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História Olá, Happy. - Quinta-feira, 30 de março de 2017.


Escrita por: Letley

Notas do Autor


HELLO MY REPS~~~~
primeiramente: perdoem meu vacilo galera é que eu não queria fazer os últimos capítulos de qualquer jeito ai acabei demorando e pah
segundamente: não existe segundamente
e terceiramente: esse é o penúltimo capitulo galerinha e eu ainda não sei se ta naquele gostinho de lagrimas que essa fic costuma ter mas eu ate que gostei bastante, sabe? eu reescrevi esse capitulo um milhão de vezes e essa foi a melhor versão então eh nois se tiver ruim podem me apedrejar

vamo lá ne galerinha, boa leitura!

Capítulo 30 - Quinta-feira, 30 de março de 2017.


Olá, Happy.

Sei que te deixei preocupado em relação a Mavis, me desculpe não escrever para você esses dias, eu estava muito ocupado com algumas coisas, mas se quer saber Mavis está bem. Ela acordou na Terça e ontem voltou para casa, ela diz que está totalmente recuperada mas Zeref tem tomado um cuidado extra com ela, ele não a deixa nem ao menos pisar no chão sem que seja extremamente necessário. Estou com um pouco de pena dela por isso, há uns meses atrás era eu quem ele controlava assim então sei bem o que ela está sentindo.

Bom, hoje foi meu último dia de aula, queria poder dizer que ele foi especial, sabe? Cheio de choro, abraços e aquele medo de que tudo vai ser diferente a partir de amanhã, mas não foi assim para mim. Eu não estou triste por terminar a escola (Quem é que fica triste por isso?), mas vou sentir falta de lá, sei que não vou me livrar dos meus amigos nem tão cedo e com certeza não é isso com que eu me preocupo, mas tenho medo de me distanciar de Lucy. Foi tão, tão, tão difícil fazer ela gostar de mim que é claro que eu estava me preocupando com o fato de que não vamos mais nos ver todos os dias. Por isso eu passei metade do dia esperando pela oportunidade de conversar com ela, mas antes de contar o que aconteceu entre mim e Lucy, preciso contar o que aconteceu entre mim e… Levy.

Encontrei com ela quando estava andando pela escola com Erza e os outros, estávamos dando uma última volta antes de ir embora quando esbarramos nela em frente ao mesmo banheiro em que ela tentou se matar. Acho que todo mundo pensou na mesma coisa que eu naquele momento, quase pude ouvir os pensamentos de todos sincronizados em um mesmo “Ela não vai tentar isso de novo, vai?”, mas bem, acho que ela não estava tentando de verdade, ela só estava lá parada, olhando para dentro do banheiro. Provavelmente, ela estava fazendo o mesmo que nós e só queria dar uma última olhada naquele lugar. Todos trocaram algumas palavras com ela, Levy inesperadamente se dava bem com meus amigos, principalmente Erza. O problema era eu, como sempre.  

Todos continuaram seu caminho, mas eu fiquei para trás junto com Levy. Para falar a verdade, eu também estava um pouco nostálgico sobre aquele lugar. Não esperei que Levy fosse dizer algo, eu queria conversar com ela mas não sabia como falar com ela ou por onde começar, por isso eu quase a agradeci quando ela tomou a iniciativa.

– Você ainda me odeia? – Foi o que ela perguntou, mas eu não me senti bem para responder a aquilo – Não vai dizer nem um dos seus “provavelmente”?

– Não, não sei – Respondi sincero. Eu não sabia como me sentir sobre ela e ainda não sei – Posso perguntar uma coisa?

– Claro.

– Por que tentou se matar?

Ela riu, como se eu tivesse feito uma piada.

– Achei que não fosse da sua conta – Ela fez uma pausa, esperou que eu respondesse e quando não o fiz ela continuou – Tudo bem, tudo bem… Ahn, eu não sei por onde começar então você quer saber a história por trás ou o motivo primeiro?

– Não são a mesma coisa?

– Talvez seja, talvez não – Ela sorriu brincalhona. Levy estava sorrindo mais hoje do que sorriu o ano inteiro – Primeiro vamos sair de frente do banheiro, vão pensar que você é um pervertido querendo ver calcinhas se ficar aqui.

Começamos a andar pelo corredor, bem devagar, eu não disse nada em nenhum momento, não era meu momento de falar.

– Vê isso? – Ela levantou as mangas da blusa que usava, revelando os pulsos com leves marcas marrons e com cicatrizes bem evidentes – Estou tentando fazer sumirem, mas não é tão fácil. O direito… – Ela parou me estendendo o braço direito, as marcas chegavam quase até o cotovelo – Eu fiz esses para cada vez que machuquei alguém e esse aqui – Ela apontou para o que parecia a marca mais recente, a marca de quando a encontrei entre a vida e a morte – Esse é o seu corte, Natsu. É o corte de quando você e Lucy me salvaram, ele era originalmente da Lucy, mas eu sei que você ficou perturbado com o que aconteceu, mais do que Lucy, então esse é todo seu.

– Eu não quero.

– Eu não estou nem aí se você quer ou não, eu decidi que ele é seu. O resto, eles são do Gajeel, da Lucy e da minha família, bom, mais da Lucy do que de qualquer um – Ela deu uma risadinha – Não se preocupe eu os farei sumir, alguns nem dá para ver mais. Eu estou fazendo tratamento para eles sumirem. Então, o esquerdo – Ela apontou para o outro braço, não tinha tantas marcas como o outro, mas mesmo que tivesse apenas uma, ainda seria horrível – Essas são para cada vez que alguém me machucou e a maioria deles são da minha família e esse – Ela apontou para o mais recente, também tinha sido feito no mesmo dia que o outro – Esse é do meu pai.

– Eu não estou entendendo o que você quer dizer – Eu disse confuso.

– Eles são minha resposta para a sua pergunta. Você sabe que minha mãe foi embora quando eu era pequena, não sabe? E também sabe que meu pai é um bêbado viciado em jogos e em outras coisas também – Ela murmurou a última parte. Dizer que não sabia seria um pouco demais, eu já tinha ouvido falar, mas não sabia se era verdade ou não – Por causa dos jogos que ele perdeu, pouco a pouco, eu fui perdendo tudo. As dívidas que ele tinha foram se acumulando e quando não tínhamos como pagar, as pessoas à quem ele devia vinham, nos batiam e aumentavam a dívida. Eu não aguentava mais, eles ameaçavam a Gajeel e a Lucy, sempre que eu olhava para meu pai eu queria que ele desaparecesse, como minha mãe fez, mas ele sempre estava lá, sorrindo como um idiota, me pedindo desculpas e dizendo que ia dar um jeito nisso. Então Lucy acabou se envolvendo sem querer, ela levou uma surra para me proteger e acabaram incendiando minha casa – Eu me lembrava de uma vez, acho que você também se lembra, de quando Lucy apareceu no meu trabalho toda ferida. Provavelmente foi daí que ela conseguiu todos aqueles machucados – Eu perdi tudo que tinha e foi aí que eu percebi que a culpa de tudo aquilo acontecer não era do meu pai, era minha. Fui eu quem nunca impediu ele de continuar, fui eu que escondi dinheiro várias vezes para ele não pagar aqueles homens, Lucy se machucou porque eu me aproximei dela, fui eu quem estava se sentindo sozinha e… espera, eu não quero falar essa parte, você vai me bater.

– Eu nunca bateria em você. Isso foi ofensivo – Respondi à ela. Ela deu um sorriso amargo e se encostou a uma janela, se inclinando para frente como se a qualquer momento ela pudesse pular dali.

– Eu enganei Lucy, eu sabia que ela estava se sentindo confusa em relação a mim e isso foi como um estalo, eu pensei “Ah, se eu fizer com que ela me ame então eu não vou precisar de mais nada.” aí eu disse à ela que a amava, que não me importava com mais nada que só precisava dela ao meu lado, Lucy não era idiota, ela sabia que eu estava mentindo, mas ela sorriu e me aceitou.

– Você usou ela – Dizer isso deixou um gosto amargo na minha boca. Eu estava irritado, muito muito irritado, naquele momento eu entendi porque ela disse que eu bateria nela. Naquele momento eu realmente quis socar ela. É claro que não o fiz, mas eu quis, quis muito.

– É, usei – Ela tomou uma expressão séria – Algum tempo depois disso eu conheci Gajeel e acabamos nos apaixonando, quando disse isso à Lucy ela sorriu e disse um “Fico feliz por você.”, dava para ver nos olhos dela o quanto ela estava machucada. Foi com esse tipo de pensamento que eu tentei me matar aquele dia.

– Você achou que se morresse as coisas mudariam?

– Achei que se eu morresse ninguém mais iria se machucar – Ela deu um longo suspiro – Mas as coisas melhoraram depois daquilo, o pai da Lucy quitou todas as nossas dívidas e assumiu minha guarda, meu pai foi para uma clínica de reabilitação e disse que só voltaria no dia em que se tornar alguém que eu possa chamar de pai. E você está fazendo a Lucy feliz, meio preocupada, mas feliz. Tudo deu certo no final.

Queria poder dar uma bronca em Levy, gritar com ela por tudo que aconteceu, queria culpar ela e culpar todos os outros e eu queria me culpar, eu queria me dar uma bronca. Eu estava ali esse tempo todo, eu conhecia Levy a mais tempo do que qualquer um e eu nunca fiz nada. Eu sabia que tinha algo de errado com ela e eu não estava nem aí, fingi não perceber e ignorei todos os olhares tristes e expressões vazias dela. Levy não tem culpa, pelo menos não sozinha. Todos ao redor dela, todos nós, acho que somos todos cúmplices, mas as marcas disso estão nela, nos braços dela, em cada uma daquelas cicatrizes.

Eu ainda queria conversar com Lucy, então a chamei para ir para minha casa, para ver Mavis e o bebê, ela aceitou sem pensar duas vezes, mas no caminho, tudo o que eu queria perguntar à ela sumiu da minha mente, eu só conseguia pensar em como eu manteria ela do meu lado e mais do que tudo eu só queria saber se ela gostava mesmo de mim. Eu não tinha coragem de perguntar aquilo à ela e foi quando eu me lembrei de algo que meu pai me disse sobre minha mãe à muito tempo, lembro bem disso porque foi uma das poucas coisas que ele me disse sobre ela.

Para minha mãe, segurar as mãos de outras pessoas tinha muito significado, ela dizia que as pessoas não seguram as mãos umas das outras logo de cara, quando você estende sua mão à alguém é provável que essa pessoa hesite e pense duas vezes antes de segurar sua mão, mas se é alguém que confia em você, se essa pessoa te ama, ela não vai hesitar ou pensar duas vezes sobre isso, ela apenas irá segurar a mão que lhe foi estendida. Aparentemente minha mãe sempre testava o amor do meu pai dessa forma, ela estendia a mão para ele e se ele segurasse sem pensar duas vezes queria dizer que ele ainda a amava e se ele hesitasse então aquele amor tinha sido abalado de alguma forma. Acho que meu pai nunca a decepcionou.

Eu fiquei com um pouco de medo (e vergonha) de fazer isso com Lucy, quer dizer, é só uma teoria boba e pode nem ser real, mas se ela hesitasse eu com certeza iria ficar abalado com aquilo, mas mesmo assim eu o fiz.

– Lucy? – A chamei parando no meio do caminho, ela andou uns passos e se virou para trás, para mim e eu fechei meus olhos, respirei fundo e estendi minha mão para ela. Eu não abri os olhos, tive medo de ver a dúvida nos olhos delas, mas senti quando ela segurou minha mão e mal tinha se passado um segundo. Eu fiquei surpreso quando abri os olhos e ela estava lá, próxima o suficiente para eu sentir a respiração dela.

– Você está bem? Seu rosto está vermelho – Ela perguntou preocupada. Eu estava surpreso, nunca pensei que ela realmente seguraria minha mão – Natsu?

Eu a abracei. Não respondi à ela nem nada, apenas a abracei e ela também não fez mais perguntas, apenas me abraçou de volta. Acho que minha mãe não é a única que acredita nessa teoria maluca, acho que também passei a acreditar e mesmo se não for verdade, mesmo que ela apenas tenha feito isso por fazer, o que importa é que eu amo a Lucy e eu não vou deixar ela ir.

N.D.

 


Notas Finais


podem me matar depois do último capitulo ta ajdgshjal
eu queria dizer muita coisa pra vcs mas eu esqueci sorry juro que digo na proxima
alias semana que vem eu vou viajar então o último sai antes disso, eu acho (vou tentar, ok?)
LEMBREI O QUE IA FALAR a fic ta com praticamente 200 favoritos nossa eu to muito feliz não tinha tanta expectativa nessa fanfic mas nossa vcs são demais eu amo muito vcs

amo vocês deixem comentários eh nois rapaziada bjao no kokoro e perdoem meus vacilo <3


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