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História Olá, querido professor. - Capítulo 43


Escrita por: JhennyPaty

Capítulo 43 - Capítulo 43


No primeiro tempo de aula quem entra é a professora Antônia de português, era pra ser o Caleb no lugar dela. Franzo o cenho e espero alguma explicação da parte dela.

– Bom dia alunos, de agora em diante eu vou com vocês até o final do ano letivo. Mas vamos continuar no mesmo ritmo que o professor Caleb, ele estava com a matéria bem adiantada. – Merda, já sei o que aconteceu. Ela não precisa nem dizer que ele foi afastado por motivos desconhecidos.

Pego meu celular em cima da mesa e saio de sala, vou pra longe das salas de aula e dos corredores. Ligo pro Caleb que atende no terceiro toque.

– Oi coisa linda.

– Jonas te demitiu?

– Sim, mas não se preocupe. – Droga! Culpa minha, tinha eu que ser tão egoísta? Sabia que meu pai e a naja da Caroline iriam conseguir isso.

– Como não me preocupar? Você foi demitido por minha causa.

– Ele me demitiu pelas acusações, disse que mesmo sendo boato eu deveria ser afastado... então, automaticamente não foi por sua causa. – Ele está tentando amenizar as coisas pra acabar com minha angústia, que fofinho.

Mas mesmo assim me sinto culpada, ele estudou pra isso e lutou pra ser professor é o que sempre quis, pra no final terminar assim? Isso não é justo, ele merece continuar fazendo o que gosta.

– Você vem pra minha casa quando sair? Preciso conversar com você. – E é aí que ele termina nosso namoro. Já vou logo preparada pra fazer a fina quando ele disser “acho melhor terminar”. Vou fazer a minha melhor cara de “eu também acho, quero dar pra outros”. Só assim eu saio por cima.

– Ok. – Digo e ficamos em silêncio.

– Você sabe que não vou terminar certo? – Começo a me desmontar e volto a ficar mole novamente.

– Pensei que fosse.

– Claro que não, agora vai pra aula. – Me despeço e volto correndo pra aula, que passou a não ser mais prazerosa.

Agora o que temos pra apreciar é uma professora sem bunda, e bigoduda mas que em compensação é bem legal. Mas eu preferia o professor antigo.

Depois de mais dois tempos de português e um de história da arte nós somos liberados pro intervalo. Intervalo esse que não tem comida grátis, tudo tem que pagar sei que nos colégios públicos tem comida e que é bem gostosa. Então qual é a vantagem de pagar um colégio caro que nem comida da? Eu preferia estudar gratuitamente e comer a comida das titias.

– Aqui podia ter comida grátis. – Comento com o Hugo que está com um dos braços em meu pescoço, Samuel e Ísis foram ao banheiro.

– É mesmo, quando eu estudava no público era sempre o primeiro a chegar na fila da comida, as tias já me conheciam. – Dou a maior gargalhada, eu ia ser a primeira juntinho com ele.

– Vou jogar um futebol, fica aí torcendo por mim. – Hugo diz e vai pro campo, e eu vou pra quadra.

– Antonella você não sabe quem está grávidaaaa. – Samuel vem correndo pela quadra do colégio e se joga ao meu lado.

Ele e suas fofocas.

– Diga.

– Adivinha. – Sacooooo!

– Ísis? – ele nega com a cabeça – Julianne?

– Não.

– Diana do primeiro ano? – Nega com a cabeça novamente. – Já seiii, teu cu vai ter um belo bebê cocô.

– Nojenta, a Valesca que está grávida. – Abro a boca embasbacada.

– Isso quer dizer…?

– Que o Dan é papai. – Chocada estou, nunca imaginei. Daniel pai, então o relacionamento era sério mesmo.

– Como você ficou sabendo?

– O colégio todo sabe. – Eu não sabia, tinha nem ideia. Valesca não vem pra aula já faz uma semana, nunca que ia adivinhar e sem contar que quando ela vinha ninguém notava barriga.

– Cês não sabem quem está grávida. – Ísis diz vindo correndo.

– Notícia velha, próximo… – digo e ela murcha na hora – Acha mesmo que Samuel iria perder essa?

Eles dão risada, Samuel não perdia uma fofoca era sempre o primeiro a correr pra da as notícias. Ficávamos sempre informadas.

Ficamos conversando mais um tempão, até que o sinal toca.

– Vou ao banheiro, podem ir na frente. – Digo e sigo pro banheiro, mas antes de chegar ouço passos no corredor e Daniel derrapa pelo chão do corredor.

– Precisamos falar. – Ele diz e sai me puxando pelo braço.

Entra em uma sala vazia e fecha a porta.

– Eu não quero ser pai, meu pai me mata. Eu nem trabalho pra sustentar um filho.

– E o que eu tenho com isso, pelo que eu sei o filho não é meu. – Ele para e me olha perplexo, ué quer o que? Ele tem que falar com a mãe da criança e não comigo.

– O que eu faço?

– Assume. – Respondo na lata.

– Não posso e outra, a culpada é ela, sempre me dizia que tomava remédio e… – Agora eu entro no bagulho e dou um choque de realidade nele.

– Em primeiro lugar, os remédio podem falhar. Segundo, você podia muito bem perguntar se ela tomou o remédio. Terceiro, não usou camisinha porque não quis, agora não vem por a culpa somente nela pois a menina não fez o filho com o dedo. – Mais uma de suas caras surpresa.

– Desde quando você defende ela?

– Desde que você virou um machista de merda, que fala coisas sem pensar e culpa pessoas que não deve sendo que você tem a mesma parcela de culpa. Assume as suas merdas e não se faça de moleque covarde, uma coisa tenho que dizer covarde é algo que você nunca foi. – Dito isso saio da sala e bato a porta.

Acho que meu discurso de garota madura vai dá uma sacudida nos cornos dele.

Odeio pessoas que fogem de suas responsabilidades e que botam a culpa que tem em cima de uma só pessoa. Vá se foder!

Assim que cruzo o corredor, vejo João andando ao lado do Gregório.

– João. – Grito e ele me olha, e logo depois corre pra me abraçar. Tem uns quatro dias que não nos vemos.

– Irmã estava com saudades.

– Eu também pinguim de gente. – Vejo o Gregório começar a quicar.

– Anda logo João, minha mãe já está esperando.

– Mande ela esperar mais. – Retruco e ele fecha a cara, acha mesmo que tenho medo de cara feia?

– Irmã quando você vai voltar pra casa?

– Agora moro com minha mãe e meus avós, é melhor assim. – Ele se aproxima do meu ouvido.

– O pai do Gregório está morando na casa deles de novo, a madrinha voltou a namorar com ele e agora estão morando juntos de novo. – João parece até irmão de Samuel, não perde uma informação.

– Pois que eles sejam felizes. – Abro um sorriso, só assim aquela peste me deixa em paz.

– Anda João!

– Tchau irmã. – João diz e me dá um beijo na bochecha.

– Olha só, trate ele bem ou você vai se ver comigo seu porco espinho falsificado. – Grito pro otário ouvir minha ameaça.

E antes de sair de vista o João levanta o mindinho e abre o maior sorriso, e eu faço o mesmo.

Droga, amo tanto esse pinguim de criança. É ruim ficar longe dele



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