História Office Love (Lésbicas) - Doces sonhos

Pov. Ana

_Mas então quem? -- A Camilli pergunta nervosa.

_Um antigo parceiro de negócios da Lunna-tec, de acordo com o Leornad a empresa dele veio a falecia há uns 2 anos. -- Explico e ela fica ainda mais confusa.

_Mas Ana, o que esse cara quer? -- Pergunta e se levanta da cama. -- Depois de tanto tempo?

_Eu não sei, mas pode ser que meus pais tenham feito algo com ele. -- Falo meio perdida.

_Que tipo de coisa? -- Pergunta aflita.

_Talvez ter falido a empresa dele. -- Digo pensativa.

Não posso mais ficar achando que meus pais eram os melhores seres humanos da Terra, não depois do que o Lucas me disse.

_Mas você não tem nada haver com isso, você nem estava aqui.

Mas uma coisa que ocorreu enquanto eu estava fora.

_Eu sei, meu bem, mas vamos pegar eles. -- Falo e me aproximo dela. Toco seu rosto e acaricio. -- O que mais me intriga é o porque da Luana está junto desse homem.

O tempo em que a Luana foi minha secretaria ela foi bem profissional, nunca se atrasava e nunca deu problemas, até eu descobrir tudo aquilo.

_A Luana estava a bastante tempo na Lunna-tec, não? -- Diz e se senta na cama. Concordo com a cabeça e sento ao seu lado. -- Talvez eles se tornaram amigos lá dentro, ou já fosse antes.

_Você pode ter razão, preciso descobrir isso.

Cada vez que descubro algo novo do passado dos meus pais, mais me pergunto se o legado deles foi a Lunna-tec, ou a empresa foi só uma capa para cobrir suas artimanhas.

_Quando vai fazer isso?

_Amanhã, o Lucas já está a par de tudo. -- Falo e abraço por trás. -- Não vou me preocupar com isso agora -- Beijo seu ombro e pescoço. -- Só quero você.

Acho que mereço meus momentos de paz com ela, no meio desse inferno.

_Você vai dormir aqui? -- Pergunta e se vira para mim. -- Fica. -- Ela sempre vai conseguir o quer com esses olhos lindos.

Suspiro e sorrio contida, beijo sua testa e a abraço.

_Claro, -- Digo e me afasto. -- dormir com você faz com que eu durma bem e acorde muito melhor.

Ela é meu coletor de sonhos, sempre me livrando dos pesadelos.

A Camilli se deita na cama e eu me aconchego nela, beijo seu pescoço e suspiro.

_Ana. -- Diz baixo.

_Sim?

_Canta para mim? -- Diz com vergonha.

_Ah, o que quer que eu cante? -- Digo e me sento ao seu lado.

_Uma música que você goste. -- Diz e apóia a cabeça em minhas pernas.

_Okey, deixa eu pensar. -- Falei e logo minhas cabeça foi para Sweet Dreams.

Comecei a cantar devagar enquanto acariciava seus cabelos, a letra e calma, mas sua mensagem é intensa.

--Doces Sonhos

Doces sonhos são feitos disso

Quem sou eu para discordar?

Eu viajei pelo mundo e os sete mares

Todo mundo está à procura de algo

Alguns deles querem te usar

Alguns deles querem ser usados por você

Doces sonhos são feitos disso

Quem sou eu para discordar?

Eu viajei pelo mundo e os sete mares

Todo mundo está à procura de algo

Mantenha sua cabeça erguida

Conserve sua cabeça erguida (seguindo em frente)

Mantenha sua cabeça erguida (seguindo em frente)

Conserve sua cabeça erguida (seguindo em frente)

Alguns deles querem te usar

Alguns deles querem ser usados por você

Doces sonhos são feitos disso

Quem sou eu para discordar?

Eu viajei pelo mundo e os sete mares

Todo mundo está à procura de algo

_Eu conheço a letra. -- Diz depois que eu termino. -- Bem realista, não?

_Sim, mas não acho que isso seja um sentimento bom. -- Falo devagar.

Ser usado ou usar alguém não é algo legal de se fazer, apesar de eu já ter feito muito isso.

Ela me olha por alguns segundos e sorrir contida.

_O que você está pensando? -- Pergunto e faço carinho nos seus cabelos.

_Ah, nada. -- Diz e da um longo suspiro. -- Apenas que eu sou louca demais para me apaixonar por você.

Os loucos sempre vão amar com mais me força tudo.

_Porque? -- Pergunto meio confusa.

_Apenas isso, espero não está indo...-- Diz e de repente se cala. -- esqueça. --Ela fecha os olhos e reprime os lábios.

Porque ela está assim? Ainda mais do nada.

A Camilli é bem aberta em vários assuntos, mas ela sempre parece esconder algo, a Cami é muito enigmática as vezes.

Será que foi a letra da música, droga! Será que ela achou que isso foi para ela, você é tão burra Cristina!

_Ana, quer assistir algo na TV? -- Pergunta depois de muitos minutos.

_Não, quero ficar aqui com você. -- Digo e faço se sentar. -- Seus olhos as vezes parecem tão distantes. -- Toco seu queixo e a olho com intensidade. -- Eu os acho tão lindo, mas muito sombrios.

_Os seus também são assim-- Diz e vira a cabeça para o lado. -- na maioria das vezes.

Aqui dentro ainda é escuro demais.

_Quer fazer algo diferente? -- Digo tentando mudar de assunto.

_Não fuja disso Ana. -- Diz séria. -- Hoje eu já posso ver uma Ana diferente de quando lhe conheci, mas sinto que você ainda me esconde um pouco do seu eu.

Talvez eu nem saiba mais quem eu sou.

_Não é tão simples e talvez eu nem saiba como falar ou o que falar. -- Digo um pouco baixo e olha para o lado. -- E não acho que seja necessário você saber de tudo, não quero ser rude, mas talvez isso seja algo que eu quero guarda aqui dentro.

Meu subconsciente me xinga de babaca várias vezes, mas mais uma vez eu o ignoro.

Olhando algo desse ponto, quem sou eu para julgar meus pais, talvez eu seja a Darvatz com o passado mais sombrio.

_Tudo bem, Cristina, mas eu sei que isso não é algo bom, então não guarde dentro de si, procure se libertar.

Achei que já havia curado muitos traumas, mas depois que voltei ao Brasil, percebi que estava enganada e ganhei vários outros.

_Por favor, não fale mas disso, ou ao menos não peça para eu falar. -- Digo e ela fica em silêncio por um bom tempo. -- Mas eu espero que eu dia você possa saber de tudo.

_Preciso beber água. -- Diz e saí do quarto sem olhar para mim.

Ah, as vezes eu me odeio tanto.

Você é tão estúpida! A Camilli está sendo sendo a única pessoa ao seu lado, além do Lucas e você ainda a trata assim.

As vozes que sempre me acompanham gritam o que eu já estou muito acostumada a ouvir.

"Você destrói as pessoas que você ama!"

A Camilli veio para o quarto novamente após uns 5 minutos, ainda era cedo, mas ela simplesmente beijou meu rosto e se deitou.

Logo pensei que ela queria que eu fosse embora, mas quando me fui me levantar sentir a mão dela segurando a barra da minha blusa.

_Deite-se, você não queria ficar aqui comigo? -- Diz um pouco fria. Me deito e a encaro. -- você me faz sentir medo, mas não vou deixar ele ser maior que minha paixão por você.

_Camilli...-- Tento falar, mas ela toca meu lábio me fazendo calar.

_As vezes eu sinto que posso saber muito mais de você quando você está calada do que falando. -- Diz e aproxima sua boca da minha. -- Você gosta quanto de mim Ana? -- Sussurra.

Talvez seja tão grande que eu nem saiba o quanto e isso me assusta um pouco.

_Muito, muito mesmo.

_Então demonstre em um beijo.

Um beijo, um simples beijo!

Quando juntei nossos lábios, minha mente se encheu de emoções, tudo o que passamos, as coisas bobas e fofas, as brigas desnecessárias e que me deixaram cheia de medo, todos nossos outros beijos e de todas as nossas noites juntas. De meu grande medo de perder ela, que eu sei que é carinho por ela, já estou tão apaixonada...

_Camilli, -- sussurro com nossas bocas ainda coladas. -- eu sou estúpida, eu sei e você é tão incrível, que parece que não mereço todo esse seu carinho.

_Ani, -- Diz me interrompendo e beija meus lábios rápido. Seus olhos encaram o meu fixamente e ela sorrir de lado. -- da próxima vez que você disser algo negativo sobre si mesma, farei você se arrepender.

Sua voz foi em tom de ameaça, mas seus olhos exalavam malícia, fazendo meu medo se misturar com excitação.

_Você é tão incrível e tão linda. -- Digo e a abraço. -- Camilli, você me faz tão bem.

_Ana, apenas quero que você fique bem, só isso. Me machuca ver seus olhos assim, triste e vagos, estou tão apaixonada por você, não quero ver você triste, não mesmo. -- Ela diz em meu ouvindo.

_Eu sei, Cami.

_Mas quantas vezes vou ter que repetir isso, Ana? -- Fala e se afasta, encara meus olhos. -- Me diga, Ana Cristina!

_Eu já entendi, Camilli. -- Digo e a puxo para mim a abraçando. -- Eu sou muito sortuda por ter você aqui.

Sempre sendo melhor do que eu imaginei.

.......

Acordei por volta das 8h da manhã, a Camilli, dormia tranquila ao meu lado. Após dar um beijo em seu rosto, fui tomar banho.

Ontem depois de ficar um bom tempo deitadas na cama, fomos assistir filme na TV, a Camilli dormiu quase no fim, fazendo eu carregar ela para cama no colo, a Camilli está fazendo eu praticar muito exercícios físicos, de várias maneiras.

Após o banho e me vestir, quando estava prestes para sair, ela se levantou.

_Você já vai?-- Diz sentando na cama com um cara de sono.

_Sim, quanto mais rápido resolver essas coisas, mas rápido irei me livrar dos problemas. -- Falo e caminho até ela. -- A noite podemos fazer algo, já que é domingo.

_Você vai dormir aqui de novo? -- Diz passando os braços pela minha cintura, deixando seu rosto bem nos meus seios.

_Porque não dorme lá em casa? -- Digo acariciando seus cabelos.

_O Lucas está lá, eu não sei como agir. -- Diz envergonhada.

_Não tem porque ter vergonha, o Lucas parece gostar de você.

_Ah, que bom. -- Diz sem muita confiança e me aperta forte. -- Então nos veremos a noite, tome muito cuidado, Ana.

_Eu já prometi. -- Digo e ela me solta.

..........

Quando cheguei em casa, o Lucas estava no sofá da sala com o Eduardo, eles brincavam com um pequeno piano.

_Bom dia! -- Disse chegando perto dos dois.

_Bom dia, Ana. -- O Lucas falou e o Eduardo me encarou.

_Ana. -- Disse o Eduardo baixo, fazendo eu abrir um enorme sorriso.

_Você o ensinou? -- Perguntei surpresa sentando ao lado do Lucas.

É uma das primeiras coisas que o vejo falar algo.

_Sim, ele sabe falar várias coisas, mas só começou a dizer ontem a noite, ficamos bem mais próximos.

_Isso é bom, sabia que você iria ficar apaixonado por ele.

_Okey, eu admito que fui rude no início e já que estamos falando disso...-- O Eduardo o interrompeu, saindo do seu colo e vindo para o meu. -- A mãe dele ainda está no hospital, o estado dela não é bom.

O Eduardo apoio a cabeça em meu peito e continuou a brincar com o piano, ele está bem calmom

Ela está internada em um hospital particular, já que não podemos ir, escolhemos o que tem um médico que geralmente é chamado quando estamos doentes e o que tem os nossos planos de saúde, tenho que colocar o Eduardo nele. Esse médico nos dar informações do estado dela.

_Isso é bem triste Lucas, -- Digo e encaro o Eduardo que toca lentamente cada tecla do piano. -- ela está morrendo lentamente, deixando seu filho, ao menos ele tem nós.

_É, sim, Ana. -- Diz e coça a nunca olhando para o lado. -- Mas o que podemos fazer, já estamos fazendo. Espero que o Eduardo nos aceite como a família dele.

_Sim, -- Falo suspirando e acaricio seus cabelos. -- Agora somos três...

O Lucas rir e olha para mim.

_Três Darvatz, somos nós ou nós. -- Diz rindo.

Ficamos brincando com o Eduardo, enquanto conversávamos.

Quando a babá pegou o Eduardo de nós, fomos para a biblioteca falar sobre o ocorrido de ontem.

_Esse Estêvão já foi muito amigo de meus pais, ele até chegou a vir almoçar aqui em casa, -- O Lucas conta com calma. -- mas ele e a Luana nunca forma muito próximos.

_E onde essa praga está? -- Pergunto frustrada.

Ninguém pode sumir sem deixar rastros.

_Ela estava em casa até o dia que enviaram o cartão com a ameaça, depois sumiu, mas estão achando que a Luana está em uma casa de um bairro nobre.

_Por aqui por perto? -- Digo um pouco assustada.

_Não, -- Diz e me olha tranquilo. -- não é tão longe daqui, o Leornad tem quase certeza que é o mesmo bairro onde mora o Estêvão.

_Será que eles namoram? -- Pergunto.

_Talvez, talvez...-- Diz e faz uma pausa. -- Sabe, acho que a Sandra deva saber de algo.

_Ela? -- Pergunto confusa.

_Ela está a muito tempo na Lunna-tec e lembro dela falando com o Estêvão algumas vezes e várias com a Luana.

_Você tem razão, vou tentar conversar com ela amanhã. E já foram na casa do Estêvão?

_O Leonard foi lá, mas um dos funcionários da casa disseram que ele está viajando.

_Mas ele tem que aparecer alguma hora? Eles não vão parar de fazer algo até nos derrubar de verdade.

_E se tiver alguém dentro da empresa sendo algum informante?

_Não, bem difícil, todos tem passam pelos protocolos, só se eles persuadiram alguém.

O protocolo é uma pequena investigação com quem entra e sai da Lunna-tec, já os funcionários são bem mais rígidos, qualquer envolvimento com algum tipo de crime, ligado à algum escândalo ou algo do tipo, dificilmente será contratado. Todos os computadores são ligado à sala de observação que é encarregada de checa todos os arquivos, isso por até um ano na Lunna-tec, depois que ganha alguma confiança passamos a não monitora com tanta frequência.

Isso ocorre desde sempre, isso é para evitar que ocorra vazamento de informações ou quaisquer arquivos.

Temos um departamento exclusivo para fazer isso e somente o Lucas e eu sabemos da existência dele, além das pessoas que trabalham nesse departamento.

_Vamos pedi para verificarem os arquivos de todos na Lunna-tec, se haver qualquer coisa suspeita, vamos investigar.

_Sim, mas...-- Sou interrompida por uma mensagem no meu celular. -- Hum...a Suzan.

-Preciso falar com você, é urgente.

Será que é mais um dos planos dela, mas talvez a Luana possa ter tentando ir atrás dela.

-Porque?

-Apenas venha ao meu apartamento.

-Não seria melhor em outro lugar?

Melhor prevenir do que remediar.

-Não quero que ninguém nos veja, talvez alguém esteja atrás de mim.

Ah, droga!

_O que foi Ana? -- O Lucas diz ao ver meu rosto.

_Alguem deve está atrás da Suzan também.

_Como? Porque?

_Vou falar com ela.

-Suzan, tome cuidado, fique em casa, o Lucas e eu vamos aí.

-Não Ana, venha só você.

-Porque?

-Você vai chamar atenção.

-Suzan, espero que você não esteja mentindo.

-Não estou! Apenas venha!