do papai, o único Darvatz que conseguiu herdar esses olhos do dele.
Não sabia muito bem como reagir a ele, uma de suas mãos segurou meu pulso e a outra ele levou a boca.
Ele deve sentir falta da mãe, o Lucas disse que ela está no hospital, ainda. Logo teremos que levar o Eduardo para ir se despedir da Petra, isso me faz sentir uma angústia.
O Eduardo é tão pequeno para perder sua mãe, ainda mais vir para uma casa com pessoas estranhas, talvez ele ainda ache que somos estranhos.
Seus olhos são lindos, comecei a encaro-lo, acho que devo dizer algo, antes dele chorar por eu estar tão séria assim.
_Oi, eu sou a Ana. -- Disse igual um robô. Sorrir do meu nervosismo. -- Tudo bem? -- Eu sou horrível com crianças pequenas.
_Bejo, bejo. -- Ele começou a repeti e eu apenas rir.
Acho que sei o que quer.
Beijei o topo da cabeça dele, ele me olhou sério por segundos e sorriu, ele é tão fofo. Beijei o pescoço dele e ele começou a dar risadas, me senti ótima com esse som. Até que ele mordeu minha bochecha.
_Ah, isso faz cócegas. -- Falei rindo. Me afastei e olhei para ele, seus olhos sempre são tão focados. -- Você bababou minha bochecha. -- Não conseguia para de sorrir.
Agora, eu mordi a bochecha dele, mas a única reação dele foi morde meu queixo.
_Olha, quem tá se dando bem com essa gatinha. -- Ouço o Lucas atrás de mim. -- Oi, Ana. -- Ele se senta ao meu lado.
_Oi. -- Disse limpando meu queixo. -- Gostei dele.
_Confesso que eu também. -- Disse e fez o mesmo carinho que ele faz nos meus cabelos no Eduardo.
_Aliás precisamos conversar. -- Digo séria.
_Okey, já está na hora de ir para Lunna-tec. -- Diz se erguendo. -- Suzy! -- Em segundos ela aparece.
_Até mais Eduardo. -- Falo e beijo seu rosto.
_Tchau, Edu. -- O Lucas diz.
Alguem está amolecendo.
Entrego o Eduardo para a Suzy, o Lucas e eu vamos para meu quarto.
_Porque estamos aqui? -- Ele diz quando entramos.
_Meu rosto está só babá de bebê. -- Falo e ele rir. -- Vou limpa e já volto. -- Vou até o banheiro e lavo minha bochecha e queixo.
Volto para o quarto e começo a retocar a maquiagem.
_Agora fala! É sobre o cartão? -- Diz curioso, sentando na cama.
_Sim, eu acho que pode ter algo haver com a Luana.
_Ah, ela, mas--Diz e coça o queixo pensativo. -- porque?
_Porque ela me ama. -- Digo com ironia. Com certeza ela ainda deve me odiar depois do como a expulsei da Lunna e também a Camilli prendeu ela num mata-leão, duvido ela ter esquecido aquilo.
_Ah, bom argumento, mas sei que esse ódio é recíproco.
_Pode apostar, eu vou desfigurar a cara daquela mulher quando descobri o que ela quer de verdade. -- Digo séria.
_Então, vou atrás dela hoje mesmo, temos todos os dados dela nos arquivos da Lunna. -- Diz e se levanta. -- Vamos logo, já são 8:14h.
..........
Assim que chegamos a Lunna vejo várias pessoas se movimentando de forma estranha e rápido...droga! Aconteceu algo!
_Lucas! -- Falo assim que saio do carro, ele sai junto e olha para os lados. -- Que poha aconteceu? -- Seu tom já é exaltado.
_Não sei, vem. -- Diz e segura minha mão e me puxa para dentro da empresa.
Algumas pessoas esbarram em mim, droga! Sinto cheiro de fumaça.
_Que poha foi essa?-- O meu irmão pergunta olhando ao redor.
Consigo chegar até a recepção, a Sandra fala ao telefone rápido e eu olho ao redor, agora daqui de dentro não parece tão agitado.
O Lucas fala rápido com a Sandra e o Marcos, que apareceu do nada.
_Um incêndio? -- O Lucas questiona incrédulo. -- Como? Temos sistemas contra eles?
_Sim, é o que parece, mas relaxa, só foi em uma sala.
_Qual?
_A da Mary. -- Fala rápido e eu seguro o braço do Lucas. -- Mas ela está bem, pois não estava na sala.
_Lucas, aquela vagabunda! Foi ela, eu sei!-- Falo entre dentes.
_Vamos achar ela, Ana. -- O Lucas diz confiante.
Olho mais uma vez ao redor e vejo a Camilli passando rápido, seu rosto não é nada bom.
_Cami! -- Chamo alto, ela olha para mim e abre bem os olhos. -- Tudo bem? -- Falo indo até ela.
_Ana! -- Diz e me abraça! -- Você está bem? -- Ela segura meu rosto com as mãos.
_Sim, sim! Acabei de chegar! Como você está?
_Ah, eu estou bem, eu pensei...droga! Pensei que ela tivesse feito algo contra você.
_Não, eu estou bem. -- Digo e seguro suas mãos. -- Espera, como você sabe que é ela?
_Ah, ela me ligou, ainda pouco, a mulher que tentou te machucar no meu primeiro dia na Lunna, ela disse que ia atrás de você.
Simplesmente respiro fundo e me aproximo mais dela, ela sabe da Camilli, pode tentar machuca-la.
_É a Luana, vamos achar ela, relaxe. -- Falo e a puxo para perto te mim, a abraçando. -- Ela não vai te machucar, ninguém vai. -- Sussurro para ela.
Ninguém vai tirar você de mim, nem essa puta, nem ninguém!
Sinto meu peito doer, agora, por minha culpa, a Camilli está em perigo, não posso deixar ninguém a machucar, ninguém!
Quando olho para o lado, vejo o Lucas, o Marcos e a Sandra, nos olhando confusos, minha aproximação com a Camilli deve ser estranha para eles, menos para o Lucas, ele deve achar que estou surtando de fazer isso aqui dentro na frete de todos.
_Melhor nos afastamos. -- A Camilli diz saindo do abraço. -- Eu estou bem, mas estou preocupada com você.
_Okey, acho que pelo menos na parte da manhã não iremos ter expediente, você está bem mesmo? Ela te disse mais algo?
_Não, apenas isso, Ana, ela quer te machucar. -- Diz preocupada, seus olhos parecem tão desesperados.
_Mas ela não vai, quem vai sair muito ferrada disso tudo é ela. -- Falo firme.
Quando eu encontrar essa mulher...vou fazer questão de esgana-la que nem uma vadia de última classe.(Mas não devemos esganar ninguém, pessoas!)
_Ana, -- O Lucas diz atrás de mim, me viro. -- vamos dar ordens para dispersar as pessoas por hoje, precimos descobrir quem fez isso e não deixar que isso cai na mão de algum jornal ou site, sei la.
_Okey, -- Digo e me viro para a Camilli. -- Vá para casa e tome cuidado, qualquer coisa e só me ligar. -- Falo autoritária.
_Tudo bem. -- Diz e olha nervosa para o Lucas. -- Não deixe a Ana se machucar, ela acha que é de ferro.
_Vou protege-la. -- Diz confiante.
_Ana, te vejo mais tarde. -- Diz e me abraça forte. -- Se cuide, Ana Cristina. -- Sussurra em ouvindo.
_Tudo bem, me ligue sem excitar. -- Reafirmo.
_Sim, até mais. -- Diz e se vai.
Suspiro e me viro para o Lucas.
_Primeiro, vou colocar um segurança na casa agora mesmo e vou ver como a Mary está, já você irá ver as imagens e mandar alguém ir atrás dessa vadia.
_Tudo bem, eu vou achar ela.
_Não vai, você está proibido de ir atrás dela, ela está disposta a nos matar, mande alguém, não vá! -- Falo bem séria e autoritária.
_Está bem, eu fico aqui, deixe o celular por perto, caso precise de você.
_Okey, vamos. -- Falo indo em direção ao elevador.
A sala da Mary é longe do elevador então não há problemas em usa-lo, o andar dela é o 14 espero que não tenha sido tão grave.
Cheguei no andar da Mary e a encontrei ela no fim do corredor sozinha, me aproximei dela, assum que me viu me abraçou de forte.
_Ana, você está bem. -- Diz quando me solta.-- Que bom! -- Ela me olha de cima a baixo.
_Eu acabei de chegar com o Lucas, estamos tentando entender tudo isso. -- Explico.
_Não sei o que aconteceu, eu estava indo em direção a sala quando escutei um barulho alto, igual uma explosão, depois o cheiro de fumaça começou. -- Diz rápido. -- Quando abri a sala vi que onde ficava minha mesa meio que havia explodido. -- Seus olhos se tornam sombrios. -- Mas um minuto e eu teria morrido, se eu não tivesse saindo para ir ao banheiro, eu teria morrido, Ana. -- Sua voz fica baixa.
Seguro seus rosto e a olho calma.
_Se acalme, já vamos achar quem fez isso, vá para casa e relaxe okey?
_Está bem. -- Diz desnorteada. -- Você pode me levar? Acho que não vou conseguir dirigir desse jeito.
_Sim, vamos!-- Falo e vamos para o elevador. -- Alguém lhe disse algo estranho?
_Não, nada, tudo foi normal nesses últimos dias. -- Diz pensativa.
Somente eu devo ter recebido algo.
_Mas tome cuidado agora, até prenderem quem está fazendo essas coisas. -- Falo e ela concorda.
_Tudo bem. -- Diz e assenti. --Com que carro vamos? -- Pergunta quando chegamos ao estacionamento.
_Melhor ir no seu, eu volto de táxi. -- Falo e ela concorda.
A partir daí ela ficou calada, o caminho inteiro a Mary estava com um olhar vazio, mesmo não sendo tão próximas, eu a conheço o suficiente para saber que ela não está nada bem. Quem estaria depois de quase morrer?
_Você quer mais alguma coisa? -- Pergunta quando chegamos em sua casa.
_Não, Ana, eu estou bem. -- Diz e me abraça brevemente. -- Obrigada por me trazer.
_De nada, se cuide, me ligue se precisar de algo.
_Okey, até mais Ana.
Voltei para a empresa e logo consegui um segurança de confiança pra cuidar da casa, um ex colega da escola.
O Lucas disse que nao foi nenhum incêndio e sim uma explosão, já identificaram a pessoa que colocou uma espécie de bomba relógio na sala da Mary, é um homem de uns 35 anos, o que se sabe é que ele mora na mesma área que o sujeito que deixou o cartão ontem.
O pessoal do Leonard já está atrás deles, se a Luana tem algo ou não haver com isso, vai ser investigado também.
_Ana, vamos para casa, já mandamos vasculhar o prédio todo, ainda mais por onde esse cara passou. Melhor não ficarmos aqui. -- O Lucas diz preocupado.
_Okey, okey. -- Falo um pouco perdida. -- Vamos resolver isso de casa.
_Lá tem câmeras não é?
_Sim, na parte da frente e de trás da casa.
_Vamos ver as gravações para checar se esta tudo em ordem.
Fomos para casa e logo, o Lucas foi olhar as filmagens e eu fui falar com o Carlos, o segurança.
Tudo foi calmo, não havia nada nas câmeras de seguranças e nem acharam nada na empresa, mas durante o dia inteiro o Lucas e eu não conseguíamos relaxar, a todo momento ficávamos andando pela casa.
O Leornad e seus homens, continuaram investigando as coisas junto com a polícia, de uma maneira discreta, não queremos a empressa saiba do ocorrido.
Já às 19h fui para a casa da Camilli, ver como ela estava e também precisa dela para me acalmar.
_Ana, como foi lá? -- Disse assim que abri a porta.
Entrei e ela fechou a porta atrás de nós.
_Está tudo bem, só temos que acha-los. -- Falo e me aproximo dela. -- Mas eu já não quero falar disso. Eu preciso de você. -- A abraço e aspiro seu cheiro. Ele é doce e me acalma. -- Não vamos falar disso, okey?
Ela se afasta de mim e me encara, suspira e se senta no sofá.
_Você não quer falar sobre isso, ou só quer me esconder de novo as coisas? -- Diz magoada.
Droga!
_Cami, -- Digo e me sento ao seu lado. -- eu sei, eu sei que tenho que te contar o que está acontecendo, mas nem eu sei direito. -- Minha cabeça está confusa. Passo as mãos pelos cabelos e a olho. -- Desculpa por sempre fazer isso, é que por muito tempo fiquei sem dar satisfações para ninguém, você está me mudando, Cami.
_Mas você me esconder as coisa, isso me deixa louca, Ana. -- Diz e segura meu rosto, me olhando nos olhos. -- Se eu fico assim é porque eu me importo com você, eu só quero seu bem.
_Okey, eu vou tentar contar.
_Você na vai tentar, você vai. -- Diz séria.
_Sim, então lá vai...
Então contei tudo o que sabia sobre a Luana, sobre o que o Lucas me falou sobre a investigação e como estou cuidado da segurança do bebê, mas mesmo assim seus olhos continuavam sóbrios e cheios de dúvidas.
_Você não fez nada mais para essa mulher?
_Não, eu não fiz nada.
_Essa raiva dela é muito grande para tudo isso.
Queira entender isso, se eu tivesse a mandando para a prisão por ter roubado dinheiro da Lunna-tec, ela não estaria fazendo isso tudo.
_Também acho isso, mas na quero que fique pensando nisso, como eu já disse, não se preocupe, já estou cuidado de tudo.
_Mas Ana...-- Insiste, mas eu toco seus lábios a calando.
_Apenas, me ouça, vai dar tudo certo, vamos acha-la e coloca-la em uma prisão, depois tudo vai voltar ao normal.
_Apenas me preocupo com você. -- Diz e olha para baixo.
_Vem. -- Falo e faço com que ela sente em meu colo. -- Eu sei me cuidar, meu bem. -- Beijo rápido seus lábios.
_Por isso que eu tenho medo Ana, você é muito corajosa, vai acabar se colocando em perigo.
_Prometo tomar cuidado.
_Jura?
_Sim, eu juro, meu bem. -- Falo e beijo seus lábios. -- O que eu não faço por você? -- Sussurro e sorrio.
_Ah, Ani. -- Diz suspirando e me beija.
Porque sempre sinto ela distante, submersas em pensamentos. Mas se eu não falo a verdade as vezes, não posso forçar-la nada.
_Quer sair para jantar?-- Pergunto quando separamos o beijo.
_Acho que não devíamos ficar saindo pra aí.
_Mas vamos tomar cuidado...
_Viu, você sempre quer se por em perigo.
_Não estou me pondo em perigo, só não vou ficar tracanda por conta dessa mulher louca. -- Falo e ela estreita os olhos.
_Podemos perdi algo e comer aqui ou eu faço. -- Diz e acaricia nuca, a olho em silêncio. -- Por favor e eu na estou afim de sair.
_Okey, tudo bem. -- Me rendo. -- Vamos perdi algo.
_Finalmente, mas antes. -- Diz e se aproxima. -- Você deixou meu corpo cheio de marcas. -- Sussurra em meu ouvido.
_Você também, -- Falo fraca, já sentindo seu efeito. -- quer repetir a noite de ontem?
Ela me olha por alguns segundos, eu adoro esse olhar malicioso dela, minhas mãos acariciam suas coxas com calma.
_Não, -- Diz e eu a olho com dúvida. -- quero algo novo, sempre vai ser diferente, sempre. -- Ela se inclina sobre mim e morde meu lábio. -- Sempre vai ser diferente e incrível.
Suspiro e sorrio, nunca imaginei que encontraria alguém tão perfeito assim.
_Ah, Cami. -- Digo suspirando e beijo seu lábios. -- Minha baixinha preciosa.
_Ei, eu não sou baixinha. -- Diz forçando está magoada.
_É sim, -- Digo e a abraço forte. -- gatinha.
_Prefiro esse apelido do que baixinha.
_Wau, vou te chamar só de gatinha agora. -- Digo sorrindo e ela beija minha testa.
_Eu já disse que você não presta. -- Diz rindo e me dá uma mordida na bochecha.
Pov. Camilli
Ainda estava um pouco confusa com tudo o que me Ana me contou, ainda mais depois dela simplesmente me deixar platada na cozinha, saindo sem dizer nada.
A Ana vive me deixando frustrada, eu estou apaixonada por ela, não consigo controlar minha preocupação, apenas a quero bem, mas ela não parece me entender.
Quando fui para empresa pela manhã, eu fiz o que faço como de costume, passei pela recepção, cumprimentei a Sandra e sua assistendte, depois fui para minha sala, assim que me sentei a minha mesa, olhei meu celular ele marcava 8:10h, mas então um número estranho me ligou.
A pessoa se apresentou como a ex-secretaria da Ana, depois disse que sabia que eu estava com a Ana e que iria atrás de nós duas, depois desligou.
Meu coração começou a acelerar, quando fui levantar para ir até a sala da Ani, escutei um barulho bem alto e depois um cheiro forte de fumaça.
Já comecei a me desesperar, abrir a porta da sala da Ana com tudo e vi que estava tudo em ordem. Foi um verdadeiro alívio para mim, mas depois me toquei que se ela não esta aqui, poderia estar onde ocorreu esse barulho.
Após ver que não foi nesse andar fiquei um pouco mais calma, mas as palavras da Luana não saíram da minha mente, desci para o saguão como foi designado por alguns homens da segurança que apareceram aqui no meu andar.
Quando vi minha Ana segura e bem ali, fez meu coração se desmanchar, mas não queria alarma-la, ela já tem tanto problemas.
Mas sempre tentando me dizer o maximo que consegue, eu sei que ela ainda está se acostumando a namorar.
Depois de comer bastante, fomos para o meu quarto, mas em vez de fazer o que pretendia, a Ana ficou grudada em mim, parecia um ursinho.
_Ani, você está bem carente, né? -- Perguntei rindo.
_Por você, sim, -- Ela diz e se senta sobre mim, depois se inclina e cola nossas testa. -- Você me acalma. -- Beijou meus lábios e depois me encarou. -- já disse várias vezes que você é muito incrível, você me enfeitiçou, Cami.
_Não, você que fez isso. Você não tem idéia do quando é linda. -- Digo e a abraço. -- Você é um anjo celestial, tão perfeita, você que é incrível, olha eu tudo o que você faz.
_Um monte de coisas estúpidas. -- Diz baixo.
_Não e pare de achar que você é alguém ruim, você é uma pessoa muito boa, meu bem.
Ela se ergue e me encara, esses olhos sempre são tão lindos e tão sombrios. Depois ela simplesmente deitou a cabeça no meu peito e ficou em silêncio.
A Ana faz isso as vezes, parece estar preste a falar algo profundo, mas em vez de dizer fica quieta e faz outra coisa.
Depois de alguns minutos ali, o celular da Ana toca e ela vai até a sala o buscar onde ele estava.
Fico na cama olhando para o teto, até que a Ana surge com uma cara nada boa.
_Ana? -- Pergunto já assustada.
_É a Luana, que está fazendo isso. -- Diz devagar.
_Mas já sabíamos disso.
_Mas não é só ela.
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